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[ANATOMIA] Sistema linfático

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ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 1 
S i s t e m a l i n f á t i c o 
 Prof. Raphaelle Lima de Almeida Beltrão 
 
Características gerais 
O sistema linfático consiste em uma rede complexa de 
vasos e órgãos linfoides com funções importantes no 
sistema imunológico. 
Localização 
É possível encontrar capilares linfáticos em quase todos 
os locais onde estão presentes os capilares sanguíneos, 
com exceção de ossos, dentes, medula óssea, SNC e tecido 
avascular (epitélio e cartilagem). Neste último, as meninges 
e líquor possuem a mesma função da linfa. 
Função 
 ○> Remoção de fluidos em excesso dos tecidos corporais 
 ○> Absorção de ácidos graxos 
 ○> Produção de células imunes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composição 
O sistema linfático é composto por: plexos linfáticos, 
vasos linfáticos, linfa e órgãos linfáticos primários e 
secundários. 
 
Vasos linfáticos 
Coletam principalmente o fluido perdido dos leitos 
capilares vasculares durante o processo de troca de 
nutrientes e os transmitem de volta para a parte venosa 
do sistema vascular. O fluido drenado é composto por 
patógenos, células do sistema linfático, produtos celulares 
(como os hormônios) e detritos celulares. De maneira 
geral, os vasos linfáticos superficiais acompanham as 
veias superficiais e os profundos, as artérias profundas. 
 
Linfa 
É o líquido conduzido pelos vasos linfáticos. Tem como 
características físicas: transparente, aquoso e 
ligeiramente amarelado. Sua composição se assemelha ao 
do plasma sanguíneo. 
 
 
 
 
 
sistema linfático 
Como ocorre a drenagem? 
Todos os capilares sanguíneos são circundados por tecido 
conjuntivo frouxo que contém líquido intersticial. Embora 
o líquido entre e saia continuamente dos capilares 
sanguíneos, a quantidade que sai é maior do que a que 
retorna. O extravasamento de líquido dos capilares e 
arteríolas sanguíneas é captado pelos vasos linfáticos de 
menor calibre (capilares linfáticos), os quais possuem 
uma estrutura porosa que possibilita essa absorção. Ao 
entrar no sistema, o líquido absorvido (linfa) é filtrado e 
devolvido ao sangue. Essa devolução é essencial porque 
há extravasamento de proteína neste líquido, sendo esta 
de extrema importância para gerar forças osmóticas e 
manter a água na corrente sanguínea. 
 
quimo 
As gorduras absorvidas e processadas pelo epitélio 
intestinal são acomodadas em lipídios revestidos de 
gotículas de proteínas (quilomícrons). Esses quilomícrons 
estão presentes nos vasos linfáticos do intestino delgado 
(vasos lactíferos), sendo esse líquido com a presença de 
quilomícrons opaco e leitoso, denomimado quimo. 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 2 
Movimento 
O movimento da linfa através dos vasos decorre da ação 
indireta da contração de músculos esqueléticos e pulsação 
nas artérias. O fluxo é SEMPRE unidirecional, sendo 
mantido devido a presença de válvulas nos vasos. 
 
Órgãos linfoides primários 
Os órgãos linfoides primários são aqueles que produzem 
(MOV) e amadurecem (timo) os linfócitos. 
 
MOV 
Função 
Responsável por produzir os linfócitos B. 
Localização 
Encontrada no interior dos ossos longos, sendo substituída 
ao longo do desenvolvimento pela MOA (depósito de 
gordura). Na fase adulta, a MOV ainda é preservada em 
algumas regiões, como fêmur, clavícula, pelve óssea e 
esterno. 
 
 
Timo 
Função 
 ○> Imunocompetência: produz os hormônios timosina e 
timopoietina que garantem imunocompetência aos 
linfócitos T. 
Localização 
Localiza-se na base do pescoço, posteriormente ao 
esterno e anteriormente à artéria aorta. 
 
Características anatômicas 
É um órgão bilobado revestido por uma cápsula fibrosa 
que envia septos para o interior do órgão, dividindo-o em 
lóbulos. Logo, é composto por um córtex (capsula 
fibrosa), onde se encontram os linfócitos T, e a medula, 
onde se encontram os corpúsculos tímicos (agem no 
desenvolvi- mento das células T regulatórias, um tipo de 
linfócito T que evita as respostas autoimunes). O auge do 
desenvolvimento deste órgão é na infância, passando a 
regredir na fase adulta (tecido funcional substituído por 
tecido adiposo). Vale salientar, ainda, que o timo é o único 
órgão linfático que não combate os antígenos 
diretamente. 
 
Órgãos linfoides secundários 
Baço 
Função 
 ○> Imunidade: linfócitos presentes no órgão que captam 
antígenos e destroem. 
 ○> Limpeza: destruição de células vermelhas velhas e 
defeituosas. 
 ○> Armazenamento de plaquetas e monócitos 
 ○> Hematopoese (feto) 
Nos casos em que é necessária a retirada do órgão por 
lesão ou trauma, o fígado e a MOV ficam responsáveis por 
exercer as funções do baço. Contudo, a função imunitária 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 3 
é diminuída e a pessoa fica mais propensa a sofrer 
infecções. 
Localização 
 ○> Hipocôndrio esquerdo 
Considerado o maior órgão linfoide. Possui relação com o 
rim esquerdo, estômago e cólon, sendo bem protegido pelo 
diafragma e costelas. Apesar disso, é um órgão friável (se 
desfaz com facilidade) e pode ser facilmente perfurado 
em casos de traumas, pois é revestido por uma cápsula 
fibrosa muito fina. 
 
Características anatômicas 
Órgãos próximos ao baço deixam suas impressões em sua 
superfície que, junto com as bordas do baço, podem ser 
divididas em: 
 ○> Face diafragmática 
 ○> Face visceral: composta pelas faces gástrica, cólica, 
renal e hilo (região de passagem que contém vasos que 
entram/saem da estrutura/órgão). 
 
 
 
Tonsilas 
As tonsilas são intumescências da mucosa que reveste a 
faringe, sendo compostas por tecido linfático que captam 
os patógenos do ar inspirado e alimentos ingeridos. 
 
 
 
 
 
Tonsilas faríngeas 
As tonsilas faríngeas também são conhecidas como 
adenoide quando estão com o volume aumentado. 
 ○> Localização: superior e posteriormente ao tórus 
tubário (saliência ao redor do óstio faríngeo da tuba 
auditiva), no teto na nasofaringe. 
 ○> Drenagem linfática: linfonodos retrofaríngeos e 
faringomaxilares. 
 
 
 
tonsilite 
A tonsilite consiste na infecção da tonsila, apresentando dor 
de garganta, febre, linfadenopatia cervical e odinofagia. 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 4 
Tonsilas palatinas (amídalas) 
 ○> Localização: nas laterais do interior de uma incisura 
tonsilar, limitadas anteriormente pelo arco palatoglosso e 
posteriormente pelo arco palatofaríngeo na faringe. São 
as maiores tonsilas e podem ser visíveis pela boca. 
 ○> Drenagem linfática: linfonodos jugulodigástrico e 
cervicais superiores. 
 
Tonsilas linguais 
 ○> Localização: conjunto de nódulos linfoides no terço 
posterior da língua, na orofaringe. 
 
 
Tonsilas tubárias (tonsilas de Gerlach) 
 ○> Localização: teto da nasofaringe, bilaterais, 
posteriores ao torus tubários. 
 ○> Drenagem linfática: linfonodos retrofaríngeos e 
cervicais profundos. 
 
 
Nódulos linfáticos 
Função 
O intestino é repleto de patógenos e, por isso, existem 
diversos nódulos linfáticos distribuídos pelo peritônio dessa 
região. Assim como os demais órgãos secundários, têm 
função imunitária. 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 5 
 ○> Destruir microorganismos invasores 
 ○> Geram ampla gama de linfócitos de memória 
Localização 
Distribui-se pelos intestinos, principalmente na região de 
mesentério. 
 
Linfonodos 
Função 
 ○> Filtração da linfa: fagocitam os patógenos presentes 
na linfa. 
 ○> Imune: detectam e defendem o organismo contra 
antígenos transportados pela linfa. 
 
Localização 
Estão distribuídos por toda superfície do corpo, sendo 
divididos em linfonodos superficiais (acompanham as veias) 
e profundos (acompanham as artérias). Algumas regiões 
são associadas a aglomerados de linfonodos, 
principalmente nas áreas de alto risco devido a entrada de 
patógenos externos, como sistema digestório e 
respiratório. Esses aglomeradospodem ser divididos em 
superficiais (cervicais, axilares e inguinais) e profundos 
(traqueobrônquico, ilíacos e aórticos). 
Características anatômicas 
São estruturas encapsuladas pequenas, de formato 
ovoide, que interrompem o curso dos vasos linfáticos e 
contêm elementos do sistema de defesa do corpo 
(linfócitos e macrófagos). É repleto de vasos linfáticos 
aferentes, por onde entra a linfa, e apenas alguns vasos 
linfáticos eferentes, localizados no hilo, junto com os vasos 
sanguíneos. Essa linfa passa pelos seios dos linfonodos 
(rede fibrosa), onde é filtrada e “esterilizada” (os 
macrófagos e linfócitos existentes no interior dos seios 
destroem os patógenos que se encontram no líquido) para, 
por fim, sair do linfonodo pelos vasos eferentes. Ao longo 
do percurso da linfa até os ductos linfático e torácico, 
esse líquido é filtrado diversas vezes, garantindo sua 
“limpeza”. Vale salientar que o fluxo através dos 
linfonodos é lento, logo, células que desenvolvem 
metástase a partir de tumores primários podem entrar 
nos vasos linfáticos, se instalar e crescer como tumores 
secundários nos linfonodos. 
 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 6 
 
 
 
 
 
Organização 
Fluxo da linfa 
 
MMII 
A drenagem dos membros inferiores é feita pelos 
capilares, seguindo pelos vasos que se juntam e formam 
o tronco lombar direito e tronco lombar esquerdo. 
Abdome 
A região abdominal possui uma linfa diferente, amarelada, 
devido ao grande teor de lipídios. Essa linfa “gordurosa” é 
transportada pelos vasos quilíferos e tronco intestinal, 
desemborcando na cisterna do quilo (fica a nível LII-IV). 
A cisterna do quilo é justamente a confluência entre os 
troncos lombares direito/esquerdo e o tronco intestinal. 
 
Tórax+MMSS+Cabeça/Pescoço 
Ducto linfático direito (lado direito) 
Da cisterna do quilo, sai o tronco broncomediastinal direito 
(drena o tórax direito) que se junta com o tronco 
subclávio direito (drena o MMSS direito) e o tronco jugular 
direito (drena cabeça e pescoço) e desemborcam no 
ducto linfático direito. Logo, é responsável por drenar o 
quadrante superior direito do corpo. Na raiz do pescoçø, 
entra na junção das veias jugular interna direita e subclávia 
direita, no ângulo venoso direito. 
Ducto torácico (lado esquerdo) 
Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do 
corpo unem-se no abdome (cisterna do quilo). A partir 
desse, o ducto torácico ascende (recebe a linfa do tronco 
jugular esquerdo, tronco subclávio esquerdo e tronco 
broncomediastinal esquerdo), entrando no tórax e 
atravessando-o para chegar ao ângulo venoso 
esquerdo (junção das veias jugular interna esquerda e 
subclávia esquerda). O território drenado pelo ducto 
torácico é bem maior do que a do ducto linfático direito, 
pois drena todo o restante do corpo. 
 
 
 
 
 
Troncos linfáticos 
Após sair dos linfonodos, os vasos linfáticos convergem e 
formam os troncos linfáticos. Os cinco troncos linfáticos 
principais são: 
sequência 
Capilares linfáticos (entrada/coletores) ® vasos linfáticos 
(onde ficam os linfonodos) ® troncos linfáticos ® ductos 
torácicos (retorto para o sistema sanguíneo pelas veias). 
 
 
linfadenite 
Processo inflamatório (=sinais flogísticos) do linfonodo que 
ocorre quando este não consegue eliminar o patógeno 
existente na linfa, o qual se prolifera no seu interior. 
 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
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Troncos lombares (par) 
 ○> Localização: nos lados da aorta, na parede inferior do 
abdome. 
 ○> Drenagem: MMII, órgãos pélvicos e parte da parede 
anterior do abdome. 
Tronco intestinal (ímpar) 
 ○> Localização: próximo à parede posterior do abdome 
na linha média. 
 ○> Drenagem: quilo do estômago, intestino e outros 
órgãos digestórios. 
Troncos broncomediastinais (par) 
 ○> Localização: lados da traqueia. 
 ○> Drenagem: vísceras torácicas e parede do tórax. 
Troncos subclávios (par) 
 ○> Localização: próximo à base do pescoço. 
 ○> Drenagem: MMSS, parte inferior do pescoço e parede 
superior do tórax. 
Troncos jugulares (par) 
 ○> Localização: base de cada VJI. 
 ○> Drenagem: cabeça e pescoço. 
 
 
Correlações clínicas 
Linfomas 
São cânceres das células do sistema linfático. Se dividem 
em linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin. 
Linfoma de Hodgkin (LH) 
Caracteriza-se por se espalhar de forma ordenada, de um 
grupo de linfócitos para o outro, por meio de vasos 
linfáticos. A doença surge quando um linfócito ou 
macrófago se transforma em uma célula maligna (células 
de Reed-Sternberg) capaz de se multiplicar 
descontroladamente e se disseminar. 
Linfoma de não Hodgkin (LNH) 
Câncer que tem origem nas células do sistema linfático e 
que se espalha de maneira não ordenada. Representa um 
grupo de cânceres linfócitos heterogêneos de origem 
multicêntrica que se dissemina para vários tecidos em 
todo o organismo, incluindo a medula óssea. 
metástase 
Consiste na disseminação da neoplasia para outras áreas 
além daquela que a originou. A disseminação linfogênica é a 
via mais comum de disseminação inicial de carcinomas 
(tumores epiteliais), que consistem no tipo mais comum 
de câncer. As células se desprendem do tumor primário e 
entram nos vasos linfáticos, sendo filtradas e 
aprisionadas pelos linfonodos, que se tornam o local do 
câncer secundário. 
Linfonodo sentinela 
A presença de linfonodo indolor por um longo período de 
tempo pode representar um processo neoplásico maligno 
metastático. Deve-se investigar o fluxo da linfa e 
identificar o local de origem dessa neoplasia (tumor 
primário). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
importante 
Ao analisar casos clínicos, devem-se observar algumas 
características importantes para direcionar o diagnóstico, 
como diferenciar um câncer de uma inflamação. As 
inflamações possuem sinais flogísticos (dor, vermelhidão, 
edema, calor) e os cânceres não apresentam esses sinais 
de inflamação, especialmente a dor, porque não geram 
inflamação. 
ANATOMIA | AULA 01 
Maria Eduarda Rocha Guedes 
 
 8 
Faringe e laringe 
 
 
Drenagem venosa pescoço

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