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Sistema Linfático

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ANATAMIA 1 
 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
1 
SISTEMA LINFÁTICO 
 Presente em quase todo o corpo e essencial à 
sobrevivência 
 Íntima relação com o sangue e sistema cardiovascular 
(anatômica e funcional) 
 Paralelo à rede venosa profunda = periferia  coração 
(centrípeto) 
 Unidirecional = rumo ao coração 
- desemboca em grandes veias (vv. Subclávias) 
- vasos em fundo cego = sistema linfático apenas retorna 
liquido intersticial para a corrente circulatória 
- possui valvas que impedem\minimizam refluxos 
 A hipótese de Starling explica como a maior parte dos 
líquidos e eletrólitos que entram nos espaços 
extracelulares provenientes dos capilares sanguíneos 
também é reabsorvida por eles. 
- A pressão sanguínea empurra o líquido para fora do 
capilar (para o interstício) e a pressão osmótica das 
proteínas que não atravessam o capilar, “puxam” os 
líquidos do interstício para o interior do capilar 
- No entanto, até 3 litros de líquido deixam de ser 
reabsorvidos pelos capilares sanguíneos todos os dias. 
- Além disso, parte da proteína plasmática passa para os 
espaços extracelulares, e o material originado nas 
próprias células teciduais que não atravessa as paredes 
dos capilares sanguíneos (como o citoplasma das células 
que se desintegram), entra continuamente no espaço 
em que vivem as células. Se houvesse acúmulo desse 
material nos espaços extracelulares, haveria osmose 
inversa, atraindo ainda mais líquido e provocando 
edema (excesso de líquido intersticial, que se manifesta 
na forma de inchaço). Entretanto, em condições 
normais o volume de líquido intersticial permanece 
quase constante e geralmente não há acúmulo de 
proteínas e resíduos celulares nos espaços 
extracelulares devido ao sistema linfático. 
 Constitui um tipo de sistema de “hiperfluxo” que 
permite a drenagem do excesso de líquido tecidual e 
proteínas plasmáticas que extravasam para a corrente 
sanguínea além da remoção de resíduos celulares e 
infecções. 
 
Outras funções do sistema linfático incluem: 
 
 Absorção e transporte da gordura dos alimentos: 
Capilares linfáticos especiais, denominados lácteos, 
localizados nas vilosidades intestinais, recebem todos os 
lipídios e vitaminas lipossolúveis absorvidos pelo 
intestino. Em seguida, o líquido leitoso, quilo, é 
conduzido pelos vasos linfáticos viscerais para o ducto 
torácico, e daí para o sistema venoso 
 Formação de um mecanismo de defesa do corpo: 
Quando há drenagem de proteína estranha de uma área 
infectada, anticorpos específicos contra a proteína são 
produzidos por células imunologicamente competentes 
e/ou linfócitos e enviados para a área infectada. 
COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO 
 
PLEXOS LINFÁTICOS 
 Redes de capilares linfáticos cegos ( extremidade 
fechada, sem comunicação com outros vasos) 
 se originam nos espaços extracelulares (intercelulares) 
da maioria dos tecidos. 
 formados por um endotélio muito fino, que não tem 
membrana basal  proteínas plasmáticas, bactérias, 
resíduos celulares, e até mesmo células inteiras 
(principalmente linfócitos), entram neles com facilidade 
junto com o excesso de líquido tecidual 
VASOS LINFÁTICOS 
 rede presente em quase todo o corpo 
 vasos de paredes finas que têm muitas válvulas 
linfáticas 
- in vivo, há saliências nos locais de cada uma das 
válvulas, que estão bem próximas, o que deixa os vasos 
linfáticos com a aparência de um colar de contas. 
 Os capilares e os vasos linfáticos estão presentes em 
quase todos os lugares onde há capilares sanguíneos, 
- com exceção, dos dentes, ossos, medula óssea, 
músculos esqueléticos e todo o sistema nervoso central 
(o excesso de líquido tecidual drena para o líquido 
cerebrospinal) 
 Vasos Linfáticos Superficiais = mais numerosos que as 
veias no tecido subcutâneo, se anastomosam 
livremente, acompanham a drenagem venosa e 
convergem para ela. Drenam nos vasos linfáticos 
profundos 
 ANATAMIA 1 
 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
2 
 Vasos Linfáticos Profundos = acompanham as artérias e 
também recebem a drenagem de órgãos internos. 
- é provável que também sejam comprimidos pelas 
artérias que acompanham, o que leva ao ordenhamento 
da linfa ao longo desses vasos que têm válvulas, da 
mesma forma descrita antes sobre as veias 
acompanhantes. 
 
Determinantes do Fluxo Linfático: 
o Contração muscular 
o Pulsação artérias vizinhas 
o Gradiente pressórico 
o Válvulas 
 
 Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam 
os linfonodos (geralmente vários conjuntos) em seu 
trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à 
medida que se fundem com vasos que drenam regiões 
adjacentes. 
 Os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos 
coletores, denominados troncos linfáticos, que se unem 
para formar o ducto linfático direito ou ducto torácico. 
 
Obs.: Embora esse seja o padrão de drenagem típico da 
maior parte da linfa, os vasos linfáticos comunicam-se 
livremente com as veias em muitas partes do corpo. Sendo 
assim, a ligadura de um tronco ou mesmo do próprio ducto 
torácico pode ter apenas um efeito transitório enquanto se 
estabelece um novo padrão de drenagem por intermédio 
das anastomoses linfaticovenosas — e posteriormente 
interlinfáticas — periféricas. 
 
DUCTO LINFÁTICO DIREITO 
 Drena linfa do quadrante superior direito do corpo 
(lado direito da cabeça, pescoço e tórax, além do 
membro superior direito). 
 Na raiz do pescoço, entra na junção das veias jugular 
interna direita e subclávia direita, o ângulo venoso 
direito 
DUCTO TORÁCICO 
 Drena linfa do restante do corpo. 
 os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do 
corpo unem-se no abdome, algumas vezes formando 
um saco coletor dilatado, a cisterna do quilo. A partir 
desse saco (se presente), ou da união dos troncos, o 
ducto torácico ascende, entrando no tórax e 
atravessando-o para chegar ao ângulo venoso esquerdo 
(junção das veias jugular interna esquerda e subclávia 
esquerda). 
TRONCOS 
 Jugulares: linfa da cabeça e pescoço 
 Broncomediastinais: linfa do tórax 
 Subclávios: linfa dos MMSS 
 Lombares: linfa dos MMII 
 Intestinais: linfa das vísceras abdominais e pélvica  
tronco único 
 
LINFONODOS 
Pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo 
do trajeto dos vasos linfáticos, que filtram a linfa em seu 
trajeto até o sistema venoso 
- linfa = líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é 
conduzido por vasos linfáticos. Geralmente, a linfa 
transparente, aquosa e ligeiramente amarela tem 
composição semelhante à do plasma sanguíneo 
ÓRGÃOS LINFOIDES 
 Partes do corpo que produzem, maturam e 
‘apresentam’ linfócitos 
- linfócitos = células circulantes do sistema imune que 
reagem contra materiais estranhos 
 Primários = produzem e maturam linfócitos 
o Timo: maturação linfócitos B 
- involui a partir da puberdade (converte-se em 
gordura 
- no mediastino 
direito e 
esquerdo 
 
Troncos Jugulares Troncos Subclávios 
Troncos Bronco-
mediastinais 
Ducto Torácico (esquerda) Ducto Linfático Direito 
(direita) 
Tronco Intestinal Troncos Lombares 
Cisterna do Quilo 
Veia subclávia 
direita 
V. subclávia 
esquerda 
 ANATAMIA 1 
 
VITÓRIA NOVAIS - MED 
3 
o Medula óssea vermelha: maturação de 
linfócitos B 
- vértebras, ossos do quadril, costelas e esterno 
 Secundários = maturam e apresentam os antígenos aos 
linfócitos 
o Linfonodos: apresentam antígenos 
- reação inflamatória = aumentam de tamanho 
- aferência pela parte convexa (maior) 
- eferência pela parte côncava (menor) 
 
o Baço: filtra o sangue 
- polpa branca = rica em linfonodos 
- polpa vermelha = rica em hemácias 
- mole e friável = facilmente lesado 
- hemocaterese = eliminação de células sanguíneas 
envelhecidas 
o Tonsilas: massas pequenas de tecido linfoide 
incluídas da mucosa de revestimento das 
cavidades bucal e faríngea 
- tonsila palatina = amigdala, 
- tonsila faríngea = adenoide 
- tonsilas linguais = defesa adicional 
- excesso= patológico  Placas de Pay 
o MALT (tecido linfoide associado a mucosa)  
Nódulos linfáticos solitários e agregados nas 
paredes do sistema digestório e no apêndice 
vermiforme. 
ANATOMIA NA CLÍNICA 
DISSEMINAÇÃO DO CÂNCER 
O câncer invade o corpo por contiguidade (crescimento para 
o tecido adjacente) ou por metástase (a disseminação de 
células tumorais para locais distantes do tumor original ou 
primário). 
 
A metástase pode ocorrer de três formas: 
1. Semeadura direta das membranas serosas das 
cavidades corporais 
2. Disseminação linfogênica (pelos vasos linfáticos) 
3. Disseminação hematogênica (pelos vasos 
sanguíneos). 
 
É surpreendente que muitas vezes até mesmo uma fina 
lâmina fascial ou membrana serosa impeça a invasão 
tumoral. No entanto, quando um câncer penetra um espaço 
potencial, é provável que haja semeadura direta das 
cavidades — isto é, de suas membranas serosas. 
A disseminação linfogênica é a via mais comum de 
disseminação inicial de carcinomas (tumores epiteliais), o 
tipo mais comum de câncer. As células que se desprendem 
do tumor primário entram nos vasos linfáticos e seguem 
através deles. As células presentes na linfa são filtradas e 
aprisionadas pelos linfonodos, que assim se tornam locais de 
câncer secundário (metastático). 
O padrão de acometimento dos linfonodos pelo câncer 
segue as vias naturais da drenagem linfática. Assim, ao 
remover um tumor potencialmente metastático, os 
cirurgiões determinam o estágio da metástase (avaliam o 
grau de disseminação do câncer) removendo e examinando 
linfonodos que recebem linfa do órgão ou região na ordem 
em que a linfa normalmente passa por eles. Portanto, é 
importante que o médico conheça a drenagem linfática “de 
trás para a frente” — isto é, (1) que saiba quais linfonodos 
devem ser afetados quando um tumor é identificado em um 
determinado local ou órgão (e a ordem na qual recebem 
linfa) e (2) que seja capaz de determinar os prováveis locais 
de câncer primário (origens da metástase) quando é 
detectado um linfonodo aumentado. Os linfonodos 
cancerosos aumentam à medida que crescem as células 
tumorais em seu interior; entretanto, ao contrário dos 
linfonodos infectados edemaciados, geralmente não são 
dolorosos quando comprimidos. 
A disseminação hematogênica é a via mais comum para a 
metástase dos sarcomas (cânceres do tecido conjuntivo) 
menos comuns (porém mais malignos). Como as veias são 
mais abundantes e têm paredes mais finas, que oferecem 
menor resistência, a metástase ocorre com maior frequência 
por via venosa do que arterial. Como as células no sangue 
seguem o fluxo venoso, o fígado e os pulmões são os locais 
mais comuns de sarcomas secundários. Em geral, não é 
difícil o tratamento ou a retirada de um tumor primário, mas 
o tratamento ou a retirada de todos os linfonodos afetados 
ou de outros tumores secundários (metastáticos) pode ser 
impossível (Cotran et al., 1999). 
LINFANGITE, LINFADENITE, LINFEDEMA 
 Linfangite = inflamação secundária dos vasos linfáticos 
 Linfadenite = inflamação secundária dos linfonodos 
 
Esses distúrbios podem ocorrer quando o sistema 
linfático participa do transporte de substâncias químicas 
ou bactérias após lesão ou infecção grave. Os vasos 
linfáticos, normalmente ocultos, podem ser vistos como 
estrias vermelhas na pele, e os linfonodos sofrem 
aumento doloroso. Esse distúrbio é perigoso porque a 
infecção não contida pode causar septicemia. 
 
 Linfedema = um tipo localizado de edema, ocorre 
quando não há drenagem da linfa de uma área do corpo. 
Por exemplo, se os linfonodos cancerosos forem 
removidos cirurgicamente da axila, pode haver 
linfedema do membro. Os tumores de células sólidas 
podem penetrar os vasos linfáticos e formar pequenos 
êmbolos celulares, que podem se desprender e seguir 
até os linfonodos regionais. Dessa forma, pode haver 
disseminação linfogênica adicional para outros tecidos e 
órgãos. 
 
LINFONODO SENTINELA 
O primeiro linfonodo que pode receber as células 
cancerígenas de um tumor. No caso do câncer de mama, ele 
está localizado na axila, perto da mama, e sua análise 
permite ver os riscos de metástase, ou seja, se o tumor se 
espalhou para o sistema linfático. 
 
Reduz velocidade do fluxo  filtração

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