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NR 10 
COMPLEMENTAR 
SEP 
 
 
1 
 
 
 
 
 
A MA CONSULTORIA E TREINAMENTOS é uma 
empresa que foi criada em 2006, e está localizada em 
Belo Horizonte. Tem como objetivo principal buscar 
melhor atendimento e esclarecimentos aos clientes 
sobre as normas regulamentadoras, segurança do 
trabalho, engenharia elétrica, treinamentos, 
consultorias e cursos de capacitação profissional. Hoje 
a MA é conhecida como "Centro de Treinamentos 
Especializado em Segurança do Trabalho" e tem o 
orgulho de afirmar que por nossas salas de aulas e 
sites já foram capacitamos mais de 3500 alunos no 
curso de NR10 e mais de 8 mil alunos se contarmos os 
nossos outros treinamentos como as RAC`s da Vale, 
Espaço Confinado NR 33, Trabalho em Altura NR 35, 
CIPA, NR6, NR11, NR12 e outros. 
 
 
 
1- 
 
2- 
 
3- 
Introdução 
 
Organização do sistema elétrico de potência 
 
Organização do trabalho 
3 
4 
6 
4- Aspectos comportamentais 9 
5- 
 
6- 
 
7- 
Condições impeditivas para serviços 
 
Riscos no SEP e sua prevenção 
 
Técnicas de análise de risco no SEP 
11 
12 
15 
8- 
 
9- 
Procedimentos de trabalho – análise e discussão 
 
Técnicas de trabalho sobtensão 
18 
22 
10- Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, 
conservação, verificação, ensaio) 24 
11- 
 
12- 
Subestações: Tipos, Equipamentos e Proteção 
 
Sistemas de proteção coletiva 
28 
48 
13- Equipamentos de proteção individual 55 
14- 
 
15- 
 
16- 
Posturas e vestuários de trabalho 
 
Sinalização e isolamento de áreas de trabalho 
 
Liberação de instalação para serviço e para operação e uso 
59 
66 
68 
17- 
 
18- 
Acidentes típicos – Análise, discussão, medidas de proteção 
 
Responsabildades 
70 
72 
2 
 
 
1- Introdução 
O treinamento de segurança em sistema elétrico de potencia (SEP) e em suas 
proximidades, instituído pela Norma Regulamentadora Nº 10, publicada pela 
portaria Nº 598, de 7 de dezembro de 2004 pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, tem como principal objetivo a segurança e a s aúde de todos os 
trabalhadores que exerçam suas atividades dentro das zonas controladas e de 
risco,influenciando em todo o processo de gestão das empresas e levando a 
empregados e empregadores, a refletirem melhores maneiras de trabalhar em 
locais com alto risco de acidentes no setor elétrico. Neste contexto, pode -se 
verificar a grande importância da conscientização das empresas, no sentido de 
capacitar adequadamente os profissionais que atuam no SEP ou em suas 
proximidades. 
Esta apostila representa uma contribuição para o treinamento de segurança em 
instalações e trabalho em eletricidade proposto pela NR-1 0 em sistemas elétricos 
de potência, e se propõe a apresentar os assuntos, tentando formar um espírito de 
segurança e saúde nos trabalhadores. 
3 
 
 
 
 
2- Organizações do sistema elétrico de potência 
10.1- OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 
10.1.2 – Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, 
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das 
instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, 
observando as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência 
ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. 
 
10.7- TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO 
10.7.1 – Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta 
tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas 
e de risco, conforme o anexo II deve atender ao disposto no item 10.8 desta NR. 
A e n e r g ia e lé t r ica q u e a l im e n t a a s 
indústrias, comércio e nossos lares é 
g e r a d a p r i n c i p a l m e n t e e m u s i n a s 
hidrelétricas, onde a passagem da água 
por turbinas geradoras transforma a 
energia mecânica, originada pela queda 
d’água, em energia elétrica. No Brasil a 
GERAÇÃO de energia elétrica é 80% 
produzida a partir de hidrelétricas, 11% 
por termoelétricas e o restante por outros 
processos. A partir da usina a energia é 
transformada, em estações elétricas, a 
elevados níveis de tensão e transportada 
em corrente alternada (60 Hertz) através 
de cabos elétricos, até as estações 
rebaixadoras, delimitando a fase de 
TRANSM ISSÃO. 
4 
10.7.2 – Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de 
segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas 
proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações 
estabelecidas no anexo III desta NR. 
 
 
 
Já na fase de DISTRIBUIÇÃO, nas proximidades dos centros de consumo, a energia 
elétrica é tratada nas estações, com seu nível de tensão rebaixado e sua qualidade 
controlada, sendo transportados por redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas 
por estruturas (postes, torres, dutos subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e 
transformadores para novos rebaixamentos, e finalmente entregue aos clientes Industriais, 
comerciais, de serviços e residências em níveis de tensão variáveis, de acordo com a 
capacidade de consumo instalada de cada cliente consumidor. 
Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de 
Potência (SEP), definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos 
destinados à operação, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição 
inclusive. 
Com o objetivo de uniformizar o entendimento é importante informar que o SEP trabalha 
com vários níveis de tensão, classificadas em alta e baixa tensão e normalmente com 
corrente elétrica alternada (60 Hertz – Hz). 
Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras Registradas) 
considera-se ―baixa tensão‖, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 
volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 
em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera -se 
―alta tensão‖, a tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts 
corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
Dessa forma, podemos dizer que o SEP é representado por: 
GERAÇÃO – Usinas hidrelétricas, termoelétricas, termonucleares, eólicas , 
solares, etc. 
ESTAÇÃO ELEVADORA – Nas proximidades da usina geradora eleva a tensão a 
ser transmitida. 
LINHAS DE TRANSMISSÃO – Interliga a estação elevadora às SE’s das cidades 
e dos grandes consumidores. 
SUBESTAÇÕES – Recebe a energia em extra-alta tensão e abaixa a níveis 
menores, chegando à MT (alimentadores da distribuição). 
MÉDIA TENSÃO – Alimentadores da distribuição NBR 14039 – tensão entre 1 KV 
a 36.2 KV. 
CIRCUITOS DE BAIXA TENSÃO – Onde os transformadores recebem a MT e 
libera no secundário baixa tensão para entrega ao comércio e residências. 
ENTRADA DE SERVIÇO – Ponto de entrega de energia ao consumidor inclusive 
disjuntor de caixa de medição. 
em 
5 
 
 
 
 
3- Organizações do trabalho 
No SEP, assim como em qualquer trabalho com eletricidade, é de fundamental 
importância, que o mesmo 
estruturado de organização, 
e lé t rica p ode ap resen ta r. 
organização com: 
seja desenvolvido com critérios rígidos e bem 
isto devido ao alto grau de risco que a energia 
De sta f o rma po demo s p ro grama r uma boa 
3 . 1 P r o g r a m a ç ã o e p l a n e j a m e n t o d o s s e r vi ç o s – R e p r e s e n t a d o 
principalmente pelos procedimentos padronizados de quaisquer serviços 
realizados em eletricidade, bem como a utilização de técnicas de 
risco necessários ao desempenho e segurança dos trabalhadores ; 
Ex: inspeção geral em TP’s e TC’s externos de alta tensão. 
análise 
6 
 
 
 
 
3.2 Trabalhos em equipe – De vital importância ao desenvolvimento dos 
trabalhos em sistemas elétricos, principalmente no que diz respeito ao SEP. 
É no momento do diálogo com a equipe, que o responsável pela mesma vai 
determinar quaisas funções de cada membro que compõe o conjunto, bem 
como a observância de alguns fatores que podem prejudicar a segurança e a 
saúde dos trabalhadores 
familiares, de saúde e etc; 
envolvidos tais como problemas financeiros, 
7 
3º passo 
 
Riscos 
 
Forma de controle e 
prevenção 
 
EPI’s 
 
EPC’s / 
Ferrame 
ntas 
Tempo 
 
Manobrar 
equipamentos 
energizados 
 
V' Explosão de 
equipamentos; 
V' Projeção dos 
fragmentos 
V' Choque 
elétrico; 
V' Lesão por 
impacto. 
 
V' Postura 
ergonômica correta; 
V' Boa comunicação 
com o CO; 
V' Certificar que as 
seccionadoras a serem 
aberta/fechadas 
estejam 
desenergizadas; 
V' Certificar que os 
disjuntores /inseridos 
estejam desligados; 
V' Manter distância 
de segurança no 
momento da operação 
V' Atenção ao 
desnível do solo; 
V' Após a manobra, 
esperar 30 minutos 
antes de iniciar as 
atividades 
 
V' Vestimenta 
de segurança 
anti-chamas; 
V' Capacete 
de segurança; 
V' Óculos de 
segurança; 
V' Luva de 
proteção em 
vaqueta; 
V' Luva de 
borracha 
isolante classe 
2; 
V' Calçado de 
segurança. 
 
 00:09:00 
 
 
 
 
 
3.3 Prontuário e cadastro das instalações - Previsto no item 10.2.4 da NR 10, 
é um conjunto organizado de memória de uma instalação elétrica, onde a 
empresa deve ordenar disponibilizar para consultas e dar conhecimento a 
todos os trabalhadores autorizados em atividades com energia elétrica, dos 
procedimentos de trabalho, esquemas elétricos, testes feitos 
EPC’s, treinamentos realizados, plano de emergência e outros. 
em EPI’s e 
Dependendo da atividade, os documentos relacionados à atividade, podem estar: 
> Na subestação (diagramas unifilares e diagramas específicos); 
> Em pasta em poder da turma de trabalho (procedimentos gerais); 
> Na intranet para consulta e impressão (tudo). 
 
São funções do Prontuário: 
> Ordenar, disponibilizar para consultas e dar conhecimento a todos os 
trabalhadores autorizados; 
> Disponibilizar para consultas às autoridades competentes; 
> Atualizar e manter atualizados procedimentos de trabalho, esquemas 
elétricos, testes feitos em EPI’s e EPC`s, treinamentos realizados, plano de 
emergência e outros. 
O prontuário das instalações elétricas é composto pelos seguintes itens: 
> Laudo técnico das instalações; 
> Relatório técnico das instalações; 
> Certificado das instalações elétricas. 
8 
 
 
3.4 Métodos de trabalho – analisar de que maneira vai ser realizado o trabalho, 
tais como: 
 
> Desligado, energizado, desenergizado; 
> Ao contato, potencial, distância ou proximidade; 
> Tipo de padrão técnico da atividade; 
> Se com pessoal próprio ou de terceiros; 
> Quais os recursos materiais e humanos utilizados. 
3.5 Comunicação 
É de extrema importância, que haja comunicação entre a equipe de trabalho e o 
pessoal do centro de operação, comunicação permanente, principalmente nos 
momentos mais críticos do desenvolvimento das atividades. 
A comunicação entre os membros da equipe deverá ser feita também, 
comunicando ao responsável qualquer anomalia ou risco decorrente do ambiente 
de trabalho ou outro que prejudique o perfeito andamento das atividades. 
Essa comunicação deve ser feita, pref erencialmente via rádio comunicação, 
estando o aparelho dentro dos padrões de exigência em relação à compatibilidade 
eletromagnética, evitando assim, interferências prejudiciais ao sistema. 
4- Aspectos comportamentais 
Diariamente no local de trabalho, estamos em contato com pessoas, trabalhamos 
em serviços que necessitam de máxima atenção etc. Entretanto, essas 
características intrínsecas dos trabalhos, principalmente aquelas que envolvem 
alta tensão, dependem de uma necessidade chamada motivação. 
4.1 A teoria de Maslow 
 
Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades 
humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com 
força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é 
preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou 
proveniente do próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo 
Motivacional. 
 
Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo 
que poderá assumir várias atitudes: 
> Comportamento ilógico ou sem normalidade; 
> Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida; 
 
9 
10.7- TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO 
 
10.7.9 – Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como 
aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que 
permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o 
centro de operação durante realização do serviço. 
 
 
> Nervosismo, insônia, distúrbios circulatório-digestivos; 
> Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; 
> Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às 
modificações, insegurança, não colaboração, etc. 
Q uan do a ne ce ssid ade n ão é sat isfe ita e nã o sob re vin do 
anteriormente mencionadas, n ão signif ica que o indivíduo 
eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será 
a s situa ções 
permanecerá 
transferida ou 
compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida 
pessoal. 
 
A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de 
motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma 
hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no 
momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, 
exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas ou 
nenhumas pessoas procurarão reconhecimento pessoal e status se suas 
necessidades básicas estiverem insatisfeitas. 
 
O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo próprio 
Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre 
Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou as necessidades básicas 
como elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivíduo não 
sente única e exclusivamente necessidade financeira. 
 
Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades 
humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de 
importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão às necessidades mais 
baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as 
necessidades de auto realização) 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
Necessidade de auto- realização; 
Necessidade de status e estima; 
Necessidades sociais (afeto); 
Necessidades de segurança; 
Necessidades fisiológicas. 
De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do 
indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. 
necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça 
privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade 
associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca 
As 
ou 
de 
de 
amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolve a auto-apreciação, a 
autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio 
e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o 
mundo, independência e autonomia. A necessidade de auto- realização consiste de cada 
pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente. 
10 
 
 
 
 
5- Condições impeditivas para serviços 
Todo e qualquer elemento que ocasione riscos à vida e saúde dos trabalhadores, 
deverão ser tratados como condições impeditivas para serviços, dessa forma 
temos: 
> Ferramentas com isolação deteriorada, 
> Falta de procedimentos específicos e detalhados para a tarefa; 
> Inexistência ou análise de risco ineficaz paraa tarefa; 
> Ordem de serviço, falta de comunicação; 
> Falta ou insuficiência de EPC’s e EPI’s, etc. 
10.7- TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO 
10.7.3 – Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como 
aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência (SEP), não podem ser 
realizados individualmente. 
10.7.4 – Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como 
aqueles que interajam no SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de 
serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área. 
10.7.6 – Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser 
realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por 
profissional autorizado. 
11 
10.6- SEGURANÇAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 
 
10.6.3 – Os serviços em instalações elétricas energizadas, ou em proximidades 
devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os 
trabalhadores em perigo. 
 
 
10.9 - SEGURANÇAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS 
10.9.5 – Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente 
poderão ser realiz ados mediante permissão para t rabalho com liberação 
formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que 
determina a classificação da área. 
 
10.14 – DISPOSIÇÕES FINAIS 
10.14.1 – Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de 
recusa, sempre que constatarem evidências de risco grave e iminente para sua 
segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato ao 
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. 
 
6- Riscos no SEP e sua prevenção 
 
Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores no setor de energia elétrica, são 
via de regra elevados, podendo levar a lesões de grande gravidade e são 
específ icos a cada tipo de atividade, inclusive ocasionando a morte do 
trabalhador. 
A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de risco ao homem, sua 
ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com conseqüências diretas ou 
indiretas. Também apresente risco devido à possibilidade de ocorrências de 
curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico, originando grandes 
incêndios e explosões. 
É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o rico 
elétrico, tampouco pode prescindir das medidas de controle coletivas e individuais 
necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de 
manobra, contato acidental com ouros circuitos energizado, tensões induzidas por 
linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que 
distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros e etc. 
Desse modo podemos analisar alguns desses riscos, tais como: 
seu 
12 
 
 
 
 
 
 
6.1 Proximidades e contatos com partes energizadas 
 
É o principal causador de acidentes no 
setor, ocasionando no fenômeno do 
choque elétrico. 
O choque elétrico constitui-se em um 
estímulo rápido e acidental sobre o 
sistema nervoso devido à passagem 
d e c o r r e n t e e l é t r i c a , a c i m a d e 
determinado valor, pelo corpo humano. 
Seus efeitos diretos são contrações 
musculares, tetania, queimaduras. 
( i n t e r n a s e e x t e r n a s ) , p a r a d a 
respiratória, parada cardíaca, eletrólise 
de tecidos, f ibrilação ventricular e 
morte. 
Seus efeitos indiretos são quedas, 
b a t i d a s , q u e i m a d u r a s i n d i r e t a s 
(externas) e etc. A extensão do dano 
d o c h o q u e e l é t r i c o d e p e n d e d a 
magnitude da corrente elétrica, do 
caminho por ela percorrido no corpo 
humano, tempo de duração e etc. 
6.2 Indução e campos eletromagnéticos 
É gerado quando da passagem da corrente elétrica alternada nos meios 
c o n d u t o r e s . O s e f e i t o s d a n o so s d o c a m p o e l e t r o m a g n é t i c o n o s 
trabalhadores se manifesta especialmente quando da execução de 
serviços na transmissão e distribuição de energia elétrica, nos quais se 
empregam elevados níveis de tensão. 
13 
 
 
 
 
Os efeitos possíveis no organismo 
humano decorrente da exposição ao 
c a m p o e l e t r o m a g n é t i c o s ã o d e 
natureza elétrica e magnética. 
Quanto aos de origem magnética 
citamos os efeitos térmicos, 
e n d ó c r i n o s e s u a s p o s s í v e i s 
patologias produzidas pela interação 
das cargas elétricas com o corpo 
humano. 
Nã o h á co m p ro va çã o cie n t íf ica , 
porém há indícios de que a radiação 
e l e t r o m a g n é t i c a c r i a d a n a s 
proximidades de meios com elevados 
níveis de tensão e corrente elétricas, 
podem provocar a ocorrência de 
câncer, leucemia e tumor no cérebro. 
Contudo é certo que essa situação 
 
promove nocividade térmica (interior 
organismo humano. 
Especial atenção aos trabalhadores 
do corpo) e efe itos endócrinos no 
expostos a essas condições, que 
possuam em seu corpo próteses metálicas (pinos, encaixes, articulações), 
pois a radiação promove aquecimento intenso nos elementos metálicos 
podendo provocar as necroses ósseas, bem como aos trabalhadores 
portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca -passo, 
auditivos, dosadores de insulina, etc..), pois a radiação interfere nos 
circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento desses. 
 
6.3 Descargas atmosféricas 
Esses fenômenos são muito comuns em linhas de transmissão, e 
subestações, devido a isso, principal meio de proteção são as proteções 
contra descargas atmosféricas (SPDA). 
N o c a s o d e s u b e s t a ç õ e s s i m p l i f i c a d a s , p o d e m o s c i t a r a l g u m a s 
recomendações: 
v' Nas subestações com ramal de entrada subterrâneo devem ser 
instalados três pára-raios (um por fase), diretamente ligados aos 
condutores do interior da subestação primária, logo após o terminal 
interno do cabo subterrâneo. 
v' A ligação dos pára-raios à malha de aterramento deve ser feita com 
cabo de cobre, seção mínima de 25mm2, com isolação na cor verde 
para 750 v, ou em eletroduto de PVC, independente dos demais 
condutores de aterramento, tão curto e retilíneo quanto possível e 
sem emendas ou quaisquer dispositivos que possam causar sua 
interrupção, observando-se que na haste ou eletrodo da malha, 
14 
 
 
utilizado para essa ligação, não devem ser conectados quaisquer 
outros condutores de aterramento. 
6.4 Choques causados por acoplamento capacitivo (estática) 
Esses tipos de choques ocorrem devido ao acoplamento existente entre o 
corpo humano e objetos energizados (cabos, barramentos etc..) em alta 
tensão. O acoplamento capacitivo resulta em uma corrente elétrica induzida 
sobre o objeto não energizado ou o corpo humano. Tal corrente de origem 
capacitiva, é conhecida como corrente de deslocamento. 
No caso do homem, estando o mesmo isolado da terra (através de botas, 
luvas e etc.), uma corrente de deslocamento ira circular em seu corpo. 
Nesta situação, pode existir uma grande diferença de potencial entre o 
corpo humano e a terra, que pode chegar a alguns KV, não se tratando, 
portanto, de um caso clássico de eletrostática e sim de um caso de quase 
estática. Essa tensão quando muito elevada pode ocasionar em choques 
observados nas subestações. 
Para evitar tais choques, recomenda-se utilizar pulseiras antiestáticas, 
utilizadas primordialmente para que não sejam acumuladas cargas elétricas 
no corpo humano, com uma conseqüente descarga eletrostática. 
 
6.5 Trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais 
Considerando que trabalho em altura é qualquer atividade que o 
trabalhador atue acima do nível do solo, se o mesmo for desenvolvido 
acima de 2 metros, é obrigatório, alem de EPI’s básicos a utilização do 
cinturão de segurança tipo pára-quedista. 
Para a realização de atividades em altura, os trabalhadores devem:v' Possuir os exames específicos da função comprovados no ASO 
(atestado de saúde ocupacional); 
v' Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando 
as atividades caso sinta qualquer alteração em suas condições; 
v' Estar treinado e orientado sobre rodos os riscos envolvidos. 
 
7- Técnicas de análise de risco no SEP 
 
7.1 Introdução 
Acidentes acontecem, porém o potencial de acidentes industriais causados pelo 
homem tem crescido com o desenvolvimento tecnológico. 
O manuseio de materiais perigosos em quantidades acima de valor limite, 
específico para cada tipo de substância, exigem o estabelecimento de um 
programa de gerenciamento de Riscos a fim de garantir padrões mínimos de 
segurança, tanto para os empregados de uma empresa como para o público 
externo e o meio ambiente. 
O responsável pela prevenção de acidentes industriais nas suas instalações é 
sempre o gerente, que deve manter sistemas de avaliação e gerenciamento dos 
15 
 
 
riscos de forma a reduzir as probabilidades de acidentes e a minimizar as suas 
conseqüências. Gerenciamento do risco 
 
Para se Gerenciar Riscos é necessária, em primeiro lugar, uma mudança no 
conceito de Segurança Industrial, tanto no aspecto da prevenção como no aspecto 
da ação. 
A Segurança, no seu conceito inicial, visa à prevenção como ―minimização de 
acidentes com lesão pessoal com perda de tempo‖. A ênfase nas taxas de 
acidentes com afastamento era vista como metas e elemento diferenciador entre 
empresas, levando a que acidentes com alto potencial de perdas fossem 
―esquecidos‖ e não analisados em busca das causas básicas, pois não chegaram 
a causar acidentes pessoais com afastamento. 
No caso da Ação, a mudança é na forma de atuação gerencial. No conceito inicial, 
o responsável pela Segurança Industrial de uma indústria era centralizado em um 
órgão que tinha a função de prevenir e minimizar os acidentes na empresa.É óbvio 
que por mais competentes que fossem estes profissionais não poderiam estar em 
todos os lugares o tempo todo fazendo prevenção. Quem pode fazer a prevenção 
dos acidentes é o gerente e sua equipe de profissionais que conhecem os 
procedimentos operacionais, de manutenção, de inspeção, etc., ou seja, a 
responsabilidade pela Segurança tem de ser do Gerente e de toda a escala 
hierárquica de uma empresa, tendo dos profissionais de segurança, o apoio em 
termos de assessoria e de consultoria para assuntos específicos de Segurança 
Industrial. 
Para se gerenciar o Risco é necessário conhecê-los, analisá-los, tomar ações para 
reduzi-los e controlá-los. 
 
7.2 Análises de riscos 
 
A Análise de Riscos procura identificar antecipadamente os riscos nas instalações, 
processos, produtos e serviços, qualificar os Riscos associados para o homem, o 
meio ambiente e a propriedade, propondo medidas para o seu controle. 
Os passos para a avaliação dos Riscos são: 
> Identificar riscos; 
> Avaliar o risco; 
> Implementação medidas de controle. 
A avaliação dos Riscos consiste em se identificar como estamos lidando com os 
riscos nas nossas instalações, verificando os danos (conseqüências) e a 
freqüência (probabilidade) de ocorrência dos mesmos. 
7.3 Análises Preliminar de Risco 
 
A Análise Preliminar de Riscos (APR) é uma metodologia estruturada para 
i d e n t i f i c a r ― a p r i o r i ‖ o s R i s c o s d e c o r r e n t e s d a i n s t a l a ç ã o d e n o v a s 
unidades/sistemas ou da operação de unidades/sistemas existentes. 
Esta metodologia procura examinar as maneiras pelas quais a energia ou o 
material de processo pode ser liberado de forma descontrolada, levantando, para 
cada um dos riscos identificados, as suas causas, os métodos de detecção 
16 
 
 
 
 
disponíveis e os efeitos sobre os trabalhadores, a população circunvizinha e sobre 
o meio ambiente. Após, é feita uma avaliação qualitativa d esses riscos 
identificando-se, desta forma, aqueles que requerem priorização. Além disso, são 
sugeridas medidas preventivas e/ou mitigadoras dos riscos a fim de eliminar as 
causas ou reduzir as conseqüências dos cenários de acidente identificados. 
O escopo da APR abrange os eventos perigosos cujas causas tenham origem na 
instalação analisada, englobando tanto as falhas de componentes ou 
como eventuais erros operacionais ou de manutenção (falhas humanas). 
sistemas, 
17 
 
 
8- Procedimentos de trabalho – análise e discussão 
8.1 Procedimentos gerais de segurança 
Todo serviço deve ser planejado antecipadamente e executado por equipes 
devidamente treinadas e autorizadas, de acordo com a NR-10, e com a utilização 
de equipamentos aprovados pela empresa e em boas condições de uso. 
O responsável pelo serviço deverá estar devidamente equipado com um sistema 
que garanta a comunicação confiável e imediata com a área funcional responsável 
pelo sistema ou instalação, durante todo o processo de execução da atividade. 
8.2 Procedimentos gerais para serviços programados 
O empregado que coordenar a execução das atividades/trabalhos em sistemas e 
instalações elétricas desernegizadas, terá como responsabilidades: 
> Apresentar os projetos a serem analisados, com os respectivos estudos de 
viabilidade, tempo necessário para execução das atividades/trabalhos; 
> Definir recursos materiais e humanos para cumprimento do planejado; 
> Entregar os projetos que envolverem alteração de configuração do 
sistema e instalações elétricas à área funcional responsável. 
 
8.3 Avaliações dos desligamentos 
A área funcional responsável pelo sistema ou instalação, terá como atribuição, 
avaliar as manobras de forma a minimizar os desligamentos necessários com a 
máxima segurança, analisando o impacto (produção, indicadores, segurança dos 
trabalhadores, custos, etc.) do desligamento. 
 
8.4 Execuções dos serviços 
A equipe responsável pela execução dos serviços deverá providenciar: 
> Os levantamentos de campo necessários à execução do serviço; 
> Os estudos de viabilidade de execução dos projetos; 
> Todos os materiais, recursos humanos e equipamentos necessários para 
execução dos serviços nos prazos estabelecidos; 
> Documentação para solicitação de impedimento de equipamento; 
 
18 
10.11- PROCEDIMENTOS DE TRABALHO 
 
10.11.1 – Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados 
em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com 
descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que 
atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR. 
 
10.11.2 – OS serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de 
serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo no mínimo, o 
tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem 
adotados. 
 
 
Obs: Todo impedimento de equipamento deve ser oficializado junto à área 
funcional responsável, através do documento PES, ou similar. 
8.5 O PES (Pedido de Execução de Serviço) 
Documento emitido para solicitar a área funcional responsável pelo sistema ou 
instalação, o impedimento de equipamento, sistema ou instalação, visando à 
realização de serviços. 
Deve conter as informações necessárias à realização dos serviços, tais como: 
descrição do serviço, número do projeto, local, trecho/equipamento isolado, data, 
horário, condições de isolamento, responsável, observações, emitente, entre 
outros. 
 
8.5.1 Emissão do PES 
O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando de impedimentos distintos. 
Quando houver dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a 
coordenação do mesmo responsável, será emitido apenas um PES. 
Nos casos em que, para um mesmo impedimento, houver dois ou mais 
responsáveis, obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável, 
mesmo que pertença a mesma área. 
Quando na programação de impedimento houver alteração de configuração do 
sistema ou instalação, deverá ser encaminhada a área funcional responsável pela 
atividade, o projeto atualizado.Caso não exista a possibilidade de envio do projeto 
atualizado, é de responsabilidade do órgão executante elaborar um ―croqui‖ 
contendo todos os detalhes necessários, que garantam a correta visualização dos 
pontos de serviço e das alterações de rede a serem executadas. 
8.5.2 Aprovação do PES 
Depois de efetuar a programação e o planejamento da execução da atividade, a 
área funcional responsável, deixará o documento PES, disponível no sistema para 
consulta e utilização dos órgãos envolvidos. 
Ficará a cargo do gestor da área executante, a entrega da via impressa do PES 
aprovado, ao responsável pelo serviço, que devera estar de posse do documento 
no local de trabalho. 
Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do PES/AES, a área 
funcional responsável não autorizará a execução do desligamento. 
Para garantir a segurança de todos os envolvidos na execução das atividades, 
ca so e xist a m a is de u ma e qu ip e t raba lh a n d o em um mesm o t re cho , a 
normalização somente poderá ser autorizada pela área funcional responsável, 
após a liberação do trecho por todos os responsáveis. 
obs1: AES (Autorização para Execução de Serviço) é a autorização 
fornecida pela área funcional, ao responsável pelo serviço, liberando e 
autorizando a execução dos serviços. A AES é parte integrante do 
documento PES. 
obs2: Para todo PES deverá ser gerada uma Ordem de Serviço - OS ou 
Pedido de Turma de Emergência - PTE (ou documento similar). 
 
19 
 
 
Exemplo de execução de aterramento temporário em subestações 
 
Objetivo 
 
Esta instrução estabelece os procedimentos para aterramento temporário em 
ser subestações do sistema de potência, para 
executados com segurança. 
Exemplos de nomenclaturas encontradas: 
 
PIE – Pedido de Impedimento de Equipamento; 
ISR – Informação de Serviço; 
OIE – Ordem de Impedimento de Equipamento; 
TLE – Termo de Liberação de Equipamento; 
COS – Centro de Operação do Sistema; 
NST – Norma de Segurança no Trabalho; 
SE – Estação Transformadora de Distribuição; 
ESD – Estação do Sistema de Distribuição; 
EBC – Estação Banco de Capacitores; 
ECH – Estação de Chaves; 
PMF – Posto de Medição de Fronteira; 
EOC – Estação de Operação de Chaves; 
BA4 – Trabalhador orientado e advertido; 
BA5 – Trabalhador autorizado. 
 
Pré-requisitos para execução da atividade. 
que os trabal hos possam 
> Para a execução de qualquer atividade/tarefa todos os integrantes da 
equipe deverão ser capacitados ou habilitados e autorizados; 
 
> Emitir os documentos necessários, comentados no item 7.5. 
Procedimentos 
 
> Liberar os equipamentos relacionados ao trabalho a ser realizado. 
Conforme Manual de Procedimento de Trabalho; 
> Conferir a manobra referente ao equipamento entregue; 
> Proceder à sinalização do equipamento referido; 
> Testar os condutores, ou equipamento no qual se irá trabalhar, com 
dispositivo adequado, para certificar a ausência de tensão; 
> Identificar, sob os pontos de vista de segurança operacional e técnico, os 
melhores locais para a conexão dos grampos dos cabos de aterramento; 
> O aterramento temporário do equipamento ou condutor deve ser executado, 
atentando-se para: 
v' Não usar improvisações; utilizar o conjunto de aterramento 
temporário dimensionado para a classe de tensão; 
v' Na ação de levantamento do conjunto de aterramento proceder 
de forma a não forçar o bastão. 
> Todos os dispositivos para o aterramento temporário de um condutor ou 
equipamento deverão ser inspecionados antes de utilizados (conexões, 
20 
 
 
fixação dos grampos, integridade da isolação e do condutor, etc,); 
> Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com firmeza 
à malha terra e em seguida, a outra extremidade ao condutor do circuito, 
utilizando o bastão apropriado, repetir esta operação para os demais 
condutores do circuito; 
> Quando duas ou mais equipes estiverem trabalhando numa mesma 
subestação, cada responsável pelo serviço deve providenciar a instalação 
dos equipamentos de aterramento temporário necessários ao seu serviço, 
independente dos aterramentos temporários instalados pelas outras 
equipes. Cada equipe deve acatar as ordens apenas de seu respectivo 
responsável pelo serviço e atender as normas respectivas de aterramento; 
> Durante os testes para detecção de tensão e aterramento temporário do 
circuito e equipamentos, o pessoal não envolvido deve manter-se afastado 
do local do serviço. 
> Nos ensaios que exijam equipamentos não aterrados, os mesmos devem 
se r d e sca rre ga d o s e le t rica m e n te a t erra , se gu in d o p a ra isso o s 
procedimentos estabelecidos e específicos para cada equipamento. 
> Em toda remoção de ligações a terra, as seguintes regras devem ser 
obedecidas: 
v' O responsável pelo serviço deve verificar se o aterramento se 
relaciona com os serviços executados pela sua equipe; 
v ' C e r t i f i c a r - s e d a r e t i r a d a d a s f e r r a m e n t a s u t e n s í l i o s e 
equipamentos envolvidos no trabalho; 
v' Certificar se a instalação está apta a ser reenergizada; 
v' Certificar da remoção da zona controlada, de todos empregados 
envolvidos na tarefa. 
É E X P R E S S A M E N T E P R O I B I D O R E T I R A R O A T E R R A M E N T O 
TEMPORÁRIO QUE NÃO SEJA DE SUA RESPONSABILIDADE; 
Com o bastão apropriado, desconectar em primeiro lugar a extremidade 
liga d a a o co n d ut o r d o circu it o o u e quip a m e nt o e , e m segu id a , a 
extremidade ligada à malha terra. 
> 
> 
Ferramentas e materiais 
Materiais: Conjunto de aterramento temporário, detector de tensão. 
Ferramentas: Escadas extensíveis de madeira ou fibra, conforme norma vigente. 
 
Pessoas: Pessoal necessário (engenheiros, técnicos, eletricistas e operadores) 
autorizado a executarem as atividades. 
 
EPI’s: Capacete de segurança, óculos de segurança ―incolor ou escuro‖, Uniforme 
anti-chama, luva isolante de borracha e luva de proteção, cinturão de segurança 
com talabarte e botina de segurança. 
 
EPC’s: Fitas ou cordas refletivas, bandeiras refletivas, bandeiras imantadas 
refletivas, cones e grades não metálicas. 
Planejamento da tarefa: Elaborar o planejamento para a execução da tarefa, 
conforme a APT (Análise Preliminar da tarefa). 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
rede elétrica. Nesse m é t o d o é 
 
 
 
 
9- Técnicas de trabalho sobtensão 
9.1 Em linha viva 
Essa atividade pode ser realizada mediante a adoção de procedimentos que 
garantam a segurança dos trabalhadores. Nessa condição de trabalho as 
atividades podem se desenvolver mediante 3 métodos, abaixo descritos: 
9.1.1 Método ao contato 
O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica ao mesmo 
potencial da rede elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando 
equipamentos de proteção individuais adequados ao nível de tensão tais como 
botas, luvas e mangas isolantes e equipament o de 
cobertura e mantas isolantes. 
A figura ao lado, mostra manutenção 
utilizando o método ao contato, ou 
seja, o trabalhador está em contato com 
a rede elétrica, mas isolado da mesma. 
proteção coletiva como 
9.1.2 Método ao potencial 
 
É o método onde o trabalhador f i c a 
e m c o n t a t o d i r e t o co m a t e n s ã o d a 
l i n h a , n o m e s m o potencial da 
i m p o r t a n t í s s i m o o e m p r e g o d e m e d i d a s 
g a r a n t a m o mesmo potencial elétrico no corpo 
d e s e g u r a n ç a q u e 
inteiro do trabalhador, 
devendo s e r u t i l i z a d o c o n j u n t o d e vestimentas condutoras (roupas, 
botinas, luvas, capuzes), ligadas através de cabo condutor elétrico e cinto a 
rede objeto da atividade. São necessários treinamentos e condicionamentos 
específicos dos trabalhadores para tais atividades. 
9.1.3 Método à distância 
É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma 
distância segura, através do emprego de procedimentos,estruturas, 
equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes apropriados. São 
também necessários treinamentos e condicionamentos específicos dos 
trabalhadores em tais atividades.Nessa técnica, devem ser respeitadas as 
distâncias exigidas pela NR-1 0 (zona livre, zona controlada e zona de risco). 
22 
 
 
 
 
 
 
A figura abaixo mostra um exemplo para ponto 
energizado de 500 
KV. 
23 
 
 
10- Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, 
conservação, verificação, ensaio) 
10.1 Principais equipamentos que compões o SEP: 
> Máquinas rotativas; 
> Banco de baterias; 
> Transformadores e reguladores de tensão; 
> Condutores; 
> Disjuntores; 
> Cubículos blindados e barramentos blindados. 
 
10.1.1 Máquinas rotativas 
Nessa classe de equipamento se enquadram: 
> Motores; 
> Geradores; 
> Motogeradores; 
> Conversor rotativo. 
 
10.1.1.1Dispositivos de segurança 
> Limitadores de sobre velocidade; 
> Botões de parada de emergência; 
> Proteção contra sobrecarga; 
> Proteção contar curto-circuito; 
10.1.2 Sala de baterias 
 
Nessa classe de equipamento se enquadram 
> Bateria de chumbo ácido; 
> Bateria de níquel – cádmio; 
> Bateria de níquel – metal – hidreto. 
10.1.2.1 Dispositivos de segurança 
> Local com espaço suficiente para manutenção e inspeção; 
> Piso contra corrosão ácida; 
> Ventilação para não permitir o acúmulo de gases; 
24 
1 0 . 4 - S E G U R A N Ç A N A C O N S T R U Ç Ã O , M O N T A G E M , O P E R A Ç Ã O E 
MANUTENÇÃO. 
10.4.3 – Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e 
ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando 
se as características de proteção, respeitadas as recomendações dos fabricantes. 
10.7 – TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO 
 
10.7.8 - Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com 
materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a 
testes elétricos ou ensaios de laborat ório periódicos, ob edecendo -se as 
especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência destes, 
anualmente. 
 
 
 
 
 
 
> 
> 
> 
> 
Racks fixados e devidamente aterrados; 
Restrição de acesso a pessoas autorizadas; 
Instalação para áreas classificadas; 
Chuveiro lava olhos; 
10.1.3 Transformadores e reguladores de tensão 
Nessa classe de equipamento se enquadram 
> 
> 
> 
> 
Transformadores de força; 
Transformadores de potência; 
Reguladores sob carga; 
Reguladores série. 
 
Dispositivos de segurança: 10.1.3.1 
> Circuitos de proteção para primário 
e secundário; 
> Instalação respeitando as distâncias de segurança (horizontal e 
vertical); 
Tanques para contenção de óleo; 
Sistema de combate a incêndio apropriado; 
Parede corta fogo para transformadores a óleo; 
Restrição de acesso a pessoas autorizadas; 
> 
> 
> 
> 
10.1.4 Painéis blindados, cubículos e barramentos 
Nessa classe de 
equipamento se 
enquadram: 
 
Características específicas 
> 
> 
CCM 
Quadros elétricos; 
> 8BC1 – cubículos sem 
divisóriasinternas, tipo ―Metal Enclosed‖. 
8B D 1 – cu b ícu l os com di vi s ór i as 
internasisolantes correspondente ao tipo 
―Metal Glad‖, dividido em compartimento 
do disjuntor, do barramento, de conexão 
de cabos ede baixa tensão. 
Sólida construção e fácil manuseio 
a t r a v é s d e p o u c a s o p e r a ç õ e s e 
intertravamentos simples e seguros, que 
impedem manobras indevidas. 
Equipamentos de manobra em carro 
extraível. 
Aprovados no ensaio de arco voltaico 
> 
> 
> 
> 
interno, de acordo com as 
recomendações nº 2 da Pehla; norma 
IEC 298 – Anexos AA-11. 
25 
 
 
10.1.4.1 Dispositivos de segurança 
> 
> 
> 
Proteção contra sobrecarga e curto-circuito; 
Dispositivos de bloqueio; 
Sistemas de fixação adequado, respeitando-se a colocação 
fora de alcance, protegidos por barreira, invólucros ou 
obstáculos; 
> Proteção contra arco 
elétrico. 10.1.5 Para - raios 
Nessa classe de equipamentos se enquadram as proteções 
contra sobretensões, entre eles está o pára-raios poliméricos, óxido 
de zinco e carbeto de silício. 
10.1.5.1 Dispositivos de segurança 
> Proteção contra explosão do equipamento através de válvula 
de proteção; 
> Sinalização quando danificado. 
11- Subestações: Tipos, Equipamentos e Proteção. 
11.1 Conceitos Gerais 
 
11.1.1 Definição Básica de uma Subestação 
Uma subestação (SE) é um conjunto de equipamentos de manobra 
e/ou transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos 
usado para dirigir o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a 
sua diversificação através de rotas alternativas, possuindo dispositivos 
de proteção capazes de detectar o diferente tipo de faltas que ocorrem no 
sistema e de isolar os trechos onde estas faltas ocorrem. 
11.2 Classificações das SE’s 
As subestações podem ser classificadas quanto à sua função e a sua 
 
instalação. 
 Função no sistema elétrico: 
 Subestação Trans formadora 
É aquela que converte a tensão de suprimento para um nível diferente, maior 
26 
 
 
ou menor, sendo designada, respectivamente, SE Transformadora Elevadora 
 
e SE Transformadora Abaixadora. 
Geralmente, uma subestação transformadora próxima aos centros de 
 
geração é uma SE elevadora. Subestações no final de um sistema de 
transmissão, próximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma 
indústria é uma SE transformadora abaixadora. 
 Subestação Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento. 
É aquela que interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão, 
 
possibilitando a sua multiplicação. É também adotada para possibilitar o 
seccionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos 
sucessivos de menor comprimento. 
 Modo de instalação dos equipamentos em relação ao meio ambiente: 
 Subestação Externa ou Ao Tempo 
É aquela em que os equipamentos são instalados ao tempo e sujeitos , 
 
portanto às condições atmosféricas desfavoráveis de temperatura, chuva, 
poluição, vento, etc., as quais desgastam os materiais componentes, exigindo, 
portanto manutenção mais freqüente e reduzem a eficácia do isolamento. 
 Subestação Interna ou Abrigada 
É aquela em que os equipamentos são instalados ao abrigo do tempo, 
 
podendo tal abrigo consistir de uma edificação e de uma câmara subterrânea. 
Subestações abrigadas podem consistir de cubículos metálicos, além de 
 
subestações isoladas a gás, tal como o hexafluoreto de enxofre (SF6). 
27 
 
 
11.3Principais Equipamentos de uma Subestação e suas Funções 
 Equipamentos de Transformação 
→ Transformador de força 
→ T ran sf o rmad o re s d e in st rumen to s (t ran sf o rmad ores de corre nte e 
transformadores de potencial (capacitivos ou indutivos) 
Sem os transformadores de força seria praticamente impossível o 
 
aproveitamento econômico da energia elétrica, pois a partir deles foi possível 
a transmissão em tensões cada vez mais altas, possibilitando grandes 
economias nas linhas de transmissão em trechos cada vez mais longos. 
Já os transformadores de instrumentos (TC’s e TP’s) têm a finalidade de 
reduzir a corrente ou a tensão respectivamente a níveis compatíveis com os 
valores de suprimento de relés e medidores. 
Equipamentos de Manobra 
— D i s j u n t o r e s 
 
— Chaves seccionadoras 
Os disjuntores são os mais eficientes e mais complexos aparelhos de 
manobra em uso de redes elétricas, destinados à operação em carga, 
podendo sua operação ser manual ou automática. 
As chaves seccionadoras são dispositivos destinados a isolar equipamentos 
ou zonas de barramento, ou ainda, trechos de linhas de transmissão. 
Somente podem ser operadas sem carga, muito embora possam ser 
28 
 
 
operada sobtensão. 
Equipamentos para Compensação de Reativos 
— Reator derivação ou série 
 
— Capacitor derivaçãoou série 
 
— Compensador síncrono 
— Compensador estático 
Desses equipamentos o que é utilizado com mais frequência nas SE’s 
 
receptoras de pequeno e médio porte é o capacitor derivação. Assim, a 
abordagem do curso se concentrará neste equipamento que tem por 
finalidade básica corigir fator de potência do sistema elétrico . 
Equipamentos de Proteção 
→ P á r a - R a i o s 
 
→ R e l é s 
→ F u s í v e i s 
O pára-raios é um dispositivo protetor que tem por finalidade limitar os 
 
valores dos surtos de tensão transitastes que, de outra forma, poderiam 
causar severos danos aos equipamentos elétricos. Eles protegem o sistema 
contra descargas de origem atmosféricas e contra surtos de manobra. 
Os relés têm por finalidade proteger o sistema contra faltas, permitindo 
atra vés da atuação sobre disjuntores, o iso lamento dos trechos de 
localização das faltas. 
O fusível se destina a proteger o circuito contra curtos, sendo também um 
limitador da corrente de curto. Muito utilizado na indústria para a proteção de 
motores. 
Equipamentos de Medição 
Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais como 
corrente, tensão, freqüência, potência ativa e reativa, etc. 
11.3.1 SISTEMA DE SUPRIMENTO 
29 
da ConcBaessionária 
 
 
 
 
Em geral, a alimentação de uma industria é de responsabilidade da 
 
concessionária de energia elétrica. Assim, o sistema de alimentação vai 
depender da disponibilidade das linhas de transmissão existentes na região 
do projeto. 
O sistema de suprimento mais utilizado na indústria de pequeno e médio 
 
porte é o radial simples mostrado esquematicamente na Figura 1. 
Linha de 
Distribuição 
Barra SE 
SE - Indústria 
Chave 
Seccionadora 
Disjuntor 
Trafo 1 Trafo 2 
30 
 
 
 
 
11.3.2 PRINCIPAIS ESQUEMAS DE SUBESTAÇÕES DE MÉDIA TENSÃO 
Entre os vários esquemas de subestações de média tensão encontrados na 
prática, podem ser destacados, pela sua freqüência de utilização, a entrada 
direta e o barramento simples, descritos a seguir. 
11.3.2.1 Entrada direta 
Em SE’s receptoras com uma só entrada e um só transformador não é 
necessário barramento, podendo ser prevista uma alimentação 
 
Figura 2 mostra esquemas de subestações com entrada direta. 
direta. A 
Figura 2 Entrada Direta 
11.3.2.2 Barramento Simples 
Havendo mais de uma entrada, e/ou mais de um transformador em SE 
receptora o barramento simples é o esquema de maior simplicidade e menor 
 
custo, com confiabilidade compatível com este tipo de suprimento. A seguir 
 
são apresentadas figuras com as principais variações encontradas em SE’s 
31 
 
 
 
 
de barramento simples. 
→ F i g u r a A e B 
O defeito em qualquer transformador causa a abertura do disjuntor, 
 
desligando por completo a SE, cabe ao operador identificar a unidade 
afetada, isolá-la através 
 
religamento do disjuntor. 
dos respectivos seccionadores e providenciar o 
(A) (B) 
Figura C → 
Este esquema, utilizado em SE’s de maior porte, limita o desligamento ao 
transformador defeituoso, introduzindo disjuntor individual para cada 
 
transformador. O acréscimo de chaves de isolamento e de contorno ( by- 
pass) dá maior flexibilidade à operação, à custa de maior complexidade nos 
circuitos de controle (aumentando os intertravamentos) e de proteção 
(adicionando transferência de disparo no caso de contorno de um disjuntor). 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(C) 
As figuras D, E, F e G apresentadas a seguir mostram esquemas para SE’s 
 
com duas entrada radiais, com um ou mais transformadores. 
→ F i g ur a D 
Este esquema só permite a alimentação da SE por uma entrada de cada vez, 
mediante intertravamento adequado, obrigando o desligamento 
 
da carga quando for necessária a transferência de fonte. 
momentâneo 
(D) 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ F i g ur a E 
Se as entradas puderem ser ligadas em paralelo, obtém -se maior 
 
confiabilidade com o esquema E, onde cada entrada sendo dotada de 
disjuntor próprio pode ser desligada em caso de falha, independentemente 
de outra. Neste caso, o(s) disjuntor (es) não precisa(m) de chave de contorno 
face a existência da segunda entrada. 
(E) 
→ F i g u r a s F e G 
Havendo dois transformadores, pode ser seccionada a barra para tornar a 
operação mais flexível (F). Se for necessário evitar a interrupção total do 
suprimento ao ser desligado um transformador, instala-se um disjuntor para 
seccionar a barra (G). 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(F) 
(G) 
As SE’s receptoras destinadas às indústrias que aparecerem com maior 
freqüência são na faixa de tensão de 13,8 a 69 KV, prevalecendo em sua 
 
grande maioria as SE’s de pequeno porte (13,8 kV). Assim, serão enfatizados 
 
tanto os esquemas como o arranjo físico dessas SE’s. 
35 
 
 
 
 
 
 
11.4. ESQUEMAS DE MANOBRA E ARRANJOS DE SE’S RECEPTORAS 
11.4.1 Esquemas de Manobra de SE’s Receptoras 
Os esquemas mais utilizados são os da figura A para as SE’s de 13,8 KV e B 
 
para as SE’s acima de 13,8 até 69 KV. 
11.4.2 Arranjos Físicos de SE’s Receptoras 
Neste item serão apresentados alguns dos principais arranjos utilizados nas 
 
SE’s receptoras. 
11.4.2.1 Arranjos Físicos das Subestações de 13,8 KV 
Os principais tipos de arranjos físicos característicos das subestações de 
 
13,8 KV são: 
 SE 
Abrigada 
A Figura 3 apresenta um esquema típico de uma subestação abrigada em 
 
13,8 KV. 
Planta Baixa 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte A-A 
 
Figura 3 SE Abrigada 
Diagrama Unifilar 
 SE Ao Tempo 
As Figuras 4 e 5 mostram alguns detalhes de SE’s de 13,8 kV ao tempo. 
Figura 4 Vista Geral de SE de 13,8 KV Ao Tempo 
37 
 
 
 
 
Figura 5 Detalhe do Transformador: SE de 13,8 KV Ao Tempo 
 SE Semi-Abrigada 
A Figura 6 apresenta a planta baixa de uma SE semi-abrigada de 13,8 / 4,16 
 
KV. A Figura 7 mostra um corte. 
Figura 6 SE Semi-Abrigada: Planta Baixa – SE 13,8 / 4,16 kV 
38 
 
 
 
 
Figura 7 SE Semi-Abrigada: Corte A-A – SE 13,8 / 4,16 KV 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 SE Blindada ao Tempo A Figura 
8 
apresenta uma SE blindada ao tempo. 
Vista Frontal com Portas Externas Abertas 
Diagrama Unifilar 
Figura 8 SE Blindada ao Tempo 
SE Blindada Abrigada 
A Figu ra 9 m ost ra uma SE b lin dada ab riga da. P ode -se ob se rva r o 
 
transformador seguido de um disjuntor e TI’s. 
40 
Legenda 
 
 
 
1 – Seccionador de entrada 
 
2 – Seccionador do disjuntor 
 
3 – Disjuntores Principais 
 
4 – Comandos Auxiliar Geral 
 
5 – Conector de Ligação neutro/terra 
 
6 – Bloqueios Elétricos 
 
7 – Caixas de Medição 
 
8 – Entradas dos Cabos 
 
9 – Saída dos Cabos 
 
 
 
 
 
 
Corte A-A 
Corte B-B Diagrama Unifilar 
Figura 9 
SE 
Blindada 
Abrigada 
Vista Frontal 
 
 
 
 
 
 
11.4.2.2 Arranjo Físico de uma Subestação de 69 KV 
As Figuras 10 a 13 apresentam a vista geral e detalhes de equipamentos de 
 
uma SE de 69 kV. 
Figura 10 Visão Geral: SE 15 MVA – 69 / 4,16 kV 
Figura 11 Detalhe de Disjuntor de 69 KV a PVO 
42 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 Detalhe de TI’s de SE de 69 KV 
Figura 13 Detalhe de um Transformador de uma SE de 69 KV 
Na Figura 14 pode ser vista uma chave seccionadora de 69 KV com dupla 
 
abertura lateral montada horizontalmente. 
43 
 
 
 
 
Figura 14 Detalhe de Chave Seccionadora de uma SE de 69 kV 
11.5 TABELAS PARA PROJETO DE SUBESTAÇÕES 
Figura 15 Afastamento dos Barramentos de SE de 13,8 KV 
44 
Serviço Interno 
 
Serviço Externo 
 
 
Fase-Fase 
 
(mm) 
 
 
Fase-Neutra 
 
(mm) 
 
 
Fase-Fase 
 
(mm) 
 
 
Fase-Neutra 
 
(mm) 
 
Mín 
 
Recomendado 
 
Mín 
 
Recomendado 
 
Mín 
 
Recomendado 
 
Mín 
 
Recomendado 
 
150 
 
200 
 
115 
 
150 
 
170 
 
300 
 
130 
 
200 
 
 
 
 
 
(1) As chaves no barramento são consideradascomo barras flexíveis. 
(2) As distâncias fase-terra de barras flexíveis são do ponto de flexa máxima ao solo. 
Figura 16 Distâncias Mínimas 
Figura 17 Dimensionamento do Barramento de Alta Tensão de SE de 
 
13,8 KV 
11.6 SELEÇÃO DE NÍVEIS DE TENSÃO DAS SUBESTAÇÕES 
Uma forma de estimar o nível da tensão de suprimento para instalações com 
 
potência acima de 1000 KW é através da seguinte fórmula: 
45 
 
T = 1 8 ⋅ P 
 
Demanda (kVA) 
 
Tubo ou Barra 
 
Retangular de Cobre 
(mm
2
) 
Fio 
 
Cobre Nu (AWG) 
 
Vergalhão de Cobre 
 
(ö mm) 
 
ATÉ 700 20 4 6,5 
De 701 a 2500 50 - 8,5 
Distâncias Minima (m) 
 
25/34 kV 
 
69 kV 
 
138 kV 
 
230 kV 
 
Entre fases, para barras rígidas. 
 
1,20 
 
2,15 
 
2,40 
 
3,60 
 
Entre fases, para barras flexíveis. 
 
1,20 
 
2,50 
 
3,00 
 
4,50 
 
Entre fase e terra, para barras rígidas. 
 
0,50 
 
1,50 
 
1,50 
 
2,50 
 
Entre fase e terra, para barras flexíveis. 
 
0,50 
 
2,00 
 
2,20 
 
3,40 
 
Alturas mínimas do solo, das partes vivas. 
 
3,00 
 
4,00 
 
4,50 
 
5,00 
 
 
Altura mínima do solo, das partes em tensão 
reduzida a zero (porcelana, isoladores, etc.) 
 
 
2,50 
 
 
2,50 
 
 
2,50 
 
 
3,00 
 
 
 
Onde: 
T → t e n s ã o ( KV ); 
 
P → potência instalada (MW) 
É interessante ressaltar que esta é uma forma aproximada e a escolha 
 
definitiva do nível de tensão deve sempre submetida a uma análise das 
cargas por parte da concessionária. Devem-se conhecer os níveis de tensão 
disponíveis no local de implantação do projeto e a partir daí verificar se as 
necessidades do projeto são atendidas. 
Após a seleção da tensão de suprimento, pode-se definir a tensão dos 
 
equipamentos. No caso de motores, é muito importante a escolha correta da 
tensão nominal em função da potência de forma a obter um equipamento 
mais econômico. 
A tabela da apresenta uma relação tensão - potência utilizada na prática. 
Figura 18 Escolha da Tensão: Motores 
46 
Potência (cv) 
 
Tensão (V) 
 
Até 500 
 
380 ou 440 
 
500 – 1500 
 
2300 
 
1000 – 5000 
 
4000 
 
> 4000 
 
6600 ou 13200 
 
 
 
11.7- Cuidados em subestações 
No caso de subestações, além das recomendações quanto ao distanciamento, 
outros cuidados são importantes na execução de serviços de m anutenção e 
reparação. 
Os equipamentos e instalações devem ser mantidos em per feito estado de 
funcionamento e, para isso, necessitam de adequados serviços de manutenção, 
inclusive limpeza, além dos serviços de reparação que se fizerem necessários. 
Tais serviços devem ser executados por profissional devidamente habilitado, 
conforme previsto nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – 
ABNT, na legislação vigente e nas determinações do Conselho Regional de 
Engenharia e Arquitetura – CREA. 
Para que a execução desses serviços seja feita com segurança, devem ser 
atendidas as seguintes recomendações: 
> As chaves para seccionamento (chaves desligadoras) de circuitos e de 
equipamentos devem estar à vista (junto aos equipamentos) e ter 
dispositivos de abertura que sejam visíveis. 
> Ao ser efetuada a operação de desligamento para execução de serviços, 
deve ser constatado se houve efetivamente a abertura das três fases. 
> Os dispositivo s de seccionamento (disjuntores, cha ve s), os quais 
necessitam permanecer desligados durante a execução dos serviços, 
devem, após o seu desligamento, receber sinalização e travamento por 
equipamento conveniente (cartão de impedimento, bandeirolas, etiquetas 
de aviso), a fim de evitar que, inadvertidamente, sejam religados por 
pessoas estranhas aos serviços. 
> Nunca efetuar empréstimos de energia e interligações elétricas, fixas ou por 
meio de chaves ou quaisquer outros dispositivos, entre unidades 
consumidoras distintas, sob qualquer alegação. 
> Em entradas consumidoras primária s com circuitos internos e diversos 
postos de transformação, ou com diversos transformadores de serviço, ou 
com gerador particular, devem ser adotados cuidados especiais contra risco 
de acidentes por corrente de retorno. O trecho da instalação, programado 
para ficar fora de operação durante a execução dos serviços deve ser 
desligado tanto pelo lado da fonte como pelo lado da carga, sendo 
recomendado seu aterramento temporário. 
47 
 
 
11.8 Substituições de fusíveis queimados instalados na entrada consumidora 
A substituição dos fusíveis deve ser feita, observando -se as seguintes 
recomendações: 
> Antes de substituir um fusível queimado, inspecionar as instalações 
correspondentes, a fim de apurar e sanar prováveis defeitos que tenham 
ocasionado a queima; 
> Devem ser utilizados todos os EPI’s e EPC’s recomendados para o nível de 
tensão utilizado; 
> Na atividade de abertura de base-fusível, chave-fusível e chave-faca, em 
carga, é indispensável à utilização do dispositivo interruptor de arco 
voltaico, bem como a vestimenta contra o mesmo. 
 
12- Sistemas de proteção coletiva 
Sistema de proteção coletiva, é todo e qualquer conjunto de métodos utilizados 
para proteger duas ou mais pessoas ao mesmo tempo. 
Dentre os principais sistemas de proteção coletivos existentes, citamos: 
> Proteção por barreiras – é um entrave que impede o acesso de pessoas e a 
possibilidade de contato com as partes vivas de uma instalação elétrica 
(NBR 6146). São fixas, exemplos: grades, telas de proteção, placas de fibra 
de vidro, etc; 
> Proteção por obstáculos – é um entrave que tem como objetivo delimitar a 
área de acesso e circulação de pessoas. São removíveis, exemplos: cones 
de sinalização, cavaletes, cordas e/ou fitas zebradas, placas, etc; 
> Verificação de ausência de tensão; 
> Bloqueios através de cadeado, etiquetas, cartões; 
> Sistemas de aterramento. 
48 
10.2.8 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA 
10.2.8.1 – Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem 
ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva 
aplicável, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de 
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. 
10.2.8.2 – As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a 
d e s e n e r g i z a ç ã o e l é t r i c a c o n f o r m e e s t a b e l e c e e s t a N R e , n a s u a 
impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. 
10.2.8.2.1 – Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 
10.2.8.2, devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: 
isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de 
seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento 
automático. 
10.2.8.3 – O aterramento das instalações elétricas deve ser executado 
conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na 
ausência desta, deve atender as normas internacionais vigentes. 
 
 
12.1 Aterramento 
 
Em toda instalação elétrica de média tensão para que se possa garantir, de forma 
adequada, a segurança das pessoas e o seu funcionamento correto deve ter uma 
instalação de aterramento. A NBR 14039, norma técnica brasileira de MT, e a NR- 
10 normas regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego exige que todas 
as instalações elétricas tenham um aterramento. Esta exigência tem como f in a lid a de 
p rin cip a l à se gu ra n ça d a s pe sso a s, tan t o d o s p r of issio n ais encarregados 
da operação e manutenção quanto das pessoas que utilizam a instalação e estão 
na sua proximidade e influência. 
 
Além da finalidade de segurança pessoal, no entanto, pode-se citar ainda como 
finalidades do aterramento: a proteção das instalações, a melhoria da qualidade 
dos serviços, principalmente da proteção e o estabelecimento de um referencial de 
tensão para a instalação. 
 
O aterramento segundo sua função pode ser classificado como: 
1. Aterramento funcional é o aterramento de um condutor vivo, normalmente o 
neutro,objetivando o correto funcionamento da instalação; 
Aterramento de proteção é o aterramento das massas e dos elementos 
condutos estranhos à instalação, objetivando a proteção contra choques por 
contatos indiretos. 
Aterramento para trabalho é o aterramento de uma parte de um circuito de 
uma instalação elétrica, que está normalmente sobtensão, mas é posta 
temporariamente sem tensão para que possam ser executados trabalhos 
com segurança. 
2. 
3. 
Dependo do esquema de aterramento adotado os aterramentos: funcional e de 
proteção podem ser implementados no mesmo eletrodo de aterramento ou em 
eletrodos distintos. Mas tanto o aterramento funcional quanto o aterramento de 
proteção são permanentes enquanto que o aterramento de trabalho é um 
aterramento temporário, só é feito durante a realização do trabalho na instalação 
sendo retirado em seguida para a reenergização. 
 
O aterramento consiste fundamentalmente de uma estrutura condutora, que é 
49 
 
 
enterrada propositadamente ou que já se encontra enterrada, e que garante um 
bom contato elétrico com a terra, chamada eletrodo de aterramento, e a ligação 
desta estrutura condutora aos elementos condutores da instalação elétrica que 
não são destinados à condução da corrente. 
 
O eletrodo de aterramento – termo normalizado na terminologia oficial brasileira – 
também é conhecido como malha de terra. As características e o desempenho do 
eletrodo de aterramento devem satisfazer às prescrições de segurança das 
pessoas e funcionais da instalação. 
 
Esta ligação elétrica intencional com a terra, em caráter permanente ou 
temporário, é feita para prover a instalação de um potencial de referência e/ou de um 
caminho de impedância adequada à corrente de falta. Neste Ultimo aspecto, a terra 
deve ser considerada como um elemento do circuito por onde pode circular uma 
corrente, seja ela, proveniente de uma falta ou descarga atmosférica. No caso da 
corrente de falta o fenômeno é eletrodinâmico e a corrente percorre sempre um 
caminho fechado incluindo a fonte e a carga. No caso da descarga atmosférica o 
fenômeno é eletrostático a corrente do raio circula pela terra para neutralizar as 
cargas induzidas no solo. A circulação da corrente apresenta conseqüências, 
como por exemplo, tensão de contato e tensão de passo. 
 
Do ponto de vista da proteção contra choque elétrico, o objetivo de uma malha de 
terra é proporcionar uma superfície equipotencial no solo onde estão colocados os 
componentes da instalação elétrica e onde as pessoas estão pisando. Esta 
superfície equipotencial irá garantir que quando uma corrente circular pelo 
aterramento, seja ela proveniente de uma falta ou de uma descarga atmosférica 
não aparecerá diferença de potencial entre diferentes pontos acessíveis à pessoa. 
Esta superfície só será equipotencial se a condutividade do material da superfície for 
nula. Isto é, no entanto uma situação irreal, impossível de ser realizada e 
desnecessária. 
 
O projeto de uma malha de aterramento de uma instalação de uma subestação 
visa buscar uma condição aceitável, uma situação real, onde poderão aparecer 
gradientes de potencial ao longo da superfície do piso da mesma, devido à 
circulação de correntes pelo solo, como por exemplo, as correntes de falta. 
50 
 
 
Os valores de gradientes que podem aparecer no piso devem ser valores 
aceitáveis, isto é, devem estar dentro dos limites suportáveis pelas pessoas. 
 
Para definir os limites suportáveis na especificação de uma malha de aterramento 
duas variáveis são comumente usadas: a tensão de contato, que é a tensão que 
aparece entre partes 
isolamento, e a tensão 
circula pela terra entre 
simultaneamente acessíveis, quando de uma falha de 
de passo, que é a tensão produzida por uma corrente que 
dois pontos de sua superfície, separado por uma distância 
correspondente à largura do passo de uma pessoa (Para efeito de projeto e/ou de 
medição, considera-se uma distância de 1 m entre os dois pontos considerados). 
12.2 Eletrodos de aterramento 
O eletrodo de aterramento é um condutor ou conjunto de condutores enterrados no 
solo e eletricamente ligados a terra, para fazer um aterramento, Os eletrodos de 
aterramento podem ser: natural, que não é instalado especificamente para este fim, 
em geral as armaduras de aço das fundações e convencional que é instalado 
unicamente para este fim, como por exemplo, os condutores em anel, as hastes 
verticais ou inclinadas e os condutores horizontais radiais. 
 
Os eletrodos naturais são elementos metálicos, normalmente da estrutura da 
edificação, que pela sua característica tem uma topologia e um contato com o solo 
melhor que os eletrodos convencionais e ainda apresentam uma resistência de 
aterramento também inferior. Como o projeto é feito por profissionais da área de 
engenharia civil e o foco é somente na estrutura da edificação é necessária a 
consideração de que a estrutura será utilizada sistema de aterramento já na fase de 
projeto. 
 
12.3 Eletrodos naturais 
Um dos eletrodos de aterramento naturais mais usados é o constituído pelas 
armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações. A 
experiência tem demonstrado que as armaduras de aço das estacas, dos blocos de 
fundação e das vigas baldrames, interligadas nas condições correntes de 
execução, constituem um eletrodo de aterramento de excelentes características 
elétricas. 
51 
 
 
As armaduras de aço das fundações podem ainda, juntamente com as demais 
armaduras do concreto da edificação, constituir, nas condições prescritas pela 
NBR 5419, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (aterramento e 
gaiola de Faraday, complementado por um sistema captor). 
 
No caso de fundações em alvenari a, o eletrodo de aterramento pode ser 
constituído por uma fita de aço ou barra de aço de construção, imersa no concreto 
das fundações, formando um anel em todo o perímetro da estrutura. A fita deve ter, 
no mínimo, 100 mm2 de seção e 3 mm de espessura e deve ser disposta na posição 
vertical. A barra deve ter, no mínimo, 95 mm2 de seção. 
 
A fita ou a barra deve ser envolvida por uma camada de concreto com espessura 
mínima de 5 cm. 
O aterramento pelas fundações, já consagrado em diversos países e já previsto na 
edição de 2004 da NBR5410, tem como características básicas: o fato de o 
concreto, em contato com o solo, apresentar resistividade típica de terreno 
argiloso (cerca de 30 O.M a 20 ºC) e a existência de grande quantidade de 
condutores (de aço) nas fundações, bastante superiores à de condutores de cobre 
que seria utilizada para o mesmo fim. 
 
As normas brasileiras proíbem a utilização das canalizações metálicas de 
fornecimento de água e outros serviços como eletrodo de aterramento, isto se 
deve principalmente, pela possibilidade de interrupção da continuidade pela 
colocação de luvas isolantes e outros acessórios isolantes, por parte da empresa 
responsável por estes serviços, uma vez que a preocupação básica não é o 
aterramento e sim os serviços prestados. 
12.4 Eletrodos convencionais 
 
As normas brasileiras estabelecem que, quando forem utilizados eletrodos de 
aterramento convencionais, a seleção e instalação dos componentes dos 
aterramentos devem ser tais que: 
1) O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento 
devem ser tais que as mudanças nas condições do solo (por exemplo, 
secagem) não aumentem a resistência do aterramento dos eletrodos 
acima do valor exigido; 
52 
 
 
2) O projeto do aterramento deve considerar o possível aumento da 
resistência de aterramento dos eletrodos devido à corrosão; 
Resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e eletromecânicas; 
Sejam adequadamente robustos ou possuam proteção mecânica 
apropriada para fazer face às condições de influências 
externas;Apresente baixo valor de resistência e impedância de 
aterramento; 
3) 
4) 
5) Tenha distribuição espacial conveniente.Preferencialmente o eletrodo de aterramento convencional deve constituir um anel 
circundando o perímetro da edificação. A eficiência de qualquer eletrodo de 
aterramento depende das condições locais do solo; devem ser selecionados um 
ou mais eletrodos adequados às condições do solo e ao valor da resistência de 
aterramento exigida pelo esquema de aterramento adotado. O valor da resistência 
de aterramento do eletrodo de aterramento pode ser calculado ou medido. 
Os eletrodos convencionais como são produtos especialmente estabelecidos para 
este fim, podendo ser especialmente fabricado para ser eletrodo como as hastes 
ou fabricado para outro uso elétrico como o cabo nu e usado como eletrodo. Os 
eletrodos convencionais 
tabela abaixo. 
estabelecidos nas normas brasileiras estão indicados na 
53 
Tipo de eletrodo Dimensões mínimas Observações 
Tubo de aço zincado 
 
2,40 m de comprimento e 
diâmetro nominal de 25 mm 
 
Enterramento totalmente 
vertical 
 
Perfil de aço zincado 
 
Cantoneira de 
(20mmx20mmx3mm) com 2,40 m 
de comprimento. 
 
Enterramento totalmente 
vertical 
 
Haste de aço 
zincado 
 
Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 
2,40 m de comprimento 
 
Enterramento totalmente 
vertical 
 
 
 
horizontal 
horizontal 
horizontal 
12.5 Eletrodos de aterramento em uma subestação de MT 
Como nas outras áreas, tais como, nas instalações elétricas de baixa tensão e nos 
sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, nas instalações elétricas de 
média tensão o eletrodo de aterramento em uma subestação deve constituir de no 
mínimo um anel circundando o perímetro da edificação. 
 
O sistema de aterramento de uma subestação é que irá efetivamente garantir a 
proteção dos usuários contra choque elétrico por contato indireto. O desempenho 
deste eletrodo deve ser compatível com esta função. Logo, do ponto de vista da 
proteção dos usuários de uma instalação, o parâmetro mais importante na 
especificação do eletrodo de aterramento é a tensão de contato. A tensão de 
contato máxima a que pode ser submetida uma pessoa em uma instalação média 
tensão é dada na NBR 14039. 
 
Outra especif icação ad icional do eletrodo é que valor da resistência de 
aterramento deve satisfazer às condições de proteção e de funcionamento da 
54 
Haste de aço 
revestida de cobre 
Diâmetro de 15 mm com 2,00 ou 
2,40 m de comprimento 
Enterramento totalmente 
vertical 
Fita de cobre 
 
2 5 m m 2 d e s e ç ã o , 2 m m d e 
espessura e 1 0m de comprimento 
 
Profundidade mínima de 
0 , 6 0 m . L a r g u r a n a 
posição vertical. 
Fita de aço 
galvanizado 
 
100 mm2 de seção, 3 mm de 
espessura e 1 0m de comprimento 
 
Profundidade mínima de 
0 , 6 0 m . L a r g u r a n a 
posição vertical. 
Cabo de cobre 
 
2 5 m m 2 d e se çã o e 1 0 m d e 
comprimento 
 
Profundidade mínima de 
0 , 6 0 m . P o s i ç ã o 
 
Cabo de aço zincado 
 
95 mm2 de seção e 10 m de 
comprimento 
 
Profundidade mínima de 
0 , 6 0 m . P o s i ç ã o 
 
Cabo de aço 
cobreado 
 
50 mm2 de seção e 10 m de 
comprimento 
 
Profundidade mínima de 
0 , 6 0 m . P o s i ç ã o 
 
 
 
 
 
 
 
instalação elétrica, de acordo com o esquema de aterramento utilizado. 
Portanto pode-se estabelecer a seguinte seqüência para o projeto do eletrodo de 
aterramento de uma subestação de média tensão: 
Eletrodo de aterramento em malha de uma 
subestação 
1) 
2) 
3) 
Verificar qual é a máxima corrente de falta; 
Verificar o tempo de eliminação da falta pela atuação da proteção; 
Verificar na curva de tensão de contato x tempo, qual a máxima tensão 
de contato aceitável; 
Projetar uma malha em função da: corrente de falta, máxima tensão de 
contato aceitável, resistividade do solo. 
 
a seqüência dada e usando um método adequado para o projeto da 
4) 
Seguindo 
malha, o resultado encontrado é o tamanho da malha básica, e a espessura de 
concreto do piso da subestação. Um método muito conhecido para o cálculo das 
malhas é dado na norma técnica americana IEEE Std 80 - IEEE Guide for Safety 
in AC Substation Grounding. 
55 
 
 
 
 
13- Equipamentos de proteção individual 
 
13.1 Introdução 
 
A segurança e saúde no ambiente de trabalho devem ser garantidas por medidas de 
ordem geral ou específica que assegurem a proteção coletiva dos trabalhadores. 
Contudo na inviabilidade técnica da adoção de medidas de segurança de caráter 
coletivo ou quando estas não garantirem a proteção total do trabalhador, ou ainda 
como uma forma adicional de proteção, deve ser utilizado equipamento de 
proteção individual ou simplesmente EPI, definido como todo dispositivo ou 
produto individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos 
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, Os EPI’s devem ser 
fornecidos aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito 
estado de conservação e funcionamento. Sua utilização deve ser r ealizada 
mediante orientação e treinamento do trabalhador sobre o uso adequado, guarda 
e conservação. A higienização e manutenção e testes deverão ser realizados 
periodicamente em conformidade com procedimentos específicos. 
Os EPI´s devem possuir Certifica do de Aprovação – CA, atualmente sob- 
responsabilidade do INMETRO, ser selecionados e implantados, após uma análise 
criteriosa realizada por profissionais legalmente habilitados, considerando 
principalmente os aspectos: 
> A melhor adaptação ao usuário, visando minimizar o desconforto natural 
pelo seu uso; 
> Atender as peculiaridades de cada atividade profissional; 
> Adequação ao nível de segurança requerido face à gradação dos riscos. 
 
Para o desempenho de suas funções, os trabalhadores do setor elétrico, devem 
utilizar equipamentos de proteção individual de acordo com as situações e 
atividades executadas, lembrando sempre que, com advento do novo texto da 
Norma Regulamentadora nº1 0 a vestimenta passa a ser também considerada um 
dispositivo de proteção individual complementar e de uso permanente para os 
empregados. 
 
13.2 Principais EPI’s 
 
13.2.1 Proteção da cabeça 
> Tipo aba frontal 
> Tipo aba total 
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Final idade 
Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes metereológicos 
(trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de 
queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar. 
Higienização 
> Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água com 
detergente ou sabão neutro; 
> O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque 
atrito, evitando assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), 
fator que prejudica a rigidez dielétrica do mesmo; 
> Secar a sombra. 
Conservação 
> Evitar atrito nas partes externas, mal acondicionamento e contato com 
substâncias químicas. 
13.2.2 Proteção dos olhos e face 
> Óculos de segurança para proteção (lente incolor); 
> Óculos de segurança para proteção (lente com tonalidade escura); 
Final idade 
> Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas 
volantes e raios ultravioletas. 
 
Higienização 
> Lavar com água e sabão neutro; 
> Secar com papel absorvente. 
Obs: O papel não poderá ser friccionado na lente para não risca-lo. 
 
Conservação 
> Acondicionar na bolsa original com a face voltada para cima. 
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13.2.3 
 
13.2.3.1 
Proteção auditiva 
 
Tipo concha 
Final idade 
> Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que 
apresentem ruídos excessivos. 
 
Higienização 
> Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das conchas. 
 
Conservação 
> Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios 
solares ou quaisquer outras fontes de calor; 
> Substituir as espumas (internas) e almofadas (externas) das conchas, 
quando estiverem sujas, endurecidas

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