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Sistema Esquelético e articulações

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Sistema Esquelético
Funções 
O sistema esquelético desempenha várias 
funções básicas: 
1. Suporte. O esqueleto é o arcabouço 
estrutural do corpo, sustentando os 
tecidos moles e fornecendo pontos de 
fixação para os tendões da maioria dos 
músculos esqueléticos. 
2. Proteção. O esqueleto protege os órgãos 
internos mais importantes de lesão. Por 
exemplo, os ossos do crânio protegem o 
encéfalo e a caixa torácica protege o 
coração e os pulmões. Assistência ao 
movimento. A maioria dos músculos 
esqueléticos fixa-se aos ossos; quando os 
músculos se contraem, tracionam os ossos 
para produzir o movimento. 
3. Homeostasia mineral (armazenamento e 
liberação). O tecido ósseo compõe 
aproximadamente 18% do peso do corpo 
humano. Ele armazena diversos minerais, 
especialmente cálcio e fósforo, que 
contribuem para a resistência dos ossos. O 
tecido ósseo armazena em torno de 99% do 
cálcio corporal. Conforme a necessidade, 
os ossos liberam os minerais para a 
corrente sanguínea de modo a manter o 
equilíbrio mineral essencial (homeostasia) 
e distribuí-los às outras partes do corpo. 
4. Produção de células sanguíneas. No 
interior de determinados ossos, um tecido 
conjuntivo chamado medula óssea 
vermelha produz hemácias (eritrócitos), 
leucócitos e plaquetas em um processo 
chamado hematopoese. A medula óssea 
vermelha é composta por hemácias em 
desenvolvimento, adipócitos, fibroblastos e 
macrófagos em uma rede de fibras 
reticulares; é encontrada nos ossos em 
desenvolvimento do feto e em alguns 
ossos do adulto, como os ossos do quadril; 
costelas e esterno, vértebras, crânio e 
extremidades do úmero e fêmur. No 
recém-nascido, toda a medula óssea é 
vermelha e está envolvida na 
hematopoese. Com o avanço da idade, 
grande parte da medula óssea passa de 
vermelha para amarela. 
5. Armazenamento de triglicerídeos. A 
medula óssea amarela consiste, 
principalmente, em adipócitos que 
armazenam triglicerídeos. Os triglicerídeos 
armazenados são uma reserva potencial 
de energia química. 
 
Estrutura dos ossos 
A estrutura óssea macroscópica 
pode ser analisada considerando as partes de um 
osso longo. Osso longo é aquele que apresenta 
comprimento maior que a largura. Um osso longo 
típico é composto pelas seguintes partes: 
1. A diáfise constitui o corpo do osso – a 
parte longa, cilíndrica e principal do osso. 
2. As epífises são as extremidades proximal e 
distal do osso. 
3. As metáfises são as regiões entre a diáfise 
e as epífises. No osso em crescimento, 
cada metáfise contém uma lâmina epifisial 
(de crescimento), formada por uma 
camada de cartilagem hialina que 
possibilita que a diáfise do osso cresça em 
comprimento. Quando o comprimento de 
um osso para de crescer por volta dos 14 
aos 24 anos, a cartilagem na lâmina 
epifisial é substituída por osso; a estrutura 
óssea resultante é conhecida como linha 
epifisial. 
4. A cartilagem articular é uma fina camada 
de cartilagem hialina que recobre a parte 
da epífise onde o osso se articula com 
outro osso. A cartilagem articular reduz o 
atrito e absorve o choque nas articulações 
livremente móveis. Uma vez que a 
cartilagem articular não apresenta 
pericôndrio nem vasos sanguíneos, o 
reparo de lesões é limitado. 
5. O periósteo é a bainha de tecido conjuntivo 
resistente que reveste a superfície óssea 
não recoberta por cartilagem articular. É 
composto por uma lâmina fibrosa externa 
de tecido conjuntivo denso não modelado e 
uma lâmina osteogênica interna composta 
de células. Algumas das células permitem 
que o osso cresça em espessura, mas não 
em comprimento. O periósteo também 
protege o osso, auxilia no reparo de 
fraturas, ajuda na nutrição do tecido ósseo 
e serve de ponto de fixação para 
ligamentos e tendões. O periósteo é fixado 
ao osso subjacente por fibras perfurantes, 
ou fibras de Sharpey, feixes espessos de 
colágeno que se estendem do periósteo até 
a matriz extracelular óssea. 
6. A cavidade medular é um espaço oco e 
cilíndrico na diáfise que contém a medula 
óssea amarela adiposa e numerosos vasos 
sanguíneos em adultos. Essa cavidade 
minimiza o peso do osso porque reduz o 
material ósseo compacto onde é menos 
necessário. O formato tubular dos ossos 
longos fornece resistência máxima com 
peso mínimo. 
7. O endósteo é uma fina membrana que 
reveste a cavidade medular. Contém uma 
única camada de células formadoras de 
osso e pouco tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
Número de ossos 
• Indivíduo normal adulto 206 ossos 
• Feto e crianças: mais de 206 ossos 
• Idoso: menos de 206 ossos (sinostomose) 
O número de ossos varia de acordo com: 
- fatores etários: número de ossos diminui com 
a idade, pois certos ossos no recém-nascido 
são formados de partes ósseas que se soldam 
durante o desenvolvimento do indivíduo para 
formar um osso único. Nos idosos há sinostose 
(ossos do crânio fundidos). 
- fatores individuais 
- critérios de contagem 
 
Articulações 
Os ossos são muito rígidos para que possam se 
curvar sem que sofram danos. Felizmente, os 
tecidos conjuntivos flexíveis que formam as 
articulações mantêm os ossos juntos ao mesmo 
tempo que permitem, na maioria dos casos, algum 
grau de movimento. Articulação é o ponto de 
contato entre dois ossos, entre osso e cartilagem 
ou entre osso e dente. Quando dizemos que um 
osso se articula com outro osso, queremos dizer 
que esses ossos formam uma articulação. 
 
As articulações são classificadas estruturalmente, 
com base nas características anatômicas, e 
funcionalmente de acordo com o tipo de 
movimento que possibilitam. 
A classificação estrutural das articulações é 
baseada em dois critérios: (1) existência ou não de 
espaço entre os ossos integrantes da articulação, 
chamado de cavidade articular, e (2) tipo de tecido 
conjuntivo que une os ossos. Do ponto de vista 
estrutural, as articulações são classificadas como: 
• Articulações fibrosas: não há cavidade 
articular e os ossos são mantidos unidos 
por tecido conjuntivo denso não modelado 
e rico em fibras de colágeno 
• Articulações cartilagíneas: não há cavidade 
articular e os ossos são mantidos juntos 
por cartilagem 
• Articulações sinoviais: os ossos que 
formam a articulação apresentam 
cavidade articular e são unidos pelo tecido 
conjuntivo denso não modelado de uma 
cápsula articular e, muitas vezes, por 
ligamentos acessórios. 
A classificação funcional das articulações tem 
relação com o grau de movimento que permitem. 
Funcionalmente, as articulações são classificadas 
como: 
• Sinartrose: uma articulação imóvel 
• Anfiartrose: uma articulação 
discretamente móvel 
• Diartrose: uma articulação livremente 
móvel. Todas as diartroses são 
articulações sinoviais. Elas apresentam 
várias formas e possibilitam diversos tipos 
diferentes de movimentos. 
 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
Os três tipos de articulações fibrosas são suturas, 
sindesmoses e membranas interósseas. 
• Suturas: 
A sutura é uma articulação fibrosa composta de 
uma fina camada de tecido conjuntivo denso não 
modelado; as suturas ocorrem entre os ossos do 
crânio. Um exemplo de sutura é a sutura coronal 
entre os ossos parietal e frontal. As margens 
irregulares e interligadas das suturas conferem 
resistência adicional e diminuem as chances de 
fratura. As suturas são articulações que se 
formam conforme os ossos do crânio entram em 
contato um com o outro durante o 
desenvolvimento. São imóveis ou discretamente 
móveis. Nos indivíduos mais velhos, as suturas 
são imóveis (sinartroses), porém nos recém-
nascidos/lactentes e nas crianças são 
discretamente móveis (anfiartroses). As suturas 
têm participação importante na absorção de 
impactos no crânio. 
 
• Sindesmoses 
A sindesmose é uma articulação fibrosa na qual 
existe uma distância maior entre as faces 
articulares e mais tecido conjuntivo denso não 
modelado do que em uma sutura. O tecido 
conjuntivo denso não modelado é tipicamente 
arranjado como um feixe (ligamento), 
possibilitando que a articulação tenhamovimento limitado. Um exemplo de sindesmose é 
a sindesmose tibiofibular (distal), na qual o 
ligamento tibiofibular anterior conecta a tíbia e a 
fíbula. Nessa articulação, há um ligeiro movimento 
(anfiartrose). Outro exemplo de sindesmose é 
chamado de gonfose, ou articulação 
dentoalveolar. Os únicos exemplos de gonfoses no 
corpo humano são as articulações entre as raízes 
dos dentes e seus alvéolos na maxila ou 
mandíbula. O tecido conjuntivo denso não 
modelado entre o dente e seu alvéolo consiste no 
periodonto. Uma gonfose saudável não permite 
movimento (sinartrose). A inflamação associada a 
degeneração da gengiva, doperiodonto e do osso é 
chamada de doença periodontal. 
• Membranas interósseas 
A categoria final das articulações fibrosas é a 
membrana interóssea, que consiste em uma 
lâmina substancial de tecido conjuntivo denso não 
modelado que liga ossos longos vizinhos e permite 
discreto movimento (anfiartrose). Há duas 
articulações principais do tipo membrana 
interóssea no corpo humano. Uma ocorre entre o 
rádio e a ulna no antebraço e a outra entre a tíbia 
e a fíbula na perna 
 
 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS 
Os dois tipos de articulações cartilagíneas são as 
sincondroses e as sínfises. 
• Sincondroses 
Sincondrose é uma articulação cartilagínea na 
qual o material conectivo é cartilagem hialina. A 
lâmina epifisial (de crescimento) que conecta a 
epífise e a diáfise de um osso em crescimento é 
um exemplo de sincondrose. 
Do ponto de vista funcional, a sincondrose é uma 
articulação imóvel (sinartrose). Quando 
o crescimento ósseo cessa, a cartilagem hialina é 
substituída por osso e a sincondrose se torna 
uma sinostose, ou seja, uma articulação óssea. 
Outro exemplo de sincondrose é a articulação 
entre a primeira costela e o manúbrio do esterno, 
que também ossifica durante a vida adulta e passa 
a ser uma sinostose imóvel (sinartrose), ou 
articulação óssea. 
 
 
Na radiografia do esqueleto de uma pessoa jovem, 
as sincondroses são facilmente visualizadas 
como finas áreas escuras entre o tecido ósseo de 
aparência branca. É dessa forma que o médico 
analisa uma radiografia e determina se a pessoa 
ainda vai crescer. 
• Sínfises 
Sínfise é uma articulação cartilagínea na qual as 
extremidades dos ossos da articulação são 
recobertas por cartilagem hialina, porém um disco 
largo e plano de fibrocartilagem conecta os ossos. 
Todas as sínfises ocorrem na linha média do 
corpo. A sínfise púbica entre as faces anteriores 
dos ossos do quadril é um exemplo desse tipo de 
articulação, também encontrada na junção do 
manúbrio e corpo do esterno e nas articulações 
intervertebrais entre os corpos das vértebras. 
Uma parte do disco intervertebral é composta de 
fibrocartilagem. 
A sínfise é uma articulação discretamente móvel 
(anfiartrose). 
 
 
 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
As articulações sinoviais apresentam certas 
características que as distinguem das outras 
articulações. A característica única da articulação 
sinovial é a presença de um espaço chamado de 
cavidade articular ou cavidade sinovial entre os 
ossos integrantes da articulação. Uma vez que a 
cavidade articular possibilita movimento 
considerável na articulação, todas as articulações 
sinoviais são classificadas do ponto de vista 
funcional como livremente móveis (diartroses). 
Os ossos na articulação sinovial são cobertos por 
uma camada de cartilagem hialina chamada de 
cartilagem articular. A cartilagem cobre as faces 
articulares dos ossos com uma superfície lisa e 
deslizante, porém não as une. A cartilagem 
articular reduz o atrito entre os ossos na 
articulação durante o movimento e ajuda a 
absorver impactos. 
 
As articulações sinoviais são geralmente 
reforçadas pelos ligamentos acessórios 
separados (extrínsecos) ou por um espessamento 
de parte da cápsula articular (intrínsecos). 
Se analisarmos as articulações sinoviais de 
acordo com o formato das faces articulares e/ou 
tipo de movimento que elas permitem, teremos 6 
principais tipos de articulações finais: 
• Articulações planas 
 
São as articulações sinoviais que permitem o 
movimento de deslizamento no plano das faces 
articulares, geralmente são pequenas e 
numerosas. 
As superfícies dos ossos relacionados com essa 
articulação são planas ou quase planas e 
apresentam movimento limitado pela cápsula 
articular firme. 
Os principais exemplos são: articulação 
intertarsal, intercarpal e acromioclavicular. 
 
• Gínglimos 
 
São articulações sinoviais que permitem apenas 
movimentos no plano sagital, ou seja, movimentos 
de flexão e extensão, sendo, por isso, conhecidos 
como articulações uniaxiais ou em dobradiça. 
Nesse tipo de articulação, os ossos são unidos 
lateralmente por ligamentos colaterais fortes, 
mantendo a cápsula fina e frouxa nas partes 
anterior e posterior, onde existe o movimento. 
Os principais exemplos são: articulações 
interfalangeanas, articulação úmero-ulnar, entre 
outras. 
 
• Articulações selares 
Apresentam esse nome porque as suas faces 
articulares opostas têm aspecto de sela (côncavas 
e convexas). Esse tipo de articulação permite os 
quatro movimentos que ocorrem ao redor de dois 
eixos perpendiculares: abdução, adução, flexão e 
extensão. Por isso, são consideradas articulações 
biaxiais, ou seja, permitem o movimento nos 
planos frontal e axial. 
Os principais exemplos são: articulação 
carpometacarpal e trapeziometacarpal. 
 
• Articulações elipsoideas 
As articulações elipsoideas também são biaxiais, 
porém elas têm uma peculiaridade: os 
movimentos no plano sagital são mais livres do 
que no frontal. 
Os principais exemplos são: articulações 
metacarpofalangeanas e temporomandibular. 
 
• Articulações esferoideas: 
As articulações esferoideas são as mais 
móveis do corpo, sendo conhecidas 
como multiaxiais, pois elas permitem os 
movimentos de extensão, flexão, adução, abdução, 
rotação medial e lateral. 
Os principais exemplos são: articulações do 
quadril e ombro. 
 
• Articulações trocoideas: 
As articulações trocoideas são uniaxiais, pois 
permitem apenas o movimento de rotação. 
Nessas articulações, um processo arredondado do 
osso gira dentro de uma bainha ou anel e, por 
isso, são chamadas também de articulação em 
pivô. 
Principal exemplo: articulação atlantoaxial. 
 
TENDÕES 
Os tendões são estruturas fibrosaslocalizadas na 
região das extremidades musculares e ligam os 
mesmos aos ossos, podem ser recobertos por 
bainhas sinoviais. Sua principal função é 
transmitir a força da musculatura para os ossos 
gerando os movimentos articulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 
6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
• TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. 
Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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