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Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos

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01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=165929 1/9
Módulo 1 - Fundamento dos Direitos
Humanos
Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem MOOC
Curso: Direitos Humanos: Uma Declaração Universal
Livro: Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
Impresso por: davidson calixto salgado
Data: domingo, 1 ago 2021, 12:37
Í
https://mooc.escolavirtual.gov.br/
01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=165929 2/9
Índice
1. A segunda guerra mundial e o extermínio massivo de civis
2. A união dos países pela paz pós-guerra: O surgimento das organizações das nações unidas (ONU)
3. O primeiro documento da ONU sobre direitos humanos: a declaração universal
4. Direitos Humanos No Brasil: A Constituição Federal De 1988 e O Programa Nacional De Direitos Humanos-3
5. Uma Definição De Direitos Humanos A Partir Da Declaração Universal E Da Constituição Federal
01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=165929 3/9
1. A segunda guerra mundial e o extermínio massivo
de civis
A Segunda Guerra Mundial foi um fato histórico ocorrido no início do século XX, especificamente entre os anos de
1939 e 1945, deixou milhões de mortos e foi determinante para a construção da ideia de Direitos Humanos que
temos atualmente.
O Nazismo (Nacional Socialismo) foi a ideologia criada e defendida pelo Partido Nacional Socialista dos
Trabalhadores Alemães, conhecido como Partido Nazista, na Alemanha, em 1920. Adolf Hitler, que assumiu a
liderança do partido e, posteriormente, tornou-se presidente da Alemanha, elaborou os princípios fundamentais do
nazismo, sendo o racismo e ódio aos judeus (antissemitismo) seus pilares. Em 1935, foram instituídas as Leis de
Nuremberg, que determinavam a segregação racial entre judeus e arianos - a “raça” pura que, para os nazistas, não
poderia ser misturada com outras raças. A partir de então, o caráter racista do regime nazista se intensificou, levando
à perseguição e eliminação de judeus, ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. Posteriormente, além da
perseguição, a política nazista incluía o encarceramento, a prisão em campos de concentração e a chamada "Solução
Final", ou seja, a eliminação em massa dessas populações por meio das câmaras de gás.
Auschwitz foi uma rede de campos de concentração operados pela Alemanha em regiões da Polônia, e representa o
maior símbolo dos horrores da Segunda Guerra Mundial, uma verdadeira indústria da morte, com capacidade de
assassinar cerca de 6.000 (seis mil) pessoas por dia em suas câmaras de gás, onde os fornos de incineração dos
corpos trabalhavam dia e noite sem parar.
A filmagem Libertação de Auschwitz, de 1945, feita por militares soviéticos que libertaram o campo de
concentração, mostra civis e soldados soviéticos examinando pertences de pessoas que haviam sido deportadas para
aquele campo de extermínio: 
https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/media_fi.php?ModuleId=10005189&MediaId=211
O fim da Guerra também marcou a criação da Organização das Nações Unidas, pensada com a finalidade de buscar a
paz mundial. As dificuldades eram muitas, a começar pelo surgimento de duas superpotências nucleares que
dividiram o mundo em dois lados liderados por Estados Unidos e União Soviética que, no contexto após a Segunda
Guerra Mundial, acabou por rachar a Europa ao meio, ficando a parte ocidental sob influência dos Estados Unidos,
com orientação capitalista, e a parte Leste sob influência da União Soviética, sob orientação comunista.
É importante registrar que assassinatos em massa de populações tendo como justificativa pertencerem a uma raça
inferior aconteceram em outros momentos da História mundial, como o genocídio indígena após o “descobrimento”
das Américas em 1492 pelos espanhóis ou ainda o processo de escravização dos povos do continente africano no
período da colonização europeia iniciado no Século XV, conhecido como a diáspora negra ou africana. 
Somente após a Segunda Guerra Mundial, marcada pelo extermínio massivo de milhões de pessoas nos campos de
concentração nazistas e com a explosão de duas bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki
pelos Estados Unidos, com o extermínio da população local, os países se uniram para impedir que massacres
decorrentes de guerras acontecessem novamente, com o compromisso político, por meio da Declaração Universal de
Direitos Humanos, de proteger os direitos de todas as pessoas, independente de raça, etnia, sexo ou crença religiosa.
https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/media_fi.php?ModuleId=10005189&MediaId=211
01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
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2. A união dos países pela paz pós-guerra: O
surgimento das organizações das nações unidas
(ONU)
Depois da Segunda Guerra Mundial, existia, na comunidade internacional, um sentimento generalizado de que era
necessário encontrar uma forma de manter a paz entre os países.
A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre
Organização Internacional, que se reuniu em São Francisco, Estados Unidos, de 25 de abril a 26 de junho de 1945. O
preâmbulo (a parte inicial) da Carta expressa os ideais e os propósitos dos povos cujos governos se uniram para
constituir as Nações Unidas:
Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra,
que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a
reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na
igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a
estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de
outras fontes de direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e
melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla. 
E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir
nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, garantir, pela aceitação de princípios e a
instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, e empregar
um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos. 
Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, nossos
respectivos governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois
de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a
presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que
será conhecida pelo nome de “Organização das Nações Unidas”.
A cientista e diplomata brasileira Bertha Lutz esteve entre as poucas mulheres presentes na cerimônia de assinatura
da Carta da ONU, em 1945. Além de Lutz, assinaram a carta outras três mulheres: Minerva Bernardino (República
Dominicana), Virginia Gildersleeve (EUA) e Wu Yi-fang (China). Segundo estudos de pesquisadoras da Escola de
Estudos Orientais e Africanos (SOAS, na sigla em inglês), da Universidade de Londres, Lutz e Bernardino tiveram
papel importante na inclusão da igualdade de gênero na carta fundadora das Nações Unidas. Para mais informações
sobre a atuação de Bertha Lutz na ONU, acesse: https://nacoesunidas.org/exclusivo-diplomata-brasileira-foi-
essencial-para-mencao-a-igualdade-de-genero-na-carta-da-onu/
https://nacoesunidas.org/exclusivo-diplomata-brasileira-foi-essencial-para-mencao-a-igualdade-de-genero-na-carta-da-onu/
01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
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3. O primeiro documento da ONU sobre direitos
humanos: a declaração universal
Emdezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (com a sigla DUDH), sendo a primeira vez na história que um compromisso global entre países foi
firmado, com uma proposta de direitos semelhantes para todos os seres humanos. É importante lembrar que quando a
Declaração Universal dos Direitos Humanos começou a ser pensada, o mundo ainda sentia os efeitos da Segunda
Guerra Mundial, encerrada em 1945.
Outros documentos já haviam sido redigidos em reação a tratamentos desumanos e injustiças, como a Declaração de
Direitos de 1689 (elaborada após as Guerras Civis Inglesas, para limitar o poder do rei e definir direitos e liberdades
aos súditos) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (redigida em 1789, após a Revolução Francesa, a
fim de proclamar a igualdade para todos).
Mas, somente depois da Segunda Guerra, com a criação da ONU, os países que eram membros decidiram firmar o
compromisso de nunca mais permitir atrocidades como as que haviam sido vistas na guerra. Assim, elaboraram o
documento básico para garantir direitos a todas as pessoas e em todos os lugares do mundo.
Um comitê formado por membros de oito países recebeu a Declaração Universal e se reuniu pela primeira vez em
1947. Ele foi presidido por Eleanor Roosevelt, viúva do presidente americano Franklin D. Roosevelt. O responsável
pelo primeiro esboço do documento, o francês René Cassin, também participou. O primeiro rascunho da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que contou com a participação de mais de 50 países na redação, foi apresentado em
setembro de 1948 e teve seu texto final redigido em menos de dois anos, com aprovação final pela Assembleia Geral
da ONU em 10 de dezembro de 1948.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos é celebrado em 10 de dezembro, dia em que, em 1948, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em seus 30 artigos, a Declaração Universal descreve os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todos os
seres humanos. O princípio da universalidade, que deve ser entendido como direitos para todos e todas, é visto logo
em seu preâmbulo:
Clique no item abaixo para acessar a Legislação
A DUDH, mesmo não sendo formalmente obrigatória, é um documento que inspira e serve de base para outros
documentos internacionais sobre Direitos Humanos, e, inclusive, foi inspiração ao Brasil para a elaboração da
Constituição Federal de 1988. 
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01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
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As declarações (como a DUDH) são manifestos de vontades dos países que as assinam com previsões de direitos
para todos, mas não são formalmente obrigatórias. A sua importância está em justamente ser um compromisso
público e internacional para que as pessoas de todo o mundo - homens, mulheres, crianças, idosos – tenham seus
direitos garantidos e protegidos.
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4. Direitos Humanos No Brasil: A Constituição
Federal De 1988 e O Programa Nacional De Direitos
Humanos-3
Depois da leitura sobre as atrocidades da Segunda Guerra Mundial e da criação da ONU e da Declaração Universal
de Direitos Humanos, para proteger os direitos de todos, pense por um instante sobre os compromissos que o Brasil
fez com seus cidadãos e cidadãs para garantir seus direitos à vida, ao trabalho, à saúde, educação e outros. Existe
algum documento brasileiro que registre esse compromisso?
A Constituição Federal de 1988 veio dar novo início à democracia no Brasil, pois marcou o fim da ditadura civil-
militar no país, iniciada com o golpe de 1964, quando as Forças Armadas depuseram o presidente eleito João
Goulart e suspenderam diversos direitos da população como o direito ao voto, a liberdade de ir e vir, a liberdade de
associação, além de fechar o Congresso Nacional e perseguir aqueles que se opunham à ditadura.
Justamente por termos passado por um período de vinte anos de ditadura, a nossa Constituição Federal deu grande
importância aos direitos básicos da população, chamando-os de direitos e garantias fundamentais, inscritos em seus
artigos 5º ao 17. É interessante observar alguns conteúdos dos dois documentos que tratam dos mesmos direitos:
Declaração Universal dos
Direitos Humanos Constituição Federal de 1988
Direito à igualdade e liberdade 
Direito à vida e segurança 
Artigo I. Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotados de razão e consciência e devem agir
em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade. 
Artigo III. Todo ser humano tem direito à
vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 5º Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Proibição da tortura
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Artigo V. Ninguém será submetido à tortura
nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante
Artigo 5º (...) III - ninguém será submetido
a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
Liberdade de consciência e crença
Artigo XVIII. Todo ser humano tem direito
à liberdade de pensamento, consciência e
religião; este direito inclui a liberdade de
mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo
ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, em público ou em particular.
Artigo 5º (...) VI - é inviolável a liberdade
de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
Direito à propriedade
Artigo XVII 1. Todo ser humano tem direito
à propriedade, só ou em sociedade com
outros. 2. Ninguém será arbitrariamente
privado de sua propriedade.
Artigo 5º (...) XXII - é garantido o direito
de propriedade;
O Brasil também conta com outros documentos que protegem e promovem os Direitos Humanos. Entre eles, temos o
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), um programa do Governo Federal que orienta a atuação do poder
público no âmbito dos Direitos Humanos. O primeiro PNDH foi desenvolvido em 1996 e revisado em 2002. A
terceira versão do programa (conhecido como PNDH-3), de 2009, ampliou o conteúdo dos anteriores ao prever
orientações para o trabalho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com o objetivo de concretizarem os
Direitos Humanos no dia a dia de sua atuação.
01/08/2021 Módulo 1 - Fundamento dos Direitos Humanos
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5. Uma Definição De Direitos Humanos A Partir Da
Declaração Universal E Da Constituição Federal
Tendo estudado sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a relação dos direitos ali previstos com a
nossa Constituição Federal, pense numa proposta de definição para Direitos Humanos que incorpore o que
abordamos até então.
A partir dessa definição básica, podemos refletir sobre algumas características dos Direitos Humanos: 
Historicidade 
Inesgotabilidade 
Universalidade 
Inalienabilidade 
Irrenunciabilidade 
Efetividade 
Indivisibilidade 
Interdependência 
Vedação ao retrocesso 
Os Direitos Humanos surgem, consolidam-se e alteram-se ao longo da História, como resultado de lutas sociais – é a
historicidade.
Os Direitos Humanos já reconhecidos em tratados e acordos podem ter seu sentido expandido, e novos Direitos
Humanos podem sempre vir a surgir – é a inesgotabilidade.
Os Direitos Humanos devem alcançar todos os seres humanos, independentemente de qualquer característica, como
nacionalidade, crença religiosa, classe, gênero, idade, raça, orientação sexual, etc – é a universalidade
Os DireitosHumanos não podem ser transferidos de uma pessoa a outra por nenhum motivo, seja doação, venda,
renúncia ou qualquer outro meio – é a inalienabilidade
Justamente porque não podem ser transferidos, é impossível também renunciar aos Direitos Humanos: mesmo que
alguma pessoa não os queira, ela continua sendo protegida por esses direitos – é a irrenunciabilidade
É dever do poder público providenciar meios e instrumentos de concretizar os Direitos Humanos, como as políticas
públicas – é a efetividade.
Os diversos Direitos Humanos não podem ser vistos separadamente, mas sempre como parte de um todo indivisível.
Assim, não há, entre os variados Direitos Humanos, alguns mais importantes do que outros: todos são igualmente
relevantes – é a indivisibilidade.
Por fazerem parte de um todo indivisível, os Direitos Humanos devem ser entendidos como interdependentes: a
realização adequada de qualquer um dos Direitos Humanos não é possível sem a realização adequada, ao mesmo
tempo, de todos os outros – é a interdependência.
Embora surjam e mudem ao longo da História, aqueles Direitos Humanos que já foram reconhecidos como tais não
podem deixar de sê-lo: ou seja, não é possível que haja retrocessos, diminuindo a relação dos direitos que foram
definidos como Direitos Humanos – é a vedação ao retrocesso.

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