NOVOPDF-Direitos-Fundamentais-compressed (6)

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DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 
Direitos Fundamentais 
Prof. Onetício Neto 
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Direitos fundamentais Professor Onetício Neto 
2 www.seraprovado.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
Olá querido(a) aluno(a), me chamo Onetício Neto, sou professor de direito constitucional há mais de 
5 (cinco) anos, e, durante esse tempo, conquistei diversos objetivos ao longo da minha carreira profissional, 
dentre eles, um curso preparatório, sou sócio e fundador do - ON, sou professor de graduação e pós-graduação, 
sou, também, membro da comissão de direito constitucional da OAB Seccional do Estado do Amazonas. 
Ao longo dessa minha vivencia na área jurídica, atuando como advogado, docente e palestrante pude 
observar a dificuldade que os alunos enfrentavam e enfrentam para passar no exame da OAB, seja na primeira 
ou na segunda fase, especificamente, em direito constitucional, isso me chamou especial atenção porque eu, 
assim como vocês, também passei por essa fase de dúvidas e incertezas, a gente começa a se questionar se é 
realmente capaz de passar no exame da OAB ou no tão sonhado e desejado Concursos Públicos. 
Porém, em se tratando da OAB, na época em que fui aprovado, já estava aplicando um método de 
estudo que eu mesmo havia desenvolvido e que tinha me ajudado não só nesta, mas em outras inúmeras 
conquistas, como as mencionadas acima. 
Agora, baseado neste novo cenário mundial, eu resolvi dedicar parte do meu tempo para ensinar esse 
método a outras pessoas que almejam passar e qualquer processo seletivo. 
Quase que diariamente nas minhas redes sociais, principalmente no instagram, eu posto algum tipo de 
conteúdo sobre direito constitucional voltado à prova da OAB e Concursos Públicos dos mais variados cargos, 
são dicas, questões de provas passadas, tiro dúvidas, faço enquetes, respondo as mensagens e etc. 
Enfim, pensando, nesse momento, em você que está se preparando e que, obviamente, pretende 
gabaritar toda e qualquer questão de direito Constitucional, deixe-me ajudá-lo. 
Quero ser o seu mentor nessa caminhada, por isso, minha primeira sugestão é para que siga minhas 
redes sociais, acompanhe o meu dia-a-dia por lá, procure agora mesmo @professoroneticioneto e comece não 
só a me seguir, mas a consumir muito conteúdo de valor sobre Direito Constitucional, esse material foi apenas 
o seu primeiro passo, se deseja ter muito mais conteúdo como esse, vem comigo, foca em mim e eu te garanto 
que você vai ter não só um professor de Direito Constitucional, além disso, você vai ganhar um parceiro, 
alguém que vai te ouvir e vai te ajudar a alcançar os seus objetivos assim como alcancei e ainda alcanço os 
meus. 
Até breve, pessoal e vamos juntos nesta jornada de preparação para alcançar os nossos objetivos, um 
forte abraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
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Direitos fundamentais 
 
 
 
 
Sumário 
1. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. ............................................................. 4 
1.1 BREVE RESUMO DAS CONSTITUIÇÕES DO BRASIL: ................................................... 5 
1.2 Da primeira geração/dimensão. ................................................................................... 7 
1.3 Da segunda geração/dimensão. ................................................................................... 7 
1.3.1 Dos direitos sociais – art. 6°, CRFB/88: ....................................................................... 7 
1.4 Da terceira geração/dimensão. .................................................................................... 8 
1.5 Da quarta geração/dimensão. ..................................................................................... 8 
1.6 Da quinta geração/dimensão. ..................................................................................... 8 
1.7 Características dos direitos fundamentais. ...................................................................... 9 
 
CRONOGRAMA DAS AULAS 
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Direitos fundamentais 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
1. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. 
“Sem os direitos fundamentais, o homem não vive, não convive, e, em alguns casos, 
não sobrevive” – Uadi Lammêngo Bulos. 
 
A Constituição Federal de 1988 estabelece direitos e garantias fundamentais, em seu Título II, daí ela 
divide esses direitos em 5 (cinco) capítulos. Sendo: 
 
• CAPÍTULO I – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS – Art. 5º, CRFB/88. 
• CAPÍTULO II – DOS DIREITOS SOCIAIS – Art. 6º - 11, CRFB/88 
• CAPÍTULO III – DA NACIONALIDADE – Art. 12 – 13; CRFB/88 
• CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS – Art. 14 – 16; CRFB/88 
• CAPÍTULO V – DOS PARTIDOS POLÍTICOS – Art. 17; CRFB/88 
 
A doutrina, majoritária, classifica esses direitos, assegurados aos indivíduos em 3 gerações/dimensões. 
Entretanto, é importante que você saiba que esses direitos não nasceram da noite para o dia, muito pelo 
contrário, foram e são resultados de um processo histórico-evolutivo, logo, quanto a isso, muita atenção, pois 
os direitos fundamentais não são caracterizados como dogmáticos, mas sim de um processo histórico, sendo 
umadas suas características a historicidade. Vamos contextualizar isso no cenário do nosso território 
brasileiro. 
1°constituição 2°constituição 3°constituição 4°constituição 5°constituição 6°constituição 7°constituição 
1824 – 
Constituição 
outorgada (sem 
a participação 
do povo) por 
D. Pedro. O 
povo não tinha 
liberdades para 
o exercício de 
Direitos 
Político ou 
Civil 
Ex: nessa 
época o nosso 
território 
possuía uma 
religião oficial 
– católica. 
Alem disso 
tinha um 4° 
poder – 
chamado de 
Poder 
Moderador, 
concentrado 
nas mãos do 
imperador. 
1891 – 
Constituição 
Promulgada 
(com a 
participação do 
povo). Aqui o 
povo é o 
detentor do 
poder, logo o 
povo diz o que 
quer. E sabe o 
que o povo 
quer, na 
verdade o que 
todos nós 
queremos? 
Aquilo que não 
temos. 
Portanto, o que 
o povo de 1824 
não tinha? 
Liberdades, daí 
surge a 
primeira 
geração ou 
dimensão dos 
Direitos 
fundamentais 
1934 – 
Constituição 
Promulgada 
(com a 
participação do 
povo). Daí 
você se 
pergunta o por 
que o povo 
escreveu outra 
constituição? A 
resposta é 
simples, foi 
preciso outra 
para equilibrar 
as 
desigualdades 
que as 
liberdades 
estavam 
trazendo. Com 
isso, surge o 
direito de 
segunda 
geração ou 
dimensão – 
Direito à 
igualdade 
1937 – 
Constituição 
outorgada (sem 
a participação 
do povo) por 
Getúlio Vargas, 
começa o 
chamado 
Estado Novo, 
constituição 
que foi 
denominada de 
constituição 
polaca, por ter 
leis de 
inspiração 
fascista, tal 
qual a Carta 
Magna 
polonesa de 
1935. Portanto, 
se o poder não 
pertencia mais 
ao povo o povo 
não tinha as 
mesmas 
liberdades e 
igualdades 
1946 – 
Constituição 
Promulgada 
(com a 
participação do 
povo). Essa 
constituição 
reinaugurou o 
período 
democrático no 
Brasil, 
resgatando e 
ampliando o 
catálogo dos 
direitos 
fundamentais 
anteriormente 
conquistados. 
Liberdade e 
Igualdade. 
1967 – 
Constituição 
outorgada (sem 
a participação 
do povo) pelos 
militares. 
Começa a era 
militar, período 
chamado de 
ditadura. O 
poder não mais 
estava nas 
mãos do povo, 
logo o povo 
não possuía as 
mesmas 
liberdades e 
igualdades. 
Houve, 
portanto, 
mitigação a 
esses direitos 
fundamentais. 
1988 – 
Constituição 
Promulgada 
(com a 
participação do 
povo). Essa 
constituição, 
conhecida 
como 
constituição 
cidadã, trouxe 
um rol 
exemplificativo 
de direitos 
fundamentais 
(art. 5°, §2°, da 
CRFB/88), 
resgatando as 
liberdades e 
igualdades, 
além disso, 
trazendo um 
novo direito 
fundamental – 
a fraternidade. 
Nascendo a 3° 
geração ou 
dimensão. 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
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Direitos fundamentais 
 
 
 
1.1 BREVE RESUMO DAS CONSTITUIÇÕES DO BRASIL: 
 
Constituição do Império 1824: 
• Constituição Politica do Imperio do Brazil (de 25 de março de 1824) 
• Foi outorgada (D. Pedro I, 25.03.1824); 
• Visava resguardar a esfera de atuação do Estado; 
• Separação dos Poderes – Segundo Montesquiel + O Poder Moderado (Concentrado nas mãos do 
imperador); 
• Era uma Constituição Semirrígida (Art. 178), sua modificação poderia ocorrer por processo legislativo 
simples, igual aos das demais Leis; 
• O Brasil era Estado Unitário, dividido em províncias, com forte centralização político – ADM; 
• Forma de Governo era a Monarquia. 
• Era uma constituição Nominativa. 
 
Constituição de 1891 (primeira constituição da República) – 24.02.1891: 
• Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 24 de fevereiro de 1891) 
• As províncias, tornaram-se Estados integrantes de uma Federação, formando os Estados Unidos do 
Brasil; 
• Foi promulgada a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil; 
• A forma de governo foi a Democracia (eleições diretas); 
• Definiu a forma federativa de estado; 
• Forma Republicana de Governo; 
• Os Estados possuíam a chamada competência remanescente; 
• Sistema de Governo adotado foi o Presidencialista; 
• Aboliu o Poder Moderador; 
• Surgiu o Habeas Corpus; 
• A Constituição era de caráter Rígida 
• A Constituição promulgada em 24 de fevereiro de 1891, que instituiu o controle da constitucionalidade 
das leis, dedicou ao Supremo Tribunal Federal os artigos 55 a 59. Portanto, considerou o Supremo 
Tribunal Federal como guardião da constituição. 
• O Supremo Tribunal Federal era composto por quinze Juízes, nomeados pelo Presidente da República 
com posterior aprovação do Senado. 
• Entretanto foi uma constituição classificada NOMINATIVA, pois suas disposições não encontraram 
eco na realidade social. Seria como uma roupa guardada no armário que será vestida futuramente, quando o 
corpo nacional tiver crescido. 
 
Constituição de 1934 (segunda constituição da República): 
• Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934) 
• Foi uma constituição Democrática (decorrente do rompimento da ordem jurídica ocasionada pela 
revolução de 1930). 
• Surgiu os direitos de 2º Geração/Dimensão, direitos sociais (obrigação de fazer do Estado); 
• É apontada como o marco na transição de um regime de democracia liberal, de cunho individualista, 
para a chamada democracia social. 
• Manteve a estrutura fundamental do Estado: República, Federação, Divisão dos Poderes, 
Presidencialismo, Regime Representativo. 
 
Constituição do Estado Novo (1937): 
• Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937 
• Chamada de Constituição POLACA, pois foi inspirada na constituição Polonesa; 
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Direitos fundamentais 
 
 
• Foi outorgada, dando início ao período DITATORIAL conhecido como “Estado Novo” 
• Era Vargas; 
• Concentração do Poder nas mãos do Presidente da República; 
• Não contemplava o princípio da legalidade; 
• Possibilitava pena de morte para crimes políticos e previa a censura prévia da imprensa; 
• Portanto, não visava assegurar direitos, mas sim regime autoritário. 
 
Constituição de 1946 (após a segunda guerra): 
• Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 18 desetembro de 1946) 
• Foi promulgada (democrática) 
• Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil; 
• Elaborada com base nas Constituições de 1891 e 1934; 
• Forma de Estado (Federação); 
• Forma de Governo (República); 
• Sistema de Governo (Presidencialismo); 
• Retorna o Rol de direitos fundamentais de 1934 com acréscimos; 
• Inafastabilidade de jurisdição, exclusão da pena de morte, banimento e do confisco; 
• Direito de greve; 
• Em 1961 Emenda à Constituição estabelece o Parlamentarismo como sistema de governo, visando 
diminuir o poder do Presidente João Goulart; 
 
OBS: O parlamentarismo acabou sendo rejeitado por um plebiscito, retornando o presidencialismo, em 1963, 
fato que precipitou o golpe militar de 1964, inaugurando o 2º período de ditadura na história constitucional. 
 
Constituição de 1967 (Constituição Brasileira): 
• Constituição da República Federativa do Brasil de 24 de janeiro de 1967 
• Foi outorgada, inspirada na Constituição de 1937; 
• Mostrava grave preocupação com a segurança nacional; 
• Centralização Político-Administrativa na União; 
• Ampliação dos Poderes do Presidente; 
• Redução de Direitos Individuais; 
• Maior definição dos direitos dos Trabalhadores; 
• Emenda Constitucional 1/69 alterou 100 artigos da Constituição. 
 
Emenda constitucional 01 de 1969: 
• Manteve tudo da Constituição de 1967; 
• Aperfeiçoou, porém, algumas instituições como o processo de elaboração da Lei Orçamentária; 
• Vedou a reeleição do Poder Executivo; 
• A constituição de 1967 sofreu diversas emendas, sendo duas as mais importantes 01/1969 e a Emenda 
Constitucional 26 de 27.11.1985, onde foi convocado a assembleia nacional constituinte, que resultou 
na Constituição de 1988. 
 
Constituição de 1988 (Constituição Cidadã): 
• Constituição da República Federativa do Brasil. 
• Foi Promulgada; 
• Redemocratizou o País; 
 
OBS: A eleição do 1º Presidente da República Civil deu-se por sufrágio indireto (em 1985), a despeito da 
enorme pressão popular, movimento conhecido como “DIRETAS JÁ” foi eleito Tancredo Neves, que veio a 
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Direitos fundamentais 
 
 
morrer antes da posse, assumindo seu Vice José Sarney. 
 
OBS: A primeira eleição direta somente ocorreu em 1989, cujo vencedor foi Fernando Collor. 
 
• Surgiu o HD; MI; MS coletivo; 
• Direitos de 3º geração/dimensão; 
• Ampliou o controle abstrato de Constitucionalidade com o surgimento da ADO; ADPF; Rol de 
legitimados (foi ampliado, antes era apenas o PGR). 
 
OBS: A ADC surgiu com a Emenda Constitucional 3/93. 
 
1.2 Da primeira geração/dimensão. 
São aqueles direitos e garantias individuais que tem como centro de proteção o indivíduo, portanto 
refere-se ao direito: 
• À vida; 
• Liberdade; 
• Expressão; 
• Locomoção. 
 Representam um LIMITE na atuação do Estado, uma obrigação de NÃO FAZER do Estado. 
Ou seja, o estado deve se abster de atuar nas liberdades individuais, são direitos absenteístas ou negativos, 
essas expressões são comuns em provas. 
1.3 Da segunda geração/dimensão. 
São os direitos sociais/econômicos/culturais, que valorizam grupos de indivíduos, como trabalhadores. 
Nesse momento espera-se uma obrigação de FAZER do Estado – seu eixo central está na igualdade 
de condições para os seres humanos. Daí surgindo os direitos sociais. 
 
1.3.1 Dos direitos sociais – art. 6°, CRFB/88: 
 
Conceito: 
São direitos com finalidade de garantir direitos mínimos à coletividade e assegurar uma melhoria 
das condições de existência para os indivíduos, sendo eles: 
• Educação; 
• Saúde; 
• Alimentação; 
• Trabalho; 
• Moradia; 
• Transporte 
• Lazer; 
• Segurança; 
• Previdência social; 
• Proteção à maternidade e à infância; 
• Assistência aos desamparados; 
 
OBS: Os direitos sociais têm por conteúdo “um fazer”, “um ajudar”, “um contribuir”, do Poder Público, são 
MACETE 
Ps. T²EMoS LAZER E ALIMENTAÇÃO DeMaIS 
 
Ps – Previdência Social 
T – Trabalho 
T – Transporte 
E – Educação 
Mo – Moradia 
S – Saúde 
LAZER 
ALIMENTAÇÃO 
De – Desamparado 
Ma – Maternidade 
I – Infância 
S - Segurança 
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Direitos fundamentais 
 
 
conhecidos como direitos de 2° geração/dimensão, por consubstanciar a exigência de prestações positivas do 
Estado (são direitos prestacionais, demandando ações positivas do Estado). Diferente dos direitos individuais 
de 1° geração/dimensão, que constituem um “não fazer”, um “não agir”, um “não atuar” por parte dos Poderes 
Públicos. 
RESSALVA: Muito embora os direitos sociais sejam prestacionais (como regra), existem direitos sociais de 
ABSTENÇÃO em relação ao qual o Estado deve se privar de interferir, como exemplo, nos direitos sociais 
relativos à liberdade de associação sindical ou o direito de greve. 
Finalidade dos direitos Sociais: Os direitos sociais foram arquitetados com o claro e inequívoco intuito 
de incrementar a qualidade de vida dos indivíduos, especialmente os hipossuficientes, assegurando-lhes o 
instrumento necessário para desfrutar das benesses que outrora já estavam constitucionalmente asseguradas. 
Assim é que se pode concluir ser a finalidade dos direitos sociais a de proteger os setores sociais 
economicamente débeis e estruturalmente frágeis, de modo a construir uma sociedade mais homogênea. 
Sujeito passivo dos direitos sociais: A definição do sujeito passivo dos direitos sociais passa pelo 
questionamento a quem incube a tarefa de assegurá-los. A resposta, inequívoca, é a de que a atribuição é do 
ESTADO – em que pese a responsabilidade pela concretização destes direitos poder ser eventualmente 
partilhada, por exemplo, com a família, no caso do direito à educação. 
MUITA ATENÇÃO: A cláusula de reserva do possível que é relacionada a escassez de recursos públicos, 
em outras palavras, o Estado não tem dinheiro para tudo e, por isso, considera-se efetivado os direitos sociais 
quando o estado assegura ao menos o mínimo existência. 
 
1.4 Da terceira geração/dimensão. 
São conhecidos por direitos de fraternidade ou solidariedade, abrange o meio ambiente equilibrado, a 
fraternidade entre os povos, além de outros direitosdifusos – Art. 225, CRFB/88. 
Busca a proteção dos direitos para pessoas indeterminadas e de quantidades indeterminadas, SÃO OS 
DIREITOS “TRANSINDIVIDUAIS” nos quais a titularidade não pertence ao homem individualmente 
considerado, mas a coletividade com um todo. 
ATENÇÃO: Além desses 3 (três) mencionados acimas, há quem defenda a existência de uma quarta e 
quinta geração de direitos fundamentais: 
1.5 Da quarta geração/dimensão. 
São, por exemplo, os direitos relacionados à democracia, à informação e ao pluralismo político – dos 
quais dependerá a concretização da sociedade aberta para o futuro, em sua dimensão de máxima 
universalidade. 
Para Norberto Bobbio, nesta quarta geração os direitos se relacionam aos efeitos cada vez mais 
traumáticos da pesquisa biológica, que permitirá manipulação do patrimônio genético dos indivíduos. 
1.6 Da quinta geração/dimensão. 
Esta representaria o direito a PAZ, como papel central e de supremo direito da humanidade. Segundo 
Paulo Bonavides. 
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1.7 Características dos direitos fundamentais. 
MACETE: o nome do menino é UHIIIIIRE 
 
a) Universalidade: Aponta a existência de um núcleo mínimo de direitos que deve estar presente em 
todo lugar e para todas as pessoas. 
b) Historicidade: Os direitos fundamentais denotam de caráter histórico-evolutivo, que não nascem 
todos de uma só vez, pois são resultados de avanços jurídicos-sociais determinados pelas lutas do 
povo em defesa de novas liberdades. 
c) Indivisibilidade: Os direitos fundamentais formam um sistema harmônico, coerente e indissociável, 
o que importa na impossibilidade de compartimentalização dos mesmos, seja na tarefa interpretativa, 
seja na de aplicação às circunstâncias concretas. 
d) Imprescritibilidade: Os direitos e garantias fundamentais não prescrevem, não se extinguem ao 
longo do tempo, não pode acabar. 
e) Inalienabilidade: Os direitos e garantias fundamentais não são passiveis de alienação (negociação), 
é característica que exclui quaisquer atos de disposição, quer material – destruição física do bem -, 
quer jurídica – renúncia compra e venda ou doação. 
f) Irrenunciabilidade: Os direitos e garantias fundamentais não podem ser renunciados. 
g) Inviolabilidade: Essa característica confirma a impossibilidade de desrespeito aos direitos 
fundamentais por determinação ou por atos de autoridade, sob pena de responsabilização civil, 
administrativa e criminal. 
h) Relatividade: O exercício dos direitos individuais, não raro, acarreta conflitos com outros direitos 
constitucionalmente resguardados, dada a circunstância de nenhum direito ser absoluto ou prevalecer 
perante os demais em abstrato. 
i) Efetividade: A atuação dos Poderes Públicos deve se pautar (sempre) na necessidade de se efetivar 
os direitos e garantias institucionalizados, inclusive por meio da utilização de mecanismos 
coercitivos, se necessário for. 
 
OBS: Lembrar que podem ser destinatários dos direitos fundamentais pessoas jurídicas. 
 
OBS: Os direitos fundamentais possuem eficácia vertical (particular x estado) e eficácia privada dos 
direitos fundamentais – que pode ser tanto horizontal (particular x particular em igualdade de condições) 
quanto diagonal ou transversal (particular x particular em desigualdade de condições – ex.: empregado e 
empregador/ consumidor e lojista). 
 
OBS: O rol dos direitos e garantias fundamentais expressos na constituição não são taxativos, pois a 
constituição admite outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte – nos termos do artigo 5°, §2° da CRFB/88. 
 
OBS: Em se tratando dos tratados internacionais temos algumas situações, vejamos: 
1. Tratados internacionais que versarem sobre direitos humanos podem ser incorporados ao ordenamento 
jurídico brasileiro com o mesmo status das emendas à constituição, desde que, observado o seguinte 
procedimento de aprovação no Congresso Nacional – aprovação em cada uma das casas, por 3/5 dos 
seus membros, em dois turno de discussão e votação. – art. 5°, §3° da CRFB/88 – acrescentado pelo 
emenda constitucional n°45/2004 – a partir disso surgiu, no ordenamento jurídico o chamado bloco 
de constitucionalidade, pois passou-se a admitir outras normas com o mesmo status de norma 
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constitucional. 
2. Tratados internacionais que versarem sobre direitos humanos, mas não sendo aprovado conforme 
disposto acima, ou seja, aprovado pelo mesmo procedimento das leis, terá status de norma 
supralegal, figurando, na hierarquia das fontes normativas, logo abaixo da constituição e acima das 
leis. 
3. Tratados internacionais que não versarem sobre direitos humanos, quando aprovados pelo Congresso 
Nacional, serão equivalentes as leis ordinárias. 
 
OBS: O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão – art. 5°, §4° da CRFB/88 
 
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