Buscar

direitos_humanos_-_completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 173 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 173 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 173 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITOS HUMANOS 
Conceitos 
 
 
Inatos aos seres humanos 
 
Proteção precipuamente no 
âmbito internacional 
Direitos 
Humanos 
DIREITOS HUMANOS 
Conceitos 
 
 
Aqueles que o Estado 
reconhece como tal 
(positivados) 
 
Proteção precipuamente no 
âmbito interno 
Direitos 
Fundamentais 
DIREITOS HUMANOS 
Conceitos 
DIREITOS HUMANOS 
Conceitos 
 
 
Foca na proteção do ser 
humano inserido em conflitos 
armados 
Direito 
Humanitário 
DIREITOS HUMANOS 
Conceitos 
 
 
Age na proteção do refugiado, 
desde a saída do seu local de 
residência, concessão do 
refúgio e seu eventual término 
Direito dos 
Refugiados 
DIREITOS HUMANOS 
Características 
a) Universais: são para todos. 
 
OBS: Relativismo Cultural 
DIREITOS HUMANOS 
Características 
b) Imprescritíveis: não se perdem após um 
determinado lapso temporal. 
c) Inalienáveis: são bens fora do comércio; 
não podem ser vendidos ou doados. 
d) Irrenunciáveis/indisponíveis: não se pode 
abrir mão de direitos humanos, de forma 
voluntária ou forçada, a ponto de sacrificar 
a dignidade da pessoa humana. 
 
DIREITOS HUMANOS 
Características 
DIREITOS HUMANOS 
Características 
e) Indivisíveis: não há hierarquia entre os 
direitos humanos. 
f) Interdependentes: os direitos humanos 
dependem uns dos outros para que a 
dignidade da pessoa humana se realize. em 
sua plenitude. 
g) Relativos: não são absolutos 
h) Históricos: afirmam-se num lento processo 
histórico. 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Gerações 
Estado Liberal (Séc. XVIII) 
 
Não intervenção 
 
Direitos civis e políticos 
 
Não-agir/Direitos Negativos 
 
Liberdade 
Primeira 
geração 
DIREITOS HUMANOS 
Gerações 
Estado Social (Séc. XX) 
 
Intervenção 
 
Direitos econômicos, sociais e 
culturais 
 
Agir/Direitos positivos 
 
Igualdade 
Segunda 
geração 
DIREITOS HUMANOS 
Gerações 
Estado Democrático de Direito 
– Estado Neoliberal (?) (Séc. 
XXI) 
 
Direitos difusos e coletivos 
 
Fraternidade/Solidariedade 
Terceira 
geração 
DIREITOS HUMANOS 
Evolução Histórica 
Antecedentes 
remotos 
Antecedentes 
modernos 
Proteção interna Proteção internacional 
Tratados Internacionais 
de Direitos Humanos 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
Cristianismo 
 
Magna Carta Libertatum (1215 – Inglaterra) 
 Restrições tributárias 
 Proporcionalidade entre o delito e a sanção 
 Devido processo legal 
 Livre acesso à justiça 
 Liberdade de locomoção 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
Habeas Corpus Act (1679 – Inglaterra) 
 
Bill of rights – Declaração de Direitos (1689 – 
Inglaterra) 
 Direito de petição 
 Institui a soberania do Parlamento e lança as 
 bases da separação de poderes. 
 Fortalece a instituição do Tribunal do Júri 
 Reforça a proibição de penas cruéis ou 
 degradantes 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
Declaração de Virgínia (1776 – EUA) 
 Consagra a liberdade de imprensa como um 
 dos mais fortes baluartes da liberdade, 
 restringível apenas por governos despóticos 
 Restrição à prisão 
 Proibição de penas cruéis, desumanas ou 
 degradantes 
 Direito de ampla defesa 
 Irretroatividade da lei penal 
 Separação dos poderes 
 Todo o poder emana do povo 
 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
 Reconhece pela primeira vez que os homens 
 nascem livres e iguais e independentes, têm 
 direitos certos, essenciais e naturais dos 
 quais não pode, por nenhum contrato, privar. 
 Reconhece que os direitos não podem ser 
 alienados 
 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão 
(1789 – França – Fruto da Revolução) 
 Defende liberdades individuais. 
 Consagra os princípios da legalidade e da 
 anterioridade penal. 
 Garante a propriedade 
 Garante a legalidade tributária 
 Reforça a soberania popular 
 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
No artigo 16 da DDHC consta que a “sociedade em 
que não esteja assegurada a garantia dos direitos 
nem estabelecida a separação dos poderes não 
tem Constituição”. 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
Bill of Rights – Declaração de Direitos Americana 
(Criada em 1789, Ratificada em 1791) 
 Dez emendas ao texto promulgado em 1787 
 Liberdade de religião 
 Porte de armas 
 Propriedade 
 Devido processo legal 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes remotos 
OBS: Todos esses documentos têm em comum o 
fato de preverem direitos de primeira geração, 
apenas. 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes modernos 
Surgimento do direito humanitário 
 Convenção de Genebra (1864) 
 Batalha de Solferino (1859) 
 Cruz Vermelha 
 
Liga das Nações Unidas (1919) 
 Tratado de Versalhes 
 
Organização Internacional do Trabalho (1919) 
DIREITOS HUMANOS 
Antecedentes modernos 
Internacionalização de Direitos Humanos 
 
Tratados Internacionais 
 
Relativização de soberania 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema Global de Proteção 
Organização das Nações Unidas 
DIREITOS HUMANOS 
Evolução Histórica 
Conjunto 
Normativo 
Órgãos de 
Proteção 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
Carta das Nações Unidas (24/10/1945) 
 
Formalizou a criação da ONU 
 
Objetivos (Art. 1º Carta das Nações Unidas) 
 Manter a paz e a segurança internacionais. 
 Desenvolver as relações de amizade entre as 
 nações. 
 Realizar a cooperação internacional. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
 Ser um centro destinado a harmonizar a ação 
 das nações para a consecução desses 
 objetivos comuns 
 
Princípios que regem a ONU (Art. 2º da Carta das 
Nações Unidas) 
 Igualdade entre os Estados. 
 Boa-fé (essencial para o cumprimento das 
 obrigações internacionais) 
 Solução pacífica dos conflitos 
 Não utilização da força 
 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
Vai dispor sobre os principais órgãos da ONU: 
AGONU, Conselho de Segurança, Conselho 
Econômico e Social, Conselho de Tutela, Tribunal 
Internacional de Justiça (ou Corte, como se fala no 
Brasil) e um Secretariado. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
Declaração Universal de Direitos Humanos 
 
Criada pela Assembleia Geral da ONU em 
10/12/1948 na Terceira Assembleia Geral. 
Aborda apenas direitos de primeira e de segunda 
geração 
Formalmente, é uma resolução (217-A III AGONU) 
Logo, não é um tratado 
Logo, nenhum Estado assinou! 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
DUDH 
Tem força 
normativa 
 
“Boa fé” 
Não tem força 
normativa 
 
“Recomendação” 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos 
(1966) 
 
Direitos de primeira geração 
Aplicação imediata 
1966 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
Pacto Internacional de Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais 
 
Direitos de segunda geração 
Aplicação progressiva 
1966 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – conjunto normativo 
PIDCP PIDESC 
1 Geração 
 
 
Liberdade 
 
 
Capitalismo 
2 Geração 
 
 
Igualdade 
 
 
Socialismo 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – órgãos de proteção 
ONU 
Assembleia Geral da ONU 
 
Conselho de Segurança 
 
Conselho Econômico e Social 
 
Conselho de Tutela 
 
Corte Internacional de Justiça 
 
Secretariado 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
Formalizada pela Carta das Nações Unidas. 
Propósitos das Nações Unidas 
Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são: 
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para 
esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para 
evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou 
outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios 
pacíficos e de conformidade com os princípios da 
justiça e do direito internacional, a um ajuste ou 
soluçãodas controvérsias ou situações que possam 
levar a uma perturbação da paz; 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, 
baseadas no respeito ao princípio de igualdade de 
direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar 
outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz 
universal; 
3. Conseguir uma cooperação internacional para 
resolver os problemas internacionais de caráter 
econômico, social, cultural ou humanitário, e para 
promover e estimular o respeito aos direitos humanos 
e às liberdades fundamentais para todos, sem 
distinção de raça, sexo, língua ou religião; e 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das 
nações para a consecução desses objetivos comuns. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
Princípios das Nações Unidas: 
Artigo 2. A Organização e seus Membros, para a 
realização dos propósitos mencionados no Artigo 1, 
agirão de acordo com os seguintes Princípios: 
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade 
de todos os seus Membros. 
2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para 
todos em geral os direitos e vantagens resultantes de 
sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé 
as obrigações por eles assumidas de acordo com a 
presente Carta. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
3. Todos os Membros deverão resolver suas 
controvérsias internacionais por meios pacíficos, de 
modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e 
a justiça internacionais. 
4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações 
internacionais a ameaça ou o uso da força contra a 
integridade territorial ou a dependência política de 
qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível 
com os Propósitos das Nações Unidas. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
5. Todos os Membros darão às Nações toda 
assistência em qualquer ação a que elas recorrerem 
de acordo com a presente Carta e se absterão de dar 
auxílio a qual Estado contra o qual as Nações Unidas 
agirem de modo preventivo ou coercitivo. 
6. A Organização fará com que os Estados que não são 
Membros das Nações Unidas ajam de acordo com 
esses Princípios em tudo quanto for necessário à 
manutenção da paz e da segurança internacionais. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as 
Nações Unidas a intervirem em assuntos que 
dependam essencialmente da jurisdição de qualquer 
Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais 
assuntos a uma solução, nos termos da presente 
Carta; este princípio, porém, não prejudicará a 
aplicação das medidas coercitivas constantes do 
Capitulo VII. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
Membros: aqueles que assinaram, previamente, a 
Declaração das Nações Unidas, de 1 de janeiro 
de 1942, e os que assinaram a Carta das Nações 
Unidas. A declaração das Nações Unidas foi 
assinada durante a Segunda Guerra Mundial para 
formalizar a aliança entre as quatro grandes 
potências (Estados Unidos, Reino Unido, União 
Soviética e China) e mais 22 Estados. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – ONU 
A adesão dos membros é feita mediante 
aprovação da AGONU, mediante recomendação 
do Conselho de Segurança (Art. 4.1 e 4.2 – CNU). 
Da mesma forma, a suspensão ou exclusão de 
Estados da ONU somente pode ser feita pela 
AGONU a partir de manifestação do Conselho de 
Segurança (Art. 5 e 6 da CNU). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – AGONU 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – AGONU 
Órgão deliberativo (natureza parlamentar) e 
colegiado da ONU. É uma espécie de parlamento 
mundial que se reúne ordinariamente uma vez por 
ano ou extraordinariamente a pedido do Secretário 
Geral, do Conselho de Segurança ou da maioria dos 
membros da ONU (Art. 20 – CNU) 
Cada Estado tem um assento na AGONU e direito de 
um voto (o direito de voto fica suspenso caso os 
Estados atrasem as contribuições financeiras que 
devem fazer ao Organismo, salvo motivo de força 
maior). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – AGONU 
Funções: pode (i) discutir qualquer assunto 
relacionado a ONU, além de fazer (ii) recomendações 
aos seus membros ou ao Conselho de Segurança e 
(iii) expedir atos normativos (Art. 10 – CNU). 
 
Pode discutir também assuntos apresentados por 
países que não sejam integrantes da ONU, desde que 
relacionados à manutenção da paz e da segurança 
internacionais (Art. 11.2 – CNU). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – AGONU 
Ainda, pode a AGONU iniciar estudos e fazer 
recomendações destinados a (Art. 13.1 – CNU): 
a) promover cooperação internacional no terreno 
político e incentivar o desenvolvimento progressivo 
do direito internacional e a sua codificação; 
b) promover cooperação internacional nos terrenos 
econômico, social, cultural, educacional e sanitário e 
favorecer o pleno gozo dos direitos humanos e das 
liberdades fundamentais, por parte de todos os 
povos, sem distinção de raça, sexo, língua ou 
religião. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – AGONU 
Também a AGONU se encarrega das questões 
orçamentárias da ONU. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
Sua função e manter a paz e a segurança 
internacional (art. 24, Carta das Nações Unidas). 
Formado por 15 membros (5 permanentes e 10 
eleitos). Os membros permanentes são: 
 Estados Unidos. 
 Rússia. 
 Reino Unido. 
 China 
 França 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
Os outros dez são eleitos pela AGONU para um 
período de 2 anos (Art. 23.1, Carta das Nações 
Unidas), sendo que estes devem atender uma 
proporcionalidade equitativa territorial . 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
Qualquer país membro da ONU pode provocar o 
Conselho de Segurança (Art. 35, Carta das Nações 
Unidas). Os países que não sejam parte da ONU 
poderão provocar o Conselho ou a própria AGONU 
desde que aceitem previamente as obrigações que 
eventualmente lhe sejam impostas para sanar a 
controvérsia (Art. 35.2, Carta das Nações Unidas). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
Os países que não sejam parte do Conselho de 
Segurança da ONU ou que não sejam parte da 
própria ONU poderão ser chamados a participar das 
reuniões que lhe digam respeito, sem direito a voto, 
contudo (Art, 23, Carta das Nações Unidas). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
O Conselho de Segurança é pautado pelo princípio 
da solução pacífica dos conflitos (tem que fazer 
negociações, inquéritos, mediação, conciliação, 
arbitragem, etc.). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
Em caso de ameaça a paz, o Conselho poderá 
determinar providências a serem tomadas. Estas 
inicialmente passam por embargos econômicos, de 
telecomunicações e relações diplomáticas (Art. 41, 
CNU) e, se forem as mesmas ineficazes, podem ser 
determinadas intervenções aéreas, navais ou 
terrestres (Art. 42, CNU), as quais são realizadas por 
países que se disponham a colaborar (Arts. 43.1 e 44 
CNU). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CS 
O Conselho de Segurança emite um parecer antes de 
a Assembleia Geral da ONU suspender ou expulsar 
algum país da ONU. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CES 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CES 
O Conselho Econômico e Social será composto de 
cinquenta e quatro Membros das Nações Unidas 
eleitos pela Assembleia Geral (Art. 61.1 – CNU) 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CES 
Artigo 62. 1 . O Conselho Econômico e Social fará ou 
iniciará estudose relatórios a respeito de assuntos 
internacionais de caráter econômico, social, cultural,educacional, sanitário e conexos e poderá fazer 
recomendações a respeito de tais assuntos à 
Assembléia Geral, aos Membros das Nações Unidas 
e às entidades especializadas interessadas. 
2. Poderá, igualmente, fazer recomendações 
destinadas a promover o respeito e a observância 
dos direitos humanos e das liberdades fundamentais 
para todos. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CES 
3. Poderá preparar projetos de convenções a serem 
submetidos à Assembléia Geral, sobre assuntos de 
sua competência. 
4. Poderá convocar, de acordo com as regras 
estipuladas pelas Nações Unidas, conferências 
internacionais sobre assuntos de sua competência. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
Sistema internacional de tutela 
 
Artigo 75. As nações Unidas estabelecerão sob sua 
autoridade um sistema internacional de tutela para a 
administração e fiscalização dos territórios que 
possam ser colocados sob tal sistema em 
consequência de futuros acordos individuais. Esses 
territórios serão, daqui em diante, mencionados 
como territórios tutelados. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
Artigo 76. Os objetivos básicos do sistema de tutela, 
de acordo com os Propósitos das Nações Unidas 
enumerados no Artigo 1 da presente Carta serão: 
a) favorecer a paz e a segurança internacionais; 
b) fomentar o progresso político, econômico, social e 
educacional dos habitantes dos territórios tutelados 
e o seu desenvolvimento progressivo para alcançar 
governo próprio ou independência, como mais 
convenha às circunstâncias particulares de cada 
território e de seus habitantes e aos desejos 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
livremente expressos dos povos interessados e 
como for previsto nos termos de cada acordo de 
tutela; 
c) estimular o respeito aos direitos humanos e às 
liberdades fundamentais para todos, sem distinção 
de raça, sexo, língua ou religião e favorecer o 
reconhecimento da interdependência de todos os 
povos; e 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
d) assegurar igualdade de tratamento nos domínios 
social, econômico e comercial para todos os 
Membros das nações Unidas e seus nacionais e, para 
estes últimos, igual tratamento na administração da 
justiça, sem prejuízo dos objetivos acima expostos e 
sob reserva das disposições do Artigo 80. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
Artigo 77. 1. O sistema de tutela será aplicado aos 
territórios das categorias seguintes, que venham a 
ser colocados sob tal sistema por meio de acordos 
de tutela: 
a) territórios atualmente sob mandato; 
b) territórios que possam ser separados de Estados 
inimigos em conseqüência da Segunda Guerra 
Mundial; e 
c) territórios voluntariamente colocados sob tal 
sistema por Estados responsáveis pela sua 
administração. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
Composição 
 
Artigo 86. 1. O Conselho de Tutela será composto 
dos seguintes Membros das Nações Unidas: 
a) os Membros que administrem territórios tutelados; 
b) aqueles dentre os Membros mencionados 
nominalmente no Artigo 23, que não estiverem 
administrando territórios tutelados; e 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CT 
c) quantos outros Membros eleitos por um período 
de três anos, pela Assembléia Geral, sejam 
necessários para assegurar que o número total de 
Membros do Conselho de Tutela fique igualmente 
dividido entre os Membros das Nações Unidas que 
administrem territórios tutelados e aqueles que o não 
fazem. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CIJ 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CIJ 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CIJ 
Sua principal função é de resolver conflitos jurídicos 
a ele submetidos pelos Estados e emitir pareceres 
sobre questões jurídicas apresentadas pela 
Assembleia Geral das Nações Unidas, pelo Conselho 
de Segurança das Nações Unidas ou por órgãos e 
agências especializadas acreditadas pela Assembleia 
da ONU, de acordo com a Carta das Nações Unidas. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema global de proteção – CIJ 
A Corte será composta de quinze membros, não 
podendo configurar entre eles dois nacionais do 
mesmo Estado. 
 
Os membros da Corte serão eleitos pela Assembleia 
Geral e pelo Conselho de Segurança de uma lista de 
pessoas apresentadas pelos grupos nacionais da 
Corte Permanente de Arbitragem. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Antecedentes históricos 
Tribunal de Nuremberg (1945) e Tribunal de Tóquio 
(1946): 
Críticas: post factum + ad hoc + composto pelos 
vencedores 
Méritos: afirmaram a responsabilização pessoal 
do indivíduo 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Tribunal para a antiga Iugoslávia (1993) e Tribunal 
para Ruanda (1994) 
Críticas: post factum + ad hoc 
Méritos: formado pelo Conselho de Segurança da 
ONU e afirmação definitiva da responsabilização 
individual dos violadores. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Tribunal Penal Internacional: instituição permanente, 
com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos 
crimes de maior gravidade com alcance internacional 
e complementar às jurisdições penais nacionais (Art. 
1 , Estatuto de Roma). 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Tribunal Penal Internacional: instituição permanente, 
com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos 
crimes de maior gravidade com alcance internacional 
e complementar às jurisdições penais nacionais (Art. 
1 , Estatuto de Roma). 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Tribunal Penal Internacional: instituição permanente, 
com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos 
crimes de maior gravidade com alcance internacional 
e complementar às jurisdições penais nacionais (Art. 
1 , Estatuto de Roma). 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Tribunal Penal Internacional: instituição permanente, 
com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos 
crimes de maior gravidade com alcance internacional 
e complementar às jurisdições penais nacionais (Art. 
1 , Estatuto de Roma). 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Sede em Haia 
Criação pelo Estatuto de Roma (1998) 
Criado em 1998, mas condicionado a ratificação de 
60 países. 
Instituição em julho de 2002 (somente os crimes 
praticados após esta data podem ser processados e 
julgados pelo TPI, em razão do princípio do Juiz 
Natural e da proibição de Tribunais de Exceção). 
Internalizado no Brasil através do Decreto 4388/2002 
Não admite reserva! 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Competências 
a) Crimes de genocídio (Art. 6 ): atos praticados 
com intenção de destruir, no todo ou em parte, 
um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, 
enquanto tal. 
b) Crimes contra a humanidade (Art. 7 ): atos 
praticados no quadro de um ataque, 
generalizado ou sistemática, contra qualquer 
população civil (homicídio, extermínio, 
escravidão, deportação ou transferência 
forçada de uma população, prisão ou outra 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
forma de privação da liberdade física grave, 
tortura, agressão sexual, escravatura sexual, 
prostituição forçada, gravidez forçada, 
esterilização forçada ou qualquer outra forma 
de violência no campo sexual de gravidade 
comparável, perseguição de um grupo ou 
coletividade que possa ser identificado, por 
motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, 
culturais, religiosos ou de gênero, tal como 
definido no parágrafo 3o, ou em função de 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
outros critérios universalmente reconhecidos 
como inaceitáveis no direito internacional, 
relacionados com qualquer ato referido neste 
parágrafo ou com qualquer crime da 
competência doTribunal;, desaparecimento 
forçado de pessoas; crime de apartheid; outros 
atos desumanos de caráter semelhante, que 
causem intencionalmente grande sofrimento, 
ou afetem gravemente a integridade física ou a 
saúde física ou mental. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
c) Crimes de guerra: violações ao direito 
humanitário internacional, conforme previsto 
nas Convenções de Genebra de 1949, ou as 
violações ao direito internacional da guerra, 
assim compreendido como a forma adequada 
da condução das hostilidades (não se permite a 
tortura do prisioneiro de guerra, nem o ataque 
contra as instalações de entidades 
humanitárias, como a cruz vermelha, proibição 
de determinados tipos de armas, projetos, 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
mísseis, minas terrestres com finalidade de 
mutilação). 
d) Crimes de agressão: ataque sem conhecimento 
do país invadido 
 
 
Os crime são todos imprescritíveis (Art. 29) 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Penas 
a) Pena de prisão por um número determinado de 
anos, até ao limite máximo de 30 anos; ou 
b) Pena de prisão perpétua, se o elevado grau de 
ilicitude do fato e as condições pessoais do 
condenado o justificarem, 
c) Multa, de acordo com os critérios previstos no 
Regulamento Processual; 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
d) Perda de produtos, bens e haveres 
provenientes, direta ou indiretamente, do crime, 
sem prejuízo dos direitos de terceiros que 
tenham agido de boa fé. 
 
OBS: Nunca há pena de morte! 
OBS2: Idade mínima 18 anos 
OBS3: Prisão cumprida em Estado 
designado pelo Tribunal a partir de uma lista de 
Estados que manifestem o interesse em 
receber o acusado. 
 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
OBS4: Pode ser criado um Fundo a favor 
das vítimas (Art. 79) 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Atuação do TPI: quem pode provocar o TPI? O (i) 
Estado parte ou o (ii) Conselho de Segurança podem 
provocar o Procurador informando uma violação 
contra os direitos humanos. Este procurador atua 
junto ao TPI e é uma espécie de Ministério Público, 
responsável por conduzir os processos!. Da mesma 
forma, (iii) de ofício é permitido que o Procurador 
inicie uma investigação. Provocado ou de ofício, o 
Procurador pede autorização para o TPI para 
investigar o ocorrido. Se for dada a autorização, ele 
inicia a investigação! 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Em regra, as investigações recaem sobre os 
particulares de países que ratificaram o Estatuto de 
Roma, mas é consenso que o Conselho de 
Segurança pode solicitar a investigação de qualquer 
pessoa, ainda que esta não seja nacional de um 
Estado parte. É o exemplo do Muamar Kadafi. O ex-
ditador pode ser investigado e processado em razão 
de ter sido ele denunciado pelo Conselho de 
Segurança. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Ne bis in idem 
Art. 20. 1. Salvo disposição contrária do presente 
Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo 
Tribunal por atos constitutivos de crimes pelos quais 
este já a tenha condenado ou absolvido. 
2. Nenhuma pessoa poderá ser julgada por outro 
tribunal por um crime mencionado no artigo 5 , 
relativamente ao qual já tenha sido condenada ou 
absolvida pelo Tribunal. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
3. O Tribunal não poderá julgar uma pessoa que já 
tenha sido julgada por outro tribunal, por atos 
também punidos pelos artigos 6o, 7o ou 8o, a menos 
que o processo nesse outro tribunal: 
a) Tenha tido por objetivo subtrair o acusado à sua 
responsabilidade criminal por crimes da competência 
do Tribunal; ou 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
b) Não tenha sido conduzido de forma independente 
ou imparcial, em conformidade com as garantias de 
um processo eqüitativo reconhecidas pelo direito 
internacional, ou tenha sido conduzido de uma 
maneira que, no caso concreto, se revele 
incompatível com a intenção de submeter a pessoa à 
ação da justiça. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
Princípios aplicáveis ao TPI (Art. 22 ao 33) 
 Ninguém será responsabilizado por conduta 
 que não configure crime, à luz do Estatuto. 
 Não será aplicada nenhuma pena diferente das 
 previstas no Estatuto. 
 A lei penal não retroagirá, a não ser para 
 beneficiar o réu. 
 A responsabilização é individual e pessoal. 
 Menores de 18 anos são inimputáveis perante 
 o Tribunal. 
DIREITOS HUMANOS 
Tribunal Penal Internacional 
 Não são há preferências relacionadas à cargos 
ou funções. Ou seja, todos são julgados de 
maneira idêntica. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistemas regionais de proteção 
Além de um sistema global, há sistemas regionais 
de proteção aos direitos humanos. 
 
Não há hierarquia entre os sistemas regionais e o 
sistema global. 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Sistemas regionais de proteção 
Sistemas 
Regionais 
de Proteção 
Sistema Europeu 
 
Sistema Americano 
 
Sistema Africano 
 
Sistema Asiático 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema americano de proteção 
Organização 
dos Estados 
Americanos 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema americano de proteção 
Declaração Americana dos Direitos e Deveres do 
Homem (conferência de Bogotá – Declaração de 
Bogotá) (1948) 
 Não é tratado. 
 Criada pela OEA. 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
(1959): esta tem como finalidade a promoção, 
proteção, conciliação e monitoramento dos 
direitos humanos estabelecidos na Declaração 
Americana dos Direitos e Deveres do Homem. 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema americano de proteção 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos, 
ou Pacto de São José da Costa Rica (1969). 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
Pacto de São José da Costa Rica – Convenção 
Americana de Direitos Humanos 
 
Influenciado pelo PIDCP. Logo, trata de direitos 
de primeira geração. 
 
OBS: Protocolo de San Salvador (1988). Trata-se 
de um protocolo adicional ao PSJCR que versa 
sobre direitos sociais. 
DIREITOS HUMANOS 
Direitos assegurados 
• Personalidade jurídica (Art. 3 ) 
• Vida (Art. 4 ): em geral, assegurada desde a 
concepção . 
 
OBS: Pena de morte apenas para crimes 
gravíssimos. Ainda, não pode ser 
restabelecida nos países que a aboliram e 
nem aplicada a crimes políticos, conexos 
com direitos políticos ou a mulher grávida. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Da mesma, não pode ser aplicada para os 
menor de 18 anos ou para aqueles que, na 
data do cometimento do delito, eram 
maiores de 70 anos. 
 
• Integridade pessoal (Art. 5 ) 
• Proibição de escravidão (Art. 6 ) 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Direito à liberdade pessoal (Art. 7 ) 
 
OBS: Acabou com a prisão civil do 
depositário infiel na medida em que 
autorizou somente a prisão do devedor de 
alimentos no artigo 7.7 (7. Ninguém deve 
ser detido por dívidas. Este princípio não 
limita os mandados de autoridade judiciária 
competente expedidos em virtude de 
inadimplemento de obrigação alimentar). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Garantias judiciais (Art. 8) 
 
OBS: Duplo grau de jurisdição está 
assegurado. 
 
• Princípio da legalidade ou da retroatividade 
(Art. 9 ) 
• Direito a indenização (Art. 10 ) 
• Proteção da honra e da dignidade (Art. 11) 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Liberdade de consciência e de religião (Art. 
12) 
• Liberdade de pensamento e de expressão 
(Art. 13) 
• Direito de retificação ou de resposta (Art. 
14) 
• Direito de reunião (Art. 15) 
• Liberdade de associação (Art. 16) 
• Proteção da família (Art. 17) 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Direito ao nome (Art. 18) 
• Direito da criança (Art. 19). 
• Direito à nacionalidade(Art. 20) 
• Direito à propriedade privada (Art. 21). 
• Direito de circulação e de residência (Art. 
22) 
• Direitos políticos (Art. 23). 
• Igualdade perante a lei (Art. 24). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Proteção judicial (Art. 25) 
 
 OBS: Suspensão de garantias: o Pacto 
admite a suspensão das garantias durante 
guerra, perigo público ou outra emergência, 
mas desde que por tempo determinado 
(Art. 27) 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
OBS: Não podem ser suspensos os direitos 
previstos no artigo 3 (direito ao 
reconhecimento da personalidade jurídica), 
4 (direito à vida), 5 (direito à integridade 
pessoal), 6 (proibição da escravidão e da 
servidão), 9 (princípio da legalidade e da 
retroatividade), 12 (liberdade de 
consciência e religião), 17 (proteção da 
família), 18 (direito ao nome), 19 (direitos da 
criança), 20 (direito à nacionalidade) e 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
23 (direitos políticos), nem das garantias 
indispensáveis para a proteção de tais 
direitos. 
 
OBS: Em caso de suspensão devem ser 
comunicados os outros Estados parte (Art. 
27.3). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Sistema americano de proteção – órgãos de proteção 
Comissão 
Interamericana 
de Direitos 
Humanos 
Corte 
Interamericana 
de Direitos 
Humanos 
Complementaridade 
DIREITOS HUMANOS 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
 
Composição 
• Sete membros (e não juízes) escolhidos 
dentre pessoas que tenham alta autoridade 
moral e reconhecido saber em matéria de 
direitos humanos. 
• Os membros são eleitos pela Assembleia 
Geral da OEA para um mandato de quatro 
anos, admitida uma recondução. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Segundo o Estatuto, a votação é secreta. 
Ainda, considera-se eleito o candidato que 
obtiver maior número de votos e maioria 
absoluta dos votos dos Estados Membros. 
Se para eleger os membros for necessário 
realizar vários escrutíneos, assim será feito, 
mesmo que seja necessário excluir os com 
menos votos em cada votação (Art. 5 , 
Estatuto da Comissão). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Segundo o PSJCR, quando vagar um dos 
cargos antes do fim do mandato, a AGOEA 
escolhe o substituto de acordo com as 
regras do Estatuto. Este, por sua vez, afirma 
que o Presidente da Comissão notificará a 
AGOEA que levará o caso aos Estados da 
OEA. Estes poderão apresentar 1 candidato 
no prazo de 30 dias. O Secretário Geral da 
OEA elabora uma lista e quem escolhe o 
nome do próximo é o Conselho da OEA. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Não podem fazer parte da Comissão dois 
Membros da mesma nacionalidade. 
• Ainda, não pode haver incompatibilidade 
que afete a função exercida. Caso estas 
existam, caberá a AGOEA decidir a respeito 
por decisão de 2/3 dos seus membros (Art. 
8 , Estatuto da Comissão). 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Os membros têm alguns deveres 
relacionados no Estatuto da Comissão (Art. 
9 ). São elas: 
(i) Assistir, salvo impedimento justificado, 
às reuniões ordinárias e extraordinárias 
da Comissão, que se realizarem em sua 
sede permanente ou na sede à qual 
houver acordado trasladar-se 
provisoriamente 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(i) Fazer parte, salvo impedimento 
justificado, das comissões especiais que 
a Comissão decidir constituir para a 
realização de observações in loco ou 
para cumprir quaisquer outros deveres 
de que forem incumbidos. 
(ii) Guardar absoluta reserva sobre os 
assuntos que a Comissão considerar 
confidenciais. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(i) Manter, nas atividades de sua vida 
pública e privada, comportamento 
acorde com a elevada autoridade moral 
de seu cargo e a importância da missão 
confiada à Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Os membros da Comissão gozam, a partir 
do momento de sua eleição e enquanto 
durar seu mandato, das imunidades 
reconhecidas pelo direito internacional aos 
agentes diplomáticos (tais garantias se 
fazem presentes apenas nos Estados da 
OEA). Gozam também, no exercício de seus 
cargos, dos privilégios diplomáticos 
necessários ao desempenho de suas 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
 funções (Art. 12 do Estatuto). Nos Estados 
em que não são parte, os membros gozam 
de certos privilégios e imunidades 
pertinentes ao caso. 
• A função dos membros da Comissão é 
remunerada com honorários e despesas de 
viagem (Art. 13, Estatuto da Comissão). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Organização da Comissão 
• Haverá um Presidente, um Primeiro Vice-
Presidente e um Segundo Vice-Presidente, 
que serão eleitos por maioria absoluta dos 
seus membros por um ano e poderão ser 
reeleitos somente uma vez em cada período 
de quatro anos (Art. 14, Estatuto). 
• Haverá também uma Diretoria e uma 
Secretaria Executiva. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• A Comissão tem sede em Washington (DC) 
(Art. 16, Estatuto). 
• Pode reunir-se em outro local quando 
houver manifestação favorável de maioria 
absoluta dos membros e com a anuência ou 
convite do Estado que a receberá. 
• Funciona de maneira ordinária (duas por 
ano, na forma do artigo 14 do Regulamento 
da Comissão) e extraordinária 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• As decisões são feitas, como regra, com 
maioria absoluta. 
• Os idiomas utilizados na Comissão são o 
espanhol, o francês, o inglês e o português 
(Art. 22 do Regulamento) 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Função: promover a observância e a defesa dos 
direitos humanos (Art. 41, PSJCR), 
especialmente: 
a) Estimular a consciência dos direitos 
humanos nos povos da América; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
b) Formular recomendações aos governos 
dos Estados-membros, quando considerar 
conveniente, no sentido de que adotem medidas 
progressivas em prol dos direitos humanos no 
âmbito de suas leis internas e seus preceitos 
constitucionais, bem como disposições 
apropriadas para promover o devido respeito a 
esses direitos; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
c) Preparar estudos ou relatórios que 
considerar convenientes para o desempenho de 
suas funções; 
d) Solicitar aos governos dos Estados-
membros que lhe proporcionem informações 
sobre as medidas que adotarem em matéria de 
direitos humanos; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
e) Atender às consultas que, por meio da 
Secretaria Geral da Organização dos Estados 
Americanos, lhe formularem os Estados-
membros sobre questões relacionadas com os 
direitos humanos e, dentro de suas 
possibilidades, prestar-lhes o assessoramento 
que lhes solicitarem; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
f) Atuar com respeito às petições e outras 
comunicações, no exercício de sua autoridade, 
de conformidade com o disposto nos artigos 44 
a 51 desta Convenção; e 
g) Apresentar um relatório anual à Assembleia 
Geral da Organização dos Estados Americanos. 
 
OBS: Com base nesta competência, a 
Comissão pode responsabilizar Estados . 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
O Estatuto ainda acrescenta outras funções. São 
elas (Art. 18, Estatuto): 
(i) atender às consultas que, por meio da 
Secretaria-Geral da Organização, lhe formularem 
os Estadosmembros sobre questões 
relacionadas com os direitos humanos e, dentro 
de suas possibilidades, prestar assessoramento 
que eles lhe solicitarem; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(ii) fazer observações in loco em um Estado, 
com a anuência ou a convite do Governo 
respectivo; e 
(iii) apresentar ao Secretário-Geral o 
orçamento-programa da Comissão, para que o 
submeta à Assembléia Geral. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Além destas, outras são estabelecidas no artigo 
19 do Estatuto: 
(i) atuar com respeito às petições e outras 
comunicações de conformidade com os artigos 
44 a 51 da Convenção; 
(ii) comparecer perante a Corte Interamericana 
de Direitos Humanos nos casos previstos na 
Convenção; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(iii) solicitar à Corte Interamericana de Direitos 
Humanos que tome as medidas provisórias que 
considerar pertinente sobre assuntos graves e 
urgentes que ainda não tenham sido submetidos 
a seu conhecimento, quando se tornar 
necessário a fim de evitar danos irreparáveis às 
pessoas; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(iv) consultar a Corte a respeito da 
interpretação da Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos ou de outros tratados 
concernentes à proteção dos direitos humanos 
dos Estados americanos; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(v) submeter à Assembléia Geral projetos de 
protocolos adicionais à Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos, com a finalidade de 
incluir progressivamente no regime de proteção 
da referida Convenção outros direitos e 
liberdades; e 
(vi) submeter à Assembléia Geral para o que 
considerar conveniente, por intermédio do 
Secretário-Geral, propostas de emenda à 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
De certo modo pode ser dito que a Comissão 
tem a função de promoção, proteção (inclusive 
com medidas cautelares), conciliação e 
monitoramento dos direitos humanos: pode 
expedir recomendações (Ex: determinada 
localidade está com excesso de presos. Diante 
disso, pode a Comissão expedir uma 
recomendação para que o Estado tome uma 
providência). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Também pode a Comissão solicitar ao Estado 
medidas de natureza cautelar (em 2009 são 
Paulo verificou-se numa instituição de prisão de 
jovens a tortura. Cautelarmente a Comissão 
solicitou providências). Também pode fazer 
visitações in loco. Pode investigar um fato 
específico, como a violação de direitos das 
mulheres ou fatos genéricos. Após, pode ele 
elaborar um relatório que serve de embasamento 
para uma recomendação, por exemplo . 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Competência para receber petições que 
contenham denúncias ou queixas de violação a 
direitos humanos (Art. 44). 
 
Legitimados: 
(i) Indivíduos; 
(ii) Grupos de indivíduos; 
(iii) Entidade Não-Governamental reconhecida 
em pelo menos um dos Estados da OEA. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
OBS: Estados também podem declarar que 
reconhecem a competência da Comissão 
para apreciar denúncias contra si 
formuladas por outros Estados. Mas isso é 
facultativo e será manifestado no momento 
de adesão ao Pacto ou em outro momento 
(Art. 45) 
 
OBS2: As petições podem versar sobre 
direitos dos próprios denunciantes ou de 
terceiros (Art. 23, Regulamento) 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
OBS3: A legislação brasileira 
reconhece o direito de a Defensoria Pública 
o direito de pleitear junto a esses órgãos. 
Assim, a DPE pode defender um indivíduo 
nessa instância. Trata-se da Lei 
Complementar 132/2009 . 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Requisitos para o processamento das petições: 
(i) que hajam sido interpostos e esgotados os 
recursos da jurisdição interna, de acordo 
com os princípios de Direito Internacional 
geralmente reconhecidos. 
(ii) que seja apresentada dentro do prazo de seis 
meses, a partir da data em que o presumido 
prejudicado em seus direitos tenha sido 
notificado da decisão definitiva; 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
(i) que a matéria da petição ou comunicação 
não esteja pendente de outro processo de 
solução internacional; e (iv) que, no caso do 
artigo 44, a petição contenha o nome, a 
nacionalidade, a profissão, o domicílio e a 
assinatura da pessoa ou pessoas ou do 
representante legal da entidade que 
submeter a petição. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
OBS: A regra do esgotamento da jurisdição 
interna não se aplica quando (i) não houver 
na legislação nacional devido processo legal 
para instrumentalizar a proteção reclamada; 
(ii) não for o interessado autorizado a 
acionar o Judiciário e (iii) houver demora 
injustificada na decisão sobre o mencionado 
recurso. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Procedimento (Art. 48): 
1) Recebimento da reclamação. Quem fará 
uma análise da petição será a Secretaria 
Executiva (Art. 26 do Regulamento). Ainda, as 
petições são analisadas na ordem de entrada, 
mas podem ser analisadas com prioridade 
quando, por exemplo, o interessado é idoso ou 
criança, padece de doença terminal, há risco de 
morte, dentre outros (Art. 29, Regulamento) . 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Se a petição não atender aos requisitos, pode 
ser oportunizada a emenda (Art. 29.3). 
2) Em caso de admissibilidade, solicitará 
informações ao Estado acusado de violar os 
direitos humanos. 
3) O Estado deverá prestar informações num 
prazo razoável (não há menção de prazo no 
Estatuto, mas o Regulamento fala em 3 meses, 
podendo ser prorrogado ou pode ser solicitada 
uma urgência quando o caso assim exigir). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
4) Após as informações poderá arquivar a 
denúncia ou dar seguimento a ela. Neste caso, 
poderá iniciar uma investigação, solicitar mais 
informações pelo Estado ou aos próprios 
interessados. 
5) A Comissão se coloca a disposição para 
tentar conciliar. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
6) Em caso de conciliação, a Comissão fará 
um relatório que será encaminhado ao 
peticionário e ao Estado indicando a solução 
alcançada. 
7) Em caso de não conciliação, a Comissão 
fará um relatório expondo as providências que 
julgar necessário, podendo encaminhar a 
questão para a Corte Interamericana de Direitos 
Humanos. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
OBS: A Comissão pode fazer visitas in loco 
mediante consentimento prévio do Estado 
em cujo território tiver sido identificada a 
violação (Art. 39, Regulamento). 
 
OBS2: É possível a desistência da parte 
interessada. No entanto, se a Comissão 
entender que a tramitação é o melhor a se 
fazer, pode assim determinar. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Particularidades 
• Medidas Cautelares: a Comissão pode 
determinar medidas cautelares no que toca a 
apreciação de casos que ainda não estejam 
sobre sua apreciação (Art. 25 do Regulamento). 
Essas medidas são concedidas em casos 
urgentes e graves nos quais haja risco de danos 
irreparáveis às pessoas. Em regra são 
concedidas após as informações dos Estados, 
mas podem ser dadas sem a oitiva destes. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Podem proteger pessoas ou grupo de pessoas, 
sempre que identificáveis por sua localização 
geográfica, pertencimento ou vínculo a um 
grupo,povo, comunidade ou organização. 
Os pedidos devem conter (i) os dados das 
pessoas propostas como beneficiárias, (ii) 
descrição detalhada e cronológica dos fatos que 
sustentem a solicitação, (iii) descrição as 
medidas de proteção solicitadas. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
OBS: Note-se que não é necessário esgotar 
a via jurisdicional interna. 
 
As medidas podem ser ampliadas, modificadas 
ou suspensas. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• O Brasil fez uma reserva: as inspeções 
(visitas in loco) feitas pela Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos depende de 
anuência expressa do Estado brasileiro . 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Corte Interamericana de Direitos Humanos 
 
Natureza: tem função jurisdicional, ao contrário 
da Comissão (Art. 1, Estatuto) 
 
Sede: San José da Costa Rica (Art. 2, Estatuto). 
Pode haver a mudança da sede, no entanto. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Composição (Art. 52, PSJCR) 
• 7 juízes escolhidos dentre pessoas com alta 
autoridade moral, de reconhecida 
competência em matéria de direitos 
humanos. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• São eleitos pela AGOEA por maioria 
absoluta em votação secreta. Não podem os 
juízes ser (i) membros ou altos funcionários 
do Poder Executivo, com exceção dos 
cargos que não impliquem subordinação 
hierárquica ordinária, bem como agentes 
diplomáticos que não sejam Chefes de 
Missão junto à OEA ou junto a qualquer dos 
seus Estados membros; (ii) funcionários de 
organismos internacionais ou 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
 (iii) possuírem quaisquer outros cargos ou 
atividades que impeçam os juízes de 
cumprir suas obrigações ou que afetem sua 
independência ou imparcialidade, ou a 
dignidade ou o prestígio do seu cargo. 
• Não pode haver mais de um juiz da mesma 
nacionalidade. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Cada Estado pode nomear até três juízes, 
sendo que ao menos um deles tem que ser 
nacional do Estado que está fazendo a 
indicação. 
• O mandato será de seis anos admitida uma 
reeleição. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Os juízes permanecem em suas funções até 
o fim do mandato. Contudo, mesmo após 
podem continuar a atuando nos casos em 
que tenham se manifestado e que já estejam 
em julgamento. 
• Não há problema em o Juiz de um Estado 
conhecer casos relacionados ao próprio 
Estado. Contudo, os juízes não podem 
figurar em casos nos quais seus parentes 
tenham interesse direito. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Os membros da Corte gozam, a partir do 
momento de sua eleição e enquanto durar 
seu mandato, das imunidades reconhecidas 
pelo direito internacional aos agentes 
diplomáticos (tais garantias se fazem 
presentes apenas nos Estados da OEA). 
Gozam também, no exercício de seus 
cargos, dos privilégios diplomáticos 
necessários ao desempenho de suas 
funções (Art. 15 do Estatuto). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
 Nos Estados em que não são parte, os 
membros gozam de certos privilégios e 
imunidades pertinentes ao caso. 
• Pode haver juízes ad hoc. 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Organização 
• Há um Presidente e um Vice-Presidente na 
Corte, eleitos para um mandato de dois anos 
pelos próprios Juízes da Corte, admitida 
reeleição (Art. 3, Regulamento). Considera-
se eleito o juiz que tenha recebido 4 votos. 
Se houver empate, ganha o que tiver 
precedência. Se o Presidente for nacional do 
Estado Parte em que estiver atuando, 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
 poderá ceder a presidência em relação a 
esse caso (Art. 4.1, Regulamento). 
• Há também uma Secretaria. 
• A Corte funciona em sessões ordinárias e 
extraordinárias. 
• O quórum para deliberação é de cinco 
juízes, ou seja, o julgamento somente 
começa com cinco juízes. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• O idioma é o espanhol, o inglês, o francês e 
o português (Art. 20 do Regulamento). 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Função de contencioso (jurisdicional) e de 
consulta (sendo que na consulta pode 
considerar qualquer tratado internacional 
aplicado aos Estados Americanos ). 
 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Legitimados 
(i) Estados. 
(ii) Comissão. 
 
• Requisitos para o processamento pela Corte 
(Art. 61.2): tem que ter esgotado o caso na 
Comissão. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Procedimento 
• Há a participação do Estado a quem se 
imputa a violação ao direito humano, da 
Comissão e das vítimas (ou seus familiares 
ou representantes). 
• A petição é apresentada pela Comissão ou 
pelo Estado perante a Secretaria da Corte 
(deve conter o pedido, as provas, a 
indicação das vítimas, do denunciante 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
 original, endereços, indicar peritos e 
testemunhas, etc – Art. 33, Regulamento). 
• A petição inicial será analisada pelo 
Presidente que poderá solicitar que se 
sanem as lacunas no prazo de vinte dias 
(Art. 34, Regulamento). Contudo, pode após 
consulta a Comissão Permanente da Corte, 
rejeitar o caso (Art. 26.3, Regulamento). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Se for o caso de prosseguimento, serão 
notificadas as vítimas e o Estado, que 
poderá contestar no prazo de 4 meses (Art. 
37 e 38 do Regulamento). 
• Pode haver pedido de desistência, mas a 
Corte pode rejeitar e prosseguir no caso 
(Art. 53, Regulamento). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Condenações: segundo o artigo 63, 1, a Corte (i) 
determinará que se assegure ao prejudicado o 
gozo do seu direito ou liberdade violado e (ii) 
determinará que sejam reparadas as 
consequências da medida ou situação que haja 
configurado a violação desses direitos, além de 
(iii) indenização justa à parte lesada 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Condenação executada conforme os 
procedimentos próprios de cada país (Art. 68.1). 
No Brasil, é executada pela Vara Federal de 
primeiro grau . 
• Decisão é irrecorrível (Art. 67, PSJCR). 
Contudo, cabe um pedido de interpretação 
pela Corte no prazo de 90 dias 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• Não precisa ser homologada pelo STJ (Art. 
105, Inciso I, “i”, CF): não precisa porque 
não é uma sentença estrangeira, mas sim 
uma sentença internacional (entendimento 
majoritário sem precedente jurisprudencial). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
Particularidades 
• A Corte pode determinar medidas 
provisórias em casos de extrema gravidade 
ou urgência nos casos em que está 
conhecendo. Nos casos em que ainda não 
estão sob o seu conhecimento, pode atuar 
junto com a Comissão (Art. 63.2, PSJCR). 
Estas medidas provisórias podem ser 
apresentadas pelas próprias pessoas. 
Sistema americano de proteção – conj. normativo 
DIREITOS HUMANOS 
• O quórum para as decisões é de cinco juízes 
(Art. 23.1, Estatuto). 
• As decisões são tomadas por maioria dos 
juízes presentes (Art. 23.2, Estatuto) 
• Em caso de empate, o Presidente tem o voto 
de qualidade/minerva (Art. 23.3, Estatuto). 
• As decisões são públicas, salvo deliberação 
da própria Corte (Art. 24, Estatuto). 
Sistema americano de proteção – conj. normativo

Continue navegando