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Mercado de Câmbio

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Mercado de Câmbio
Discentes: Maria Victoria de S. Olimpio
Gustavo de S. Oliveira
Pedro Henrique A. Oliveira
Conceito
Mercado de câmbio é um ambiente onde são negociadas moedas entre países, basicamente um comércio monetário global. Os agentes econômicos se referenciam em regras cambiais para vendedores e compradores que realizam a troca das moedas, chamadas de divisas.
Muitas operações são realizadas no mercado cambial, como pagamentos e recebimentos em moeda estrangeira, especulações, participação em processos e investimentos.
O Mercado de Câmbio no Brasil
Há algum tempo, a taxa de câmbio tem ocupado o centro do debate econômico brasileiro. Em um cenário de abundância de liquidez internacional, as características estruturais da economia brasileira, de alto patamar da taxa de juros, estabilidade política e institucional e crescimento econômico sustentado, fizeram do Brasil um excelente destino para as operações especulativas de carry trade. Diante disso, a política cambial tem assumido um papel cada vez mais ativo na política econômica brasileira.
Desde a crise de 2008, foram utilizadas várias formas de política cambial, como as intervenções no mercado à vista, os swaps cambiais, os leilões de divisas direcionados ao financiamento do comércio exterior, os impostos sobre fluxos financeiros, os leilões de dólar a termo, os impostos sobre margens de garantia para contratos futuros e os impostos sobre o excesso de posição líquida vendida e sobre a redução de posições compradas em derivativos de câmbio
No Brasil, diferentemente de outros países, as operações com divisas estrangeiras devem ser formalizadas em contratos de câmbio e realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central3 . 5O conjunto de contratos de câmbio realizados entre residentes e não residentes compõe o mercado primário de câmbio e, em um dado período, esses contratos definem o conceito de fluxo cambial contratado. Essas operações contemplam, por exemplo, a venda de divisas de receitas de exportações, a compra de divisas para importação, a compra e venda de divisas para o turismo ou investimentos no Brasil e no exterior etc
. Dealers e operadores no Mercado Câmbio
Os dealers de câmbio são intermediários do Bacen, na negociação de moedas estrangeiras. O BACEN realiza inúmeros leilões de dólar, entretanto, esses leilões de compra e venda de câmbio só acontecem com instituições credenciadas segundo critérios claros. Estas instituições que são credenciadas para participar são chamadas de dealers. O credenciamento como dealer dura seis meses, e são escolhidas quatorze instituições. As duas instituições com piores notas são substituídas no fim do prazo da licença. 
O Banco Central não contrata compra e venda de câmbio com todos os bancos autorizados, mas apenas desse grupo de bancos selecionados.
Dentre os departamentos do Banco Central que atuam na área de câmbio estão o Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin), o Departamento de Capitais Estrangeiros e Câmbio (Decec) e o Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros (Decif). As operações de compra e de venda de moeda estrangeira no mercado interbancário são realizadas pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais (DEPIN) exclusivamente com instituições credenciadas para esta finalidade (dealers). 
Critérios para Dealers
A seleção dos dealers é realizada por meio de critérios de performance com base na apuração de média ponderada dos seguintes itens: 
I - mercado interbancário: é considerado o volume de câmbio negociado pela instituição no mercado interbancário, com peso 0,5; II - importação e exportação: é computado o volume de operações de câmbio vinculadas a importações e exportações negociadas pela instituição com peso 3,0; III - títulos cambiais: é computado o volume de títulos da divida pública com correção cambial negociado pela instituição, com peso 1,5; IV - câmbio financeiro: é considerado o volume de câmbio financeiro negociado pela instituição, com peso 3,0; V - informações prestadas ao Banco Central do Brasil com peso 2. O objetivo deste item é avaliar a qualidade das informações prestadas e a forma de atuação de cada instituição no mercado de câmbio. 
Classificação do Mercado de Câmbio (segundo a lei)
Art. 1º As codificações relativas à natureza das operações constantes das tabelas anexas a esta Circular constituem o Código de Classificação a que se refere o § 1º do art. 23 da Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962.
Art. 2º A classificação incorreta sujeita as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, autorizadas a operar no mercado de câmbio, às penalidades previstas na legislação e a outras sanções administrativaspor parte do Banco Central do Brasil.
Art. 3º A existência de códigos para classificação de operações e a possibilidade de efetuar registros no Sistema Câmbio não elidem a responsabilidade das partes envolvidas quanto à observância de disposições legais, bem como de normas e procedimentos específicos definidos pelo Banco Central do Brasil ou outros órgãos/entidades governamentais.
Art. 4º A natureza da operação é integrada por doze elementos, como segue, constantes dos anexos a esta Circular a seguir indicados:
I - código da natureza do fato que origina a operação de câmbio: composto pelos cinco algarismos iniciais: Anexos I a XIII;
II - natureza do cliente comprador ou vendedor da moeda estrangeira, no País: composta pelos dois algarismos seguintes: Anexo XIV;
III - indicação relativa à existência ou não de aval do Governo brasileiro, concedido diretamente pela União ou por conta desta: Anexo XV;
IV - natureza do pagador/recebedor no exterior: representada pelo nono e décimo algarismos: Anexo XVI; e
V - identificação do grupo ao qual pertence a operação: representada pelos dois últimos algarismos: Anexo XVII.
Art. 5º Para fins de classificação das operações cursadas no mercado de câmbio, conceitua-se:
I - curto prazo: obrigações e direitos cujo prazo total para pagamento/recebimento não exceda a 360 (trezentos e sessenta) dias;
II - longo prazo: obrigações e direitos cujo vencimento final ocorra em prazo superior a 360 (trezentos e sessenta) dias ou que não tenham vencimento determinado.
Taxas de câmbio e paridade cambial
A taxa de câmbio expressa uma relação entre unidade de uma moeda e outra, ou seja, entre os valores de duas moedas. Por exemplo, se fosse necessário R$ 1,70 para se adquirir US$ 1,00, diz-se que a taxa de câmbio é de R$ 1,70 por US$ 1,00 ou: US$ 0,5828 para R$ 1,00. Se, em algum momento, fossem necessários mais reais para se adquirir a mesma quantidade de dólar, conclui-se que a moeda nacional se desvalorizou em relação à moeda estrangeira; ao contrário, tem-se uma valorização (apreciação) da moeda nacional.
A paridade cambial, por seu lado, refere-se a uma relação de poder de compra entre as moedas emitidas por diferentes economias. Pela teoria econômica da paridade, admite-se que a taxa de câmbio entre duas moedas esteja em equilíbrio quando for equivalente à capacidade de compra interna de cada moeda. Ou seja, a taxa de câmbio de duas moedas encontra-se em equilíbrio quando o poder aquisitivo das moedas for equivalente à taxa de câmbio. Por exemplo, se R$ 1,00 equivale a US$ 2,00, conclui-se que as duas moedas se encontram em equilíbrio se os mesmos bens puderem ser comprados por R$ 2,00 no Brasil e por US$ 1,00 nos EUA.
A forma pela qual a taxa de câmbio é determinada é chamada de regime cambial. Existem três tipos de regimes cambiais. São eles: câmbio fixo, câmbio flutuante e câmbio atrelado.
Câmbio Fixo
Aqui, uma autoridade monetária determina um valor fixo de uma moeda estrangeira em relação à moeda nacional. A conversão é garantida pelo Banco Central por aquele preço.
Para esse tipo de regime, o país deve ter uma reserva internacional considerável para cobrir a entrada e a saída da moeda estrangeira. O objetivoaqui é estabilizar o valor de uma moeda em relação a uma outra mais estável, porém esse processo tem vantagens e desvantagens. Entenda:
vantagens: maior estabilidade, já que elimina o risco cambial e previne a alta inflação;
desvantagens: o governo precisa ter reservas suficientes e alocação de recursos ineptos pelo mundo, não ocorrendo a correção de desequilíbrio na balança de pagamento do país.
Câmbio Flutuante
No câmbio flutuante, as taxas de câmbio variam de acordo com a oferta e a demanda do mercado — não há intervenção do governo com objetivo de elevar ou diminuir as taxas de câmbio. Porém, se houver a chamada “flutuação suja”, o Banco Central intervém, impedindo variações bruscas nas taxas.
Esse tipo de regime é vantajoso para países que apresentam economias estáveis.
Câmbio Atrelado
O regime de câmbio atrelado é uma junção do câmbio fixo e flutuante. A taxa varia diariamente dentro de faixas determinadas pelo governo, e o Banco Central atua com objetivo de manter o preço da moeda atrelado às faixas determinadas.
O Banco Central deve possuir reservas suficientes para manter as compras e vendas, o que é uma desvantagem desse regime.
Como o cálculo da taxa de câmbio é desenvolvido?
Geralmente, o dólar americano é utilizado como referência. Escutamos sempre os termos, dólar comercial e dólar de turismo. O segundo é o mais comum, pois é o mais utilizado nos casos de viagens, e o primeiro está ligado diretamente a ações de compra e venda de mercadorias.
Contratos de câmbio;
De acordo com o Banco Central (BACEN), contrato de câmbio é um instrumento legal que registra o acordo entre comprador e vendedor de moeda estrangeira. Nele, constam as características e condições na qual a negociação se estabeleceu.
Ele aumenta a segurança da transação já que obedece às exigências do BACEN para o registro da origem de alguns recebimentos. Sem ele, os envolvidos na operação podem ser multados e terem seus acordos suspensos até sua regularização.
Vale dizer que, para isso, as operações de câmbio devem ser registradas no Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio (Sistema Câmbio) de acordo com seu tipo e situação.
Como funcionam?
Uma negociação legal de câmbio envolve o comprador, vendedor, uma corretora de câmbio e o BACEN. Ou seja, sua dinâmica envolve pessoas, empresas e também órgãos reguladores com seus respectivos processos e legislação.
Seu funcionamento como instrumento de formalização da negociação começa com a escolha da empresa que vai intermediar as transações internacionais.
Para a continuidade do processo, os documentos que identificam a pessoa natural ou jurídica deverão ser anexadas, como o contrato social, estatuto da empresa, balanço das operações financeiras e comprovante de endereço.
Com esses dados e as informações sobre a operação, o contrato de câmbio é feito e permite a formalização do pagamento da importação ou exportação, por exemplo.
Nesse momento será feita a liquidação do câmbio, a transferência internacional de acordo com a cotação e condições estabelecidas no contrato, inclusive das eventuais taxas que são cobradas pelo BACEN.
Quais são os principais de tipo de contrato dessa modalidade?
Tipo 1: serviços e exportação de mercadorias;
Tipo 2: importação com pagamento antecipado, à vista ou com prazo de quitação em até 12 meses;
Tipo 3: transferências de valores feitas em outro país;
Tipo 4: transferências para outro país com prazo de importação até 12 meses;
Tipo 5: operações de câmbio para compras entre agentes autorizados no Brasil e/ou no exterior;
Tipo 6: operações de câmbio para venda  entre agentes autorizados no Brasil e/ou outros países;
Tipo 7: alteração contratual de câmbio de compra de situações do tipo 1, 3 e 5 de compra de moeda de outro país;
Tipo 8: alteração contratual de câmbio de venda que contempla os tipos 2, 4 e 6 de venda de moeda estrangeira;
Tipo 9: anulação contratual dos tipos 2, 4 e 6 de câmbio para compra, valendo também para dar baixa na operação;
Tipo 10: anulação de contratos dos tipos 2, 4 e 6 de câmbio de venda, valendo também para cancelamento total, parcial ou, para dar baixa na operação.
Risco Cambial
O risco cambial é monitorado constantemente pelas empresas brasileiras listadas na bolsa de valores.
O risco cambial diz respeito ao risco de uma empresa incorrer em perdas em face da variação do câmbio. No âmbito empresarial muitos negociados são liquidados depois da assinatura do contrato de compra e venda. Este período está sujeito à variação do câmbio, o que pode fazer com que a empresa assuma prejuízos, caso não esteja devidamente protegida.
Proteção cambial
Consiste nas formas de proteger o patrimônio em cenários de alto risco e muita volatilidade envolvendo outros ativos, como a renda variável. 
O fundo de proteção cambial é um fundo de investimento muito utilizado como estratégia de proteção. Por investir em ativos que acompanham o comportamento de moedas fortes, como o dólar e o euro, o seu patrimônio fica protegido contra a desvalorização do real.
Para que seja considerado um fundo de proteção cambial, ele deve ser composto por, pelo menos, 80% de ativos relacionados a oscilações de moedas estrangeiras. Já os outros 20% normalmente ficam reservados para aplicações conservadoras, como os investimentos de renda fixa.
Política Cambial
É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio - flutuante, fixo, administrado - e regulamenta as operações de câmbio. Dessa forma, a política cambial define as relações financeiras entre o país e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de câmbio, as regras para movimentação internacional de capitais e de moeda e a gestão das reservas internacionais.
A condução da política cambial afeta diretamente a vida do cidadão, mesmo que não tenha transações com exterior. A taxa de câmbio reflete nos preços dos produtos que o país importa e exporta, influenciando assim os demais preços da economia.

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