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Mapa sobre Rizoma em Mil Platôs de Deleuze e Guattari (por John Protevi) 1. Livros a. Autores múltiplos b. Matérias, datas, velocidades; agenciamentos; multiplicidade i. Articulação/segmentaridade; estratos; territórios ii. Linhas de fuga; desterritorializações; desestratificações; rumo ao Corpo sem Órgãos c. Tipos de livros i. Livros-raiz (psicanálise dominante, linguística, estruturalismo, ciências da informação) 1. Lógica binária (sujeito) 2. Relações biunívocas entre círculos sucessivos (objeto) ii. Sistema radicular: raiz fascicular; unidade abortada (Burroughs, Joyce, Nietzsche) 1. A unidade da raiz subsiste como um passado ou um por vir, como possível 2. Dimensão suplementar da dobra: trabalho ‘espiritual’ contínuo da unidade 3. Multiplicidade em direção linear, mas unidade de totalização em dimensão circular ou cíclica iii. Rizoma: fazer o múltiplo; escrever em dimensão n-1 2. Princípios do Rizoma a. Primeiro e segundo: Conexão e heterogeneidade i. Qualquer ponto pode ser conectado a qualquer ponto ii. Conexão de cadeias semióticas com códigos diferentes iii. Diferentes regimes de signos conectados com estados de coisas de tipos diferentes iv. Exemplo: Máquina abstrata conectando linguagem à semântica e pragmática da micropolítica. b. Terceiro: Multiplicidade: múltiplo tratado como um substantivo i. Determinações, magnitudes, dimensões: não se pode aumentar em número sem mudar sua natureza ii. Leis de combinação aumentam na medida em que a multiplicida cresce iii. Agenciamento: aumento nas dimensões de uma multiplicidade iv. Número: 1. não mais um conceito universal para medir elementos numa dada dimensão 2. Mas ele mesmo uma multiplicidade variando de acordo com as dimensões consideradas. v. Medida 1. Não mais unidades de medida (somente a partir da conquista de poder pelo significante ou assujeitamento) 2. e sim formas variadas de mensuração vi. Sempre plano: sem sobrecodificação, apenas um plano de consistência de multiplicidades. vii. Multiplicidades são definidas pelo fora, pela linha de fuga conectando ela em outras multiplicidades. viii. Inserir tudo na mesma folha: plano de exterioridade c. Quarto: Ruptura assignificante i. Linha de fuga: sempre parte do rizoma ii. Ainda que sempre em recuperação 1. Organizações que re-estratificam 2. Formações que recuperam o poder para o significante 3. Atribuições que reconstituem o sujeito iii. Não se pode haver dicotomia entre bom/mal: deve-se sempre ter uma seleção temporária renovada iv. Exemplo da orquídea e da vespa como desterritorialização/reterritorialização 1. Não é imitação 2. É um devir: evolução aparalela v. Transferência genética viral: comunicação transversal: evolução rizomática e não arborescente vi. O livro é um rizoma com o mundo e não uma imagem do mundo vii. Conselhos, slogas: sigam as plantas viii. Exemplos da música d. Quinto e sexto: Cartografia e decalcomania i. Rizoma é um estranho ao eixo genético ou estruturas profundas: estes são os decalques do já-pronto. ii. Rizoma é um mapa, não é um decalque: experimentação em contato com o real; performance iii. Isso nnao é um dualismo; é uma questão de método: botar o decalque de volta no mapa 1. O decalque sempre já foi selecionado; ele mapeia em uma imagem na medida em que organiza, estabiliza 2. Exemplo do pequeno Hans: Freud institui uma conquista de poder pelo significante, assujeitamento dos afetos iv. Agenciamentos rizoma-raiz, mapa-decalque com coeficientes variáveis de desterritorializaç˜åo 1. Não é uma análise teórica 2. Mas pragmática v. O cérebro como multiplicidade: sistema probabilístico, incerto 1. Memória de curto prazo (rizomática) vs memória de longo prazo (arborescente) 2. Escreve-se com memórias de curto prazo (associações) vi. Imagens do pensamento: 1. Árvore: triste: imitando o múltiplo com base em uma unidade superior centralizada ou segmentada 2. Rizoma: multiplicidade descentrada vii. Centrado vs Descentrado: métodos em vez de tipos de coisas 1. Psicanálise vs esquizoanálise (ambas analisam “a mesma” coisa, o inconsciente) 2. Linguística vs pragmática (ambas analisam linguagens) viii. Deve-se produzir o insconciente (trazer para frente suas conexões) mais do que reduzi-lo ou interpretá-lo ix. Ocidente (árvore) vs Oriente (rizoma) x. América, a exceção xi. Sem dualismo: 1. Há nós de arborescência em rizomas; desvios rizomáticos em raízes 2. Não se trata, portanto, de modelos opostos, ou de lugares na terra, momentos na história, categorias de pensamento a. Árvore = modelo transcendental e decalque, engendrando suas próprias fugas b. Rizoma = processo imanente de subversão do modelo e a construção de um mapa com suas próprias hierarquias 3. Problemas da escrita: expressões anexatas para designar algo exatamente: o que está acontecendo xii. Pragmáticas da escrita: 1. Invocar um dualismo para se opor a outro 2. Dualismo de modelos para acabar com todos os modelos xiii. Fórmula mágica: pluralismo = monismo por meio da oposição aos dualismos e. Resumo dos princípios do rizoma 3. Reflexões sobre a escrita de Mil Platôs a. Platôs i. Bateson: contínuo, regiões de intensidade auto-vibrantes com desenvolvimento ateleológico ii. Deleuze e Guattari: multiplicidades conectadas a outras multiplicidades formando rizomas b. Mil Platôs como rizoma de platôs i. Não uma experimentação tipográfica ii. Palavras funcionando como platôs: rizomática = esquizoanálise = pragmática = micropolíticas iii. Não uma ciência, mas agenciamentos 1. Agenciamentos maquínicos do desejo 2. Agenciamentos coletivos de enunciação iv. Agenciamentos agindo em fluxos semióticos, materiais e sociais simultanemaente v. Livros como agenciamentos com o fora, um livro-rizoma c. Contra a história i. A história como sedentária, como Estado ii. É necessário uma Nomadologia (um dos poucos casos de sucesso das Cruzadas das Crianças) d. Aspecto cultural: use ativamente, para esquecer, para fins nomádicos e. O Estado como modelo para o livro vs a Máquina de Guerra como agenciamento que torna o pensamento nomático f. Escrever com slogans g. Comoeçar e crescer a partir do meio: e… e… e...
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