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Metabolismo Microbiano

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Introdução 
O metabolismo consiste na acumulação e na degradação de nutrientes dentro de uma célula. Essas reações 
químicas fornecem energia e geram substâncias que sustentam a vida. 
Dois componentes essenciais do metabolismo são as enzimas e a molécula trifosfato de adenosina (ATP). 
As enzimas catalisam reações para moléculas específicas, chamadas de substratos. Durante as reações 
enzimáticas, os substratos são transformados em novas substâncias, denominadas produtos. As enzimas, as 
quais são geralmente proteínas, podem precisar de outras moléculas não proteicas, chamadas de cofatores, 
para realizar suas funções. Cofatores inorgânicos incluem íons metálicos. Cofatores orgânicos, ou coenzimas, 
incluem os carreadores de elétrons FAD, NAD+ e NADP+. 
 
 
No entanto, sem energia, determinadas reações nunca poderão ocorrer, mesmo na presença de enzimas. O 
trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula utilizada pela célula para gerenciar as necessidades energéticas. 
Se uma reação resultar em excesso de energia, uma parte dessa energia pode ser capturada na forma de ligações 
de ATP. Assim, uma célula pode quebrar essas mesmas ligações e utilizar a energia liberada para abastecer 
outras reações. 
 
Para que os microrganismos requerem energia? 
 Biossíntese de estruturas (Ex: parede celular, membrana) 
 Síntese de enzimas, ácidos nucleicos, polissacarídeos, fosfolipídeos; 
 Reparo de danos e manutenção da célula; 
 Crescimento celular; 
 Armazenamento de nutrientes e excreção de produtos; 
 Motilidade. 
Classificação das Vias metabólicas 
As vias catabólicas quebram as macromoléculas em seus componentes mais simples, liberando energia no 
processo. 
 
 
As vias anabólicas constroem macromoléculas por meio da combinação de moléculas mais simples, 
utilizando energia no processo. 
 
As vias catabólicas e anabólicas são associadas pela energia. As reações catabólicas fornecem a energia 
necessária para as reações anabólicas. 
 
 
Vias metabólicas microbianas que são benéficas 
Ciclo do nitrogênio: o nitrogênio é um componente fundamental das proteínas, do DNA e do RNA, bem 
como da clorofila das plantas. Contudo, sem os micróbios, haveria pouco nitrogênio disponível para a maioria 
das formas de vida. Determinadas bactérias (como Rhizobium, mostrada acima, no interior de um nódulo 
radicular de soja, apresentada à direita) presentes no solo convertem o nitrogênio da atmosfera em formas que 
podem ser utilizadas por outras formas de vida. 
Bebidas e alimentos: várias bactérias e leveduras (como Saccharomyces cerevisiae, apresentada à direita) 
realizam reações catabólicas, chamadas de fermentações. Cerveja, vinho e alimentos, como queijos, iogurte, 
picles, chucrute e molho de soja, dependem do metabolismo microbiano como parte crucial de sua produção. 
Tratamento do esgoto: a água contaminada passa por uma série de processos biológicos nas unidades de 
tratamento de esgoto, como nesta instalação apresentada acima. Muitas bactérias, incluindo algumas espécies 
de cianobactérias (apresentadas à direita), atuam na remoção de matéria orgânica prejudicial. 
Fármacos: a indústria farmacêutica utiliza uma variedade de bactérias e fungos na produção de antibióticos, 
como a penicilina (derivada do fungo Penicillium, mostrado à direita). A bacitracina, a eritromicina e outros 
tratamentos, como vacinas, vitaminas e enzimas, também são derivados do metabolismo microbiano. 
Reações Catabólicas e Anabólicas 
Catabolismo: 
Nas células vivas, as reações químicas reguladas enzimaticamente que liberam energia são, em geral, as que 
estão envolvidas no catabolismo, a quebra de compostos orgânicos complexos em compostos mais simples. 
Essas reações são chamadas de reações catabólicas ou degradativas. 
As reações catabólicas, em geral, são reações hidrolíticas (reações que utilizam água e nas quais ligações 
químicas são quebradas) e exergônicas (produzem mais energia do que consomem). 
Um exemplo de catabolismo ocorre quando as células quebram açúcares em dióxido de carbono e água. 
Anabolismo: 
As reações reguladas enzimaticamente que requerem energia estão, em sua maioria, envolvidas no 
anabolismo, a construção de moléculas orgânicas complexas a partir de moléculas mais simples. Essas reações 
são chamadas de reações anabólicas ou biossintéticas. 
Os processos anabólicos frequentemente envolvem reações de síntese por desidratação (reações que liberam 
água) e são endergônicos (consomem mais energia do que produzem). 
Exemplos de processos anabólicos são as formações de proteínas a partir de aminoácidos, de ácidos nucleicos 
a partir de nucleotídeos e de polissacarídeos a partir de açúcares simples. 
Esses processos biossintéticos geram os materiais para o crescimento celular. 
Anabolismo e Catabolismo: 
As reações catabólicas fornecem os blocos construtivos para as reações anabólicas e a energia necessária para 
conduzi-las. Esse acoplamento de reações que precisam e liberam energia é possível através da molécula 
trifosfato de adenosina (ATP). O ATP armazena a energia derivada de reações catabólicas e a libera 
posteriormente, a fim de conduzir as reações anabólicas e realizar outros trabalhos celulares. 
Teoria da Colisão 
As reações químicas ocorrem quando ligações químicas são formadas ou quebradas. Para as reações 
ocorrerem, átomos, íons ou moléculas devem colidir. 
A teoria da colisão explica como as reações químicas ocorrem e como certos fatores afetam a taxa dessas 
reações. O fundamento da teoria de colisão consiste no fato de que todos os átomos, íons e moléculas estão 
constantemente se movendo e colidindo uns com os outros. A energia transferida pelas partículas na colisão 
pode romper suas estruturas eletrônicas o suficiente para quebrar as ligações químicas ou formar novas 
ligações. 
Diversos fatores determinam se uma colisão causará uma reação química: a velocidade das partículas 
colidindo, sua energia e suas configurações químicas. 
Enzimas e reações químicas 
As substâncias que podem acelerar uma reação química sem que ela seja permanentemente alterada são 
chamadas de catalisadores. Nas células vivas, as enzimas servem de catalisadores biológicos. Como 
catalisador, cada enzima atua em uma substância específica, chamada de substrato da enzima (ou substratos, 
quando existem dois ou mais reagentes), e cada enzima catalisa apenas uma reação. Por exemplo, a sacarose 
(açúcar de mesa) é o substrato da enzima sacarase, que catalisa a hidrólise da sacarose em glicose e frutose. 
Mecanismo da ação enzimática: 
1. A superfície do substrato entra em contato com uma região específica da superfície da molécula 
enzimática, chamada de sítio ativo. 
2. Forma-se um composto intermediário temporário, chamado de complexo enzima-substrato. A 
enzima orienta o substrato rumo a uma posição que aumenta a probabilidade de ocorrência de uma 
reação, o que permite que as colisões sejam mais efetivas. 
3. A molécula de substrato é transformada pelo rearranjo dos átomos existentes, pela quebra da 
molécula de substrato ou pela combinação com outra molécula de substrato. 
4. As moléculas de substrato transformadas – os produtos da reação – são liberadas da molécula 
enzimática, uma vez que elas não se encaixam mais no sítio ativo da enzima. 
5. A enzima inalterada encontra-se agora livre para reagir com outras moléculas de substrato. 
Especificidade e Eficiência Enzimática 
As enzimas apresentam especificidade por determinados substratos. Por exemplo, uma determinada enzima 
pode ser capaz de hidrolisar uma ligação peptídica entre dois aminoácidos específicos. Outras enzimas 
podem hidrolisar amido, mas não celulose; apesar de o amido e a celulose serem polissacarídeos compostos 
de subunidades de glicose, as orientações das subunidades nos dois polissacarídeos diferem. 
 Cada uma das milhares de enzimas conhecidas possui essa especificidade, tendo em vista que a formatridimensional dos aminoácidos específicos do sítio ativo se encaixa no substrato de uma maneira parecida 
com uma fechadura que se encaixa. 
Fatores que influenciam a atividade enzimática 
Em altas temperaturas, as enzimas sofrem desnaturação e perdem suas propriedades catalíticas; em baixas 
temperaturas, a velocidade da reação diminui. 
O pH no qual a atividade enzimática é máxima é conhecido como pH ótimo. 
A atividade enzimática aumenta à medida que a concentração do substrato se eleva, até as enzimas ficarem 
saturadas. 
Os inibidores competitivos competem com o substrato normal pelo sítio ativo da enzima. Os inibidores não 
competitivos atuam em outra parte da apoenzima ou no cofator, diminuindo a capacidade da enzima de se 
combinar com o substrato normal 
Classificação das enzimas baseada no tipo de reação química catalisada 
 
Produção de Energia 
Reações de oxidação-redução 
Oxidação é a remoção de um ou mais elétrons de um substrato. Prótons (H+) são frequentemente removidos 
junto com os elétrons. 
A redução de um substrato se refere ao ganho de um ou mais elétrons. 
Cada vez que uma substância é oxidada, outra é simultaneamente reduzida. 
NAD+ é a forma oxidada; NADH é a forma reduzida. 
A glicose é uma molécula reduzida; a energia é liberada durante a oxidação da glicose na célula. 
As reações de oxidação e redução estão sempre acopladas: cada vez que uma substância é oxidada, outra é 
simultaneamente reduzida. O pareamento dessas reações é chamado de oxidação-redução ou de reação 
redox. 
 
Produção de ATP 
A energia liberada durante certas reações metabólicas pode ser captada para formar ATP a partir de ADP e 
Pi (fosfato). A adição de uma molécula de Pi é chamada de fosforilação. 
Durante a fosforilação a nível de substrato, um P de alta energia de um intermediário do catabolismo é 
adicionado ao ATP. 
Durante a fosforilação oxidativa, energia é liberada à medida que elétrons passam por uma série de 
aceptores de elétrons (uma cadeia de transporte de elétrons) e, por fim, ao O2 ou outro composto inorgânico. 
 Durante a fotofosforilação, a energia da luz é captada pela clorofila, e elétrons passam por uma série de 
aceptores de elétrons. A transferência de elétrons libera a energia utilizada para a síntese de ATP. 
Enzimas 
Componentes das enzimas 
Em sua maioria, as enzimas são holoenzimas, consistindo em uma porção proteica (apoenzima) e uma 
porção não proteica (cofator) 
O cofator pode ser um íon metálico (ferro, cobre, magnésio, 
manganês, zinco, cálcio ou cobalto) ou uma molécula orgânica 
complexa, denominada coenzima (NAD+, NADP+, FMN, FAD 
ou coenzima A). 
Fatores que influenciam a atividade enzimática 
Em altas temperaturas, as enzimas sofrem desnaturação e perdem suas propriedades catalíticas; em baixas 
temperaturas, a velocidade da reação diminui. 
O pH no qual a atividade enzimática é máxima é conhecido como pH ótimo. 
A atividade enzimática aumenta à medida que a concentração do substrato se eleva, até as enzimas ficarem 
saturadas. 
 Os inibidores competitivos competem com o substrato normal pelo sítio ativo da enzima. Os inibidores não 
competitivos atuam em outra parte da apoenzima ou no cofator, diminuindo a capacidade da enzima de se 
combinar com o substrato normal. 
Glicólise 
A glicólise, a oxidação da glicose em ácido pirúvico, normalmente é o primeiro passo no catabolismo de 
carboidratos. A maioria dos microrganismos utiliza essa via, sendo, portanto, presente na maior parte das 
células vivas. 
A palavra glicólise significa quebra do açúcar, e é exatamente isso o que acontece. As enzimas da glicólise 
catalisam a quebra da glicose, um açúcar de seis carbonos, em dois açúcares de três carbonos. Esses açúcares 
são, então, oxidados, liberando energia, e seus átomos sofrem um rearranjo para formar duas moléculas de 
ácido pirúvico. Durante a glicólise, NAD+ é reduzida a NADH, e há uma produção líquida de duas moléculas 
de ATP por fosforilação a nível de substrato. A glicólise não requer oxigênio; ela pode ocorrer na presença ou 
na ausência de oxigênio. Essa via é uma série de dez reações químicas, cada uma catalisada por uma enzima 
diferente. 
 
Vias Alternativas à glicose 
Via das pentoses-fosfato 
A via das pentoses-fosfato (ou ciclo da hexose-monofosfato) funciona simultaneamente com a glicólise e 
fornece um meio para a quebra de açúcares de cinco carbonos (pentoses), assim como a glicose. 
Uma característica importante dessa via é que ela produz pentoses intermediárias essenciais, utilizadas na 
síntese de (1) ácidos nucleicos, na (2) glicose a partir de dióxido de carbono na fotossíntese e em (3) certos 
aminoácidos. A via é uma importante produtora da coenzima reduzida NADPH a partir de NADP. A via das 
pentoses- -fosfato produz um ganho líquido de somente uma molécula de ATP para cada molécula de glicose 
oxidada. As bactérias que utilizam a via das pentoses-fosfato incluem Bacillus subtilis, E. coli, Leuconostoc 
mesenteroides e Enterococcus faecalis. 
Via de Entner-Doudoroff 
De cada molécula de glicose, a via de Entner-Doudoroff produz duas moléculas de NADPH e uma molécula 
de ATP para utilizar nas reações de biossíntese celular. As bactérias que têm as enzimas para a via de Entner-
Doudoroff podem metabolizar a glicose sem a glicólise ou a via das pentoses-fosfato. A via de Entner-
Doudoroff é encontrada em algumas bactérias gram- -negativas, incluindo Rhizobium, Pseudomonas e 
Agrobacterium; geralmente essa via não é encontrada entre as bactérias gram- -positivas. Às vezes, testes para 
a capacidade de oxidar glicose por essa via são utilizados para identificar Pseudomonas em laboratórios 
clínicos. 
Respiração Celular 
Após a quebra da glicose em ácido pirúvico, o ácido pirúvico pode ser alocado na próxima etapa da 
fermentação ou da respiração celular. 
A respiração celular, ou simplesmente respiração, é definida como um processo de geração de ATP, no qual 
moléculas são oxidadas e o aceptor final de elétrons é produzido fora da célula (quase sempre) e é uma 
molécula inorgânica. Uma característica essencial da respiração é a ação de uma cadeia de transporte de 
elétrons. 
Existem dois tipos de respiração, dependendo de se um organismo é aeróbio, aquele que utiliza oxigênio, ou 
anaeróbio, que não utiliza oxigênio e ainda pode ser morto por ele. Na respiração aeróbia, o aceptor final de 
elétrons é o O2; na respiração anaeróbia, o aceptor final de elétrons é uma molécula inorgânica diferente do 
O2 ou, raramente, uma molécula orgânica. 
Primeiramente o ácido pirúvico passa pelo ciclo de Krebs onde ocorre uma série de oxidações e reduções 
transferindo a energia potencial, na forma de elétrons, para coenzimas transportadoras de elétrons, 
principalmente NAD. Os derivados do ácido pirúvico são oxidados e as coenzimas são reduzidas. Em seguida 
ocorre uma das características essenciais da respiração, a ação de uma cadeia de transporte de elétrons, 
presente nas células eucariontes na membrana interna das mitocôndrias e nas células procariontes na 
membrana plasmática (bactérias). Enquanto os elétrons são passados pela cadeia, há uma gradual liberação de 
energia, que é utilizada para conduzir a geração quimiosmótica de ATP. 
Respiração Aeróbia: 
A cadeia de transporte de elétrons regenera NAD+ e FAD, que podem, assim, ser utilizadas novamente na 
glicólise e no ciclo de Krebs. 
As várias transferências de elétrons na cadeia de transporte geram em torno de 34 moléculas de ATP a partir 
de cada molécula de glicose oxidada: aproximadamente três de cada uma das dez moléculas de NADH (total 
de 30) e cerca de duas de cada uma das duas moléculas de FADH2 (total de quatro). 
 Na respiração aeróbia entre os procariotos, cada molécula de glicose gera 38 moléculas de ATP: 34 
provenientes da quimiosmose, além de 4 geradas pelas oxidações na glicólise e no ciclo de Krebs. 
A respiração aeróbia em eucariotos produz um totalde 36 moléculas de ATP. Há menos ATP que em 
procariotos, uma vez que parte da energia é perdida quando os elétrons são expelidos pelas membranas 
mitocondriais que separam a glicólise (no citoplasma) da cadeia de transporte de elétrons. Essa separação não 
existe em procariotos. 
Respiração Anaeróbia: 
Na respiração anaeróbia, o aceptor final de elétrons é uma substância inorgânica diferente do oxigênio (O2). 
Algumas bactérias, como Pseudomonas e Bacillus, podem utilizar o íon nitrato (NO3-) como o aceptor final 
de elétrons; o íon nitrato é reduzido a íon nitrito (NO2-), óxido nitroso (N2O) ou gás nitrogênio (N2). 
Outras bactérias, como Desulfovibrio, utilizam sulfato (SO42-) como o aceptor final de elétrons para formar 
sulfeto de hidrogênio (H2S). Ainda, outras bactérias utilizam o carbonato (CO3
2-) para formar metano (CH4). 
A respiração anaeróbia por bactérias utilizando nitrato e sulfato como aceptores finais é essencial para os 
ciclos do nitrogênio e do enxofre que ocorrem na natureza. A quantidade de ATP gerada na respiração 
anaeróbia varia de acordo com o microrganismo e a via. 
Como apenas parte do ciclo de Krebs opera em condições anaeróbias, e uma vez que somente alguns dos 
carreadores da cadeia de transporte de elétrons participam da respiração anaeróbia, o rendimento de ATP 
nunca é tão alto quanto na respiração aeróbia. Assim, os anaeróbios tendem a crescer mais lentamente que os 
aeróbios. 
 
Fermentação 
A fermentação é definida como um processo que: 
1. Libera energia a partir de açúcares ou outras moléculas orgânicas, como aminoácidos, ácidos 
orgânicos, purinas e pirimidinas; 
2. Não requer oxigênio (mas pode ocorrer na sua presença); 
3. Não requer a utilização do ciclo de Krebs ou de uma cadeia de transporte de elétrons; 
4. Utiliza uma molécula orgânica sintetizada na célula como aceptor final de elétrons; 
Os microrganismos podem fermentar vários substratos; os produtos finais dependem do microrganismo 
específico, do substrato e das enzimas que estão presentes e ativas. Análises químicas desses produtos finais 
são úteis para identificar os microrganismos. Dois dos processos mais importantes são a fermentação do 
ácido láctico e a fermentação alcoólica. 
Fermentação do ácido lático 
Durante a glicólise, que é a primeira fase da fermentação do ácido láctico, uma molécula de glicose é 
oxidada em duas moléculas de ácido pirúvico. Essa oxidação gera a energia que é utilizada a fim de formar 
duas moléculas de ATP. Na próxima etapa, as duas moléculas de ácido pirúvico são reduzidas por duas 
moléculas NADH, a fim de formar duas moléculas de ácido láctico. 
Como o ácido láctico é o produto final da reação, ele não sofre mais oxidação, e a maior parte da energia 
produzida pela reação permanece armazenada no ácido. Portanto, essa fermentação produz somente uma 
pequena quantidade de energia. 
Dois gêneros importantes de bactérias do ácido láctico são Streptococcus e Lactobacillus. Uma vez que 
esses microrganismos produzem apenas ácido láctico, são denominados de homoláticos (ou 
homofermentativos). 
 A fermentação do ácido láctico pode resultar na deterioração de alimentos. Contudo, o processo também 
pode produzir iogurte a partir de leite, chucrute a partir de repolho e picles a partir de pepino. 
Fermentação alcoólica 
A fermentação alcoólica também se inicia com a glicólise de uma molécula de glicose para produzir duas 
moléculas de ácido pirúvico e duas moléculas de ATP. Na próxima reação, as duas moléculas de ácido 
pirúvico são convertidas em duas moléculas de acetaldeído e duas moléculas de CO2. 
As duas moléculas de acetaldeído são, então, reduzidas por duas moléculas de NADH para formar duas 
moléculas de etanol. Outra vez, a fermentação alcoólica é um processo de baixo rendimento energético 
porque a maioria da energia contida na molécula inicial de glicose permanece no etanol, o produto final. 
A fermentação alcoólica é realizada por diversas bactérias e leveduras. O etanol e o dióxido de carbono 
produzidos pela levedura Saccharomyces são resíduos para as células de leveduras, porém são úteis para os 
seres humanos. O etanol produzido pelas leveduras é o álcool das bebidas alcoólicas, e o dióxido de carbono 
produzido pelas leveduras causa o crescimento da massa do pão. 
 
Respiração X Fermentação 
 
Fotossíntese 
Alguns organismos sintetizam compostos orgânicos complexos a partir de substâncias inorgânicas simples. O 
principal mecanismo dessa síntese é um processo chamado de fotossíntese, realizada por plantas e muitos 
microrganismos. 
Basicamente, a fotossíntese é a conversão da energia luminosa do sol em energia química. A energia 
química é, então, utilizada para converter o CO2 da atmosfera em compostos de carbono mais reduzidos, 
principalmente açúcares. Essa síntese de açúcares pela utilização de átomos de carbono oriundos do gás 
CO2 também é chamada de fixação de carbono. 
 
Reações dependentes de luz: fotofosforilação 
A fotofosforilação é uma das três vias para produzir ATP, e ela somente ocorre em células fotossintéticas. 
Nesse mecanismo, a energia luminosa é absorvida por moléculas de clorofila na célula fotossintética, 
excitando alguns elétrons das moléculas. 
Os elétrons excitados passam da clorofila para a primeira série de moléculas carreadoras em uma cadeia de 
transporte de elétrons similar àquela utilizada na respiração. Enquanto os elétrons passam pela série de 
carreadores, prótons são bombeados pela membrana, e ADP é convertido em ATP por quimiosmose. 
Os fotossistemas são constituídos de clorofila e outros pigmentos estocados nas membranas tilacoides. Na 
fotofosforilação cíclica, os elétrons retornam para a clorofila. Na fotofosforilação acíclica, os elétrons são 
utilizados para reduzir NADP+. Os elétrons da H2O ou do H2S substituem aqueles perdidos pela clorofila. 
Quando a H2O é oxidada por plantas verdes, algas e cianobactérias, O2 é produzido; quando o H2S é 
oxidado por bactérias sulfurosas, grânulos de S0 são produzidos. 
Reações independentes de luz – Ciclo de Calvin-Benson 
As reações independentes de luz são assim denominadas porque não necessitam diretamente de luz. Elas 
incluem uma via cíclica complexa, chamada de ciclo de Calvin-Benson, no qual o CO2 é “fixado” – isto é, 
ele é utilizado na síntese de açúcares. 
Diversidade Metabólica entre os Organismos 
 Todos os organismos, incluindo os microrganismos, podem ser classificados metabolicamente de acordo 
com seus padrões nutricionais – sua fonte de energia e sua fonte de carbono. 
Os fotoautotróficos obtêm energia através da fotofosforilação e fixam carbono do CO2 via ciclo de Calvin-
Benson para sintetizar compostos orgânicos. 
 As cianobactérias são fototróficos oxigênicos. As bactérias verdes e as púrpuras são fototróficos 
anoxigênicos. 
Os foto-heterotróficos utilizam a luz como fonte de energia e um composto orgânico como fonte de carbono 
e doador de elétrons. 
Os quimioautotróficos utilizam compostos inorgânicos como fonte de energia e o dióxido de carbono como 
fonte de carbono. 
Os quimio-heterotróficos utilizam moléculas orgânicas complexas como suas fontes de carbono e energia. 
 
Vias Metabólicas de Uso de Energia 
As células utilizam a energia remanescente, que está armazenada nas ligações do ATP de várias maneiras. Os 
micróbios utilizam o ATP para obterem energia para o transporte de substâncias através da membrana 
plasmática – processo chamado de transporte ativo. Os microrganismos utilizam também parte de sua energia 
para o movimento flagelar. Grande parte do ATP, contudo, é utilizada na produção de novos componentes 
celulares. Essa produção é um processo contínuo nas células e, em geral, é mais rápida em células procarióticas 
do que em eucarióticas. 
Biossíntese de polissacarídeos 
Após terem sintetizado glicose (ou outros açúcares simples), as bactérias podem agregá-la em polissacarídeos 
mais complexos, como o glicogênio.Para as bactérias transformarem glicose em glicogênio, as unidades de glicose devem ser fosforiladas e 
ligadas. O produto da fosforilação da glicose é a glicose-6-fosfato. Esse processo envolve gasto de energia, 
geralmente na forma de ATP. 
Para as bactérias sintetizarem glicogênio, uma molécula de ATP é adicionada à glicose-6-fosfato para formar 
a adenosina-difosfoglicose (ADPG). Uma vez que a ADPG é sintetizada, ela é ligada a unidades similares 
para formar o glicogênio. 
Utilizando um nucleotídeo chamado de uridina-trifosfato (UTP) como fonte de energia e glicose-6-fosfato, os 
animais sintetizam glicogênio (e muitos outros carboidratos) a partir de uridina-fosfoglicose, UDGP. Um 
composto relacionado à UDPG, chamado de UDP-N-acetilglicosamina (UDPNAc), é um material inicial 
importante na biossíntese de peptideoglicano, a substância que forma as paredes celulares bacterianas. A 
UDPNAc é formada a partir de frutose-6-fosfato, e a reação também utiliza UTP. 
 
Biossíntese de Aminoácidos e Proteínas 
Os aminoácidos são requeridos para a síntese de proteínas. Alguns microrganismos, como E. coli, contêm as 
enzimas necessárias para usar material inicial, como glicose e sais inorgânicos, para a síntese de todos os 
aminoácidos de que precisam. 
 Organismos com as enzimas necessárias podem sintetizar todos os aminoácidos direta ou indiretamente a 
partir de intermediários do metabolismo de carboidratos. Outros microrganismos requerem que o ambiente 
forneça alguns aminoácidos pré-formados 
Uma fonte importante de precursores (intermediários) utilizados para a síntese de aminoácidos é o ciclo de 
Krebs. A adição de um grupo amina ao ácido pirúvico ou a um ácido orgânico apropriado do ciclo de Krebs 
converte o ácido em um aminoácido. Esse processo é chamado de aminação. Se o grupo amina é oriundo de 
um aminoácido preexistente, o processo é chamado de transaminação. 
A maioria dos aminoácidos dentro das células é destinada a servir como bloco de construção para a síntese 
proteica. As proteínas têm papéis importantes na célula como enzimas, componentes estruturais e toxinas, 
citando apenas algumas utilizações. 
 
 
Biossíntese de Purinas e Pirimidinas 
As moléculas informacionais do DNA e do RNA consistem em unidades repetidas, chamadas de nucleotídeos, 
cada uma dos quais consiste em uma purina ou pirimidina, uma pentose (açúcar de cinco carbonos) e um 
grupo fosfato. 
Os açúcares que compõem os nucleotídeos são derivados da via da pentose-fosfato ou da via de Entner-
Doudoroff. 
Alguns aminoácidos – ácido aspártico, glicina e glutamina – feitos a partir de intermediários produzidos 
durante a glicólise e no ciclo de Krebs participam da biossíntese de purinas e pirimidinas.). Os átomos de 
carbono e nitrogênio derivados desses aminoácidos formam os anéis de purina e pirimidina, e a energia para 
a síntese é fornecida pelo ATP. 
 
 
Biossíntese de lipídeos 
As células sintetizam gordura pela ligação de glicerol a ácidos graxos. A porção glicerol da gordura é derivada 
da di-hidroxiacetona-fosfato, um intermediário formado durante a glicólise. 
Os ácidos graxos, que são hidrocarbonetos de cadeia longa (hidrogênio ligado a um carbono), são formados 
quando dois fragmentos de carbono da acetil-CoA são sucessivamente adicionados um ao outro. Como ocorre 
na síntese de polissacarídeos, as unidades construtivas das gorduras e de outros lipídeos são ligadas por reações 
de síntese por desidratação que requerem energia, nem sempre na forma de ATP. 
O principal papel dos lipídeos é servir como componentes estruturais das membranas biológicas, e a maioria 
dos lipídeos de membrana é fosfolipideo. 
 
Integração do Metabolismo 
As reações catabólicas e anabólicas estão unidas por um grupo de intermediários comuns. Essas reações 
também compartilham algumas vias metabólicas, como o ciclo de Krebs. Por exemplo, as reações no ciclo 
de Krebs não somente participam da oxidação da glicose, como também produzem intermediários que 
podem ser convertidos em aminoácidos. 
As vias metabólicas que funcionam no anabolismo e no catabolismo são chamadas de vias anfibólicas, isto 
é, têm duas finalidades.

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