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Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional ORGANIZAÇÃO DO ESTADO Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Forma de estado: É entendida como a distribuição do poder político em função do território. Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. FORMAS DE GOVERNO: Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional A) Monarquia: - Absoluta: Poder concentrado nas mãos de um só governante. –Relativa: Limitação do governante por meio de um documento constitucional. Existente na Espanha, Grã-Bretanha e já existiu no Brasil. B) República: É a verdadeira expressão do governo do povo, pelo povo e para o povo, sendo caracterizado pela eletividade dos seus governantes. SISTEMAS DE GOVERNO São os regimes estabelecidos para o relacionamento entre os 3 poderes existentes, podendo ser o presidencialismo ou o parlamentarismo. 01-Presidencialismo: Os 3 poderes são independentes. O presidente eleito é o chefe do estado e também o chefe do governo. 02-Parlamentarismo:Interdependência dos poderes legislativo e executivo, sendo que a chefia do estado é exercida pelo presidente (presidencialismo) ou pelo monarca (monarquia) a chefia do governo pelo ministro. Obs.: No parlamentarismo, o chefe do Poder Executivo é o primeiro-ministro, que é escolhido pelos membros do Poder Legislativo federal. No entanto, quem elege o parlamento são os cidadãos. PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO Definição O presidencialismo é um sistema de governo em que o presidente é o Chefe de Estado e Chefe de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros e deve submeter seus projetos de lei ao parlamento. Parlamentarismo é um sistema de governo em que o Poder Legislativo (parlamento) define o representante do Poder Executivo. Todos os projetos, leis e outras decisões do governo são submetidos a votação do parlamento. Poder executivo Exercido pelo Presidente da República. Primeiro-Ministro (em alguns países é chamado de Chanceler, Presidente do Conselho de Ministro, Presidente do Governo). Escolha do representante Por meio de voto direto do povo. Nos Estados Unidos, o presidente é eleito por um colegiado. O primeiro-ministro é escolhido pelo parlamento, por meio da maioria de votos internos. Ele também pode Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional ser escolhido pelo Chefe de Estado através de uma lista fornecida pelo parlamento. Por sua parte, o parlamento é escolhido pelos cidadãos. Tempo de mandato Depende do país. No Brasil, o mandato é de 4 anos, já na França é de cinco anos. A possibilidade de reeleição também depende das leis de cada país. Indefinido. Em certos países há eleições a cada quatro ou cinco anos. Onde surgiu Estados Unidos Inglaterra Medieval Função do parlamento Fiscalizar, debater leis que sejam sugeridas pelo Executivo e ser um contrapeso aos atos do mesmo. Todas as decisões do governo passam pelo parlamento. Ele também é responsável pela escolha do Chefe de Governo. Chefia de Estado Está concentrado na mesma pessoa que exerce a chefia de governo. O chefe de Estado (rei ou presidente) é exercido por outra pessoa e esta não possui responsabilidades políticas. Interrupção do governo Em caso de falecimento ou por meio do Impeachment. Este só acontece apenas em casos de crimes de responsabilidade, cassação por crime eleitoral ou crime comum durante o mandato. O parlamento tem o poder de substituir o Chefe de Governo. Em caso de suspeita de corrupção, pode ser aprovado o voto de censura. Exemplos Brasil, Estados Unidos, Argentina, Uruguai Canadá, Inglaterra, Suécia, Itália, Alemanha, Portugal Divisão de Poderes No presidencialismo, o presidente exerce o Poder Executivo, enquanto os outros dois poderes (Legislativo e Judiciário) possuem autonomia. O Poder Executivo necessita da aprovação do parlamento para ser formado. No entanto, há independência entre os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional Em qual regime de governo pode ser aplicado? República Monarquia e república BRASIL Forma de Governo Forma de Estado República Federação Sistema de Governo Regime de Governo Presidencialismo Democrático O ESTADO FEDERAL - Há distribuição do poder político em função do território. - Um ente é dotado de soberania (Republica Federativa do Brasil) e os outros de autonomia (União, estados-membros, municípios e d.f). -Marcado pela indissolubilidade do pacto federativo. - Constituição rígida com um núcleo imodificável que não permita a secessão (modificar a essência federativa) -Existência de um órgão que externalize a vontade dos membros da federação de forma isonômica - Autonomia financeira dos entes expressa pela constituição do ente soberano. - Existência de um órgão de cúpula do p.j que resolva os conflitos da federação, impedindo o desrespeito a constituição. - Auto-organização político-administrativa dos entes federativos autônomos com a possibilidade de autonormatização, autogoverno e autoadministração. Quanto a formação (origem): - Por agregação: Reunião de vários estados soberanos. Ex: Norte-americano (Centrípeto) Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional -Por segregação: Divisão de um estado unitário. Ex: Brasil (Centrífugo) Quanto a concentração de poder: - Centrípeto: Maior concentração de poder no polo central. -Centrífugo: Descentralização do poder com diminuição do poder central e um incremento dos poderes regionais Quanto a repartição de competências: - Dual: Repartção de competências privativas; Os entes federativos vão atuar em esferas distintas, não havendo cooperação. - Cooperativo: Busca de colaboração recíproca entre os entes Quanto o equacionamento das desigualdades: -Simétrico: Divisão igualitária de competências, atribuições e receias entre os entes. ( Como os eua) - Assimétrico: Devido as diferenças exacerbadas entre os entes o almejados será a resolução dos problemas, e portanto os entes vão possuir competências distintas. Obs.: Quanto ao Brasil entende-se que existe um federalismo simétrico jáque há distribuição igualitária de atribuições e competências entre os entes que estão na mesma estrutura. Apesar disso, há exeções. Confederação: Em ciência política, a confederação é uma associação de Estados soberanos, usualmente criada por meio de tratados, mas que pode eventualmente adotar uma constituição comum. A principal distinção entre uma confederação e uma federação é que, na Confederação, os Estados constituintes não abandonam a sua soberania, enquanto que, na Federação, a soberania é transferida para o estado federal. As confederações costumam ser instituídas para lidar com assuntos cruciais como defesa, relações exteriores, comércio internacional e união monetária. Em termos políticos modernos, uma confederação é normalmente limitada a uma união permanente de Estados soberanos para o propósito de adotar uma ação comum frente a outros Estados. A natureza da relação entre os Estados confederados e entre estes e a união confederativa varia de caso a caso. Algumas confederações mais frouxas assemelham-se a organizações internacionais (alguns diriam que, hoje em dia, confederações são organismos internacionais), enquanto que confederações mais estreitas parecem com federações. Na maioria dos casos, a confederação é governada por uma assembleia dos Estados confederados, que têm direitos e deveres idênticos. As decisões desta assembleia são, em princípio, tomadas por unanimidade. A confederação tem em regra personalidade jurídica, mas a sua capacidade internacional é limitada. Do ponto de vista histórico, a confederação costuma ser uma fase de um processo que leva à federação, como nos casos dos Estados Unidos e da Suíça. Por vezes a confederação pode desfazer-se em Estados soberanos, a exemplo da Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional República Árabe Unida. Os indivíduos súditos de uma confederação guardam a nacionalidade dos seus respectivos Estados. •Diferença: Na federação, os entes federados não podem se dissociar livremente do poder central, embora mantenham certa liberdade relativa à distribuição de poderes e encargos. Já as unidades da confederação são soberanas e podem se dissociar do todo com maior facilidade. A diferença entre federação e confederação se deve à natureza dos liames estabelecidos para sua formação. As confederações são estabelecidas por alianças e as federações por constituições. Como consequência, o laço estabelecido em uma federação são significativamente mais rígidos que os estabelecidos em uma confederação. Análise do federalismo presente em nossa constituição. Const de 1824: Forma de estado: Unitário 15 de novembro 1889: Proclamação de uma república federativa com as devidas províncias transformadas em estados federados. (Era existente via decreto) 24 de Fevereiro 1891: Primeira constituição a adotar o estado federal. -o federalismo brasileiro surge através da segregação. A sua origem centrífuga os leva a um federalismo muito centralizado com muitas competências para união. - A constituição de 88 é delineada por um federalismo cooperativo, no qual os entes possuem competências privadas enumeradas mas também compartilham competências comuns, visando o desenvolvimento e a integração nacional. - Dessa forma, temos os estados-membros, municípios, a união e o distrito federal como entes federativos autônomos, ou seja desenvolvem suas atividades dentro dos limites circunscritos pelo ente soberano que é a República Federativa do Brasil. República Federativa do Brasil - É o ente soberano. Constitui-se como o estado federal brasileiro, é pessoa jurídica de direito público internacional. União Internamente: É p.j de direito público interno componente da federação e autônoma. Externamente: É a representante da RFBR ou seja representa todos os entes federativos em âmbito externo. - Competências Materiais da União: Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens; b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; c) sob regime de permissão, são autorizadasa produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. - Competências Legislativas da União Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. A União é pessoa jurídica de direito público interno, entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros, Municípios e Distrito Federal, possuindo competências administrativas e legislativas determinadas constitucionalmente. Há de se compreender que a União não se confunde com a República Federativa do Brasil (Estado Federal), uma vez que a integra. Nessa linha de raciocínio, a República Federativa é o todo, o Estado Federal brasileiro, pessoa jurídica de direito público internacional, integrada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Note-se que, é por meio da União que a República Federativa do Brasil se apresenta nas suas relações internacionais, vale dizer, é a União que representa o nosso Estado Federal perante os outros Estados soberanos. O Estado Federal (República Federativa do Brasil) é que é a pessoa jurídica de direito público internacional. A União, pessoa jurídica de direito público interno, somente é uma das entidades que forma esse todo, o Estado Federal, e que, por determinaçãoconstitucional (art. 21 , I , CF) tem a competência exclusiva de representá-lo nas suas relações internacionais. -Como se resolve a questão de conflitos entre os entes acerca das competências legislativas:? Não existe hierarquia entre as competências legislativas estaduais, federais e municipais. Portanto, será resolvida pela distribuição explicitada pela RFBR. - A autonomia dos entes federativos é a capacidade de desenvolver atividades dentro de limites previamente circunscritos (condicionado pelo ente soberano). Na prática, a autonomia se divida na capacidade de auto-organização (normatização própria), auto-governo e auto-administração. Auto-organização Auto-Governo Auto- Administração União - Constituição RFBR e por sua legislação federal. -Poderes independentes e harmônicos: Legislativo ,executivo e judiciário. Desenvolver a auto- organização e o autogoverno. Nada mais é que ao exercício de competências legislativas, administrativas e http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639099/artigo-21-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10721390/inciso-i-do-artigo-21-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional tributárias pelos entes. Estados -Constituições estaduais e legislação estadual. Poder legislativo exercido pela Assembleia legislativa. Poder Executivo com o governador e vice. Poder Judiciário Estadual. Desenvolver a auto- organização e o autogoverno. Nada mais é que ao exercício de competências legislativas, administrativas e tributárias pelos entes Municípios - Leis orgânicas que cada município possui e uma legislação municipal Poder Executivo com prefeito e vice e Poder Legislativo próprio com a função exercida pela câmara dos vereadores. Não possui p.j próprio, nesse caso há prestação jurisdicional estatal, federal. Desenvolver a auto- organização e o autogoverno. Nada mais é que ao exercício de competências legislativas, administrativas e tributárias pelos entes Técnicas de Repartição de Competências 01-Repartição Horizontal - Distribuição fechada de competências entre os entes (definidas e específicas). - Presente na CF 1988 -As competências são enumeradas p/ união e p/ os municípios, sendo as remanescentes ( restantes) para os estados membros. 02- Repartição Vertical Maria Fernanda Portela Disciplina: Direito Constitucional - 2 ou mais entes vão atuar em conjunto em uma mesma matéria. - Surge na constituição de Weimar em 1919. No Brasil aparece pela 1 vez em 1934 e ainda existe na de 88. - Advém do modelo de federalismo cooperativo. - A repartição vertical cumulativa: não há limites previamente definidos para atuação concorrente entre os entes. // Repartição vertical não-cumulativa: Existem limites p/ a atuação concorrente (possui uma definição). - O Brasil adota as duas formas p/ construir um federalismo de equilíbrio. - Além do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, temos o princípio da predominância de interesses. União; Interesse geral// Estados-membros: Interesse regional//Município= Interesse local// DF: Interesse regional ou local Referências Bibliográficas: FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso De Direito Constitucional. 13 ed. Juspodivm, f. 864, 2021. 1728 p. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado 2020 - 24ª Edição. Saraiva Educação S.A., v. 3, 2020.
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