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7. DIVISÃO ESPACIAL DO PODER – ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (extraído do livro Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza) 7.1. Noções preliminares: a) Forma de governo: República ou monarquia; b) sistema de governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo; c) forma de Estado: Estado Unitário 7.2. Estado Unitário Espécies: 7.2.1. Estado unitário puro Se caracteriza por uma absoluta centralização do exercício do Poder, tendo em conta o território do Estado, não encontra exemplo histórico, evidentemente por não ter condições de garantir que o Poder seja exercido de maneira eficiente. 7.2.2. Estado unitário descentralizado administrativamente Apesar de ainda concentrar a tomada de decisões políticas nas mãos do Governo Nacional, avança descentralizando a execução das decisões políticas já tomadas. Criam- se pessoas para, em nome do Governo Nacional, como se fossem uma extensão deste (longa manus), executar, administrar, as decisões políticas tomadas. 7.2.3. Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente A forma de Estado mais comum hoje em dia, principalmente nos países europeus, ocorre não só a descentralização administrativa, mas também política, pois no momento da execução de decisões já tomadas pelo Governo Central, as “pessoas” passam a ter, também, uma certa autonomia política para decidir no caso concreto a melhor atitude, a ser empregada na execução daquele comando central. 7.3. Federação 7.3.1. Histórico A forma federativa teve sua origem nos E.U.A., e data de 1787. Dizem que, a formação da federação dos EUA se deu através de um movimento centrípeto. No , a formação se deu através de um movimento centrífugo. 7.3.2. Características comuns a toda federação a) descentralização política: a própria constituição estabelece núcleos de poder político, estabelecendo autonomia para os referidos entes; b) constituição rígida como base jurídica: a fim de garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos – estabilidade institucional; c) inexistência de direito de secessão: eis o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, lembrando, inclusive, que a forma federativa de Estado é um dos limites materiais, ao poder de emenda, na medida em que, de acordo com o art. 60, § 4º, I, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolira a forma federativa de Estado; d) soberania do Estado Federal: a partir do momento em que os Estados ingressam na Federação perdem soberania, passando a ser autônomos. Os entes federativos são, portanto, autônomos entre si, de acordo com as regras constitucionalmente previstas, nos limites de sua competência; a soberania, por seu turno, é característica do todo, do “País”, do Estado Federal, no caso do Brasil, a República Federativa do Brasil. e) auto-organização dos Estados-membros: através da elaboração das constituições Estaduais; f) órgão representativo dos Estados-membros: no Brasil, Senado Federal; g) guardião da Constituição: no Brasil, o STF. 7.3.3. Federação Brasileira 7.3.3.1. Breve histórico Provisoriamente, surgiu através do Decreto 1 de 15.11.1889, também, da forma republicana de governo. A consolidação veio com a primeira Constituição Republicana, de 1891, que seu art. 1º estabeleceu “os Estados Unidos do Brazil”. As constituições posteriores mantiveram a forma federativa de Estado. 7.3.3.2. Federação na CF/88 7.3.3.2.1. Composição e sistematização conceitual a) Forma de governo: republicana; b) Forma de Estado: federação; c) Característica do Estado brasileiro: trata-se de Estado de Direito democratizado, qual seja, Estado Democrático de Direito; d) Entes componentes da federação: União, Estados, DF e Municípios; e) Sistema de governo: presidencialista 7.3.3.2.2. Fundamentos da República Federativa do Brasil Estabelecidos no art. 1º: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. 7.3.3.2.3. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil Estabelecidos no art. 3º: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 7.3.3.2.4. Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais Estabelecido no art. 4º: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Sendo certo que a “República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”. 7.3.3.2.5. Idioma oficial e símbolos da República Federativa do Brasil A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. Neste sentido, é que o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas, contudo, a possibilidade de utilização de suas línguas maternas e, processos próprios de aprendizagem. São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 7.3.3.2.6. Vedações constitucionais impostas à união, aos Estados, ao Distrito Federal e Municípios (art. 19) I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 7.4. União Federal A União, segundo José Afonso da Silva, “...se constitui pela congregação das comunidades regionais que vêm a ser os Estados-membros. Então quando ES fala em União, quando se fala em Federação, se refere à união dos Estados. No caso brasileiro, seria a união dos Estados, DF e Municípios. Por isso se diz: União Federal”. A União possui duas uma dupla personalidade, pois assume um papel interno, outro internacionalmente. Internamente, ela é uma pessoa jurídica de direito público interno, componente da federação brasileira e autônoma na medida em que possui capacidade de auto- organização, autogoverno, autolegislação e auto-administração, configurando, assim, autonomia financeira, administrativa e política. Internacionalmente, a União representa a República Federativa do Brasil. Observe- se que a soberania é da República Federativa do Brasil, representada pela União Federal 7.4.1. Capital Federal 7.4.1. Capital Federal Brasília não se enquadra no conceito geral de cidades, por não ser sede de Município. Brasília, além de ser a capital federal e a também a sede do DF. 7.4.2. Bens da União Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IVas ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 7.4.3. Competências da União Federal 7.4.3.1. Competência não legislativa (administrativa ou material) A competência não legislativa, como o próprio nome ajuda a compreender, determina o campo de atuação político-administrativa, tanto é que são também denominadas competências administrativas ou materiais, pois não se trata de atividade legiferante. Regulamenta o campo do exercício das funções governamentais, podendo tanto ser exclusiva da União (marcada pela particularidade da indelegabilidade) – art. 21, como comum (também chamada de cumulativa ou paralela) aos entes federativos – art. 23. 7.4.3.2. Competência legislativa - Privativa: art. 22 da CF/88. Possível a regulamentação por outros entes federativos, pois a União pode, por meio de lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias prevista no art. 22. - concorrente: art. 24. A União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Em caso de inércia da União, estados e DF poderão suplementar a União e legislar. Caso a União resolva legislar sobre norma geral, aquela elaborada pelo Estado ou DH terá sua eficácia suspensa no ponto em que for contrária a nova lei federal sobre norma geral. - competência tributária expressa: art. 153. - competência tributária residual: art. 154, I; - competência tributária extraordinária: art. 154, II. 7.4.4. Regiões administrativas ou de desenvolvimento O art. 43, caput, estabelece que para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. Lei complementar disporá sobre a) as condições pra integração de regiões em desenvolvimento; b) a composição dos organismos regionais que executarão, na forma, da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes. Dentre os incentivos regionais, podemos destacar, além de outros, na forma da lei: a) igualdade de tarifas, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público; b) juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; c_ isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas; d) prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas. 7.5. Estados-membros 7.5.1. Formação dos Estados-membros 7.5.1.1. Regra geral 7.5.1.2. Fusão 7.5.1.3. Cisão 7.5.1.4. Desmembramento São autônomos em decorrência da auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação. Art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 7.5.2. Bens dos Estados-membros Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 7.5.3. Competências dos Estados-membros 7.5.3.1. Competência não legislativa (administrativa ou material) 7.5.3.2. Competência legislativa 7.5.4. Exploração dos serviços locais de gás canalizado 7.5.5. Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 7.6. Municípios Possui capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação. 7.6.1. Formação dos Municípios Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 7.6.2. Competências dos Municípios 7.6.2.1. Competências não legislativas (administrativas ou materiais) 7.6.2.2. Competências legislativas - Privativa (enumerada): art. 30, II a IX – Art. 40 III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. - interesse local - Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntosde interesse local. - suplementar: Art. 30, II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. - plano diretor: art. 182, § 1º. - competência tributária expressa – art. 156. 6.7. Distrito Federal 7.7.1. Histórico 7.7.2. Distrito Federal como unidade federada 7.7.3. Outras características importantes 7.7.4. Competências do Distrito Federal 7.7.4.1. Competências não legislativas (administrativas ou materiais) 7.7.4.2. Competências legislativas “Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. § 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.” 6.8. Territórios Federais 7.8.1. Histórico 7.8.2. Natureza jurídica 7.8.3. Ainda existem territórios no Brasil? 7.8.4. Apesar de não existirem, podem vir a ser criados novos territórios? 7.8.5. Outras características importantes “Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. § 2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. § 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.” 7.10. Intervenção Trata-se de um rol taxativo: a) intervenção federal: União – nos Estados, DF (hipóteses do art. 34) e nos Municípios localizados em Território Federal (art. 35). b) Intervenção estadual: Estados – em seus municípios (art. 35). 7.10.1. Intervenção federal 7.10.1.1. Hipóteses de intervenção federal “Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.” 7.10.1.2. Espécies de intervenção federal - espontânea – quando o presidente da República age de ofício: art. 34, I, II III e IV. - provocada por solicitação – art. 34, IV, combinado com o art. 36, I, primeira parte. - provocada por requisição: art. 34, IV, combinado com o art. 36. I, segunda parte; art. 34, VI, segunda parte, combinado com o art. 36, II - provocada dependendo de provimento de representação: art. 34, VII, combinado com o art. 36, III, primeira parte; b) art. 34, VI, primeira parte, combinado com o art. III, segunda parte. 7.10.1.3. Decretação e execução da intervenção federal È de competência privativa do Presidente da República, através de decreto presidencial de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução, q, quando couber, nomeará o interventor. 7.10.1.4. Controle exercido pelo Congresso Nacional Art. 36. § 1º - O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. § 2º - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. 7.10.1.4.1. Hipóteses em que o Controle pelo Congresso Nacional é dispensado Art. 34, IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação e; Art. 34, VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (princípios sensíveis): a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 7.10.1.5. Afastamento das autoridades administrativas Com a nomeação do interventor no decreto interventivo. Sendo certo que cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. 7.10.2. Intervenção estadual 7.10.2.1. Hipóteses de intervenção estadual e intervenção federal nos Municípios localizados em territórios federais 7.10.2.2. Decretação e execução da intervenção estadual 7.10.2.3. Controle exercido pelo Legislativo 7.10.2.3.1. Hipóteses em que o controle exercido pela Assembléia Legislativa é dispensado 7.10.2.4. Afastamento das autoridades envolvidas Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 7.10.2.5. Súmula 637 do STF “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão do tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município”.
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