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DM tipo 2 ETAPAS DO DM2 EM RELAÇÃO AO FUNCIONAMENTO DAS CÉLULAS-BETA No momento do diagnóstico de DM (0) 50% das células-beta estão viáveis e com os anos há um progressão das perdas DM2 E RESPOSTA TERAPÊUTICA · A falha secundária aos agentes orais constitui uma consequência natural da evolução da DM2. efeito farmacológico do antidiabético diminuir com o tempo é por conta da evolução da doença (declínio da função pancreática, diminuição da produção de insulina) · Existe uma relação direta entre o risco de complicações diabéticas e níveis de glicemia ao longo do tempo. Intensificação do tratamento em resposta à progressão natural do diabetes · É obrigatório tentar diminuir a glicemia com a mudança de estilo de vida: diminuir carboidrato + exercício físico Classes de agentes farmacológicos no tratamento do DM2: Antidiabéticos Orais e Parenterais 1- Drogas que aumentam a secreção de insulina sem presença de glicose 2- Drogas que aumentam a secreção de insulina de maneira dependente de glicose, além de promover a supressão de glucagon 3- Drogas que não aumentam a secreção de insulina / sensibilizadores (anti-hiperglicemiantes) 4- Drogas que promovem glicosúria (sem relação com a secreção de insulina) ANTIDIABÉTICOS ORAIS SECRETAGOGOS : estimulam a secreção de insulina (2) Sulfoniluréias Farmacodinâmica: Inibem os canais de K sensíveis ao ATP na célula beta pancreática = aumenta a secreção da insulina Drogas: · 1ª geração: Clorpropamida e Tolbutamida – não são mais utilizadas (maior risco de hipoglicemia) · 2ª geração: Glibenclamida, Glipizida, Gliclazida e Glimepirida Reações adversas: Hipoglicemia, Reações alérgicas, Aumento de peso e Intolerância ao álcool Contraindicações: Gestação, insuficiência hepática e renal (cautela), infarto. não pode beber Glicemia de jejum = 60-70 mg/dl HbA1C = 1,5-2% SULFONILURÉIAS – EFEITOS COLATERAIS · Hipoglicemia · Aumento de peso · Efeitos gastrointestinais: náuseas, vômitos Clorpropamida – Efeito antabuse (Dissulfiram) · RISCOS CARDIOVASCULARES: capacidade dessas drogas de se conectar aos canais de K+ - Bloqueio canais K+ miocárdicos: ↓ tolerância a isquemia e reperfusão ↑ risco de eventos CV – Gliclazida e Glimepirida (+ seguras) Etanol Álcool desidrogenase - Citocromo P-450/ Catalase Acetaldeído = Aldeído desidrogenase Acetato AcetilCoA ✓ Mal-estar ✓ Náuseas e vômitos ✓Vasodilatação ✓Cefaléia ✓ Dores no peito ✓ Hipotensão ortostática ✓ Visão turva Glinidas Drogas para controlar o pico glicêmico = por isso uso pós-prandial Drogas: Repaglinida e Nateglinida Uso clínico: DM-2, pré-prandial ( glicemia pós prandial) Reações adversas: Hipoglicemia, Aumento de peso e Reações alérgicas Contraindicações: Gestação e semelhantes às sulfoniluréias Glicemia pós-prandial = 60-70 mg/dl Jejum= 20-30mg/dl/ HbA1C = 1-1,5% SULFONILUREIAS/GLINIDAS INTERAÇÃO COM OUTRAS DROGAS Drogas que diminuem a liberação ou a ação da Insulina - Furosemida, Tiazídicos, BCC, Bétabloqueadores = drogas que fazem o bloqueio de canais de K, de Ca - aumentam glicose POTENCIALIZADORA • Deslocam as ligações sulfoniluréia das proteínas plasmáticas - Sulfonamidas, salicililatos - Clofibrato • Prolongam a meia vida: anticoagulantes, clorafenicol, sulfonamidas – reduzem o metabolismo Biguanidas Ação 1ª: Reduzem a produção hepática de glicose Ação 2ª: com menor ação sensibilizadora da ação insulínica (3) – diminui a ação sens. Droga: Metformina Ações: produção hepática de glicose captação de glicose no músculo ação da insulina ↓ do peso (ou neutro) e melhora perfil lipidico Ativação de AMPK (provável mecanismo) Reações adversas: Diarréia, Desconforto abdominal, gosto metálico na boca - tendência de tolerância após um tempo de tratamento. Acidose lática – pacientes com patologias prévias como IR/IC. Contraindicações: Gestação, insuficiência hepática, renal (TFG < 30mL/min) e cardíaca, doença pulmonar hipóxica. Glicemia de jejum = 60-70 mg/dl HbA1C = 1,5-2% Glitazonas Sensibilizadores de insulina - aumentam a utilização periférica de glicose (3) Drogas: Pioglitazona Ações: · captação de glicose (receptor PPAR-) – aumenta a transcrição de genes, também fazem aumentar receptores GLUT · Melhora do perfil lipídico (expressão de receptor de LDL oxidada) · (6-12 semanas) – demoram para atingir o efeito Reações adversas: Aumento na volemia (provocam aumentam da reabsorção de Na e H2O nos túbulos renais), Edema, Aumento de peso e Hepatotoxicidade (monitorar função hepática) Contraindicações: Gestação, insuficiência cardíaca classe III e IV, insuficiência hepática Glicemia de jejum = 35-65 mg/dl HbA1C = 0,5-1,4 Pode ser usada em monoterapia ou associação Inibidores da -glicosidase intestinal Reduzem a absorção de glicose no intestino. Drogas: Acarbose Ações: Inibição da -glicosidase (quebram amido, maltose e sacarose) reduzindo a absorção intestinal de glicose impede digestão de polissacarídeos, uso pós-prandial. Reações adversas: Flatulência, Diarréia e Distensão abdominal (faz acumular polissacarídeos no intestino – acúmulo de gases) Contraindicações: Gestação Glicemia pós-prandial = 50-60 mg/dl HbA1C = 0,5-0,8% NOVOS ANTIDIABÉTICOS Inibidores do SGLT2 cotransportador Na-glicose 2, promove a reabsorção de glicose nos túbulos renais - Glifozinas · Dapagliflozina (FORXIGA) · Canagliflozina (INVOKANA) · Empagliflozina (JARDIANCE) Glicemia de jejum = 30 mg/dl HbA1c = ↓ 0,5 à 1,0 % Farmacodinâmica: · Bloqueia o cotransportador sódio-glicose 2 (proteína responsável pela reabsorção de glicose nos rins) = a droga se combina ao cotransportador, impedindo que a glicose se ligue · Não causa hipoglicemia – uso em DM tipo II · Efeito favorável sobre peso e ↓ PAS · Contra indicações: Insuf. Renal moderada a grave · Efeitos colaterais: + comum – aparecimento de ITU Incretinomiméticos Incretinas (GLP1 e GIP) – imitam as ações incretinas Incretinas: hormônios gastrointestinais liberados na presença de glicose · GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon1) mais potente = deu origem ao fármacos · GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) Alimentação estimula células L do intestino que vão liberar as incretinas. Esses hormônios vão no pâncreas estimular a liberação de insulina pelas beta e suprimir a liberação de glucacon pelas alfa. Esses hormônios são rapidamente degradados pelas enzimas DPP4 - GLP -1 (glucagon -like peptide -1) - GIP (glucose -dependent insulinotropic peptide) Ações do GLP-1 ✓ Estímulo à síntese e à secreção de insulina dependente da glicose ✓ Inibição da secreção de glucagon ✓ Retardamento do esvaziamento gástrico ✓ Diminuição do apetite ✓ Preserva massa de células pancreáticas (?) – preserva a função pancreática INCRETINOMIMÉTICOS ✓ Análogos do GLP-1 Liraglutida (Victoza) (Saxenda) Lixisenatida (Lyxumia) Dulaglutida (Trulicity ) ✓ Agonista do receptor de GLP-1 Exenatida (Byetta) ↓ 0,8 à 1,2 % HbA1c ✓Podem ser associados com outros grupos Limitações Limitações ✓ Via de administração: SC - caneta ✓Custo Vantagens ✓Rara hipoglicemia ✓Preservação da massa e função da célula beta ✓Efeito favorável sobre o peso corporal (ꜜpeso) ✓ ↓ Efeitos colaterais Efeitos Colaterais ✓ Náusea, Vômito, Diarréia – tolerados ✓ Pancreatite (+ outro fator de risco) Gliptinas (Inibidores da DPP4) Inibidores da DPP-IV (dipeptidilpeptidase-IV) · Sitagliptina (Januvia) · Vildagliptina (Galvus) · Saxagliptina (Onglyza ) · Linagliptina (Trayenta ) · Alogliptina (Nesina) - VO (via oral) Glicemia de jejum – ↓20 mg/dl HbA1c - ↓ 0,6 A 0,8 % - atividade menor do que análogo a incretina ✓Pode ser associada com metformina, sulfoniluréias, glitazonas e insulina ✓Neutro ao peso ✓Não causa hipoglicemias (monoterapia) ✓Reação adversa: diarreia, infecções de VAS Escolha da droga Critérios para selecionar a droga: ✓ Valores da glicemia de jejum e pós prandial e HbA1c ✓Risco de hipoglicemia ✓Estado geral, peso (IMC) e idade ✓Evolução da doença – também se já tem comorbidades presentes ✓Interações medicamentosas, contra indicaçõesabsolutas ✓Eficácia da droga e CUSTO Agentes Antidiabéticos ✓ O objetivo do tratamento é diminuir a HbA1c ≤ 7% (a monoterapia diminui no máximo 2%) ✓ Em geral, os agentes orais atingem 70 a 80% do efeito máximo com metade da dose máxima recomendada; ✓ A adição da 2ª droga é preferível ao aumento da dosagem da 1ª nos doentes com hiperglicemia persistente Agonistas de receptor de GLP1 e os inibidores do SGLT2 têm demonstrado benefícios cardiovasculares e renais. - Preferência em pacientes com essas complicações (↓mortalidade) Fases de secreção de insulina na evolução do DM tipo2 INDICAÇÕES DO USO DE INSULINA NO DM2 • Grande perda de peso • Descompensação cetótica e não-cetótica • Hiperglicemia apesar do tratamento oral combinado • Gravidez • Corticoterapia • Glicemia de jejum > 300mg/dl Insulinas Diabetes tipo I, gestacional e associado a outras comorbidades Ilhotas de Langerhans · Célula Alfa (20%) glucagon – hiperglicemiante (quebra de reservas em glicose/ jejum) · Célula Beta (65%) insulina – hipoglicemiante (armazenar glicose) Insulina: 2 cadeias peptídicas ligadas · Cadeia A = 21 aa. · Cadeia B = 30 aa. SECREÇÃO DE INSULINA O principal estímulo é o aumento dos níveis glicêmicos, o aumento da glicose transporte pelo GLUT2 a célula pancreática = transformada em ATP – o aumento dos níveis de ATP bloqueia os canais de K. O desequilíbrio de K, aumento dos níveis de potássio que provoca despolarização da membrana abertura do canais de Ca, que entra na célula Beta e provoca a contração do sistema microtubular e com isso liberação de insulina. Essa insulina vai ter efeito nos tecidos-alvo: fígado, tecido adiposo e músculo. Fatores que alteram a liberação de Insulina: ESTIMULAM: · HIPERGLICEMIA · Aminoácidos · Ác. Graxos de cadeia longa · Hormônios GI – gastrointestinais (GLP1, GIP) aumentam secreção de insulina e inibem secreção do glucagon · Beta Adrenérgicos: a ativação de receptores Beta2 adrenérgicos provocam aumento de secreção de insulina, e alfa2 diminuição da secreção de insulina · Sulfoniluréia: provocam aumento da secreção insulina INIBEM · Alfa adrenérgicos · Cirurgias · Stress – hormônios liberados como adrenalina · Diuréticos – drogas que fazem que haja perda de K · Beta bloqueadores MECANISMO DE AÇÃO · Receptor tipo tirosinocinase: proteína que autofosforila nas células-alvo AÇÕES · Ação anabólica (induz o armazenamento) · Inibição de ações catabólicas Interação da Insulina com Receptor de Membrana Quando a insulina se liga a seu receptor ocorre a fosforilação dos resíduos de tirosina que vai gerar substratos que vão sinalizar outras proteínas específicas = essas proteínas que vão determinar a via intracelular ativada e efeito farmacológico. Exemplo de ação no músculo: As proteínas específicas nesse tecido são os transportadores de glicose GLUT4 que estavam internalizados em vesículas e só são expostos na membrana a partir da sinalização da insulina armazenamento da glicose em glicogênio muscular Por isso o exercício físico é importante – diminui a RI pela perda de peso, tem a capacidade de ativar quinases que promovem o aumento da exposição de GLUT e diminuir a glicemia EFEITOS DA INSULINA SOBRE O METABOLISMO NOS TECIDOS ALVO EFEITOS FARMACOLÓGICOS DA INSULINAOrigem · Humana · Vias de ADM: EV e SC, IM Ultrarrápida: uso pós-prandial Insulina regular: para manutenção e em casos de emergências e pré-prandial Ação intermediária: NPH – preparação mais antiga e barata, 1 a 2x ao dia = para controle basal Ação de longa duração = para controle basal –Lantus (não tem pico de ação, mantém ao longo de todo o dia) Pré-misturas ou insulinas bifásicas: uma insulina basal com uma insulina para controle de pico no mesmo frasco – algumas desvantagens como risco de hipoglicemia FATORES QUE ALTERAM A ABSORÇÃO SC · Local de injeção: Abdome > Braço > Nádega > Coxa · Tipo de insulina: pelo tempo de ação, diferença cinética · Fluxo sanguíneo (via de adm.): cuidado para não atingir o m. DISPOSITIVOS PARA APLICAÇÃO · Seringa · Caneta (precisão maior e sem interferência do ar) · Bomba de infusão (ambiente hospitalar) INDICAÇÕES · Diabetes mellitus tipo 1 · Diabetes mellitus tipo 2 (quando não resposta da terapia oral) · Diabetes Gestacional · Cetoacidose diabética · Coma hiperglicêmico · Controle perioperatório PERFIL INSULÍNICO NORMAL DURANTE AS 24 HORAS Preparações de medicamentos que imitam essa insulinemia basal (intermediária e longa) e para controle dos picos prandiais (rápida e ultrarrápida) DISTRIBUIÇÃO DA DOSE DIÁRIA DE INSULINA Quanto de dose utilizar: 40-60% para imitar o basal e o resto adm pré-prandial para controle de picos Ambos critérios deverão se ajustar a cada paciente e a cada momento do dia REAÇÕES ADVERSAS · Hipoglicemia - <70mg/dL = ao administrar a insulina e não se alimentar, dose além da necessidade, atividade física não habitual ou extenuante. primeiro local de sintoma é SNC: confusão mental, desmaio, taquicardia, sudorese e pode evoluir para coma = a correção é comer qualquer alimento com alto nível glicêmico, e se ele está inconsciente será adm glicose EV · Alergia e resistência – trocar por outra preparação · Lipo-hipertrofia / lipodistrofia – devido ao acúmulo de gordura nos locais da aplicação, esses locais alteram a absorção. revezamento de locais de aplicação, em quadrantes e etc
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