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Introdução à Osteologia - Medicina Veterinária

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- É o ramo da anatomia que estuda a estrutura, a forma 
e o desenvolvimento dos ossos. 
- É a armação de estruturas duras que sustenta e 
protege os tecidos moles dos animais, reserva minerais, 
tem função hematopoiética (produção de sangue) e de 
locomoção. Representa cerca de 20% do peso corporal. 
Compreende ossos, cartilagens e ligamentos. 
- Quando as estruturas estão situadas externamente, 
elas formam um exoesqueleto, derivado do ectoderma 
(ex.: conchas, coberturas quitinosas de muitos 
invertebrados, escamas de peixes, cascos de tartarugas, 
cascos, etc.). 
- Quando é envolvido pelos tecidos moles, chama-se 
endoesqueleto, derivado do mesoderma (exceto 
notocorda e esqueleto axial primitivo, de origem 
endodérmica). 
- Pode ser dividido inicialmente em: 
AXIAL: coluna vertebral, costelas, esterno e crânio. 
APENDICULAR: compreende os ossos dos membros 
torácicos e pélvicos. 
ESPLÂNCNICO/VISCERAL: inclui certos ossos 
desenvolvidos na substância de vísceras ou órgãos moles 
(ex.: osso hióide das aves, pênis do cão, osso do coração 
do boi e do carneiro). 
 
- O número dos ossos do esqueleto de um animal varia 
com a idade, dependendo da fusão, durante o 
crescimento, de elementos esqueléticos que estão 
separados no feto ou no indivíduo jovem. Também sofre 
variação segunda o sexo e a espécie. 
- Em adultos da mesma espécie, ocorrem variações 
numéricas constantes, a exemplo do tarso e do carpo do 
cavalo e das vértebras caudais dos animais domésticos. 
- São comumente divididos de acordo com sua forma e 
função: 
LONGOS: tipicamente de forma cilíndrica alongada com 
extremidades alargadas. Aparecem nos membros, 
atuando como colunas de suporte e como alavancas. A 
parte cilíndrica (diáfise ou corpo) é tubular e limita a 
cavidade medular, que contém a medula óssea (C>L e E). 
PLANOS: são expandidos em duas direções. Proporcionam 
área para inserção dos músculos e protegem os órgãos 
que cobrem. Ex.: escápula, ossos do crânio. Consistem em 
duas lâminas de osso compacto (maciço a olho nu) com 
osso esponjoso (poroso a olho nu) e medula óssea 
interpostos. (C≅ L>E) 
CURTOS: difusão da concussão, pois diminuem a fricção 
ou mudam a direção dos tendões ou aumentam a força 
da alavancagem para os músculos e tendões. Ex.: carpo, 
tarso e sesamóides (C≅ L≅ E). 
IRREGULARES: medianos e ímpares. Suas funções são 
várias e não tão claramente especializadas. Ex.: vértebras 
e ossos da base crânica. 
PNEUMÁTICOS: contêm espaços aéreos na substância 
compacta ao invés de osso esponjoso e medula óssea. 
Essas cavidades são chamadas de seios e são limitadas 
por membranas mucosas. 
 
- Os ossos são estruturas vivas, as quais contêm vários 
tipos celulares, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e 
nervos. Por isso cresce, está sujeito a doenças, e quando 
fraturado cicatriza. 
- Torna-se mais delgado e mais fraco pelo desuso e 
hipertrofia-se para suportar o peso aumentado. 
- São compostos por tecido orgânico (fibras e células) e 
sais minerais, que proporcionam rigidez. 
- Os ossos planos da abóboda craniana e lados são 
compostos de uma camada externa de substância 
compacta (lâmina externa), uma camada interna de osso 
muito denso (lâmina interna/tábua vítrea) e entra estas 
uma variável quantidade de osso esponjoso (diploë). 
- O periósteo é a membrana que reveste a superfície 
externa do osso, exceto onde ele está coberto por 
cartilagem. É responsável pelo crescimento do osso em 
espessura e pela correção de fraturas. O periósteo é 
inervado e vascularizado. É uma lâmina de tecido conectivo 
especializado que é dotado de potência osteogênica. Está 
ausente nas epífises dos ossos longos. Consiste em uma 
membrana externa fibrosa protetora e que o sustenta 
e outra interna celular osteogênica. Durante o 
crescimento ativo, essa última é bem desenvolvida, mas 
vai se tornando muito reduzida. A sua aderência ao osso 
também difere em vários locais: é geralmente muito 
delgado e facilmente destacável onde é espessamente 
coberto por tecido muscular. O grau de vascularização 
depende da atividade do periósteo. 
- O endósteo é uma membrana fibrosa delgada de tecido 
conjuntivo que limita a cavidade medular e os canais 
haversianos maiores. 
 
- A medula óssea ocupa os interstícios do osso esponjoso 
e a cavidade medular dos ossos longos. Há duas 
variedades no adulto: vermelha e amarela. No indivíduo 
jovem há somente medula óssea vermelha, mas depois 
esta é substituída na cavidade medular por medula óssea 
amarela. A vermelha contém muitos tipos de células e é 
formadora de sangue, enquanto a amarela é 
praticamente tecido adiposo. Essa última é formada por 
trocas regressivas na medula óssea vermelha, incluindo 
infiltração gordurosa e degeneração de células. Em 
indivíduos idosos ou mal nutridos, a medula óssea pode 
sofrer degeneração gelatinosa, que forma medula óssea 
gelatinosa. A medula óssea vermelha persiste no esterno 
por toda a vida. 
- Os ossos são ricamente supridos por vasos sanguíneos. 
Reconhecem-se dois grupos de artérias: as periósticas e 
as medulares. As periósticas ramificam-se no perióstio, 
entram nos canais de Volkmann e atingem os canais de 
Havers. No caso de ossos maiores (especialmente ossos 
longos), a grande artéria nutrícia ou medular entra no 
forame nutrício, passa num canal através da substância 
compacta e ramifica-se na medula óssea, nutrindo-a 
junto com as artérias periostais. Os vasos metafisários e 
epifisários que provêm de artérias próximas das 
Por meio de cortes longitudinais e transversos, 
podemos observar que o osso consiste em uma 
camada externa de substância compacta 
densa, na qual está a substância esponjosa 
(delicadas lâminas ósseas e espículas que 
correm em várias direções e entrecruzam-se. 
Forma a massa dos ossos curtos e das 
extremidades dos ossos longos.) mais 
frouxamente arranjada. Nos ossos longos 
típicos, a diáfise está escavada para formar a 
cavidade medular. A substância compacta 
difere grandemente em espessura em várias 
situações, de acordo com as pressões e 
tensões às quais o osso está sujeito. 
articulações (artérias articulares) suprem o osso 
esponjoso e as extremidades do osso. 
 
- Os vasos linfáticos formam uma delicada rede 
subperióstica da qual procedem os vasos maiores, 
frequentemente em companhia de veias. Espaços 
linfáticos existem na periferia da medula óssea. 
- Fibras nervosas acompanham os vasos sanguíneos do 
osso. Algumas são vasomotoras, mas outras são 
sensitivas para o periósteo. 
- O osso compacto é composto especialmente de 
substância intersticial calcificada, a matriz óssea, 
depositada em camadas chamadas lamelas. 
- Nessa substância intersticial, há cavidades chamadas de 
lacunas espalhadas uniformemente. 
- Nessas lacunas, existem osteócitos (células ósseas com 
papel de manutenção da integridade da matriz óssea, já 
que, das lacunas formam-se canalículos que se dirigem 
para outras lacunas, tornando assim a difusão de 
nutrientes possível graças à comunicação entre os 
osteócitos). 
- Esses osteócitos originam-se de osteoblastos 
(sintetizam a parte orgânica da matriz, composta por 
colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanos), quando 
são envolvidos completamente por matriz óssea. 
- A classificação baseada no critério histológico admite 
apenas duas variantes de tecido ósseo: 
PRIMÁRIO: também chamado imaturo ou lamelar. 
Encontrado durante a vida embrionário do indivíduo ou no 
momento da reparação de uma fratura. As fibras de 
colágeno estão dispostas de maneira aleatória e esse 
tecido apresenta menor quantidade de minerais. 
SECUNDÁRIO: também chamado maduro, haversiano ou 
lacunar. Apresenta fibras colágenas organizadas em 
lamelas paralelas ou concêntricas em torno dos 
chamados canais de Havers. 
 
- Esses canais de Havers (ou canais nutrícios), nos quais 
passam vasos e nervos, se localizam no centro do 
sistema de Havers (ou ósteon), que é um cilindro longo 
formado por várias lamelas concêntricas. Os canais de 
Haverssão capazes de comunicar-se entre si, com a 
superfície do osso e da cavidade medular (possibilitando a 
nutrição das células do tecido ósseo), graças aos canais 
de Volkmann, que atravessam as lamelas. 
 
- O primitivo esqueleto embrionário consiste em 
cartilagem e tecido fibroso, nos quais os ossos 
desenvolvem-se. Esse processo é nomeado de 
ossificação ou osteogênese e é elaborado essencialmente 
pelos osteoblastos. 
Os osteoclastos participam dos processos de 
absorção e remodelação do tecido ósseo. São 
células gigantes e multinucleadas, extensamente 
ramificadas, derivadas da fusão de monócitos 
que atravessam os capilares sanguíneos. 
- Logo, constituem-se duas categorias: ossos 
membranosos (desenvolvidos em tecido fibroso. Ex.: 
abóboda e lados do crânio, vários ossos da face.) e ossos 
cartilagíneos (pré-formados em cartilagem. 
Compreendem a maior parte do esqueleto.). 
- Distinguem-se também em: 
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA: osso se forma 
diretamente no primitivo tecido conjuntivo. Forma mais 
simples de formação óssea. Inicia-se em um centro de 
ossificação, onde os osteoblastos circundam-se com uma 
deposição de osso. O processo estende-se desse centro 
para a periferia do futuro osso, produzindo uma rede de 
trabéculas ósseas, que espessam-se e fundem-se, 
formando uma lâmina óssea separada dos ossos 
adjacentes por tecido fibroso persistente. A parte 
superficial do tecido original torna-se periósteo e sobre 
a face profunda deste, camadas sucessivas de osso são 
formadas pelos osteoblastos até que atinja sua 
espessura definitiva. 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL/INTRACARTILAGINOSA: 
osso formado em cartilagem preexistente. Determina o 
crescimento em comprimento dos ossos longos. Envolve 
os mesmos processos da O.IM, mas é precedida por um 
período de erosão cartilagínea e remoção, antes da 
deposição óssea. Isso é, os osteoblastos migram da face 
profunda do pericôndrio ou periósteo primitivo para a 
cartilagem e provocam a calcificação da matriz. Os vasos 
invadem essa área e os condrócitos formam as primitivas 
cavidades medulares, que são ocupadas pelos processos 
do tecido osteogênico. Sob essa rede calcária o osso é 
estruturado pelos osteoblastos. A cartilagem é erosada 
e absorvida pelos osteoclastos e substituído por osso. 
- Um osso longo típico é desenvolvido a partir de três 
centros primários de ossificação, um para a diáfise e um 
para cada epífise. 
- Após os ossos terem atingido seu tamanho completo, o 
periósteo torna-se relativamente reduzido e inativo no 
que concerne à sua camada osteogênica. 
- O osso seco consiste em matéria orgânica (colágeno 
ósseo ou osseína) e inorgânica na relação de 
aproximadamente 1:2. 
- A matéria orgânica dá flexibilidade e elasticidade e a 
matéria mineral endurece o tecido ósseo. 
- A matéria orgânica quando fervida produz gelatina. 
- Componentes encontrados: fosfato de cálcio, 
carbonato de cálcio, fosfato de magnésio, carbonato e 
cloreto de sódio. 
 
Cada osso longo consiste em um corpo e duas 
extremidades. O corpo é conhecido como diáfise e 
as extremidades, epífises (cartilaginosas). A parte 
do corpo próxima da epífise que contém a zona de 
crescimento e osso neoformado, é chamada 
metáfise. O seu tecido ósseo e o da epífise é 
contínuo no adulto. Na superfície articular das 
epífises, o osso compacto é coberto por uma 
camada de cartilagem hialina, a cartilagem articular.

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