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FÍSICA DAS RADIAÇÕES Aula 03: Radiações corpusculares e radiações eletromagnéticas; espectro eletromagnético; ondas eletromagnéticas; radiações ionizantes e radiações não ionizantes Aula 04: interações biológicas das radiações Alfa, Beta e Gama; radioatividade, meia vida, vida média; efeitos das radiações ionizantes e não ionizantes; uso da radioatividade; detecção e quantificação da radioatividade O ÁTOMO • Todas as substâncias são formadas por pequenas partículas chamadas átomos. Em grego, átomo significa indivisível, pois achavam que esse era o menor componente da matéria. Porém, sabemos que os átomos são constituídos de prótons, elétrons e nêutrons. REPRESENTAÇÃO DO ÁTOMO • Um átomo (X) será representado assim: z AX ou zX A O NÚCLEO E A ELETROSFERA • Todo átomo possui um núcleo, onde se alojam os nêutrons e os prótons (chamados nucleons), enquanto os elétrons ocupam a eletrosfera, por onde circulam por todo o tempo. • O núcleo, ocupado pelos prótons (cargas positivas), possui carga positiva, enquanto os elétrons (cargas negativas) tornam a eletrosfera negativa. ÁTOMOS E MOLÉCULAS • Encontram-se na natureza 92 espécies de átomos. O mais leve é o hidrogênio e o mais pesado o Urânio. Outros átomos mais pesados que o Urânio, denominados transurânicos podem ser produzidos artificialmente. • Os átomos se ligam e formam grupos mais complexos que são as moléculas que, por sua vez constituem as substâncias. • Portanto, toda a matéria é constituída de prótons, nêutros e elétrons. RUTHERFORD O físico Rutherford, em 1911 e seus colaboradores realizaram um experimento que estava de acordo com as previsões de Coulomb. Chegaram às seguintes conclusões: • A carga do núcleo (dos prótons) é sempre um múltiplo inteiro da carga do elétron (q=Z.e), onde Z(número atômico) é igual ao número de elétrons. • Os elétrons se movimentam ao redor do núcleo. BOHR • Neils Bohr, em 1913, sugeriu que os elétrons mantinham-se em movimento circular em órbitas especificas devido à força centrípeta exercida pelo núcleo que impede que deixem o átomo na direção tangencial à sua órbita. • Aplicando idéias quânticas à estrutura atômica, postulou: 1. Elétrons giram em torno do núcleo em órbitas determinadas que satisfazem a relação: p = n h / 2π , onde p = momento angular; h = 6,62 x 10 -34 J.s ; n = número inteiro 2. Elétrons perdem ou ganham energia somente quando “pulam” de uma órbita para outra. Nenhuma mudança de energia ocorre no átomo, permanecendo os elétrons em órbitas específicas. ÁTOMO DE HIDROGÊNIO Representação de algumas das possíveis órbitas que seu único elétron pode percorrer. NÚMERO ATÔMICO E NÚMERO DE MASSA • Tomando o modelo de Rutherford–Bohr como objeto de estudo, podemos definir alguns tópicos básicos que vão nortear nossos estudos. Número atômico (Z): n.° de prótons (P) no núcleo de um átomo. Z = p O número atômico caracteriza um elemento químico. Número de massa (A): O número de massa é a soma dos prótons (P) e nêutrons (N) do núcleo de um átomo. A = P + N ou A = Z + N PARTICULARIDADES • Alguns átomos podem apresentar semelhanças em termos de seus números de massa, número atômico, ou até mesmo pelo número de nêutrons. • São eles os elementos isóbaros, isótopos e isótonos. ISÓBAROS • São os elementos que possuem o mesmo número de massa (A): Ex: 6C 14, 8O 14 , 7N 14 ISÓTOPOS • Elementos com o mesmo número atômico (Z). Ex: 1H 1, 1H 2, 1H 3 ou 8O 16, 8O 17, 8O 18 ISÓTONOS • São os elementos com mesmo número de nêutrons (n). Exemplos: Boro: 5B 11 n = 6 Carbono: 6C 12 n = 6 DEFEITO DE MASSA • É a diferença entre a massa de repouso de um núcleo e a soma das massas isoladas de cada um dos seus núcleons. • Isso se deve pela energia de ligação existente no núcleo. Energia de ligação: É a quantidade de energia a ser fornecida ao sistema para separar completamente as partículas que o constitui. EQUAÇÃO DE PLANCK- EINSTEIN Perguntamos: E o que a energia tem a ver com massa e vice-versa? Segundo a equação de Planck-Einstein: E = m. c² onde m= massa e c= velocidade da luz RADIOATIVIDADE NATURAL • Em 1896, A.R. Bequerel verificou que os sais de Urânio emitiam radiações que impressionavam chapas fotográficas, mesmo quando envoltas por um papel preto. Impressionado com este fato, denominou de “radiação penetrante”. • Em 1898, P. Curie e M. S. Curie denominaram este fenômeno de “radioatividade” determinando ainda a existência de um outro elemento radioativo em meio aos minérios de Urânio, que denominaram “Polônium” e “Radium”. RADIAÇÕES NATURAIS • Rutherford dividiu as radiações naturais em três tipos ou espécies: 1. Alfa (a); 2. Beta (b); 3. Gama (g). Postulou que a radioatividade é a transformação espontânea do núcleo atômico para outro, ou seja, de um nuclídeo “pai” para um nuclídeo “filho”. INSTABILIDADE NUCLEAR • Quando um núcleo resulta de transmutações geralmente se apresenta em estado excitado, de maior energia. Tais estados são instáveis, pois em pouquíssimo tempo retorna o seu estado fundamental, emitindo fótons. Estes fótons são de altíssima energia quando comparados aos fótons emitidos pelos elétrons em orbita. Essa radiação eletromagnética recebe o nome de fóton gama. Cada tipo de núcleo, quando excitado, só pode emitir um conjunto específico de fótons-gama de freqüências bem determinadas. INSTABILIDADE NUCLEAR • Nos elementos naturais esta instabilidade é decorrente de: 1. Excesso de massa e carga nuclear; 2. Alta razão A/Z (Z pequeno em relação a A) Núcleos instáveis sob transmutação, tal como fissão ou decaimento radioativo, liberam energia. O decaimento radioativo pode ser avaliado identificando o radiação emitida e os produtos do decaimento. SÉRIES RADIOATIVAS Extraído da CNEN DECAIMENTO RADIOATIVO MEIA VIDA • Nos processos radioativos, meia-vida é o tempo necessário para que o número de emissões radioativas de um determinado material seja reduzido à metade do valor inicial. • No caso do carbono-14, a meia-vida é de 5.730 anos, ou seja, este é o tempo necessário para os átomos deste isótopo instável decairem para a metade, transformando-se em nitrogenio-14, através da emissão de uma partícula beta. Esta medida da meia-vida é utilizada para a datação de fósseis. LEI DA DESINTEGRAÇÃO RADIOATIVA N=No e - lt onde, No = nº de átomos radioativos em t=0 (início do processo) N = nº de átomos ainda não desintegrados após o tempo t l = constante de decaimento (característica de cada elemento) RADIAÇÃO GAMA • “Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ou beta, o núcleo resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo esse excesso em forma de onda eletromagnética, da mesma natureza da luz, denominada radiação gama.” CNEN RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA Do rádio à radiação ionizante Ionização Energia mínima capaz de ejetar um elétron do seu átomo. • Varia para cada elemento químico. • Ex: K – 4,34 Na – 5,14 RADIAÇÕES Podem ser classificadas em: • Radiações ionizantes Ex: 1.Raios X (Tomografia, Mamografia, Escopias, convencionais, etc) 2. Raios Gama e/ou Beta (Radioterapia, Medicina Nuclear) • Radiações não ionizantes Ex: 1. Radiofrequência (Ressonância Magnética) 2. Ultrassom (Ultrassonografia) RADIAÇÃO NÃO IONIZANTES RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: Energia inferior a 12 eV (l 100 nm) Não são capazes de produzir ionização em sistemas biológicos ABSORÇÃO NA MOLÉCULA: Alteração dos níveis de energia de seus átomos: Mudançada energia Rotacional, Vibracional e transacional das moléculas NOS SISTEMAS BIOLÓGICOS, TRANSFERENCIA DE ENERGIA PRODUZ: • Excitação eletrônica Dissociação molecular (elétrons estão envolvidos) • Dissipação da energia Fluorescência ou Fosforescência • Formação de Radicais Livres • Degradação em Calor Absorção muda energia rotacional/vibracional • Aumenta a Energia Cinética da Molécula Os efeitos da interação da energia radiante com sistemas biológicos: • Energia da Radiação • Poder de penetração da radiação no sistema • Capacidade de moléculas específicas sofrerem mudanças químicas (quando a energia é absorvida) RADIAÇÃO NÃO IONIZANTES Natureza Ionizantes Não Ionizantes Interação Intensidade da Radiação A densidade de potência (W/m2 ou mW/cm2) expressa a intensidade da radiação. As restrições dependem da faixa de freqüência. A Comissão Internacional de Proteção às Radiações Não Ionizantes (ICNIRP) estabelece que nenhuma torre-antena deve emitir radiação superior a 435 W/cm2 Níveis de Referência Freqüência Densidade de Potência da onda Plana Equivalente (W/m2) Não Controlado (Público) 10 – 400MHz 2 400 – 2000 MHz f/200 2 – 300 GHz 10 Controlado (Ocupacional) 1 0- 400 MHz 10 400 - 2000 MHz f/40 2 - 300 GHz 50 APLICAÇÕES Radiação ionizante ESTERILIZAÇÃO DE PRODUTOS MÉDICOS E FARMACÊUTICOS Processo industrial de Irradiação de produtos médicos e farmacêuticos IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS (RADURA) Esteira industrial para irradiação de alimentos Modelo de irradiador de alimentos Alimentos irradiados identificados pelo símbolo RADURA DESINFECÇÃO E DESINFESTAÇÃO DE PAPÉIS E DOCUMENTOS Processo de Desinfecção e Desinfestação de papéis e documentos para conservação dos materiais através do processo de irradiação. INDÚSTRIA - GAMAGRAFIA Utilização das técnicas de imagem com uso de radiação ionizante (gamagrafia) nos processos industriais USINAS NUCLEARES Esquema de funcionamento de usinas de energia nuclear ÁREA DA SAÚDE • A radiação ionizante é utilizada em diversos ramos da área médica. • Imagens Radiográficas; • Tratamentos de câncer; • Marcador em teste ergométrico; • Exames de Medicina Nuclear; • Irradiação de bolsas de sangue; RAIOS X • Tubo de Crookes e placa radiográfica, primeira radiografia. • Esposa de Roentgen: “Eu vi a minha morte”. • Revolução na medicina. RAIOS X • Inúmeras aplicações dos raios X. • Bastante solicitado. • Atendimento primário. • Possibilidade de avaliação clínica com procedimento não-invasivo. MAMOGRAFIA • Exame radiológico efetuado para diagnóstico de processos patológicos que acomentem as mamas femininas e masculinas. • É realizado um exame de ultrassom complementar em determinados casos. • A ressonância magnética dedicada à mama é uma opção que pode surgir em breve no mercado. • Recomendado exame anual para mulheres acima de 30 anos. MAMOGRAFIA Primeiro equipamento projetado para aquisição de imagens específicas de mama.(1966) Equipamento de mamografia FFDM (Full Field Digital Mammography). (2000) PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS TOMOGRAFIA Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração TOMOGRAFIA Quarta Geração Evolução Tecnológica nas gerações de equipamentos de Tomografia Computadorizada RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS Sistemas de reconstrução 3D nos tomógrafos computadorizados ESCOPIAS • Inicialmente realizadas com placas fluoroscópicas, de onde provém o nome fluoroscopia. • Atualmente, é definido como escopia. • Havia exposição direta nos olhos do médico. • EFEITOS BIOLÓGICOS! ARCOS CIRÚRGICOS Equipamento de escopia utilizado em cirurgias guiadas por imagem. Equipe: Médicos cirurgiões: Responsáveis pelo procedimento cirúrgico. Enfermagem: Auxílio no procedimento cirúrgico. Técnico em radiologia: Realização das imagens radiográficas. HEMODINÂMICA Equipe: Médico: Introduz o cateter e realiza o procedimento Enfermagem: responsável pelo acesso através do vaso femoral, medicações e auxílio durante procedimento Técnico em Radiologia: realiza as exposições e é responsável pela aquisição de imagem (co- responsável em alguns casos) Estudos dinâmicos da rede vascular utilizando cateteres, visualizados e posicionados com o auxílio das técnicas de imagem em tempo real. Iniciada a utilização em 1929 por Werner Frossmann - cateterismo LITOTRIPSIA • Sistema duplo com Raios X e Ultrassom. • Pelas técnicas de imagem, os cálculos são localizados precisamente. • São emitidas ondas de ultrassom de alta frequência que exercem um choque eletro- hidráulico até a completa destruição dos cálculos. • Os cálculos têm seus tamanhos reduzidos até que possam ser eliminados por vias naturais em curto espaço de tempo. Equipe: Médicos: Localizam e aplicam as ondas de ultrassom. Enfermagem: Aplicação rara de anestesia e alguns procedimentos de analgesia e suporte para a equipe médica. ODONTOLOGIA • Radiografias panorâmicas; • Periapicais; • Tomografias; Equipe: Odontologistas: Responsáveis pelo tratamento e/ou avaliação. Técnicos em radiologia: Aquisição das imagens radiográficas. MEDICINA NUCLEAR Possui duas finalidades distintas: • Terapia • Diagnóstico Moderna técnica de investigação. Substância radioativo (radioisótopo) + Substâncias química farmacológica (fármacos) Radiofármaco Possui afinidade químicas por alguns órgãos ou tecidos. Característica fundamental para utilização da técnica para tratamento ou diagnóstico. CINTILOGRAFIA Produção de imagens funcionais através da captação dos materiais radioativos pelos órgãos afins e sua detecção em gama câmara. Equipe: Médico Nuclear: Avaliação das imagens Técnico em med. nuclear: preparo dos radiofármacos, medida de atividade das fontes, preparo da seringa, aquisição das imagens Enfermagem: Punção venosa e aplicação do radiofármaco. IODOTERAPIA Tratamento de células cancerígenas presentes na tireóide e/ou restantes após cirurgia. Os efeitos biológicos sobre as células cancerígenas tem finalidade de destruí-las ou impedir sua reprodução. Equipe: Médico Nuclear: Acompanhamento do tratamento Técnico em med. nuclear: preparo dos radiofármacos, medida de atividade das fontes, preparo da seringa. Enfermagem: Punção venosa e aplicação do radiofármaco. RADIOTERAPIA Equipe: Médico Radioterapeuta: Avaliação e definição do método e doses aplicadas. Físico: Cálculo das doses, definição de campos e curvas de isodose. Técnico em radioterapia: Colimação dos campo de radiação, aplicação das doses segundo protocolos definidos. Enfermagem: Acompanhamento do paciente, porém não acompanha no momento da irradiação. Técnica para tratamento do câncer através da aplicação localizada de radiação. Pode ser dividida em: • Teleterapia: com uso de bombas de cobalto ou aceleradores lineares; • Braquiterapia: utiliza fonte radioativa colocada próxima ao tecido canceroso (terapia de contato). RADIOCIRURGIA Método utilizado para realização de cirurgias em locais de difícil acesso com altíssima precisão. Utilizado principalmente para cirurgia cerebral ou de coluna. Não é necessária cirurgia geral. Preserva áreas nobres sem lesionar estruturas vizinhas. Reduz efeitos colaterais e tempo de internação. ASSOCIAÇÃO MEDICINA NUCLEAR TOMOGRAFIA ASSOCIAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMAGEM COM RADIOTERAPIA Geração dos Raios X OUTROS COMPONENTES • Equipamentos necessários: • Transformadores de altavoltagem; • Retificadores de onda de voltagem; • Fornecedores de força e controles para o filamento; • Cronômetros e dispositivos de proteção. http://br.geocities.com http://cfhr.epm.br/ TRANSFORMADORES • O circuito mostra o retificador e o transformador de alta voltagem que devem ser utilizados para manter a polaridade dos eletrodos (positivo e negativo) e proporcionar uma grande diferença de potencial aplicada entre cátodo e ânodo. • Aplica-se uma grande voltagem positiva no ânodo (eletrodo negativo) e negativa no cátodo (eletrodo positivo) http://cfhr.epm.br - Unifesp http://cfhr.epm.br/ FORMAS DE ONDAS • Os geradores podem fornecer diferentes formas de onda de voltagem em sua saída. • Para um funcionamento mais estável dos equipamentos radiológicos, precisamos de ondas de voltagem mais próximas de serem constantes. • Usamos os retificadores de ondas e outros circuitos eletrônicos para esse fim. http://cfhr.epm.br - Unifesp http://cfhr.epm.br/ ENERGIA ELÉTRICA • Como podemos ver, a rede de tensão que nos é fornecido pelas usinas hidroelétricas é um sinal senoidal (oscilatório). • Devido às influências dessas oscilações, é necessário o circuito com retificação e estabilização das ondas de voltagem utilizadas nos equipamentos de raios X. http://blogvisao.files.wordpress.com Monofásicos Trifásicos Alta Frequência Potencial Constante O TUBO DE RAIOS X • É composto por um invólucro de vidro, denominado ampola, vedado com interior mantido a alto vácuo. • Componentes principais: • Cátodo; • Ânodo. GE global tube Engeneering CÁTODO • O cátodo, ou eletrodo negativo, é composto por um fino fio de tungstênio em espiral (1,5 mm de diâmetro), montado no prendedor também chamado copo do foco que se estendem para o lado de fora do tubo conduzindo às conexões elétricas. • O filamento é aquecido como as lâmpadas elétricas e libera elétrons por efeito termiônico. GE global tube Engeneering ÂNODO • É o eletrodo positivo formado por um conjunto de cobre (bom condutor de calor) que se estende até o centro do tubo e uma pequena placa de tungstênio (alvo) de aproximadamente 3 mm de espessura. • O tungstênio é um material de alto número atômico (Z) e suporta altas temperaturas, cerca de 3.400 ºC GE global tube Engeneering Inclinação CONDUTOR DE CALOR • Tubo de cobre utilizado para conduzir o calor para o meio externo evitando o desgaste excessivo do alvo. • Para resfriamento do alvo, também são utilizados rotores que alteram a região da secção de choque dos elétrons nos tubos com ânodo rotatório. GE global tube Engeneering Ânodos ÂNODO FIXO • É acoplado ao ânodo um material bom condutor de calor (ex: cobre), cuja função é dar suporte para o alvo de tungstênio. • O suporte se estende até o exterior do invólucro até um radiador de chapa para dissipação do calor. http://cfhr.epm.br - Unifesp http://cfhr.epm.br/ ÂNODO ROTATÓRIO • O ânodo rotatório (foco linear) aumenta a capacidade resistiva ao calor do ponto de vista de proteção do ânodo. • É um disco composto de tungstênio, molibdênio e pequenas porcentagens de grafite. • A face do alvo é comumente construída com ângulos de 15º ou 20 º em relação ao cátodo. http://cfhr.epm.br - Unifesp http://cfhr.epm.br/ PONTO FOCAL • Quanto menor o ponto de foco, maior a nitidez da imagem, mantendo-se as condições técnicas de aquisição da imagem, mas maior o aquecimento do alvo. • Entretanto, quanto maior o foco, menor o aquecimento da região do ponto focal, aumentando a resistência ao calor. • No ânodo rotatório, o efeito de aquecimento do ânodo é minimizado tendo em vista a alteração da região de choque dos elétrons acelerados. http://cfhr.epm.br - Unifesp http://cfhr.epm.br/ RAIOS X CARACTERÍSTICOS RAIO X CARACTERÍSTICO Colisão entre o elétron acelerado e um elétron de uma camada mais interna do átomo deixando um “buraco” na camada do elétron ejetado. Rearranjo eletrônico – um elétrons de uma camada próxima ocupa o buraco, emitindo radiação X característica. RADIAÇÃO BREMSSTRAHLUNG Raio X A radiação Bremsstrahlung, ou radiação de freamento é emitida quando o elétron (carga negativa) acelerado sofre um desvio devido à repulsão coulombiana que sofre pelo núcleo (carga positiva). CABEÇOTE DO EQUIPAMENTO DE RAIOS X • O cabeçote é constituído pela ampola de raios X, uma camada de óleo (que tem função de ajudar no resfriamento do tubo) um envoltório de chumbo (para barrar a radiação que não está no feixe principal), uma janela (por onde passa a radiação do feixe de interesse) e a proteção metálica que reveste todo o conjunto. MILIAMPERAGEM • O ajuste da corrente elétrica (fornecida pelo circuito de baixa voltagem) controla a temperatura do filamento que, por efeito termiônico, ioniza os átomos do cátodo formando uma nuvem eletrônica, que é um acúmulo de elétrons termo ionizados. • Dessa forma, quanto maior a temperatura do filamento, maior o número de elétrons disponíveis para formar a corrente de elétrons (dentro do tubo de raios X) que influencia na intensidade do feixe de raios X utilizado nos exames. • A corrente é o número de elétrons por segundo que passa por uma região e é medida em miliampéres. FUNCIONAMENTO • Como já sabemos, após a interação dos elétrons acelerados do filamento em direção ao ânodo, temos a produção de raios X. • O esquema ao lado ilustra a utilização dos raios X no diagnóstico médico. www.fisica.net/denis/raio3.gif FATORES QUE AFETAM NA ABSORÇÃO DOS RAIOS X • Espessura do absorvedor – Quanto maior a espessura (mais grosso), maior a absorção. • Número atômico do absorvente– Um dos principais fatores que afetam as características de absorção dos raios X. • Densidade do absorvedor – Quanto maior a densidade, mais absorvente o material. http://cfhr.epm.br OUTROS FATORES • Quilovoltagem – determina o comprimento de onda dos raios X produzidos. Quanto maior a voltagem, menor o comprimento de onda. • Filtragem – É uma forma de se remover do feixe de raios X aqueles raios de menor energia que não contribuem para a formação da imagem e aumentam a dose no paciente. • Meio de contraste – substâncias mais absorventes (radio-opacas) que são mais visíveis nas radiografias. http://cfhr.epm.br COMPOSIÇÃO DO ALVO • Já vimos as principais características do alvo anteriormente e podemos notar que o tungstênio é o alvo da maioria dos equipamentos que também podem ser constituídas de uma liga de Rênio e Tungstênio ou, para aplicações especiais como mamografia, pode ainda ser de Ródio ou Molibdênio. • Lembrando, esses materiais devem ter alto número atômico (aumentar a atração coulombiana e desviar mais os elétrons), devem ser altamente resistentes ao calor e também bons condutores de calor para facilitar seu resfriamento. GEOMETRIA DA FORMAÇÃO DA IMAGEM • A imagem formada nos fornece detalhes sobre as estruturas internas do paciente devido às diferenças de atenuação da radiação entre os diferentes materiais pelos quais a radiação atravessa. • Sabemos que a imagem formada é uma imagem 2-D criada pela projeção do paciente no filme, ou seja, é a chamada imagem aérea, onde perdemos as informações de volume. www.fisica.net/denis/raio3.gif 1895 descoberta dos raios X por Roentgen Desde então os raios X foram utilizados para obtenção de imagens médicas do corpo humano A euforia tomou conta da área médica e a cada dia surgiam novas possibilidades de utilização dos raios X (era o início da Radiologia) Em 1904 (Paris) os raios X estavam sendo utilizados para tratamento de tinhacápites (micose no couro cabeludo). Cerca de 300.000 crianças no mundoforam tratadas da tinhacápites por meio dos raios X e foi detectada uma grande incidência de câncer os primeiros equipamentos de raios X não contavam com qualquer tipo de blindagem ou filtragem os primeiros registros fotográficos dos efeitos dos raios X começaram a surgir no ano seguinte ao da descoberta (1896) em NY no início do século XX era comum encontrar sapatarias sofisticadas que, para atrair mais fregueses tiravam radiografias dos pés dos clientes o que envolvia altas doses. Como a sensibilidade dos receptores de imagens eram baixas, para tirar uma radiografia dos pés era necessário 20 minutos de exposição Surgiram diversas aplicações e paralelamente começaram a aparecer evidências das conseqüências indesejáveis dos raios X O uso intenso vitimou muitos cientistas, levando muitos à morte (já que os efeitos da exposição à radiação aparecem tardiamente) A partir da constatação dos efeitos deletérios (nocivos) das radiações, reduzir as doses de raios X, tem sido o objetivo de cientistas e usuários envolvidos com equipamentos de radiodiagnósticos O que é radiação? Podemos viver sem ela? Radiação → energia que se propaga através da matéria ou do espaço em forma de onda ou partícula Radiação Ionizante → qualquer radiação que retira ou desloca elétrons dos átomos, produzindo íons Radiação eletromagnética → é uma forma de energia que se propaga com o produto da combinação de campos elétricos e magnéticos, variáveis no tempo e espaço e viajam no vácuo ou no ar a mesma velocidade da luz Radioatividade → decaimento espontâneo ou desintegração de um núcleo atômico instável Radiação Natural → radiação existente no meio ambiente, proveniente de raios cósmicos, de elementos radioativos naturais, etc. Radiação não ionizante → significa que a energia emitida não é forte o suficiente para produzir íons em sua passagem pela matéria, ou seja, é incapaz de “arrancar” elétrons de átomos e moléculas ionização Os campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo são encontrados na natureza e podem ser observados em inúmeras aplicações do cotidiano Método de Diagnóstico interativo. Caracteriza-se por: ondas sonoras não audíveis (superior a 20 kHz) ondas elásticas periódicas que se propagam no meio produzindo estado de compressão e rarefação Em diagnostico: 1-20 MHz Radiação não Ionizante Fontes Naturais de Radiação raios cósmicos materiais existentes no solo materiais de construção, etc... Guarapari (ES) Ex.: 238U, 192Th radiação cósmica radionuclídeos da crosta terrestre RADIOATIVIDADE NATURAL RADIOATIVIDADE ARTIFICIAL Ex.: 60Co, 137Cs, 192Ir ÁTOMO Imagens de raios X estão relacionadas com elétrons orbitais Imagens de medicina nuclear e ressonância magnética estão relacionadas com o núcleo Na medicina as radiações utilizadas são geradas ou absorvidas em fenômenos físicos que ocorrem a nível: atômico (no núcleo) ou eletrosfera O átomo é constituídos por 3 partículas fundamentais: elétrons prótons nêutrons Essas 3 partículas estão dispostas no átomo de forma a constituírem duas partes principais: NÚCLEO (prótons e nêutrons) e ELETROSFERA PRINCIPAIS EMISSÕES RADIOATIVAS Corpusculares: Alfa (a) Beta (b) Elétron (e-) pósitron nêutrons (n), etc.. Eletromagnética: raios X radiação gama (g) PODER DE PENETRAÇÃO DAS PARTÍCULAS: a, b, g (acrílico) (metal) ( papel) medicina, indústria, agricultura, pesquisa e ensino geração de energia Aceitar os riscos e usufruir dos benefícios das técnicas nucleares faz parte do desenvolvimento As "práticas" incluem os seguintes tipos de atividades quanto a utilização de fontes de radiação: aparelhos de raios X (de uso industrial, médico, odontológico) radioterapia aceleradores de partículas reatores nucleares Substâncias radioativas fontes: seladas e abertas (não seladas) PRINCIPAIS TIPOS DE FONTES DE RADIAÇÃO IONIZANTE Raios X - manuseio de radioisótopos - estudo fisiológico - exige uma série de cuidados específicos - devem ser previstas situações de inalação ou ingestão acidental com contaminação do ambiente e incorporação de radioisótopos - devem ser gerenciados os rejeitos radioativos garantindo a proteção pessoal e do meio ambiente Medicina Nuclear FONTES SELADAS: o material radioativo está enclausurado dentro de um invólucro difícil de ser violado portanto esse material não será liberado no meio ambiente FONTES ABERTAS: existe possibilidade de vazamento de material radioativo para o meio ambiente, em geral essas fontes estão em forma de pó, líquida e gasosa MODOS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO Irradiação externa Irradiação interna MODOS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO externamente: fonte selada e não selada MODOS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO internamente: não selada IRRADIAÇÃO INTERNA ingestão inalação Penetração pela pele Fração da dose na população para diferentes fontes de exposições artificiais 1% 7% 1% 6% 86% Radiodiagnóstico Ocupacional Outras apl. Médicas Ind. Nuclear Outros
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