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Profª Drª Thaís Dalzochio PROFª DRª THAÍS DALZOCHIO ESTRUTURA DA MATÉRIA - ÁTOMO Átomo → 30 partículas diferentes Principais: elétrons (leves), prótons e nêutrons (pesadas) Prótons e nêutrons formados por subpartículas denominadas quarks. ESTRUTURA DA MATÉRIA - NÚCLEO Núcleons: prótons (+) e nêutrons (sem carga) Denso, carregado positivamente devido aos prótons que faz com que exista um arranjo característico da eletrosfera → movimento dos elétrons em torno do núcleo, atraídos pela força eletrostática gerada. Z = número atômico (número de prótons) n = número de nêutrons A = número de massa (soma de prótons e nêutrons) ESTRUTURA DA MATÉRIA - NÚCLEO O núcleo apresenta organização interna estável. Interações entre prótons e nêutrons Repulsão elétrica (entre prótons) e forças nucleares de atração (entre prótons, entre prótons e nêutrons e entre nêutrons). → Discrepância entre a massa total do núcleo atômico e a soma das massas dos seus constituintes A massa total do núcleo é menor que a soma das massas dos prótons e dos nêutrons. Conversão de parte da massa dessas partículas em energia = energia de ligação Núcleos estáveis X núcleos excitáveis ESTRUTURA DA MATÉRIA - ELETROSFERA Região periférica ao núcleo que apresenta sete diferentes níveis energéticos. K, L, M, N, O, P e Q Elétrons se movimentam constantemente ao redor do núcleo. ISÓTOPOS, ISÓBAROS E ISÓTONOS Isótopos Átomos com mesmo número atômico,mas diferente número de massa (a diferença está no número de nêutrons) Átomos diferentes de um mesmo elemento (propriedades químicas idênticas) Isótopos do hidrogênio: 1H 1 (hidrogênio), 1H 2 (deutério) e 1H 3 (trítio) Isótopos do oxigênio: 8O 16, 8O 17 e 8O 18 Isóbaros Elementos com mesmo número de massa (A), mas diferente número atômico (Z). Propriedades químicas diferentes 19K 40 isóbaro de 20C 40 A = 40 20C 42 isóbaro de 22Ti 42 A = 42 Isótonos Átomos com mesmo número de nêutrons, mas com número atômico e número de massa diferentes. Propriedades químicas diferentes 17Cl 37 isótono de 20C 40 n = 20 nêutrons 5B 11 isótono de 6C 12 n = 6 nêutrons FENÔMENOS RADIOATIVOS HISTÓRIA DA RADIOATIVIDADE Henri Becquerel (1896) Observou que sais de Urânio eram capazes de emitir algo que causava impressões em chapas fotográficas Pierre e Marie Curie (1898) Pesquisaram os elementos Rádio,Tório e Polônio Fenômeno radioatividade Rutherford e Soddy (1902) Instabilidade dos elementos, que se transformavam em outros, emitindo radiações. ORIGEM DAS RADIAÇÕES Estabilidade nuclear: predominância da energia de ligação em todas as suas disposições. Átomos leves: estabilidade se mantém Átomos pesados/ muito pesados: quantidade relativa de nêutrons será maior, fazendo que exista uma tendência de instabilidade, o que favorece a ocorrência de eventos como o decaimento radioativo. Excesso de energia → desestabilidade do sistema → radiação eletromagnética ou corpuscular Ca: Z = 20, n=20 Pb: Z = 85, n =125 Parte dos nêutrons é transformada em energia de ligação para se manter a integridade do núcleo. PARTÍCULAS RADIOATIVAS –ALFA (Α) Radiação corpuscular provinda de átomos instáveis. É composta por dois prótons e dois nêutrons → equivalente ao núcleo do elemento Hélio. A partícula é emitida a uma velocidade equivalente a 1/30 da velocidade da luz (300.000 km/s) e vai diminuindo no decorrer da trajetória. • Possui grande capacidade de ionização, mas essa partícula não é muito utilizada na Medicina. • Pouco lesiva → baixo poder de penetração nos tecidos dos seres vivos. Decaimento espontâneo do Plutônio → Núcleo instável → partícula alfa e raios gama são liberados PARTÍCULAS RADIOATIVAS – BETA (Β) É um elétron que se origina no núcleo de determinados átomos. Átomos com maior nº de nêutrons do que de prótons se tornam instáveis Equilíbrio Nêutron se subdivide em um próton, um elétron e um antineutrino Átomos com maior nº de prótons Equilíbrio Próton se subdivide em um nêutron, um pósitron e um neutrino O nêutron do núcleo se torna instável → nêutron de subdivide em próton, liberando elétron e antineutrino PARTÍCULAS RADIOATIVAS – BETA (Β) Deslocamento com alta velocidade (290.000 km/s) Distância percorrida superior à das partículas alfa Podem sofrer desvios no percurso (trajetória irregular): são repelidas pelos elétrons (mesma carga) que encontram ao longo do caminho. Poder de penetração maior do que a alfa (100X mais) e menor do que a gama. Radiação beta negativa: repele os elétrons dos átomos, ionizando-os. Radiação partículas beta positivas (pósitrons): atraem os elétrons e colidem (aniquilação) PARTÍCULAS RADIOATIVAS – GAMA (Γ) Tipo de radiação eletromagnética que acompanha a α e a β (não é feita de partículas) É uma radiação eletromagnética como o Raio X com comprimento de onda diferente (menor do que a luz visível). Após a emissão dessas partículas, há a liberação de energia sob a forma de radiação gama para que o núcleo se reestruture. Percursos longos e velocidade da luz. Alto poder de penetração COMPARAÇÕES DECAIMENTO RADIOATIVO Meia-vida ou tempo de semidesintegração Período de tempo necessário para que um número determinado de átomos de um elemento radioativo reduza pela metade do seu valor inicial. Hg197 Ga67 I131 Cr51 Tempo (dias) 2,71 3,24 8,05 27,8 Meia-vida (tempo de decaimento) de alguns elementos Meme decaimento radioativo: https://www.facebook.com/2866578551 70607/posts/988036368366082/?vh=e& extid=tk0KJoolEdVgV0JU&d=n https://www.facebook.com/286657855170607/posts/988036368366082/?vh=e&extid=tk0KJoolEdVgV0JU&d=n RADIOATIVIDADE NATURAL Relacionada às famílias radioativas Família do Tório: primeiro elemento radioativo é o Tório e ocorrem diversos decaimentos até o isótopo de Chumbo Família do Urânio-Rádio: primeiro elemento é o Urânio 238 → isótopo de Chumbo Família do Actínio: Urânio 235 → isótopo de Chumbo Elementos com tendência natural a passar por eventos de decaimento e se transformarem em outros elementos Estes outros elementos podem ser radioativos Continuação do decaimento até espécie atômica estável RADIOATIVIDADE INDUZIDA Ao atingir elementos naturais com partículas nucleares, estes se tornam instáveis e, assim, fontes emissoras de radiações. Radioatividade → papel-chave em diversas áreas Radioisótopos aplicados no diagnóstico e terapêutica na área médica Produção: reatores nucleares • Radioterapia superficialEstrôncio 90 • Radioterapia Césio 137 REAÇÕES NUCLEARES São aquelas nas quais o núcleo do átomo sofre alterações ao interagir com prótons ou nêutrons de fontes externas (bombardeio). Sódio (Na) Massa atômica: 23 u.m.a. Número atômico: 11 Incorporação de um nêutron Massa atômica: 24 u.m.a. Propriedades químicas iguais Alteração na organização nuclear Liberação de radiação Equilíbrio REAÇÕES NUCLEARES - FISSÃO Bombardeamento do Urânio 235 com nêutrons = divisão do núcleo em dois fragmentos distintos e de massa atômica menor. Capacidade de liberar grandes quantidades de energia Cada novo nêutron é capaz de gerar a ruptura de um novo núcleo → reação em cadeia Início da era nuclear: bombas de Urânio (Hiroshima) e Plutônio (Nagasaki) no Japão. Geração de reações nucleares → calor → transformação de energia elétrica ou mecânica REAÇÕES NUCLEARES - FUSÃO Produção de energia a partir da união de dois núcleos leves, formando um núcleo maior Sol: geração de átomos de Hélio a partir de átomos de Hidrogênio → liberação de quantidades de energia altas. UNIDADES DE RADIOATIVIDADE • Quantidade de desintegrações nucleares que determinada amostra de material radioativo sofre por unidade de tempo • Sistema Internacional de Unidades (SIU): Becquerel (Bq) – 1 Bq = uma desintegração por segundo Atividade • Capacidade de ionização de determinada radiação (quantidade deíons formados em determinada quantidade de matéria irradiada • SIU: C/Kg (Coulombs por quilograma de ar seco) Exposição • Quantidade de energia realmente absorvida por um corpo sob efeito de uma radiação • SIU: Gray (Gy) = 1 Joule absorvido por KgDose absorvida • Maior significado biológico → Quantidade de energia contida em radiações que é absorvida/retida no tecido e suas repercussões • Efeito biológico/dano causado por cada tipo de radiação. • SIU: Sievert (Sv) Dose equivalente INTERAÇÃO DAS RADIAÇÕES COM A MATÉRIA Excitação ou ionização Tipo de radiação e suas características básicas, como carga e massa atômica Excitação Um dos elétrons do átomo que receber energia migra de uma órbita mais interna para outra mais externa. Átomo neutro apresenta energia maior que a anterior → átomo excitado Ionização Remoção de um elétron de um átomo Radiação ionizante: fenômeno de ionização (material com que interage carregado positivamente) Radiação não ionizante: não provocam esse efeito, mas podem excitar os átomos com os quais entram em contato. EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES ORIGEM E MECANISMO DE PRODUÇÃO DAS RADIOLESÕES Processos que conduzem a lesões celulares: 1ª Fase: Física Energia da radiação transferida para a matéria, com geração de produtos reativos 2ª Fase: Química Produto da 1ª fase reagem com moléculas vizinhas ou entre si 3ª Fase: Biológica Radiolesões oriundas dos produtos das fases anteriores na fisiologia celular. Organismo ou sistema biológico Feixe de radiações Lesões RADIAÇÃO IONIZANTE E NÃO IONIZANTE Radiações ionizantes são aquelas que ao agirem sobre átomos ou moléculas, fornecem energia aos elétrons, aumentando a reatividade das substâncias. Radiações não ionizantes: apenas excitam os átomos, mas também tornam o átomo mais reativo. Desagregação molecular com produção de radicais livres → produção de substâncias secundárias danosas às células MECANISMOS DIRETOS E INDIRETOS DAS RADIOLESÕES Radiolesões: causadas pela interação da radiação, a nível atômico ou molecular, com as células atingidas. • Ação das radiações diretamente no DNA, RNA ou outras biomoléculas essenciais • Perda de funções celulares indispensáveis Direta • Ocorre quando a interação ocorre com a água intracelular • Formação de radicais livres extremamente reativosIndireta EFEITOS CELULARES DA RADIAÇÃO Núcleo celular sofre consequências mais danosas quando irradiado em comparação ao citosol Aumento da permeabilidade da membrana → liberação de enzimas e/ou ruptura da membrana Proteínas: rompimento da cadeia polipeptídica, quebra das pontes de hidrogênio, modificação de aminoácidos → perda da atividade biológica TECIDOS MAIS SENSÍVEIS À RADIAÇÃO Hematopoiético da medula óssea Tecidos dos órgãos reprodutivos Tecidos embrionários São mais radiossensíveis as células que exibem maior atividade mitótica e/ou menor grau de diferenciação Grupo Carac. Celular Divisão Diferenciação Radiossensibilidade Exemplos I Com divisão e diferenciação ++++ + ++++ Células da epiderme e eritroblastos II Divisão regular ++++ ++ +++ Mielócitos, espermatócitos III Divisão especial ++ +++ ++ Células do rim, fígado e tireoide IV Não se dividem - ++++ + Neurônios e células musculares EFEITOS GENÉTICOS DAS RADIAÇÕES Lesões nucleares Mutações gênicas: alterações nos nucleotídeos (bases nitrogenadas ou açúcares) de certos genes → modificação da informação → modificação das proteínas Alterações cromossômicas: alterações de uma forma mais abrangente, como deleção de uma das extremidades do cromossomo Dose de radiação Chance de desenvolvimento de neoplasias EFEITOS RADIOATIVOS EM MOLÉCULAS DE DNA - Deleção de bases púricas e pirimídicas - Rompimento das hélices (ruptura simples ou dupla) - Rompimento das pontes de hidrogênio - Ligações cruzadas (cross linking) inter e intramoleculares EFEITO SOMÁTICO DAS RADIAÇÕES Imediatos e tardios Limite de tempo de 60 dias Manifestação antes de dois meses: imediata (podem ser localizadas ou generalizadas) Manifestação após dois meses: tardia EFEITOS IMEDIATOS APÓS IRRADIAÇÃO DE CORPO INTEIRO O tempo para que os sinais apareçam e os sintomas da gravidade vai depender da dose adquirida, tempo de exposição, tecido e resistência do organismo. LD50(30): dose letal para que ocorra morte de 50% dos organismos em estudo, após um período de 30 dias. Cada animal possui uma LD distinta. Dependendo da dose: Sistema nervoso: falta de coordenação motora, distúrbios circulatórios,coma e morte Trato gastrointestinal: náuseas, vômitos e sinais de desequilíbrio hidroeletrolítico. Medula hematopoiética: trombocitopenia, leucopenia,eritropenia, hemorragias e supressão do sistema imunológico. EFEITOS TARDIOS DAS RADIAÇÕES Carcinogênese Dose, tempo de exposição e órgão Dúvidas quanto à existência de um limiar mínimo de energia radioativa para que se desenvolva o processo neoplásico. Envelhecimento precoce Hipótese: acúmulo de lesões celulares e de DNA, ativação de mecanismos incorretos de reparo e produção de radicais livres Efeitos na multiplicação celular Efeitos radioativos mais agravados quando a célula se encontra em mitose = radiação empregada no combate de neoplasias RADIOPROTEÇÃO Locais de manuseio de radioisótopos: protetores. Água, concreto, chumbo e ferro Laboratório Bem arejado, com locais de entrada e saída de ar distantes e dispostos a não favorecer a recirculação do ar Exaustores acima dos locais de trabalho Mesas de trabalhos afastadas Revestimento das mesas não poroso Proteção pessoal Luvas de borracha, máscaras e vestimentas adequadas (aventais de chumbo) Eliminação dos resíduos radioativos Enterrados profundamente e armazenados em recipientes especiais A BIOFÍSICA NO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM RADIOGRAFIA CONVENCIONAL – RAIO X O RAIO X Descrito pelo físico Wilhelm Conrad Roentgen. Ondas eletromagnéticas como a radiação gama, mas que provêm da eletrosfera. A radiografia convencional é um exame utilizado pela Medicina e Odontologia. Consiste numa ampola de raios X que produz feixes controlados por um computador. Esses raios, após atravessarem o paciente, incidem em uma chapa fotográfica → imagem Maior contraste = imagem mais nítida Um tubo de raio X apresenta um filamento (cátodo) que emite elétrons em direção ao alvo (ânodo) Elétrons do cátodo se desprendem quando este recebe uma corrente elétrica Eles atravessam um vácuo Desaceleram quando incidem no ânodo O ânodo apresenta uma associação com um dispositivo refrigerador que dissipa o calor Assim, resta somente a radiação X que se espalha em todas as direções A ampola possui um colimador ao seu redor que determina a região que deve receber a radiação Os raios que atravessam o paciente incidem sob o filme fotográfico formando uma imagem invisível a olho nu Mamografia Áreas mais negras • Áreas que receberam maior quantidade de radiação Áreas mais claras • Estruturas mais densas e espessas Variação entre negro e branco = diversas densidades que variam da densidade cálcica do osso até a densidade aérea. Entre elas se interpõem as densidades gordurosas e hídricas. No raio X, o tempo de exposição deve ser bem controlado. Exposição curta → radiografia com todas as estruturas claras Superexposição → exame escurecido Superexposição é perigosa ao paciente, pois o submete a doses desnecessariamente excessivas de radiação. PRODUTOS DE CONTRASTE Auxiliam na obtenção de um melhor contraste na imagem. • Contraste natural • Insuflações cólica e gástrica Ar • Opacificante • Avaliações gastrointestinais Bário • LinfografiasCompostos oleosos • Opacificar as vias urinárias, vias biliares e os vasos • Usados nas angiografias, broncoscopias e colangiografias Compostos iodados hidrossolúveis • Visualização da estruturas das mucosasDuplocontraste (ar e Bário) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) Inicialmente aplicada somente para explorações cerebrais, mas hoje é usada em todas as regiões corporais. Bastante precisa, pois não está sujeita a limitações do filme radiográfico e à subjetividade do olho humano. Reproduz a anatomia detalhadamente com resolução em alto contraste. As imagens tomográficas são axiais – são visualizados cortes transversais das regiões desejadas – e podem ser reformatadas em outras projeções que variam de coronais a oblíquas e parassagitais. Esse exame baseia-se em um feixe colimado de raios X e em um sistema de detectores que irá avaliar a graduação com que esses raios foram absorvidos ou dispersados pelo paciente. A imagem radiográfica varia de acordo com uma escala de tons entre o branco e o negro, que são selecionados a partir de uma reconstrução matemática realizada pelo computador. O computador calcula um determinado tom de acordo com a densidade da estrutura atravessada pelos raios. RAIO X TC A ampola é similar ao raio X, mas na TC ela é capaz de rodar em torno do paciente – processo de “varredura” → Paciente é submetido a uma série de exposições de 300 a 600 ângulos diferentes. Podem-se utilizar meios de contraste por via endovenosa como na radiografia convencional para enfatizar determinadas estruturas e permitir uma melhor resolução. Tomografia computadorizada do abdome ULTRASSONOGRAFIA Princípio: reflexão de ondas sonoras de alta frequência focadas em órgãos internos. Pode ser usada para observação do sistema musculoesquelético, mediastino, abdome, pelve e outros. Princípio dessa técnica: um transdutor ultrassonográfico (um cristal vibratório eletricamente acionado) transmite e capta ondas sonoras de alta frequência, que são utilizadas na produção de imagens. As imagens obtidas dependem do padrão de reflexão e refração de ondas de cada material. As escalas de cor variam de acordo com a distribuição espacial e temporal dos ecos vibratórios. Imagem obtida em tempo real Transdutor vibratório oscila longitudinalmente num ângulo de 30 graus, em contato com a pele, com a intenção de produzir uma imagem bidimensional. Gel aquoso melhora o acoplamento do transdutor à pele A imagem formada depende do tempo em que o som demorou em chegar ao seu destino e retornar ao transdutor. Assim calcula-se a profundidade e intensidade do eco captado pelo transdutor Imagem ultrassonográfica é capaz de mostrar estruturas como o interior de tumores, coleções líquidas no interior dos órgãos e massas sólidas. Não utiliza radiação iônica → uso em gestantes EFEITO DOPPLER Modificação aparente da frequência das ondas sonoras na sua reflexão de um objeto em movimento → determinação do fluxo sanguíneo. Esse efeito permite a avaliação cardíaca, bem como a velocidade e direção do fluxo sanguíneo. CINTILOGRAFIA Exame baseado em técnicas de medicina nuclear. Fornece dados fundamentais para a constatação de um diagnóstico, para o controle da função fisiológica, ou mesmo para prognóstico do paciente. Radionuclídeo é captado apenas em enfermidades específicas. Baseia-se na administração de um elemento radioativo (radionuclídeo) de vida breve ao paciente. Radionuclídeo é ligado a uma molécula ou outro composto (radiofármaco) O corpo radioativo se direciona ao órgão-alvo Ao atingir o órgão-alvo, ele sofre desintegrações espontâneas, emitindo raios gama em todas as direções Raios gama são detectados por um scanner ou por um detector que quantifica e determina a distribuição da radioatividade O computador organiza as informações transmitidas e realiza uma cartografia Sem fixação do radiofármaco em determinadas regiões → formação de uma lacuna cintilográfica (zona fria). Hiperfixação → zona quente PET SCAN TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS Modalidade de diagnóstico por imagem que permite o mapeamento de diferentes substâncias químicas no organismo, dentre elas o FDG como traçador mais utilizado e único disponível no Brasil, sendo o Flúor-18 o elemento radioativo e a glicose o composto químico. O FDG é injetado no paciente e, após um período de captação, são realizadas as imagens. O PETScan capta os sinais de radiação emitidos pelo Flúor-18 transformando-os em imagens e determinando assim os locais onde há presença desse açúcar, demonstrando o metabolismo da glicose. Lembre-se de que a maioria das células tumorais apresenta utilização acentuada de glicose como fonte de energia em comparação com as células normais. 2-[F18]-fluoro-2- deoxiglicose (FDG) Flúor-18 (elemento radioativo) Glicose (composto químico) A imagem da PET é formada pela localização da emissão de pósitrons pelos radionuclídeos fixados nos órgãos do paciente. Detectores de raios gama são colocados ao redor do paciente e um computador efetua cálculos reconstruindo os locais de emissão dos pósitrons a partir das energias e direções de cada par de raios gama, gerando imagens tridimensionais. Equipamentos de última geração:TC acoplada ao PETScan Definição do metabolismo celular e a delimitação da anatomia. Vantagem: mensuração do metabolismo das lesões que demonstram a presença de alterações funcionais antes mesmo que a anatomia seja afetada → diagnóstico precoce de doenças tumorais. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, J. R. (org). Biofísica para ciências biomédicas. 4 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016. WEISSMÜLLER, G. Biofísica – vol. 1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2009. PROFª DRª THAÍS DALZOCHIO
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