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AULA 07.05.21 RESPIRAÇÃO CELULAR Fase aeróbia do catabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios Muito energética Depende da presença de O2 3 etapas: 1º: Glicólise 2º: Ciclo dos ácidos tricarboxilicos (CK) 3º: Cadeia transportadora de elétrons (FO) A célula precisa produzir energia e acontece quando tem oxigênio disponível o metabolismo é aeróbico. O piruvato, resultado da via glicolítica, precisa ser lançado para dentro da mitocôndria, nessa presença de oxigênio. O piruvato é totalmente permeável a membrana externa da mitocôndria, ele entra no espaço entre as membrana. O piruvato que está no citoplasma da célula consegue passar rapidamente pela primeira membrana mas não passa pela segunda, pois essa não é permeável ao piruvato. Complexo Piruvato Desidrogenase Então, para que ocorra a passagem do piruvato através da segunda membrana, acontece o Complexo Piruvato Desidrogenase, nesse espaço entre as membranas. Isso é condicionado pela proteína chamada piruvato desidrogenase (PDH) que é composta por três enzimas e mais três coenzimas (lipoato, NAD e FAD) e mais uma amina, a tiamina (vitamina). Então ela tem a função de lançar o piruvato para dentro da mitocôndria, é uma proteína de canal ligada à membrana mitocondrial interna. O piruvato vai ser lançado para dentro da mitocôndria em forma de Acetil Coenzima-A, ou seja, o composto CO2 é removido pelo complexo desidrogenase da molécula de piruvato, esse processo se chama descarboxilação do piruvato (descarboxilar significa remover carboxila, CO2). A Coenzima-A entra na reação e ocupa o lugar da carboxila que foi retirada do piruvato, ou seja, no carbono numero 2. Interessante que a proteína não se chama descarboxilase e, sim, desidrogenase. Isso porque na reação de transformação do piruvato em acetil-CoA é preciso do transportador de hidrogênio NAD+, que carrega o hidrogênio da Coenzima-A (CoA-SH, precisa retirar esse hidrogênio do radical acetil/acetato para que se ligue ao carbono do piruvato) formando o NADH. Avitaminose A tiamina, amina que funciona como auxiliadora do piruvato desidrogenase, é uma vitamina, então se uma pessoa tiver deficiência de vitaminas, avitaminose, esse complexo não funciona. Então, não conseguimos lançar o piruvato para a mitocôndria e, assim, o ciclo de krebs e a fosforilação oxidativa vão estar deficientes. A produção de ATP acaba sendo menor, isso compromete o desenvolvimento físico e metabólico da pessoa. A tiamina funciona como auxiliadora da molecular piruvato desidrogenase. Na avitaminose, a pessoa sofre de fraqueza e fadiga. A eficiência de tiamina impacta na entrada do piruvato na mitocôndria e na deficiência energética. Ativação do piruvato desidrogenase A insulina é o hormônio descarregado no sangue quando há muito glicose, então ela ativa essa enzima e, assim, faz com que o fluxo de piruvato para a mitocôndria, aumenta. Ciclo de Krebs ‣ 2º etapa da respiração celular ‣ Acontece na matriz mitocondrial ‣ 08 reações sequenciais = acetil + oxaloacetato = citrato; regeneração do oxaloacetato; Cada volta no ciclo origina: 3 NADH 1 FADH2 2 CO2 1 ATP Dentro da mitocôndria acontece o Ciclo de Krebs também chamado de Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos ou Ciclo do Ácido Cítrico. A acetil coenzima-A é proveniente do piruvato. 1. Formação do Citrato Na mitocôndria acontece o ciclo do ácido cítrico. A molécula chamada acetil-CoA, proveniente do piruvato, a entrar no ciclo do ácido cítrico se condensa com uma molécula de Oxaloacetato, uma molécula que aparece na matriz da mitocôndria que tem 4 carbonos e esses 4 carbonos se condensam com a acetil-coA formando um composto chamado Citrato. Durante essa reação de condensação a -CoA sai da reação, ou seja, ela é dispensável e sua função era somente facilitar a entrada do Acetil na reação, ou seja, facilita a condensação do acetil ao oxaloacetato, e logo depois é liberada em forma de CoA-SH. 2. Formação do Isocitrato O citrato é transformado em isocitrato e essa reação ocorre em duas etapas: 1ª quando o citrato é desidratado formando o cis-aconitato 2ª cis-aconitato sofre hidratação para formar o isocitrato. O citrato não muda sua composição mas, sim, sua conformação molecular. 3. Formação do alfa-cetoglutarato De isocitrato para alfa-cetoglutarato, acontece uma descarboxilação, retirada de CO2 (IMPORTANTE), essa molécula de CO2 é uma das moléculas que é produzida durante o processo de respiração celular, é descartada. Nessa mesma reação também é produzido NADH, esses hidrogênios são retirados do isocitrato para formar o alfa-cetoglutarato. (desidrogenou) 4. Formação Succinil-CoA O alfa-cetoglutarato é transformado em succinil-CoA. Nessa reação é produzido o outro CO2 e a segunda molécula de NADH. Continuam 4 hidrogênios, pois o CoA quando entrou na reação trouxe um hidrogênio (CoA-SH) 5. Formação Succinato O succinil-CoA é convertida em succinato pela quebra da ligação da coenzima A, produzindo assim a molécula de ATP do ciclo de krebs. Libera energia para aproximar o fosfato do ADP. 6. Formação do Fumarato O succinato é transformado em fumarato a partir do FAD que retira 2 hidrogênios do succinato, produzindo assim o único FADH2 do ciclo de Krebs. 7. Formação do Malato Fumarato se transforma em malato, por hidratação. 8. Formação do Oxaloacetato Para o oxaloacetato ser formado a partir do malato é preciso retirar hidrogênios do malato pelo NAD, produzindo assim o terceiro e último NADH do ciclo de krebs. O oxaloacetato, que é formado na última reação, é rapidamente consumido pela primeira reação de um novo ciclo de krebs, a condensação, se juntando a mais uma molécula de acetil-CoA. Considerações Em cada ciclo de krebs tem a formação de: 3 NADH - reação 3, 4 e 8 1 FADH2 - reação 6 2 CO2 - reação 3 e 4 1 ATP - reação 5 Como da via glicolítica derivam dois piruvatos esse ciclo acontece duas vezes para cada molécula de glicose, então todos os seus produtos são duplicados. Os hidrogênios e elétrons que são carregados pelos FAD e NAD saem das moléculas nas reações do ciclo de krebs, eles tem a função de carregar hidrogênio e elétrons.Cada vez que uma molécula de acetil-CoA entrar no ciclo de Krebs, sofre um total de 8 reações. O rendimento do ciclo de Krebs é de 1 ATP enquanto na glicólise é 4 ATP, ou seja, é uma via pouco enérgica. Lembrando que a acetil-CoA sempre vem do piruvato da via glicolítica. Regulação Essa via do ciclo de krebs precisa ser regulada. Se tiver muita disponibilidade de ATP o ciclo é bloqueado, então o aumento de ATP inibe o ciclo, pois se estivermos bem suprido de energia não precisa fazer o ciclo funcionar. O aumento de citrato, molécula formada a partir da condensação do acetil-CoA com oxaloacetato, seja aumentado pela via glicolítica ou próprio ciclo de Krebs, o ciclo também é bloqueado. Se tivermos disponibilidade de energia e não estivermos usando não precisa que o ciclo funcione, sendo atenuado, inibido. Assim a acetil-CoA, quando ciclo não está funcionamento, fica em excesso e esse excesso, não indo para o ciclo, é usado para a síntese de gordura. O contexto no qual isto está acontecendo: tem muito acetil-CoA, significa que tinha muito piruvato, ou seja, muito piruvato no final da glicólise e isso significa que há muita glicose, ou seja, há muito glicose no sangue porque estamos consumindo muito carboidrato. Então o acetil não entra no ciclo de krebs e faz a síntese de gordura, se comermos muito açúcar. Esse processo da síntese de gordura a partir do acetilcoenzima-a é a Lipogênese. Fosforilação Oxidativa ‣ 3ª etapa da respiração celular ‣ Acontece na membrana mitocondrial interna (MMI) ‣ Complexo I: ‣ Complexo II: ‣ Complexo III: ‣ Complexo IV: ‣ ATP Sintase (Fo-F1) Na via glicolítica foram produzidos 4 ATPs e 2 piruvatos, esses piruvatos entraram no ciclo de krebs e condicionam o funcionamento do ciclo por duas vezes, assim formaram 2 ATPs. Então foram produzidos6 ATPs no total mas, como no começo das reações da glicólise foram consumimos 2 ATPs, temos o resultado de míseros 4 ATPs. Como precisamos de muito mais ATPs para nossa energia, é preciso achar um jeito de produzir mais ATP, e por isso existe a fosforilação oxidativa. Há 5 complexos nessa fosforilação, os complexos numerados de I à V. O complexo 1 número liga o lado da matriz mitocondrial ao espaço entre as membranas, está ao lado do ciclo de krebs e acontece dentro da matriz. O complexo 2 é uma proteína que não tem capacidade de jogar prótons por outro lado pois não atravessa a membrana. O complexo 3 é nomeado de complexo dos citocromos, é uma proteína transmembrana, esse complexo é importante para entender a fosforilação. O complexo 4. E o complexo 5, chamado de ATP Sintase ou complexo Fo-F1. Complexo I O complexo I interliga a matriz mitocondrial ao espaço entre as membranas, está ao lado do ciclo de krebs e acontece dentro da matriz mitocondrial. O ciclo de krebs originou 3 NADH e 2 FADH2, estes NADHs são exatamente os 3 NADH que aparecem na fosforilação. Essa molécula transportadora de elétrons e hidrogênios, o NAD, doa elétrons e hidrogênios para o complexo I. Esse hidrogênio descarregado no complexo I é transportado para o espaço entre as membranas, então os hidrogênios vão ser descarregados nesse espaço, todos os 3 H+. Então o espaço entre as membranas vai estar carregado positivamente e vai estar mais ácido. A hora que descarregarmos o hidrogênio temos NADs livres reciclados para voltarem às reações do ciclo de krebs. Ubiquinona Além dos hidrogênios os NAD também carregam elétrons e eles são doados pro complexo I. A ubiquinona é uma proteína que se desloca pela membrana mitocondrial interna e quando passa pelo complexo I carrega os elétrons. No complexo número I é uma proteína transmembrana e aceita H+ e elétrons. Os H+ são passados para o espaço e os elétrons doados para a ubiquinona. Essa ubiquinona passa pelo complexo II e descarrega os eletrons no complexo III. NADH doam H+ e e- para o complexo I H+ sao direcionados para o espaco e- sao dados para a ubiquinona
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