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RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO, ESTADO E SOCIEDADE DISCIPLINA: Políticas Públicas Educacionais Módulo 02: Relação entre Educação, Estado e Sociedade Nome do Professor: Milena Barbosa de Melo Nome da Disciplina: Políticas públicas educacionais – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2018. Guia de Estudos – Relação entre Educação, Estado e Sociedade – Módulo 02 Faculdade Campos Elíseos SUMÁRIO INTRODUÇÃO 2. Aspectos Gerais sobre Estado 3. Políticas educacionais como processo social 4. Relação entre Educação, Estado e Sociedade 5. Políticas educacionais e direito à educação 6. Educação e estado sob a influência da globalização CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA MÓDULO 02 – Relação entre Educação, Estado e Sociedade Conversa Inicial Este segundo módulo é voltado para o estudo das relações existentes entre Educação, Estado e Sociedade. Nosso objetivo é situá-lo sobre as questões gerais que envolvem o tema relacionado. Nossa jornada terá início com a conceituação, especificação dos objetivos, análise da aplicabilidade prática das políticas educacionais e as suas relações com o Estado e Sociedade, por fim, identificar os desafios no sistema social brasileiro. Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! Sucesso! 1. INTRODUÇÃO A sociedade é constituída por meio de relações que são marcadas pelo estágio de desenvolvimento das forças produtivas que sintetizam o acúmulo de conhecimentos, tecnologias e relações de forças de cada momento. Desse modo, o Estado e a educação, sua forma, seu conteúdo e sua qualidade, decorrem das lutas travadas entre indivíduos, grupos e classes sociais. Isto significa dizer que, se a sociedade é dinâmica, o Estado e a educação também o são e, em função disso, configuram-se de forma diferente em cada contexto histórico. Portanto, para compreendê-los, precisamos situá-los como expressão do movimento da sociedade, fugindo das concepções abstratas e a-históricas. (Cascavel: Edunioeste, 2008. A problemática da reforma e reestruturação do Estado constitui, principalmente a partir dos anos 80 do século XX, um tema central do debate político, num conjunto alargado de países, em todos os continentes, e está na origem de medidas políticas e legislativas, muito diversas, que afetaram a administração pública em geral e, consequentemente, a educação. É o caso, por exemplo: da descentralização; da autonomia das escolas; da livre escolha da escola pelos pais; do reforço de procedimentos de avaliação e prestação de contas; da diversificação da oferta escolar (cada “público” sua escola); da contratualização da gestão escolar e da prestação de determinados serviços; etc. (BARROSO. 2005) É no contexto deste debate que, na educação, se promovem, se discutem e se aplicam medidas políticas e administrativas que vão, em geral, no sentido de alterar os modos de regulação dos poderes públicos no sistema escolar (muitas vezes com recurso a dispositivos de mercado), ou de substituir esses poderes públicos por entidades privadas, em muitos dos domínios que constituíam, até aí, um campo privilegiado da intervenção do Estado. Estas medidas tanto podem obedecer (e serem justificadas), de um ponto de vista mais técnico, em função de critérios de modernização, desburocratização e combate à “ineficiência” do Estado (“new public management”), como serem justificadas por imperativos de natureza política, de acordo com projectos neoliberais e neoconservadores, com o fim de “libertar a sociedade civil” do controlo do Estado (privatização), ou mesmo de natureza filosófica e cultural (promover a participação comunitária, adaptar ao local) e de natureza pedagógica (centrar o ensino nos alunos e suas características específicas). (BARROSO. 2005) No âmbito de nossa filosofia da educação, vem se constituindo, recentemente, uma nova vertente, que ainda não se refletiu diretamente em nossa produção historiográfica (***), e provavelmente não o faça, já que parece justamente secundarizar, se não dispensar, a análise histórica, na discussão da problemática educacional brasileira. É aquela que, inspirada ainda no marxismo, e denominando-se histórico-crítica, pretende superar concepções “reprodutivistas” e “economicistas” da escola, através de uma “ crítica da crítica”. Para tanto, procura empreender, pela via teórica ou conceptual, a explicitação e a depuração do modelo marxista de análise e, através dele, do materialismo dialético, trazer à luz o caráter contraditório da escola, a um só tempo conservador e transformador, denunciando a função ideológica das concepções que negam ou escondem esse potencial emancipador. E, permanecendo no âmbito do que poderíamos chamar de dialética de ideias, propõe uma nova didática, um novo currículo, uma nova modalidade de administração escolar e uma nova escola pública, que maximizem o caráter transformador da educação formal, como se essa fosse apenas uma questão interna da organização escolar, condicionada à consciência e à vontade dos seus agentes. (XAVIER. 2008) Em outras palavras, discute a questão como se o predomínio da função reprodutora ou da função transformadora da escola não fosse o resultado de determinações econômicas, políticas e sociais, que abarcam e ultrapassam as intenções e os projetos dos nossos filósofos e educadores. Essa perspectiva acaba, ao contrário do que pretende, por levar a nossa reflexão educacional de volta ao tratamento autônomo da questão da escola, numa abordagem teórica, universalista e interescolar, típica das concepções tradicionais e escola novistas. Acaba, ainda, por induzir a uma concepção voluntarista da prática escolar; uma prática que, sem o respaldo de um diagnóstico e de um projeto solidamente assentados numa leitura histórica, fracassa em suas intenções transformadoras e colabora com a reprodução. (XAVIER. 2008) A atual difusão, no domínio educativo, do termo “regulação” está associada, em geral, ao objetivo de consagrar, simbolicamente, um outro estatuto à intervenção do Estado na condução das políticas públicas. Muitas das referências que são feitas ao “novo” papel regulador do Estado servem para demarcar as propostas de “modernização” da administração pública das práticas tradicionais de controlo burocrático pelas normas e regulamentos que foram (e são ainda) apanágio da intervenção estatal. Neste sentido, a “regulação” (mais flexível na definição dos processos e rígida na avaliação da eficiência e eficácia dos resultados) seria o oposto da “regulamentação” (centrada na definição e controlo a priori dos procedimentos e relativamente indiferente às questões da qualidade e eficácia dos resultados). (BARROSO. 2005) Não há como construir uma sociedade efetivamente voltada para a cidadania, a ética e valores de família sem que a educação possa ser o alicerce que fecunda os pilares da dignidade. Assim, resta analisar os problemas que são vislumbrados na educação atual, com ênfase para o ensino fundamental, tratando inclusive do processo de ajustes e transformações que se iniciaram no Brasil com a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/1996 a partir das Leis Federais nº 11.114/2005 e 11.274/2006 (FERREIRA SANTOS, 2014). Considera-se importante salientar que as mudanças vivenciadas nas últimas duas décadas na educação brasileira estão envoltas na evolução das LDBs e, especialmente, no uso de Políticas Públicas Educacionais voltadas para a construção de uma educação inclusiva, cidadã e de qualidade. (FERREIRA SANTOS, 2014). 2. ASPECTOS GERAIS SOBRE O PODER ESTATAL NA EDUCAÇÃOViver em sociedade significa criar e aceitar regras, abrir mão de parte de suas liberdades em prol do bem comum. Cada um deve consentir, se os demais concordam, e enquanto se considere necessário para a paz e a defesa de si mesmo, em renunciar ao seu direito a todas as coisas, e a satisfazer-se, em relação aos demais homens, com a mesma liberdade que lhe for concedida com respeito a si próprio. (Hobbes. 1670) Em Capitalismo e Liberdade, Friedman (1984) trata do papel do governo na educação, fazendo inicialmente uma distinção entre educação e instrução, afirmando que o governo em grande parte atende à instrução. Trata de explicitar como entende o acesso à educação e à instrução, fazendo severas críticas à ação do governo na oferta da educação ou instrução pública, o que considera uma extensão indiscriminada da responsabilidade do governo e, consequentemente, do que entende por Estado capitalista. (DEITOS. 2008) A intervenção governamental no campo da educação pode ser interpretada de dois modos, o que constitui a base de seus pressupostos para a discussão e formulação de propostas nessa área. (DEITOS. 2008) O primeiro diz respeito aos “efeitos laterais”, isto é, circunstâncias sob as quais a ação de um indivíduo impõe custos significativos a outros indivíduos pelos quais não é possível forçar uma compensação, ou produz ganhos substanciais pelos quais também não é possível forçar uma compensação – circunstâncias estas que tornam a troca voluntária impossível. O segundo é o interesse paternalista pelas crianças e por outros indivíduos irresponsáveis. Efeitos laterais e paternalismo têm implicações muito diferentes para (1) a educação geral dos cidadãos e (2) a educação vocacional especializada. As razões para a intervenção governamental são muito diferentes nessas duas áreas, e justificam tipos muito diferentes de ação (FRIEDMAN. 1984, p. 83). A discussão acerca das políticas públicas tomou nas últimas décadas uma dimensão muito ampla, haja vista o avanço das condições democráticas em todos os recantos do mundo e a gama de arranjos institucionais de governos, que se tornou necessário para se fazer a governabilidade. Entende-se por governabilidade as condições adequadas para que os governos se mantenham estáveis. São essas condições adequadas, enquanto atitudes de governos (sejam eles de âmbito nacional, regional/estadual ou municipal), que caracterizam as políticas públicas (OLIVEIRA 2010). Quando se fala em Políticas Públicas na educação a abordagem trata-se da articulação de projetos que envolvem o Estado e a sociedade, na busca pela construção de uma educação mais inclusiva e de melhor qualidade, ou seja, que resgate a construção da cidadania (GIRON, 2008). Tem-se que o sistema educativo adotado e as Políticas Públicas direcionadas para a educação, são elementos que demonstram a preocupação do país com o seu futuro, pois somente, o ensino público gratuito, inclusivo e de qualidade pode construir uma sociedade em que as diferenças socioculturais e socioeconômicas não são tão díspares (FREIRE, 1998). Nesse sentido, o conceito de políticas públicas pode ser compreendido, de acordo com Souza (2003) como o campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações e ou entender por que o como as ações tomaram certo rumo em lugar de outro (variável dependente). Em outras palavras, o processo de formulação de política pública é aquele através do qual os governos traduzem seus propósitos em programas e ações, que produzirão resultados ou as mudanças desejadas no mundo real. Diante dos conceitos expostos anteriormente, pode-se observar que políticas públicas são ações e programas desenvolvidos pelo Estado com o objeto de garantir o desenvolvimento da população e, portanto, consolidar os elementos normativos previstos na Constituição Federal. Sendo assim, as políticas públicas podem ser reconhecidas como programas desenvolvidos pelo governo que visam apenas garantir o estado de bem-estar social da população. Neste sentido, resta por cristalino que as políticas públicas educacionais são consideradas como ramificação da conjuntura de atos praticados pelo Estado. Tais atitudes visam unicamente o desenvolvimento educacional no país. Diante do quadro de globalização, ainda que o presente estudo busque enfatizar os aspectos nacionais, é importante ressaltar as políticas internacionais que influenciaram, diretamente, o desenvolvimento do país. Friedman entende que um mínimo de educação geral aos cidadãos contribui de forma razoável para a aceitação de valores que considera indispensáveis para a estabilidade de uma sociedade considerada democrática, leia-se regulada pelo capitalismo competitivo, compreendendo a iniciativa privada e, consequentemente, o mercado livre como elementos determinantes e indissociáveis desse processo. Essa relação de troca voluntária entre os indivíduos e o mercado necessita de uma base elementar de conhecimentos elementares para fazer fluir a troca entre os indivíduos e favorecer a circulação de mercadorias. (DEITOS. 2008) Portanto, para Friedman, estaria essa educação elementar contribuindo, de modo geral, para o exercício da cidadania numa sociedade livre, leia-se sociedade aberta ou capitalista. O processo envolvendo algum acesso ao conhecimento elementar não pode extrapolar os limites usufruídos nessa sociedade, considerados estritamente como um substancial “efeito lateral”, defendendo que, apenas relativamente, o ganho social seria maior para os níveis mais baixos da instrução, para os quais o governo poderia apresentar subsídios temporários e focalizados, jamais políticas sociais que possam ter um caráter permanente de direito social ou de acesso generalizado à população. (DEITOS. 2008) 3. POLÍTICAS EDUCACONAIS NO PROCESSO SOCIAL Uma das principais características da sociedade contemporânea é a mudança constante dos processos de produção e das formas de relação social, devido à introdução de novas tecnologias que rapidamente ficam superadas e à ampliação das possibilidades de comunicação e produção de informações, tornando o mundo realmente global. Esse cenário exige, necessariamente, o princípio da flexibilidade dos processos educativos e, portanto, amplia o conceito de educação para além dos sistemas escolares. (CANAN, 2016) Vivemos em uma sociedade civil e política passa por um processo acelerado de transformação que se manifesta na mudança de diversos aspectos estruturais, acionada pela globalização da economia, da política, da sociedade, da cultura, das instituições e do meio ambiente. Globaliza-se de forma excludente e sem precedentes, afirmando o ideário neoliberal. Associado à globalização está o desenvolvimento rápido da ciência e da tecnologia, a emergente sociedade do conhecimento e a nova estrutura de trabalho e desemprego estrutural. (CANAN, 2016) O indivíduo é um consumidor de conhecimentos que o habilitam a uma competição produtiva e eficiente no mercado de trabalho. A possibilidade de obter uma inserção efetiva no mercado depende da capacidade do indivíduo em “consumir” aqueles conhecimentos que lhe garantam essa inserção. Assim, o conceito de empregabilidade se afasta do direito à educação: na sua condição de consumidor o indivíduo deve ter a liberdade de escolher as opções que melhor o capacitem a competir. (GENTILI 2005, p. 55) Dessa forma, a educação deve pautar-se como um processo que dignifique o ser humano, que não apenas o instrua, o informe, mas sim, que o liberte do conformismo, da alienação, na busca de um conhecimento concreto e histórico que faça parte de uma cultura educativa. Educação não é, e jamais pode ser entendida como um privilégio, ela é condição para a humanização, para o desenvolvimentoda capacidade de pensar e agir, com base teórica e prática que fundamente o discurso, a atuação do ser humano em seu entorno. (CANAN, 2016) Dessa forma, a política educacional perpassou por sistemáticas de abordagens diferentes, regulação de conteúdo e das práticas envolvidas no processo de ensino- aprendizagem. Foram muitas mudanças ocasionadas e observadas ao longo do tempo. No meio político global, pode-se considerar que a influência das políticas educacionais internacionais mais importantes ocorreu a partir de 1930, com Ralph Tyler. Após, o maior impacto a esta adoção, ocorreu em 1990, com a assinatura da Declaração de Jomtien, na Tailândia, em que se previa aumentar a qualidade da educação básica ofertada, com definição de metas estatísticas semelhantes aos de países desenvolvidos (CIAVATTA E RAMOS, 2012). Restritamente no Brasil, de 1990 até os dias atuais, houve a edição de vários regulamentos com o propósito de oferecer a população uma educação de qualidade e atingir a meta estipulada na Conferência para que, com isso, obtivesse investimentos e financiamentos de organismos internacionais, e mantivesse assim, seu crédito. Destacam- se duas regulamentações de grande relevância: a Constituição Federal de 1988 e a LDB de 1996, duas normas elaboradas antes e após a adoção de tais políticas. (BORDIN. 2015) Diante destes aspectos tem-se que as Políticas Públicas se voltam para o enfrentamento dos problemas existentes no cotidiano das escolas, que reduzem a possibilidade de qualidade na educação. No entanto, somente o direcionamento destas para a educação não constitui uma forma de efetivamente auxiliar crianças e adolescentes a um ensino de melhor qualidade, posto que existam outros pontos que também devem ser tratados a partir das Políticas Públicas, como os problemas de fome, drogas e a própria violência que vem se instalando nas escolas em todo o Brasil (QUADROS, 2008). Nesse sentido, o que pode ser observado, portanto, é tão-somente a possibilidade de reconhecer que o Estado democrático de direito deve desenvolver atividades essenciais que estabeleçam regras fundamentais para o bem-estar da população, ou seja, o estado de bem estar social, que pode ser observado não apenas na Constituição Federal, mas também em normas de caráter internacional, como é o caso da declaração de direito ao desenvolvimento. Por isso, o Estado deve suprir as necessidades da sua população, não podendo, portanto, se omitir em políticas que motivem o desenvolvimento em suas variadas vertentes e, portanto, pode se utilizar de mecanismos que são essenciais para atingir o objeto do welfare state, tanto no nível nacional como no internacional. Portanto, deve ser considerado que o desenvolvimento de um país está essencialmente ligado às oportunidades que ele oferece à população de fazer escolhas e de exercer a cidadania (MELO 2016). Por isso, o desenvolvimento de um país está essencialmente ligado às oportunidades que ele oferece à população de fazer escolhas e de exercer a cidadania (LEAL 2014). Essas questões, ora mencionadas, são, na verdade, políticas públicas que decorrem de estudos e projetos governamentais no sentido de atingir o estado de bem-estar social (MELO 2016). 4. RELAÇÃO ENTRE ESTADO, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO O entendimento sobre a relação entre o Estado e a Sociedade Civil de que dispomos contemporaneamente foi se concebendo a partir do momento em que se tornou possível questionar o poder enquanto algo que derivava do divino. Esse momento refere-se às mudanças significativas na estrutura do pensamento, repercutindo especialmente no âmbito científico. Essas mudanças caracterizavam um ser humano não mais um ser situado a partir de uma visão de mundo centrada na relação Deus – ser humano, mas na associação ser humano – natureza. (FARIAS. NASCIMENTO. 2016) O debate sobre a origem da denominação e da instituição Estado é controverso. A utilização do termo “Estado” para designar especificamente a condição de posse permanente e exclusiva de um território e de comando sobre os seus respectivos habitantes é considerada por alguns autores emblema de uma situação nova de rompimento com os ordenamentos políticos precedentes e, por outros autores, é considerada na linha de evolução das instituições precedentes. (ARAUJO. 2011) Assim, para os autores, como Max Weber (2004), que defendem a ruptura entre a ideia de Estado e os ordenamentos políticos precedentes, seria conveniente falar de “Estado” apenas quando estivesse referido às formações políticas originadas da crise do feudalismo, portanto o Estado teria nascido com a modernidade. Na outra linha, os autores, como Engels (1986), que defendem a continuidade, argumentam que o Estado como ordenamento político de uma comunidade teria surgido na passagem da comunidade primitiva fundada pelos laços de parentesco para a comunidade civil. (ARAUJO. 2011) Se a origem da denominação e da instituição Estado é controversa, a ligação da educação ao Estado é um fenômeno tipicamente moderno, como assinala a historiadora da educação Carlota Boto (1996). Com efeito, até a Revolução Francesa a educação era entendida como aperfeiçoamento individual. Até mesmo o movimento iluminista, que defendia a expansão do esclarecimento como estratégia para o progresso, negava o caráter público da educação, talvez por sua marcada oposição ao Estado Absolutista, o que tornava pouco aceitável a ideia deste Estado assumir a tarefa de instruir as novas gerações. A Revolução Francesa, embora não represente uma ruptura com a tradição da ilustração, significa, do ponto de vista educacional, uma substância nova no debate sobre a institucionalização de um ensino público e universal. A educação, no contexto revolucionário, se conecta a esfera pública e ao civismo, transformando-se em instrumento de regeneração social e, portanto, desvincula-se da dimensão eminentemente individualista de emancipação característica da utopia iluminista. (ARAUJO. 2011) Dessa forma, de uma perspectiva de dever moral de auto aperfeiçoamento sem referência a um coletivo, a educação passa a ser entendida como um dever moral de aperfeiçoamento social, assumindo a configuração de uma responsabilidade coletiva. Essa passagem é importante porque assinala a ligação entre a ideia de Estado e de educação que servirá de base para a sua compreensão como direito social e para a sua inscrição como um dos componentes da medida de igualdade social. (ARAUJO. 2011) Contudo, apenas no século XX é que a ideia da educação como propulsora de igualdade econômica e social pode ser relacionada com a de direito a ser garantido pelo Estado. É preciso destacar que a novidade consiste apenas no fato de a educação ser entendida como direito porque, como destacamos, a educação esteve relacionada ao Estado desde a Revolução Francesa e essa tendência foi se consolidando, mesmo no quadro do Estado liberal. Exemplo disso é o livro A riqueza das nações, de Adam Smith (1983), que traduz a aceitação e a defesa do intervencionismo estatal na educação, posto que fosse considerada uma atividade que não podia ser deixada aos particulares, uma vez que não era e nem poderia ser lucrativa. Assim, mesmo na tradição liberal, a educação era considerada uma atividade de interesse geral a ser assegurada pelo Estado. (ARAUJO. 2011) Com esse breve histórico pretendemos assinalar que as teorias de Estado como referência de análise da educação só ganham materialidade quando a educação passa a ser entendida como direito social que deve ser assegurado por políticas públicas entendidas como o “Estado em ação”. Esse entendimento da relação entre Estado e educação a partir da ideia de formulação de políticas públicas, da ideia do “Estado em ação” começou muito tardiamente no Brasil. A tradição liberal clássica do pensamento político brasileiro, representada por autorescomo Tavares Bastos e Rui Barbosa, nunca foi alheia à ideia de uma limitada intervenção estatal que, sem desconsiderar a ideia de direitos individuais e a extensão das liberdades, pudesse compensar tanto o atraso do país em matéria educacional, quanto à impossibilidade ou falta de vontade política para a criação de escolas. (ARAUJO. 2011) Sob esta perspectiva, considera-se que as transformações desencadeadas pelas revoluções burguesas atingiram todos os níveis da realidade social, e as mudanças passaram a ser fortemente sentidas no dia a dia dos indivíduos, especialmente daqueles que, nessa nova relação, não detinham os meios de produção, mas apenas a própria força de trabalho. Os problemas sociais e econômicos criados pela consolidação da sociedade capitalista fizeram nascer, ao lado da burguesia revolucionária, uma nova classe, o proletariado. Enfim, essa nova maneira de entender o mundo em movimento e as transformações daí decorrentes caracterizaram a transição da forma de organização do Estado Medieval para o Estado Moderno. Essas transformações, no decorrer dos séculos, iriam se configurar, para a maioria das nações, no desenho do atual Estado Democrático de Direito. (FARIAS. NASCIMENTO. 2016) 5 POLÍTICAS EDUCACIONAIS E DIREITO À EDUCAÇÃO Da forma que modernamente se configurou, o direito à educação pode ser traduzido basicamente em dois aspectos: a oportunidade de acesso e a possibilidade de permanência na escola, mediante educação com nível de qualidade semelhante para todos. O direito à educação traz uma potencialidade emancipadora do ponto de vista individual e igualitária do ponto de vista social, visto que a sua afirmação parte do pressuposto que a escolarização é niveladora das desigualdades do ponto de partida. Com base nisso, a partir de 1917, a escolarização foi transformada em responsabilidade estatal e social pela maioria dos países mediante inscrição em textos constitucionais (SACRISTÁN, 2000). Contudo, não se pode confundir a existência de escolas públicas com o direito à educação. O direito à educação pressupõe o papel ativo e responsável do Estado tanto na formulação de políticas públicas para a sua efetivação, quanto na obrigatoriedade de oferecer ensino com iguais possibilidades para todos. Quando o Estado generaliza a oferta de escolas de ensino fundamental, tem o poder de responsabilizar os indivíduos e/ou seus pais pela frequência. (ARAUJO. 2011) Portanto, o direito à educação, diferentemente dos demais direitos sociais, está estreitamente vinculado à obrigatoriedade escolar. Isso porque, enquanto os cidadãos podem escolher entre fazer uso ou não dos demais direitos sociais, a educação é obrigatória porque se entende que as crianças não se encontram em condições de negociar se querem ou não recebê-la e de que forma. Paradoxalmente, a educação é ao mesmo um direito e uma obrigação. Assim, o direito de não fazer uso dos serviços educacionais não está colocado como possibilidade e a perspectiva emancipadora não está colocada como ponto de partida e, sim, como ponto de chegada. Daí a relação estreita entre direito à educação e educação obrigatória (HORTA, 1998). No Brasil o processo de afirmação dos direitos de cidadania (ainda inconcluso) irá conferir um grau maior de ambiguidade nas medidas de proclamação e de implementação do direito à educação, uma vez que apenas a partir de 1988 uma concepção universalista dos direitos sociais foi incorporada ao sistema normativo brasileiro e que o processo de afirmação dos direitos no país foi assinalado pela defasagem entre os princípios igualitários proclamados na lei e a realidade de desigualdade e de exclusão (TELLES, 1999). Além disso, o ideal emancipador e igualitário do direito à educação também foi mitigado pelas próprias relações que se estabeleceram na dinâmica interna da escola, já muitas vezes denunciadas como reprodutoras das desigualdades sociais e como inculcadoras dos valores e interesses das classes sociais que detêm o poder econômico e político. As práticas curriculares, avaliativas e de gestão das escolas brasileiras vêm, ao longo da história, corroborando um contexto de exclusão de um enorme contingente de brasileiros da plenitude de significado do direito à educação composto pelo acesso, pela permanência e pela qualidade para todos. (ARAUJO. 2011) Não obstante aponta-se que a Constituição Federal (CF) não traz em seu bojo somente o acesso à escola, mas o pleno desenvolvimento das pessoas a partir da educação, o que denota a pertinência de uma educação de qualidade. Sendo que a CF em seu art. 205, VII, menciona a “garantia de padrão de qualidade” do ensino, ou seja, não apenas o acesso de crianças e adolescentes a escola, mas um ensino de qualidade. Garantia está também presente no inciso IX do art. 4º da LDB. (FERREIRA e SANTOS, 2014) Ainda na década de 1990, a Lei de Diretrizes e Bases Educacionais (LDB 9394/96), em seu artigo 3°, referente aos princípios e fins da Educação Nacional, regulamenta: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - Garantia de padrão de qualidade; X - Valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. No mesmo sentido, preceitua a LDB 9394/96: Art. 4º. O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: [...] IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem. Entendo que a garantia de padrão de qualidade é uma estratégia discursiva que promove deslocamentos de sentido de qualidade total e qualidade social. A qualidade total, atende à perspectiva eficientista, de cunho econômico, considerando princípios mercadológicos de produtividade e rentabilidade. Esse pensamento baseia-se na crença de que quanto mais termos "produtivos" se aplicam à educação, mais "produtivo" se torna o sistema educacional (GENTILI, 1994). Embora as Leis 11.114/2005 e 11.274/2006 possam ser compreendidas como instrumentos de avanço na educação, há que se avaliar que as mudanças na educação brasileira iniciaram-se com a LDB 9.394/1996, que constituíram a fonte de ações para um novo olhar das políticas públicas na educação (FURGHESTTI, 2012). Considera-se importante comentar que a LDB 9.394/1996 foi um marco nos rumos da educação brasileira, consubstanciando em seu art. 2º que: Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996). A luz desta avaliação tem-se que as leis 11.114/2005 e 11.274/2006, trouxeram mudanças, porém não alteraram na essência a LDB 9.394/1996 devido a sua importância no campo dos avanços para a educação e de leis a ela direcionadas. 6 EDUCAÇÃO E ESTADO SOB A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO Notório ressaltar que a educação está diretamente relacionada aos fenômenos de globalização e contato direto com as mais diversas culturas. A educação acompanha o ritmo contrate de alteração social. Neste sentido, a cada conforme o processo de construção social vai sendo modificado, a forma de implementação da educaçãotambém deve ser (re)construída, visando, assim, a eficácia e a plena eficiência. Entende-se por globalização o fenômeno da unificação dos países do mundo numa mesma agenda econômica, de certo modo imposta a estes pelo controle que um grupo limitado de países (o G-8) exerce sobre o mercado internacional. O que torna os países do G-8 fortes e os permite influenciar as decisões políticas dos demais países é o fato de que todos são muito ricos, concentram sítios produtivos de altíssima tecnologia (portanto, com produção de alto valor agregado), dominam as maiores potências bélicas do planeta e têm como instrumento para propagação de suas decisões a ONU. (OLIVEIRA 2010). A globalização, portanto, ao mudar o desenho político e econômico do mundo, exigiu também a incorporação de novas preocupações e tecnologias na educação. Uma dessas preocupações diz respeito à questão ambiental, fortemente impactada pela degradação e esgotamento dos recursos naturais, pela alteração de paisagens e a destruição de faunas e floras e pelo aviltamento das condições subnormais de vida de milhares de pessoas, em particular nas áreas urbanas. Isso fez surgir, especialmente no último quartel do século XX (pós-1975), uma forte demanda pela educação ambiental. (OLIVEIRA 2010). A integração do mundo inteiro a uma mesma agenda econômica foi possível pela política neoliberal. Neoliberalismo é uma expressão derivada de liberalismo, doutrina de política econômica fundada nos séculos XVIII e XIX que teve como orientação básica a não intervenção do Estado nas relações econômicas, garantindo total liberdade para que os grupos econômicos (proprietários dos meios de produção; burguesia, usando uma definição marxista) pudessem investir a seu modo os seus bens. (OLIVEIRA 2010). CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pudemos perceber, a discussão sobre a relação entre Estado e sociedade civil se faz pertinente na medida em que buscamos compreender a ação dos sujeitos coletivos frente ao Estado e suas lutas e resistências ao projeto neoliberal. Conforme Restrepo (1990), a constituição da identidade das classes subalternas, no caso dos movimentos sociais, torna-se crucial, pois esses movimentos são espaços de criação de uma sociedade civil participativa, democrática. De acordo com esse autor, isso inexiste nas classes populares dos países latino-americanos. (FARIAS. NASCIMENTO. 2016) A efetivação de políticas públicas que se destinam ao ideal de efetivação do direito ao desenvolvimento se torna de substancial importância e, por isso, um estado democrático de direito, deve ter como prioridade o equacionamento de interesses no que diz respeito ao sistema governamental e a base populacional. E diante do que foi exposto, ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante por conhecimento e informação! BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Laryssa Mayara Alves de; SILVA, Luciano do Nascimento. Políticas públicas e o combate ao tráfico de pessoas para fim de exploração sexual no Brasil. Disponível em: Acesso em: 03 maio. 2018. ARAUJO. Gilda Cardoso. Estado, política educacional e direito à educação no Brasil: “O problema maior é o de estudar”. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 39, p. 279-292, jan./abr. 2011. 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