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HistoriaHistoria Os estados Absolutistas e a formação da monarquia FrancesaOs estados Absolutistas e a formação da monarquia Francesa Nome: Gabriela Freire Freitas Nº13 2º ano C E.E.PROFº MAUD SÁ DE MIRANDA MONTEIRO EstadosEstados Absolutistas EuropeusAbsolutistas Europeus O que são?O que são? O Estado Absolutista é um regime político surgido no fim da Idade Média. Também chamado de Absolutismo se caracteriza por concentrar o poder e autoridade no rei e de poucos colaboradores. Nesse tipo de governo, o rei está totalmente identificado com o Estado, ou seja, não há diferença entre a pessoa real e o Estado que governa. Não há nenhuma Constituição ou lei escrita que limite o poder real e tampouco existe um parlamento regular que contrabalance o poder do monarca. OBS: Entre a época dos modos de produção feudais e capitalistas encontra-se uma outra época com características bastante peculiares: a mercantilista. Durante o mercantilismo desenvolveram-se várias atividades comerciais, políticas, sociais antes não vistas. No campo político podemos destacar a criação dos Estados absolutistas que tiveram um papel crucial nessa transição do feudalismo para o capitalismo. Uma das afirmações que merecem destaque é que, como já pôde-se perceber, não há uma ruptura do feudalismo para o capitalismo e sim uma transição. O Antigo Regime, típico da Idade Moderna, compõe-se dos seguintes elementos: capitalismo comercial, política mercantilista, sistema colonial, sociedade estamental, Estado absolutista, intolerância religiosa e laicização cultural. O absolutismo, com seu soberano autocrático, caracteriza esse conjunto e até mesmo o simboliza. Não se trata de um simples Estado de transição entre o Estado feudal e o Estado burguês emergente da Revolução Francesa do século XVIII. doOrigemOrigem Estado AbsolutistaEstado Absolutista do O Estado Absolutista surgiu no processo de formação do Estado Moderno ao mesmo tempo que a burguesia se fortalecia. Durante a Idade Média, os nobres detinham mais poder que o rei. O soberano era apenas mais um entre os nobres e deveria buscar o equilíbrio entre a nobreza e seu próprio espaço. Durante a transição do feudalismo para o capitalismo houve a ascensão econômica da burguesia e do Mercantilismo. Era preciso outro regime político na Europa centro ocidental que garantisse a paz e o cumprimento das leis. Por isso, surge a necessidade de um governo que centralizasse a administração estatal. Desta maneira, o rei era a figura ideal para concentrar o poder político e das armas, e garantir o funcionamento dos negócios. Nesta época, começam a surgir os grandes exércitos nacionais e a proibição de forças armadas particulares. o Estado absolutista surgiu para reafirmar o poder da nobreza, que estava debilitado com o fim ou pelo menos a diminuição da servidão. OSOS Estados AbsolutistasEstados Absolutistas Ao longo da história, com a centralização do Estado Moderno, várias nações passaram a formar Estados Absolutistas. Eis alguns exemplos: FrançaFrança: : Considera-se a formação do Estado francês sob reinado dos reis Luís XIII (1610-1643) e do rei Luís XIV (1643-1715) durando até a Revolução Francesa, em 1789. Luís XIV limitou o poder da nobreza, concentrou as decisões econômicas e de guerra em si e seus colaboradores mais próximos. Realizou uma política de alianças através de casamentos que garantiu sua influência em boa parte da Europa, fazendo a França ser o reino mais relevante no continente europeu. Este rei acreditava que somente "um rei, uma lei e uma religião" fariam prosperar a nação. Deste modo, inicia uma perseguição aos protestantes. Inglaterra:Inglaterra: A Inglaterra passou um longo período de disputas internas devido às guerras religiosas, primeiro entre católicos e protestantes e, mais tarde, entre as várias correntes protestantes. Este fato foi decisivo para que o monarca concentrasse mais poder, em detrimento da nobreza. O grande exemplo de monarquia absolutista inglesa é o reinado de Henrique VIII (1509-1547) e o de sua filha, a rainha Elizabeth I (1558-1603) quando uma nova religião foi estabelecida e o Parlamento foi enfraquecido. A fim de limitar o poder do soberano, o país entra em guerra e somente com a Revolução Gloriosa estabelece as bases da monarquia constitucional. Espanha:Espanha: Considera-se que a Espanha teve dois períodos de monarquia absoluta. Primeiro, durante o reinado dos reis católicos, Isabel e Fernando, no final do século XIV, até o reinado de Carlos IV, que durou de 1788 a 1808. Isabel de Castela e Fernando de Aragão governaram sem nenhuma constituição. De todas as formas, Isabel e Fernando, deviam estar sempre atentos aos pedidos da nobreza tanto de Castela como de Aragão, de onde procediam respectivamente. O segundo período é o reinado de Fernando VII, de 1815 -1833, que aboliu a Constituição de 1812, restabeleceu a Inquisição e retirou alguns direitos da nobreza. Portugal:Portugal: O absolutismo em Portugal começou ao mesmo tempo que se iniciavam as Grandes Navegações. A prosperidade trazida com os novos produtos e os metais preciosos do Brasil foram fundamentais para enriquecer o rei. O reinado de Dom João V (1706-1750) é considerado o auge do estado absolutista português, pois este monarca centralizou na coroa todas as decisões importantes como a justiça, o exército e a economia. O absolutismo em Portugal duraria até a Revolução Liberal do Porto, em 1820, quando o rei Dom João VI (1816-1826) foi obrigado aceitar uma Constituição. https://www.todamateria.com.br/isabel-de-castela/ Processo de CentralizaçãoCentralização O processo de centralização e absolutização do poder apresentou três momentos bem demarcados: uma etapa feudal, em que os reis se esforçaram para destacar-se dos vassalos; uma etapa moderna, do século XV ao XVI, em que os reis procuraram criar suas próprias instituições (Conselhos, corpo de funcionários, exércitos); e uma etapa de consolidação, séculos XVI a XVIII, em que a racionalização e a burocratização atingiram o apogeu e definiram a forma moderna do Estado. Essas tendências foram mais intensas na Inglaterra e na França do que em Portugal e na Espanha. Na Itália, a independência das cidades impediu a unificação até o século XIX. Na Alemanha, lutas religiosas e sociais fortaleceram os poderes locais. A Holanda foi exceção à regra. Nasceu da revolta contra a Espanha no século XVI, quando as sete províncias do norte formaram a República das Províncias Unidas. Governada por um Stathouder, com poderes civis e militares, e um Pensionário, representante da Assembleia dos Estados, constituiu-se num avanço em matéria de instituições políticas. Com vida econômica intensa, a Holanda era a primeira nação marítima e comercial e centro das feiras industriais da Europa. A França foi o modelo mais acabado de absolutização do poder. O Estado avançou devido à crise da Baixa Idade Média: as revoluções camponesas e urbanas punham as classes dominantes em xeque e criavam obstáculos ao próprio desenvolvimento econômico. O Estado forte continha as rebeliões e dinamizava a expansão comercial, promovendo a retomada do desenvolvimento econômico. A Formação da MonarquiaA Formação da Monarquia frfranancecesasa A formação da Monarquia Nacional Francesa ocorreu ao longo do século XVII e tornou a França um dos países mais poderosos da Idade Moderna. A Monarquia francesa era uma das mais fortes no contexto europeu, nos fins do século XV e início do século XVI. Em 1494 a França tinha a extensão de 459.000 km2. Em 1559 tinha 465.000 km2. Sua população se elevava à casa dos 17 ou 18 milhões de habitantes, tendo a Espanha de 8 a 10 milhões e a Inglaterra por volta de 4 milhões na mesma época. Na área territorial do país, os grandes feudos, imunes ao poder real, vinham desaparecendo progressivamente. A unidade da França foi alcançada no processo de fortalecimento da autoridade real. O rei era ungidopor Deus, ou seja, era designado para exercer o poder em Seu nome. A par da política interna, desenvolviam-se as relações exteriores. Carlos VIII (1483-1498), Luís XII (1498-1515) e Francisco I (1515-1547) preocuparam-se em expandir as fronteiras do Reino, embora nem sempre tivessem êxito. A tentativa de anexar territórios italianos envolveu-os nas Guerras da Itália. Pela glória de um momento, trocaram porções significativas do território francês. Estes reis, completando a obra de ancestrais dos últimos três séculos, organizaram a Corte e o poder central. Em torno do rei se aglomeravam os conselheiros: príncipes, membros da aristocracia, bispos, militares. Esses personagens de destaque foram atraídos à Corte e deixaram suas propriedades para viver junto ao rei Organização do poder realOrganização do poder real Administração O governo central adquiriu uma organização precisa. O principal assessor real era o chanceler, guardião do selo real e chefe da justiça. O condestável, comandante do exército, vinha em seguida; depois os secretários de Estado, principal inovação do século XVII (estes secretários ocupavam-se da correspondência real). O Conselho do Rei era órgão de grande importância. Não tinha atribuições fixas, nem composição permanente. Era também conhecido como Conselho Privado ou Conselho de Estado. Ocupava-se dos principais problemas relativos à política interior e exterior. A grande dificuldade do exercício do poder estava nas províncias. A efetivação das ordenações reais encontrava ali sérios obstáculos: a oposição de senhores ciosos de suas prerrogativas, as liberdades provinciais que vinham da Idade Média, as cidades e as vilas com seus privilégios adquiridos de longa data, até mesmo a distância que separava essas regiões da capital e colaborava para o isolamento pelas condições difíceis de comunicação.. Justiça Mesmo assim, a organização judiciária progrediu. A distribuição da justiça foi melhorada com a criação de dois tribunais, chamados Parlamentos, que funcionavam em Rennes e Aix-en-Provence. Novos tribunais foram criados em 1551 para o mesmo fim. A ordenação de 1539 substituía o latim pelo francês na redação dos julgamentos e atas notariais. Finanças No setor financeiro foi criado o Tesouro Central, incumbido de receber as contribuições tributárias. Em 1542 foram instituídas intendências em vários locais, encarregadas de arrecadar os impostos localmente. O problema fundamental desta administração eram os cargos vitalícios e hereditários. Um administrador não podia ser afastado de seu cargo, o qual poderia transferir a terceiros ou deixar em herança a quem designasse. Religião Pela Concordata de Bolonha, firmada em 1516, orei Francisco 1 adquiriu o direito de nomear os bispos e abades do Reino. Havia necessidade de confirmação papal, mas isso era apenas uma formalidade. O alto clero passou a ser controlado pelo rei. Entraves ao absolutismo: as Guerras de Religião Na França, durante todo a primeira metade do século XVI, o poder real progrediu lentamente. As Guerras de Religião que abalaram a França nos fins do século XVI retiveram o avanço do absolutismo. No século XVII, entretanto, encontramos o poder absoluto plenamente configurado em Luís XIV. Depois de Henrique II, sucessor de Francisco I, o poder real se esfacelou em virtude das guerras religiosas. Por volta de 1520 apareceram na França os primeiros protestantes. Seu número aumentou rapidamente em todas as camadas sociais, mas principalmente entre os burgueses e nobres opostos à centralização excessiva do poder real. A França tinha 18,5 milhões de habitantes, dos quais os protestantes representavam apenas 1,5 milhão. Pertenciam ao ramo calvinista da Reforma e ficaram conhecidos na França pelo nome de huguenotes. Com Francisco II (1559-1560), o poder era exercido praticamente pela família de Guise, líder do partido católico. Os protestantes tentaram atrair o rei para o seu partido durante a conspiração de Amboise, que terminou com a violenta reação católica de Antônio de Guise, massacrando um grupo de líderes huguenotes em Vassy (1/3/1562). Com a ascensão de Carlos IX, menor de idade, as coisas se complicaram ainda mais. A rainha- mãe, Catarina de Médicis, tentava conduzir a política do trono equilibrando-se entre protestantes e católicos. O casamento de um príncipe da Casa de Bourbon (aparentada com a Dinastia de Valois) com a rainha protestante de Navarra abria perspectiva para que o herdeiro, Henrique de Navarra e Bourbon, pudesse chegar ao trono francês. O medo de que os huguenotes se fortalecessem levou Catarina de Médicis e o líder católico Henrique de Guise a convencer Carlos IX de que havia uma conspiração protestante em andamento. Dois mil huguenotes foram assassinados na Noite de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572, incluindo o almirante Gaspar de Coligny. A guerra entre os dois partidos tomou-se mais cruenta e passou a contar com a participação de tropas espanholas, enviadas pelo rei Felipe II para auxiliar os católicos Ascensão dos Bourbons ● Henrique IV (1589—1610) Com a ascensão de Henrique III, irmão de Carlos IX, em 1574, a tutela exercida pela Santa Liga (católica) continuava. Amedrontado, Henrique ifi mandou assassinar Henrique de Guise, provocando a rebelião dos católicos. Apoiado por Henrique de Navarra, líder protestante, Henrique III tentou reconquistar Paris, mas foi assassinado. Seu herdeiro legal era Henrique de Navarra, o qual precisou abjurar o protestantismo para ascender ao trono. Iniciou-se assim a Dinastia de Bourbon, em substituição à Dinastia de Valois. Pelo Edito de Nantes (1598), o novo rei, Henrique IV, concedeu liberdade religiosa aos huguenotes, dando-lhes o direito de manter um certo número de praças-fortes no país. ● Luís XIII (1610-1643) Quando morreu Henrique IV (1610), subiu ao trono Luís XIII. A parte inicial do seu governo foi conduzida por sua mãe Maria de Médicis. Em 1624, Luís XIII nomeou primeiro-ministro o cardeal Richelieu, que tomou as primeiras medidas no sentido de conseguir a centralização do poder real. A teoria do poder absoluto, em franco progresso, delineou os princípios fundamentais do poder de fato e de direito divino. O rei é apresentado como representante de Deus na França, sendo limitado apenas pelas leis cristãs e pelos costumes do povo francês. ● Luís XIV (1643—1715): o rei-sol Luís XIV procurou apresentar-se como herói, patrono das artes, defensor da Igreja, legislador, protetor dos fracos contra os fortes. Encarnava o Estado, cujos interesses se sobrepunham aos interesses particulares ou individuais. Luis XIV assumiu as funções de rei e de primeiro-ministro, fazendo recuar as instituições governamentais que cresceram na época do ministério de Mazarino, quando Luís XIV ainda era menor de idade. Os Conselhos, base do governo no período anterior, foram relegados a plano secundário. Luís XIV dirigiu o Estado com o auxilio de secretários e do diretor-geral das finanças. Usou as lettres de cachet (documentos assinados pessoalmente pelo rei e que autorizavam a prisão imediata de qualquer súdito, o qual permaneceria encarcerado a critério exclusivo do soberano) e os comissários reais para impor sua vontade aos particulares e às instituições. O exército mercenário, pago pelo Estado, a serviço do rei, garante a execução das leis. O sistema administrativo é reorganizado. O governo central compõe-se por seis conselheiros: o chanceler, diretor das finanças, secretários de Estado dos assuntos estrangeiros, da guerra, da marinha e da casa real. Os Conselhos de Estado foram organizados na época de Mazarino. O Alto Conselho ocupava-se dos assuntos políticos; o Conselho das Finanças, da matéria tributária; o Conselho das Partes, dos assuntos jurídicos. Dois Conselhos, menos importantes, da Consciência e dos Despachos, cuidavam das questões religiosas e supervisionavam os intendentes das províncias. Nas províncias, a grande inovação administrativa foi a criação das intendências. Estavamdiretamente ligadas ao poder central, tendo toda a autoridade em matéria de justiça, política e finanças. Fiscalizavam os oficiais locais, ocupantes de cargos hereditários. Anunciavam as leis reais e asseguravam sua efetivação. Supervisionavam a arrecadação provincial. Aos poucos, os intendentes tornaram-se chefes locais, a cujo serviço se encontravam subdelegados, nomeados por eles para auxiliar nas suas atividades. Os subdelegados foram institucionalizados e passaram a ser indicados pelo próprio rei. No plano social, Luís XIV promoveu a ascensão da burguesia, escolhendo vários de seus ministros nessa classe, equiparando os grandes ministros aos nobres tradicionais. A nobreza foi domesticada, atraída ao Palácio de Versalhes, onde se arruinou pelo luxo da Corte, incompatível com suas rendas reduzidas. Os nobres que se acercavam do rei recebiam pensões, governos de províncias, postos de comando no exército. Na Corte, eram obrigados a cumprir uma etiqueta formalizada e complexa. Em suma, o rei se equilibrava sobre as duas ordens sociais, com ligeiro favoritismo para a burguesia.. Apogeu da Monarquia Francesa Durante o reinado de Luís XIV, sob um poder central grandemente fortalecido, incrementaram-se as manufaturas o comércio interno. As importações foram restringidas e as exportações, estimuladas. Abriram- se vias terrestres e fluviais que facilitaram as comunicações. No plano internacional, em busca da hegemonia europeia, a França adotou uma política de constante agressão aos vizinhos. A primeira guerra de Luís XIV foi a de Devolução contra a Espanha, em que reivindicava direitos sobre o Brabante; conquista a parte da Flandres correspondente à Bélgica atual, e também o Franco Condado, mas encontra a forte reação da Tríplice Aliança (Inglaterra, Holanda e Suécia), que o obrigou a assinar o Tratado de Aix-la-Chapelle (1668), pelo qual a França fica apenas com parte da região de Flandres. Dois anos depois, o monarca ocupa Lorena e, de 1672 a 1678, dedica-se a uma “guerra de vingança” contra a Holanda, termina com o Tratado de Nimègue: a Espanha perde o Franco Condado para a França. De 1679 a 1684, Luís XIV fez uma série de anexações: Estrasburgo, Luxemburgo, Courtrai e outras cidades. Em 1689, proclamou sua pretensão à posse do Palatinado, o qual invade e devasta. Forma-se, então, a Grande Aliança (de quase toda a Europa), que o obriga a manter-se na defensiva: em 1679, pela Paz de Ryswick, a França abandona a maioria dos lugares anexados, conservando Estrasburgo e Alsácia. A mais importante guerra de Luis XIV — e a última de seu reinado — foi a Guerra de Sucessão da Espanha (1701- 17 13), ao término da qual ele conseguiu que seu neto fosse reconhecido como rei da Espanha, com o nome de Felipe V. Entretanto, pelos Tratados de Utrecht (1713) e Rastat (1714), a França perdeu várias possessões no Novo Mundo. São Luís, Rei da França de 1226 a 1270, nasceu no dia 25 de abril de 1214 ou 1215, em um dia extremamente religioso, devotado a procissões em homenagem a São Marcos, na cidade de Poissy, perto de Paris. Depois do reinado de Filipe I de França, os monarcas da linhagem capetiana batizavam seus filhos mais velhos com o prenome do avô. Neste caso, Luís IX era o quinto rebento, fruto da união entre Luís VIII de França e Branca de Castela; até então seu irmão Filipe era considerado o herdeiro do trono, mas morreu em 1218 . Sua educação foi primorosa, principalmente depois que se tornou candidato à coroa, o que ocorreu depois da morte do pai, quando Luís tinha apenas 13 anos. Nesta época a França enfrentava uma revolta herética no sul do país, a dos Albigenses, uma iminente guerra contra os ingleses e a resistência da nobreza em aceitar a ascensão do jovem príncipe, desejosa de restaurar os direitos de uma monarquia destituída no último século. Ele seria o quadragésimo Rei desde o princípio do sistema monárquico e o nono da terceira linhagem, iniciada com Hugo Capeto. Obedecendo a ordens testamentárias, a Rainha assumiu o trono como regente e completou a destruição dos cátaros, iniciada por seu marido, contendo também a revolta dos nobres. Coube ao próprio Luís, ao ser empossado, expulsar os ingleses de seu território, com apenas 15 anos de idade. Em 1234 ele contraiu núpcias com Margarida, primogênita do Conde de Provence e de Forcalquier, Raimundo Béranger IV, e de Beatriz de Sabóia. Deste casamento nasceram onze filhos. Em 1242 ele novamente libertou sua terra da ameaça inglesa. O Rei procura conceder aos filhos a mesma educação que recebeu na infância, de natureza religiosa e guerreira, com ótimos mestres, os quais lhe dotaram de profundos sentimentos espirituais, dignos de um membro da Igreja. Ministra aos filhos a importância da prática das orações, o quanto é essencial ir à missa e realizar penitências, e nas sextas-feiras ele proíbe o uso de qualquer enfeite na cabeça, por representar o dia em que Jesus foi coroado com espinhos. Este aprendizado o guia em sua existência, transformando-o em um rei justo e devotado à religião, sem tendências ao fanatismo. Sob seu governo os franceses experimentaram o auge da experiência política, econômica, militar e cultural, em uma era conhecida como ‘o século de ouro de São Luís’. Foi também um momento de intenso progresso da justiça real, quando o rei passa a simbolizar o juiz supremo. Em 1244 o monarca decide investir contra os muçulmanos que então dominam Jerusalém, a Terra Santa, e Damasco. Ele organiza a Sétima Cruzada, a qual parte em 1248 para o território sagrado, com 35 mil soldados e uma média de cem navios. Ao desembarcarem em Damietta, no Egito, porém, são surpreendidos pela peste e pelo transbordamento do Rio Nilo. Os homens são forçados a fugir, enquanto o soberano, seus familiares e alguns nobres tornam-se prisioneiros dos muçulmanos. Pago um resgate, eles são liberados, e o rei passa então a negociar diplomaticamente com os adversários, sustentando a posição das cidades cristãs localizadas na Síria. Ao retornar à França, sua reputação no continente europeu é tamanha, que ele conquista do rei Henrique III, da Inglaterra, um acordo de paz, em 1258, e sua vassalagem aos franceses. O Rei Luís coíbe exorbitâncias das atribuições dos funcionários reais e incentiva o comércio em território francês. Ele ordena a edificação da Sainte Chapelle, em Paris, que vai de 1245 a 1248, da Sorbonne e do Hospício dos Quinze-Vingts. O soberano decide, em 1269, empreender a Oitava Cruzada contra os muçulmanos. Ao chegarem a Tunis, capital da Tunísia, em 1270, são novamente apanhados pela peste, que desta vez não poupa o rei, morto em 25 de agosto de 1270. Embora um de seus dedos tenha sido transportado para a Basilique de Saint- Denis, seu corpo permaneceu no Norte da África, enterrado no solo da Tunísia. Os católicos já o viam como santo antes mesmo que a Igreja o canonizasse, em 1297, pelas mãos do Papa Bonifácio VIII, durante o reinado de Filipe o Belo, seu neto. Papel do rei Luis IXLuis IX https://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/ https://www.infoescola.com/idade-media/setima-cruzada/ https://www.infoescola.com/oriente-medio/siria/ https://www.infoescola.com/idade-media/vassalagem/ https://www.infoescola.com/idade-media/oitava-cruzada/ Monarca francês nascido em Paris, cognominado Augusto e conhecido como o primeiro dos grandes reis da dinastia dos Capetos, na França. Filho de Luís VII da França, iniciou seu reinado enfrentando uma revolta dos senhores feudais, que terminou com a paz de Boves, e o fortalecimento da monarquia contra o poder feudal. Em seguida reconquistou os territórios franceses de Auvergne ocupados pelos reis da Inglaterra com a assinatura do Tratado de Azay-le-Rideau (1189). Participou da terceira cruzada com Ricardo Coração de Leão, sucessor de Henrique II no trono inglês. Antecipou a sua volta ao país por problemas de saúda, e preparou um ataque aos domínios franceses dos Plantagenetas, família real inglesa. Informado, Ricardo deixou a cruzada paralutar contra o rei francês, que sofreu uma série de derrotas, porém Ricardo foi assassinado (1199) e seu irmão, João Sem Terra, cedeu ao rei francês os territórios de Évreux e o Vexin normando. Porém o rei ainda não aceitava a presença inglesa em outras áreas francesas e invadiu a Normandia (1202). Depois invadiu o Maine, a Touraine, o Anjou e a maior parte do Poitou, e acabou expulsando as tropas de João do continente, após impor sua derrota na batalha de Bouvines (1214). Paralelamene manteve estrito controle sobre a nobreza, reforçou vínculos com o clero, conquistou o apoio das cidades e tomou medidas administrativas que fortaleceram o poder monárquico até sua morte em Mantes. Papel do rei Felipe AugustoFelipe Augusto A Guerra dos cem anos A Guerra dos Cem Anos foi uma longa e descontinuada guerra entre Inglaterra e França, que ocorreu entre 1337 e 1453, motivada por razões políticas e econômicas. Principais Causas A causa política da Guerra dos Cem Anos foi a disputa pelo trono francês, após a morte de Carlos IV, em 1328, que colocou fim à dinastia dos Capetíngios. O rei da Inglaterra, Eduardo III, era neto de Filipe, o Belo, e reivindicava o direito à coroa francesa. Do ponto de vista econômico, o motivo foi a disputa pela rica região de Flandres (Holanda e Bélgica atuais). Além de ser um rico centro comercial, Flandres possuía uma importante indústria de tecidos de lã, cuja matéria prima era importada da Inglaterra. Como a exploração de lã para Flandres era uma importante fonte de riqueza para nobres ingleses, eles resolveram enfrentar as pretensões francesas em relação à região. Os Primeiros Anos da Guerra Nos primeiros anos da guerra, os ingleses, com excelente infantaria, obtiveram vitórias espetaculares. Apenas em 1429, um fato mudou o curso da guerra em favor dos franceses. A camponesa Joana d’Arc comandou um pequeno exército enviado por Carlos VII, libertou Orleans, sitiada pelos ingleses. Seguiram-se outras vitórias até que os franceses conquistaram Reims. Carlos VII foi então coroado rei da França. A guerra durou mais de cem anos, não foi contínua, apresentou momentos de luta, com vitórias de ambos os lados, e momentos de trégua. Última Fase da Guerra A última fase da Guerra dos Cem Anos foi marcada pelas vitórias da camponesa Joana d’Arc, que estimulou ainda mais o sentimento de nacionalidade do povo francês. Os ingleses, planejando matá-la, prenderam a heroína francesa. Julgada por um tribunal da Igreja, foi acusada de heresia e bruxaria, acabou condenada e queimada viva em Rouen, em 1431. A morte de Joana d’Arc estimulou ainda mais o nacionalismo dos franceses, que a partir de então, avançaram sobre os ingleses, conseguindo expressivas vitórias. Em 1453 foi assinada a paz. Carlos VII passou a governar a França com poderes quase absolutos e acabou com as pretensões inglesas de possuir domínios na França. O conflito foi sempre acompanhado por outras calamidades, como a fome e a peste. A fome era consequência da guerra, das prolongadas secas e das pequenas colheitas, que provocaram um aumento nos preços dos gêneros de primeira necessidade, como o trigo. Em 1347 a peste negra, se alastrou com rapidez pela Europa, matando mais de um terço da população. Em 1358, com a crise do feudalismo, durante a Baixa Idade Média, ocorreu na França uma revolução camponesa conhecida por jacquerie, porque os camponeses eram chamados pelos nobres de “Jacques Bonhomme”, o equivalente a caipira em português. Dos aproximadamente 100 mil camponeses que participaram da revolução, grande parte foi massacrada pelos nobres apoiados pelo rei. Na Inglaterra, a situação dos camponeses também era calamitosa. Esfomeados e oprimidos pelos senhores feudais, uma massa de 60 mil rebelados destruiu castelos, assassinou senhores e cobradores de impostos e marchou sobre Londres, ocupando a capital. A reação do rei e dos nobres resultou no fracasso da revolução e na execução de milhares de rebeldes. Joana D’Arc Heroína francesa Biografia de Joana d'Arc Joana d'Arc (1412-1431) foi uma heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, travada entre a França e a Inglaterra. Foi beatificada em 1920 e hoje é a Santa Padroeira da França. Joana d'Arc nasceu no vilarejo de Domrémy, na região de Borrois, França, no dia 6 de janeiro de 1412. Filha dos camponeses Jacques d'Arc e Isabelle Romée tinha três irmãos e uma irmã. Infância Joana d’Arc não aprendeu a ler nem escrever. Ajudava o pai no trabalho na terra e na criação de carneiros. Foi criada seguindo os princípios da fé católica e com 12 anos teve sua primeira revelação divina que dizia: "Ides e tudo será feito segundo as vossas ordens." Por onde ela andasse a voz a acompanhava, ordenando, sugerindo e encorajando: "É preciso expulsar os ingleses da França." Afirmou ainda ter visto o arcanjo São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, que apareceram numa grande luz e cujas vozes ela também ouvira. Contexto histórico A história de Joana d’Arc é parte da história de uma guerra que durou cem anos, entre a França e a Inglaterra, a partir de 1337. Os ingleses obtiveram uma vitória decisiva e em 1415 foi assinado o Tratado em Troyes. https://www.todamateria.com.br/joana-d-arc/ https://www.todamateria.com.br/peste-negra/ Segundo o tratado, metade da França passava para o domínio de Henrique V, rei da Inglaterra, ficando a metade francesa sob o governo de Carlos VI. Morrendo Carlos VI, foi coroado rei da França, o filho de Henrique V, um inglês, mas para os franceses o rei mesmo era Carlos VII, filho do falecido monarca. Joana d’Arc à frente do Exército Joana d’Arc acreditando na voz e na ordem que ouvia, em 1429, saiu de sua aldeia e dirigiu-se à corte de Carlos VII, que fora nominado "rei de Bourges", em alusão às reduzidas proporções de seus domínios. Joana d’Arc foi recebida pelo capitão Robert de Baudricourt, que convencido pela jovem, a levou para o castelo de Chinon, onde estava o rei. Joana foi interroga por bispos e cardeis e convencera a todos. Carlos VII ao saber do caso, decidiu por Joana à prova. Na hora da entrevista, vestiu outras roupas e fez um de seus ministros sentar-se no trono. Joana entra, atravessa todo o salão e para diante do verdadeiro rei e diz: “Em nome de Deus, sois vós o rei! Se fizeres como vou ordenar, os ingleses serão expulsos e vós sereis reconhecido por todos como rei da França.” Joana ganha confiança de Carlos VII, que lhe entrega o comando de um pequeno exército para socorrer Orléans, então sitiada pelos ingleses. Chegando à cidade, Joana intimou o inimigo a render-se: “Voltai a vosso país. Deus assim o quer! O reino da França não vos cabe, mas a Carlos! Eu sou uma enviada de Deus e minha tarefa é expulsar-vos daqui! Deus me dará a força necessária para repelir vossos ataques!” Os soldados ingleses não deram importância e Joana ordenou ao exército que atacasse. Após três dias de luta, os ingleses recuaram, Orléans estava livre. Logo a seguir, Reims caia na mão dos franceses. Carlos VII agora reconhecido legítimo rei da França, foi coroado no dia 17 de julho de 1429, na catedral de Reims. Prisão e morte Em maio de 1430, Joana retoma a campanha militar e tenta libertar a cidade de Compiègne, perto de Paris, que estava dominada pelos borgonheses, aliados dos ingleses. Na batalha, Joana é presa e entregue aos ingleses, com o objetivo de levá-la para que fosse julgada pela Santa Inquisição, o mais elevado tribunal da Igreja na França. O tribunal reuniu-se pela primeira vez em fevereiro de 1431, com a presença do Bispo, um partidário do Duque de Borgonha, aliado à Inglaterra. Seu julgamento foi uma verdadeira tortura, acusada de herege e feiticeira, depois de meses de julgamento, Joana foi condenada à fogueira por heresia. Joana d’Arc foi queimada viva na Praça do Mercado Vermelho, em Rouen, no dia 30 de maio de 1431. Depois de 15 anos, o papa Calixto III manda publicar o evidente erro do tribunal e a inocência de Joana d’Arc, que é reabilitada de todasas acusações e torna-se a primeira heroína da nação francesa. Em 1909, Joana é beatificada por Pio X e canonizada por Bento XV, no dia 16 de maio de 1920, Hoje. Joana d'Arc é a Santa Padroeira da França. BibliografiaBibliografia www.coladaweb.com alunosonline.uol.com.br www.ebiografia.com www.todamateria.com.br www.portalsaofrancisco.com.br educacao.globo.com www.historiadomundo.com.br http://www.coladaweb.com/ http://www.ebiografia.com/ http://www.todamateria.com.br/ http://www.portalsaofrancisco.com.br/ Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12
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