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CAPÍTULOCAPÍTULO ED U CA ÇÃ O F ÍS IC A 43 4 PARADESPORTO11 OBJETIVOS DO GRUPO • Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes, em suas diferentes manifestações (profissional e comunitária/lazer). • Propor e produzir alternativas para a experimentação dos esportes não disponíveis/acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na escola. 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 434 11/07/19 10:59 AM ED U CA ÇÃ O F ÍS IC A 43 5 Módulo 27 Paratleta disputando maratona em uma bicicleta adaptada. A N D R ES G A R CI A M /I ST O CK COMO TUDO COMEÇOU A prática do esporte adaptado, bem como a inserção do paradesporto na sociedade, tem se tornado consideravelmente conhecida nas últi- mas décadas. Com esse reconhecimento, milhares de pessoas com deficiência têm conseguido uma qualidade de vida melhor. Além disso, muitos desses esportistas estão obtendo destaque em suas modalidades graças à inclusão. 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 435 11/07/19 10:59 AM CA P ÍT U LO 1 1 43 6 Na década de 1940, na cidade de Stoke Mandeville, na Inglaterra, o médi- co alemão Ludwig Guttmann organizou a primeira competição esportiva para pessoas com deficiência física de que se tem registro na história. Po- rém, diferentemente da dimensão que o paradesporto apresenta nos dias atuais, essa competição teve como intuito propiciar a veteranos de guerra uma nova forma de participação social e inclusão no cenário esportivo. Ludwig Guttmann foi um grande médico neurologista que, em 1944, re- cebeu um convite do governo inglês para comandar, na cidade de Mande- ville, o Centro Nacional de Traumatismos - um centro de reabilitação para vítimas com lesões na medula espinal. Além de ter formação em medicina, Guttmann também era um amante dos esportes, e sempre acreditou que praticá-los era uma ótima ferramenta para auxiliar no processo de reabilita- ção de seus pacientes. Após alguns anos de trabalho e de significativa melhora de seus pacien- tes, Ludwig organizou um evento esportivo para mostrar a toda a socieda- de a importância do esporte no processo de reabilitação das pessoas. Essa inciativa, além de confirmar o potencial terapêutico do esporte, também proporcionou maior interação entre seus praticantes. Dessa forma, pessoas que antes eram caracterizadas por suas limitações, passaram a obter reco- nhecimento por sua eficiência no esporte. Essa competição ficou conhecida como “Os Jogos de Stoke Mandeville”, e sua realização foi marcada para o dia da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948. Isso não foi por acaso, pois também era um sonho do médico alemão que o paradesporto fizesse parte dos Jogos Olímpicos, e sua intenção era chamar atenção para o evento esportivo organizado por ele. Em 1952, a segunda edição da competição foi chamada de Jogos Internacionais de Stoke Mandeville, pois, des- sa vez, atletas holandeses também participaram. Nesse momento, o paradesporto co- meçou a ganhar mais espaço, chamando a atenção da mí- dia e da população em geral, conquistando de vez o cená- rio esportivo mundial, e le- vando à fundação do Comitê Internacional dos Jogos de Stoke Mandeville. NOTA Dr. Ludwig Guttmann (1899-1980) Foi o pai do paradesporto, além de ser considerado o criador das Paralimpíadas, é também reconhecido como o pai do paradesporto. De família judaica, cresceu e estudou na Alemanha, mas, com a ascensão do nazismo e a consequente perseguição que passou a sofrer, mudou-se com a esposa e os filhos para a Inglaterra, em meados da década de 1940, a convite do governo inglês. O Dr. Ludwig levou para solos britânicos uma vasta experiência, com inúmeros trabalhos e pesqui- sas realizados na área da neu- rologia. Era mundialmente reconhecido por suas ideias, inovadoras para a época, e sua especialidade era o tratamento de indivíduos com lesões na medula espinal: paraplégicos, tetraplégicos e amputados. Após o final da Segunda Guerra Mundial, ele recebeu a cidada- nia inglesa e, até hoje, é reve- renciado por sua contribuição no processo de reabilitação de pessoas com deficiência e na criação e popularização do paradesporto. R AY M O N D K LE B O E/ PI CT U R E PO ST /G ET TY IM AG ES A primeira competição esportiva organizada por Ludwig Guttmann, "Os Jogos de Stoke Mandeville", em 1948, contou com a participação de 16 atletas, incluindo homens e mulheres, todos veteranos de guerra que tinham se tornado pacientes do doutor. TR IN IT Y M IR R O R / M IR R O R PI X / A LA M Y ST O CK P H O TO 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 436 11/07/19 10:59 AM 43 7 ED U CA ÇÃ O F ÍS IC A Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Roma, em 1960. Naquela edição participaram 23 países, e as modalidades representadas foram: atletismo, tiro com arco, tiro de dardo, sinuca, natação, tênis de mesa, basquetebol em cadeira de rodas e esgrima em cadeira de rodas. W A LT ER A TT EN N I / A P PH O TO / G LO W IM AG ES A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E Em 1960, o diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, na Itália, su- geriu ao comitê organizador dos Jogos Internacionais de Stoke Mandeville que a competição fosse realizada na cidade de Roma, logo após a realização das Olimpíadas. Foi assim que aconteceram os primeiros Jogos Paralímpicos da história. A competição foi realizada seis dias após o encerramento dos Jogos Olímpicos de 1960, nos mesmos locais das provas dos atletas que não têm deficiência, e teve a participação de 400 paratletas, com lesão exclusiva na medula espinal, que competiram em oito modalidades. Com o passar do tempo, outros tipos de deficiência passaram a integrar a lista de esportes paralímpicos. As modalidades paralímpicas apresentam classificações funcionais para cada deficiência e para cada grau de deficiência, com o intuito de tor- nar todas as disputas justas e acessíveis. A valorização e o crescimento do paradesporto no cenário mundial são tão significativos que, nas Paralim- píadas do Rio de Janeiro, em 2016, competiram 4 500 atletas de 176 países diferentes, disputando, ao todo, 22 modalidades. Destaque na primeira edição O grande destaque da primeira edição dos Jogos Paralímpicos foi a italiana Maria Scutti. Competindo em provas de atletismo, natação, esgrima em ca- deiras de rodas e tênis de mesa, ela conquistou, ao todo, 15 medalhas, sendo dez de ouro, três de prata e duas de bronze. PARA IR ALÉM Classificação funcional dos atletas Nos jogos paralímpicos, os atletas passam por uma classificação funcional, e cada esporte tem um sistema de classificação diferente. Para saber mais, acesse a reportagem disponível em: <coc.pear.sn/CpZsneI>. EXPLORE MAIS 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 437 11/07/19 10:59 AM CA P ÍT U LO 1 1 43 8 MODALIDADES PARALÍMPICAS Atualmente, o Comitê Paralímpico Brasileiro considera 24 modalidades paralímpicas, que fazem parte da edição de verão e serão apresentadas a seguir. O atletismo é parecido com o dos Jogos Olímpicos. Na pista, os atletas correm distâncias que variam de 100 a 5 000 metros (incluindo revezamentos). No campo, acontecem as disputas de saltos, lançamentos e arremessos. No último dia do evento, ocorre a maratona. No basquete em cadeira de rodas, as dimensões da quadra, a altura da cesta e o tempo de partida são iguais aos da competição de basquete dos Jogos Olímpicos. Nessa modalidade, os praticantes apresentam apenas limitações físicas/motoras. Na modalidade bocha, há competições individuais, por equipes e em duplas. O objetivo é lançar as bolas coloridas o mais perto possível da bola-alvo (branca). Todos os atle- tas competem em cadeiras de rodas, e suas limitaçõescom- preendem paralisia cerebral e/ou deficiências severas. O ciclismo de estrada e pista segue as regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), com apenas algumas varia- ções. As bicicletas são adaptadas de acordo com as limita- ções dos participantes. A handbike, por exemplo, é uma bici- cleta em que os ciclistas pedalam com as mãos. No ciclismo paralímpico, as deficiências dos participantes podem ser subdivididas em: paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes). A esgrima em cadeira de rodas se gue as regras da Fe- deração Internacional de Esgrima (FIE), com as adaptações feitas de acordo com as necessidades dos cadeirantes. As disputas são divididas de acordo com as limitações físicas dos participantes e, dentro dessas classificações, podem ser disputadas provas de florete, sabre ou espada, que movi- mentam diferentes partes do corpo e, consequentemente, usam equipamentos diversos para marcar a pontuação. Além disso, cada equipamento tem características distin- tas, como comprimento e peso. Módulo 28 O brasileiro Alan Fonteles na prova paralímpica de atletismo, em 2013. Os praticantes dessa modalidade podem ter diferentes deficiências: visual, física e/ou intelectual. Jogo de basquete paralímpico entre Brasil e Argentina, em 2016. Nesse esporte, os atletas são classificados de acordo com uma escala de limitação motora. Que, quanto menor o número de classificação nessa escala, maior é a limitação do atleta em questão. Time coreano de bocha nos Jogos Paralímpicos de 2016. De acordo com a classificação funcional, os participantes que apresentam alto grau de limitações físicas podem ter auxílio de uma calha para lançar a bola. Luta de esgrima em cadeira de rodas, nos Jogos Paralímpicos de 2016. Nessa modalidade, podem participar pessoas com amputações, lesão medular e paralisia cerebral. A LE XA N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E A .R IC A R D O /S H U TT ER ST O CK M A XI R O N W A S/ D R EA M ST IM E A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 438 11/07/19 10:59 AM 43 9 ED U CA ÇÃ O F ÍS IC A O futebol de 5 é exclusivo para deficientes visuais nas Para- limpíadas, com exceção do goleiro, que não tem deficiência visual, mas não pode ter participado de competições oficiais da FIFA (Federação Internacional de Futebol) por cinco anos. A bola tem guizos internos para que os jogadores consigam localizá-la pelo som, e os atletas também contam com a orien- tação de um chamador, que fica atrás do gol, auxiliando-os a direcionar os chutes. O futebol de 7 é praticado por atletas com paralisia cere- bral. Os jogadores são classificados de acordo com seu grau de comprometimento físico. Com exceção do tempo de jogo reduzido (dois tempos de 30 minutos), da ausência de im- pedimento, e da flexibilidade para cobrança de lateral com as mãos ou os pés, a dinâmica do jogo é muito similar à do futebol de campo. O golbol foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A disputa acontece em uma quadra com as mesmas dimensões das de vôlei, com um gol de cada lado da quadra. Além de a bola ter um guizo, para que os jogadores consigam se posicionar, na quadra há indica- ções táteis nas linhas de demarcação. O halterofilismo é a única modalidade em que os atle- tas são classificados de acordo com seu peso corporal, assim como nos Jogos Olímpicos. A grande diferença é que, nas Pa- ralimpíadas, os esportistas competem deitados em um ban- co, e executam o movimento conhecido como supino. Única modalidade de hipismo nas Paralimpíadas, o adestramento parae- questre tem três provas: individual, estilo livre individual e competição por equipes. Podem participar dessa modalidade desde atletas cadeirantes e am- putados até atletas com pouca dificuldade de locomoção. Jogo de futebol de 5, entre Brasil e Irã, nos Jogos Paralímpicos de 2016. O espaço usado para essa modalidade precisa ter bandas laterais, que impedem a bola de sair do campo, e essa prática exige silêncio total, pois os jogadores utilizam a audição para terem sucesso na partida. Time de golbol dos Estados Unidos, nos Jogos Paralímpicos de 2016. Todos os jogadores são atacantes e defensores, e independentemente do nível de deficiência visual, todos competem vendados. Paratleta do halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de 2016. São dez categorias masculinas e dez femininas, e os competidores são classificados como amputa- dos, lesionados medulares (debilidades motoras em membros inferiores) e paralisados medulares. A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E M A XI R O N W A S/ D R EA M ST IM E Golbol Acesse o vídeo para entender como funciona esse esporte, muito divertido e dinâmico, criado especialmente para pessoas com defi ciência vi- sual. Disponível em: <coc.pear.sn/CTelHho>. EXPLORE MAIS 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 439 11/07/19 10:59 AM CA P ÍT U LO 1 1 44 0 O judô é disputado por atletas com deficiência visual, divididos em categorias de acordo com o peso corporal. Dentre as adapta- ções para esse esporte, é importante ressaltar que o combate só é iniciado quando os atletas estão segurando o quimono um do outro e, caso o contato entre os participantes seja perdido, a luta é interrompida. A natação tem 29 provas, sendo 14 masculinas, 14 femininas e um revezamento misto. Os nadadores são agrupados em 14 classes funcionais: de 1 a 10 são atletas com limitações físicas/motoras, de 11 a 13 são atletas com deficiência visual, e 14 é a classe dos atletas com deficiência intelectual. Com regras similares às do badminton, o parabadminton também utiliza classificações funcionais para seus atletas. Essa mo- dalidade foi considerada paralímpica a partir dos Jogos Paralímpi- cos de Tóquio, em 2020. As provas de paracanoagem são disputadas apenas com caia- ques, e na distância de 200 metros. Em geral, os atletas têm limi- tações físicas nos membros inferiores, nos braços e/ou no tronco. No Brasil, as disputas incluem caiaques e canoas, em provas com distâncias de 200 a 500 metros. O parataekwondo será considerado modalidade paralímpica a partir dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. Além da divi- são por pesos, tem duas classes de disputas: poonse e kiorugui. Na primeira, os atletas são classificados por categorias: deficiência vi- sual, intelectual, física, auditiva; além de nanismo (baixa estatura). A classe kiorugui é somente para atletas com deficiências físicas. Todas as provas de remo são disputadas em distâncias de 1 000 metros, não importando a categoria. Podem participar atle- tas com deficiência em membros superiores, inferiores, e/ou no tronco. As disputas são realizadas de forma individual, em du- plas (obrigatoriamente um homem e uma mulher) e em quarteto misto (dois homens, duas mulheres e um timoneiro). Atleta brasileiro, Daniel Dias, na competição de natação paralímpica, em 2016. Disputa de parabadminton em duplas, nos Jogos Para-Asiáticos em 2009. As disputas podem ser feitas de forma individual e em duplas (masculinas, femininas e mistas). Paratleta brasileiro, Caio Ribeiro de Carvalho, disputan- do prova de canoagem nos Jogos Paralímpicos de 2016. YA SU YO SH I C H IB A / A FP SH A R IF F CH E\ ' L A H /D R EA M ST IM E A .R IC A R D O /S H U TT ER SO CK A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E Luta de judô paralímpico, em 2016. PARA IR ALÉM Brasil na natação A modalidade natação é muito bem representada pelo Brasil nos jogos paralímpicos. Nadadores brasileiros conquistaram um total de 102 medalhas ao longo de todas as edições dos Jogos, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. Somente no último evento paralímpico, no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou 4 medalhas de ouro, 7 de prata e 8 de bronze, com grande destaquepara o nadador Daniel Dias (4 ouros, 3 pra- tas e 2 bronzes). É a segunda modalidade que mais conquistou medalhas em jogos paralímpicos, atrás apenas do atletismo. 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 440 11/07/19 10:59 AM 44 1 ED U CA ÇÃ O F ÍS IC A No rugby em cadeira de rodas, competem tanto ho- mens quanto mulheres, sem divisão por gênero. Os jogos acontecem em quadras, e o objetivo é passar a linha do gol com as duas rodas da cadeira e a posse da bola. Com regras e dinâmica semelhantes às dos Jogos Olímpi- cos, o tênis de mesa permite a participação de atletas com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes, e a divisão é feita entre andantes, cadeirantes, e andantes com deficiên- cia intelectual. Para participar do tênis em cadeira de ro- das, por sua vez, é preciso um diagnóstico de deficiência locomotora. Diferentemente do que ocorre na modalida- de olímpica, são permitidos dois quiques da bola antes de cada rebatida. O tiro com arco pode ser praticado por atletas paraplé- gicos, tetraplégicos, amputados, com doenças disfuncionais e progressivas, paralisia cerebral, entre outras limitações físicas/motoras. A disputa tem dinâmica idêntica à de sua versão olímpica. Divididos em atiradores de pistola e de carabina, no tiro esportivo os atletas podem apresentar diferentes tipos de deficiência em membros inferiores ou superiores, sendo que, dentro de suas classificações, são divididos em atira- dores que precisam ou não de suporte para a arma. A modalidade triatlo estreou nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016, e reproduz a prova olímpica em distâncias reduzidas pela metade: de 750 metros de natação, 20 quilô- metros de ciclismo e 5 quilômetros de corrida. Os triatletas são divididos em classes de deficiências físicas/motoras e visuais. A modalidade vela não apresenta divisão por gêneros e é disputada em três classes. As disputas são feitas indivi- dualmente, em duplas mistas, ou em trios (masculinso ou femininos). A classificação funcional leva em conta vários aspectos motores dos participantes (estabilidade, mobili- dade, visão e função motora). No vôlei sentado, os participantes são classificados em jogadores com mobilidade debilitada e minimamente de- bilitada. Cada equipe só pode ter dois jogadores classifi- cados como minimamente debilitados, e estes não podem estar em quadra ao mesmo tempo. Prova de tiro com arco, nos Jogos Paralímpicos de 2012. Os atletas são subdivididos em classes que separam quem tem apenas limitações em membros inferiores, atletas com limitações em membros inferiores que não necessitam de cadeira de rodas, e atletas com limitações motoras diversas (pernas, braços e/ou tronco). Jogo de rugby em cadeira de rodas entre Brasil e Canadá, nos Jogos Paralímpicos de 2016. Podem participar da modalida- de atletas com tetraplegia ou com deficiências físicas cujas sequelas sejam similares. Jogo de vôlei sentado. Em geral, participam desde amputados e jogadores com alta debilidade locomotora até atletas deficiências leves, que comprometem sobretudo a amplitude dos movimentos. A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E M A XI R O N W A S/ D R EA M ST IM E A N D R E D U R ÃO /D R EA M ST IM E 433a456_CO_EF_06_INFI_91_4B_LV_08_MI_DMUL_PR_DEFI_G11_p4.indd 441 11/07/19 10:59 AM