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CAPÍTULOCAPÍTULO
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PARADESPORTO11
OBJETIVOS DO GRUPO
• Analisar as 
transformações na 
organização e na prática 
dos esportes, em suas 
diferentes manifestações 
(profissional e 
comunitária/lazer).
• Propor e produzir 
alternativas para 
a experimentação 
dos esportes não 
disponíveis/acessíveis 
na comunidade e 
das demais práticas 
corporais tematizadas 
na escola.
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Módulo 27
Paratleta disputando maratona em uma bicicleta adaptada.
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COMO TUDO COMEÇOU
A prática do esporte adaptado, bem como a inserção do paradesporto na sociedade, tem se tornado consideravelmente conhecida nas últi- mas décadas. Com esse reconhecimento, milhares de pessoas com 
deficiência têm conseguido uma qualidade de vida melhor. Além disso, 
muitos desses esportistas estão obtendo destaque em suas modalidades 
graças à inclusão. 
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Na década de 1940, na cidade de Stoke Mandeville, na Inglaterra, o médi-
co alemão Ludwig Guttmann organizou a primeira competição esportiva 
para pessoas com deficiência física de que se tem registro na história. Po-
rém, diferentemente da dimensão que o paradesporto apresenta nos dias 
atuais, essa competição teve como intuito propiciar a veteranos de guerra 
uma nova forma de participação social e inclusão no cenário esportivo. 
Ludwig Guttmann foi um grande médico neurologista que, em 1944, re-
cebeu um convite do governo inglês para comandar, na cidade de Mande-
ville, o Centro Nacional de Traumatismos - um centro de reabilitação para 
vítimas com lesões na medula espinal. Além de ter formação em medicina, 
Guttmann também era um amante dos esportes, e sempre acreditou que 
praticá-los era uma ótima ferramenta para auxiliar no processo de reabilita-
ção de seus pacientes. 
Após alguns anos de trabalho e de significativa melhora de seus pacien-
tes, Ludwig organizou um evento esportivo para mostrar a toda a socieda-
de a importância do esporte no processo de reabilitação das pessoas. Essa 
inciativa, além de confirmar o potencial terapêutico do esporte, também 
proporcionou maior interação entre seus praticantes. Dessa forma, pessoas 
que antes eram caracterizadas por suas limitações, passaram a obter reco-
nhecimento por sua eficiência no esporte. Essa competição ficou conhecida 
como “Os Jogos de Stoke Mandeville”, e sua realização foi marcada para o dia 
da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948. Isso não foi por acaso, 
pois também era um sonho do médico alemão que o paradesporto fizesse 
parte dos Jogos Olímpicos, e sua intenção era chamar atenção para o evento 
esportivo organizado por ele. 
Em 1952, a segunda edição 
da competição foi chamada 
de Jogos Internacionais de 
Stoke Mandeville, pois, des-
sa vez, atletas holandeses 
também participaram. Nesse 
momento, o paradesporto co-
meçou a ganhar mais espaço, 
chamando a atenção da mí-
dia e da população em geral, 
conquistando de vez o cená-
rio esportivo mundial, e le-
vando à fundação do Comitê 
Internacional dos Jogos de 
Stoke Mandeville. 
NOTA
Dr. Ludwig Guttmann 
(1899-1980)
Foi o pai do paradesporto, 
além de ser considerado o 
criador das Paralimpíadas, é 
também reconhecido como 
o pai do paradesporto. De 
família judaica, cresceu e 
estudou na Alemanha, mas, 
com a ascensão do nazismo 
e a consequente perseguição 
que passou a sofrer, mudou-se 
com a esposa e os filhos para 
a Inglaterra, em meados da 
década de 1940, a convite do 
governo inglês. O Dr. Ludwig 
levou para solos britânicos 
uma vasta experiência, com 
inúmeros trabalhos e pesqui-
sas realizados na área da neu-
rologia. Era mundialmente 
reconhecido por suas ideias, 
inovadoras para a época, e sua 
especialidade era o tratamento 
de indivíduos com lesões na 
medula espinal: paraplégicos, 
tetraplégicos e amputados. 
Após o final da Segunda Guerra 
Mundial, ele recebeu a cidada-
nia inglesa e, até hoje, é reve-
renciado por sua contribuição 
no processo de reabilitação 
de pessoas com deficiência e 
na criação e popularização do 
paradesporto.
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A primeira competição esportiva organizada por Ludwig Guttmann, 
"Os Jogos de Stoke Mandeville", em 1948, contou com a participação 
de 16 atletas, incluindo homens e mulheres, todos veteranos de 
guerra que tinham se tornado pacientes do doutor.
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Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Roma, em 1960. Naquela edição participaram 
23 países, e as modalidades representadas foram: atletismo, tiro com arco, tiro de dardo, sinuca, 
natação, tênis de mesa, basquetebol em cadeira de rodas e esgrima em cadeira de rodas. 
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Em 1960, o diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, na Itália, su-
geriu ao comitê organizador dos Jogos Internacionais de Stoke Mandeville 
que a competição fosse realizada na cidade de Roma, logo após a realização 
das Olimpíadas. Foi assim que aconteceram os primeiros Jogos Paralímpicos 
da história. A competição foi realizada seis dias após o encerramento dos 
Jogos Olímpicos de 1960, nos mesmos locais das provas dos atletas que não 
têm deficiência, e teve a participação de 400 paratletas, com lesão exclusiva 
na medula espinal, que competiram em oito modalidades. Com o passar do 
tempo, outros tipos de deficiência passaram a integrar a lista de esportes 
paralímpicos.
As modalidades paralímpicas apresentam classificações funcionais 
para cada deficiência e para cada grau de deficiência, com o intuito de tor-
nar todas as disputas justas e acessíveis. A valorização e o crescimento do 
paradesporto no cenário mundial são tão significativos que, nas Paralim-
píadas do Rio de Janeiro, em 2016, competiram 4 500 atletas de 176 países 
diferentes, disputando, ao todo, 22 modalidades. 
Destaque na primeira 
edição
O grande destaque da 
primeira edição dos Jogos 
Paralímpicos foi a italiana 
Maria Scutti. Competindo 
em provas de atletismo, 
natação, esgrima em ca-
deiras de rodas e tênis de 
mesa, ela conquistou, ao 
todo, 15 medalhas, sendo 
dez de ouro, três de prata e 
duas de bronze.
PARA IR ALÉM
Classificação funcional 
dos atletas
Nos jogos paralímpicos, os 
atletas passam por uma 
classificação funcional, 
e cada esporte tem um 
sistema de classificação 
diferente. Para saber 
mais, acesse a reportagem 
disponível em: 
<coc.pear.sn/CpZsneI>. 
EXPLORE MAIS
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MODALIDADES PARALÍMPICAS
Atualmente, o Comitê Paralímpico Brasileiro considera 24 
modalidades paralímpicas, que fazem parte da edição de 
verão e serão apresentadas a seguir. 
O atletismo é parecido com o dos Jogos Olímpicos. Na pista, 
os atletas correm distâncias que variam de 100 a 5 000 metros 
(incluindo revezamentos). No campo, acontecem as disputas 
de saltos, lançamentos e arremessos. No último dia do evento, 
ocorre a maratona. 
No basquete em cadeira de rodas, as dimensões da 
quadra, a altura da cesta e o tempo de partida são iguais 
aos da competição de basquete dos Jogos Olímpicos. Nessa 
modalidade, os praticantes apresentam apenas limitações 
físicas/motoras.
Na modalidade bocha, há competições individuais, por 
equipes e em duplas. O objetivo é lançar as bolas coloridas 
o mais perto possível da bola-alvo (branca). Todos os atle-
tas competem em cadeiras de rodas, e suas limitaçõescom-
preendem paralisia cerebral e/ou deficiências severas. 
O ciclismo de estrada e pista segue as regras da União 
Internacional de Ciclismo (UCI), com apenas algumas varia-
ções. As bicicletas são adaptadas de acordo com as limita-
ções dos participantes. A handbike, por exemplo, é uma bici-
cleta em que os ciclistas pedalam com as mãos. No ciclismo 
paralímpico, as deficiências dos participantes podem ser 
subdivididas em: paralisados cerebrais, deficientes visuais, 
amputados e lesionados medulares (cadeirantes).
A esgrima em cadeira de rodas se gue as regras da Fe-
deração Internacional de Esgrima (FIE), com as adaptações 
feitas de acordo com as necessidades dos cadeirantes. As 
disputas são divididas de acordo com as limitações físicas 
dos participantes e, dentro dessas classificações, podem ser 
disputadas provas de florete, sabre ou espada, que movi-
mentam diferentes partes do corpo e, consequentemente, 
usam equipamentos diversos para marcar a pontuação. 
Além disso, cada equipamento tem características distin-
tas, como comprimento e peso. 
Módulo 28
O brasileiro Alan Fonteles na prova paralímpica de atletismo, 
em 2013. Os praticantes dessa modalidade podem ter 
diferentes deficiências: visual, física e/ou intelectual.
Jogo de basquete paralímpico entre Brasil e Argentina, 
em 2016. Nesse esporte, os atletas são classificados de 
acordo com uma escala de limitação motora. Que, quanto 
menor o número de classificação nessa escala, 
maior é a limitação do atleta em questão.
Time coreano de bocha nos Jogos Paralímpicos de 2016. 
De acordo com a classificação funcional, os participantes 
que apresentam alto grau de limitações físicas podem ter 
auxílio de uma calha para lançar a bola.
Luta de esgrima em cadeira de rodas, nos Jogos Paralímpicos 
de 2016. Nessa modalidade, podem participar pessoas com 
amputações, lesão medular e paralisia cerebral.
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O futebol de 5 é exclusivo para deficientes visuais nas Para-
limpíadas, com exceção do goleiro, que não tem deficiência 
visual, mas não pode ter participado de competições oficiais 
da FIFA (Federação Internacional de Futebol) por cinco anos. 
A bola tem guizos internos para que os jogadores consigam 
localizá-la pelo som, e os atletas também contam com a orien-
tação de um chamador, que fica atrás do gol, auxiliando-os a 
direcionar os chutes. 
O futebol de 7 é praticado por atletas com paralisia cere-
bral. Os jogadores são classificados de acordo com seu grau 
de comprometimento físico. Com exceção do tempo de jogo 
reduzido (dois tempos de 30 minutos), da ausência de im-
pedimento, e da flexibilidade para cobrança de lateral com 
as mãos ou os pés, a dinâmica do jogo é muito similar à do 
futebol de campo. 
O golbol foi desenvolvido exclusivamente para pessoas 
com deficiência visual. A disputa acontece em uma quadra 
com as mesmas dimensões das de vôlei, com um gol de 
cada lado da quadra. Além de a bola ter um guizo, para que 
os jogadores consigam se posicionar, na quadra há indica-
ções táteis nas linhas de demarcação. 
O halterofilismo é a única modalidade em que os atle-
tas são classificados de acordo com seu peso corporal, assim 
como nos Jogos Olímpicos. A grande diferença é que, nas Pa-
ralimpíadas, os esportistas competem deitados em um ban-
co, e executam o movimento conhecido como supino. 
Única modalidade de hipismo nas Paralimpíadas, o adestramento parae-
questre tem três provas: individual, estilo livre individual e competição por 
equipes. Podem participar dessa modalidade desde atletas cadeirantes e am-
putados até atletas com pouca dificuldade de locomoção.
Jogo de futebol de 5, entre Brasil e Irã, nos Jogos Paralímpicos 
de 2016. O espaço usado para essa modalidade precisa ter 
bandas laterais, que impedem a bola de sair do campo, e essa 
prática exige silêncio total, pois os jogadores utilizam a audição 
para terem sucesso na partida.
Time de golbol dos Estados Unidos, nos Jogos Paralímpicos 
de 2016. Todos os jogadores são atacantes e defensores, 
e independentemente do nível de deficiência visual, todos 
competem vendados.
Paratleta do halterofilismo 
nos Jogos Paralímpicos de 
2016. São dez categorias 
masculinas e dez femininas, 
e os competidores são 
classificados como amputa-
dos, lesionados medulares 
(debilidades motoras em 
membros inferiores) e 
paralisados medulares.
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E Golbol
Acesse o vídeo para entender 
como funciona esse esporte, 
muito divertido e dinâmico, 
criado especialmente para 
pessoas com defi ciência vi-
sual. Disponível em:
<coc.pear.sn/CTelHho>. 
EXPLORE MAIS
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O judô é disputado por atletas com deficiência visual, divididos 
em categorias de acordo com o peso corporal. Dentre as adapta-
ções para esse esporte, é importante ressaltar que o combate só 
é iniciado quando os atletas estão segurando o quimono um do 
outro e, caso o contato entre os participantes seja perdido, a luta 
é interrompida. 
A natação tem 29 provas, sendo 14 masculinas, 14 femininas e 
um revezamento misto. Os nadadores são agrupados em 14 classes 
funcionais: de 1 a 10 são atletas com limitações físicas/motoras, de 
11 a 13 são atletas com deficiência visual, e 14 é a classe dos atletas 
com deficiência intelectual. 
Com regras similares às do badminton, o parabadminton 
também utiliza classificações funcionais para seus atletas. Essa mo-
dalidade foi considerada paralímpica a partir dos Jogos Paralímpi-
cos de Tóquio, em 2020. 
As provas de paracanoagem são disputadas apenas com caia-
ques, e na distância de 200 metros. Em geral, os atletas têm limi-
tações físicas nos membros inferiores, nos braços e/ou no tronco. 
No Brasil, as disputas incluem caiaques e canoas, em provas com 
distâncias de 200 a 500 metros.
O parataekwondo será considerado modalidade paralímpica a 
partir dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. Além da divi-
são por pesos, tem duas classes de disputas: poonse e kiorugui. Na 
primeira, os atletas são classificados por categorias: deficiência vi-
sual, intelectual, física, auditiva; além de nanismo (baixa estatura). 
A classe kiorugui é somente para atletas com deficiências físicas. 
Todas as provas de remo são disputadas em distâncias de 
1 000 metros, não importando a categoria. Podem participar atle-
tas com deficiência em membros superiores, inferiores, e/ou no 
tronco. As disputas são realizadas de forma individual, em du-
plas (obrigatoriamente um homem e uma mulher) e em quarteto 
misto (dois homens, duas mulheres e um timoneiro).
Atleta brasileiro, Daniel Dias, na competição 
de natação paralímpica, em 2016.
Disputa de parabadminton em duplas, nos Jogos 
Para-Asiáticos em 2009. As disputas podem ser 
feitas de forma individual e em duplas (masculinas, 
femininas e mistas).
Paratleta brasileiro, Caio Ribeiro de Carvalho, disputan-
do prova de canoagem nos Jogos Paralímpicos de 2016.
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Luta de judô paralímpico, em 2016. 
PARA IR ALÉM
Brasil na natação 
A modalidade natação é muito bem representada pelo Brasil nos jogos paralímpicos. 
Nadadores brasileiros conquistaram um total de 102 medalhas ao longo de todas as 
edições dos Jogos, sendo 32 de ouro, 34 de prata e 36 de bronze. Somente no último 
evento paralímpico, no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou 4 medalhas de ouro, 7 de 
prata e 8 de bronze, com grande destaquepara o nadador Daniel Dias (4 ouros, 3 pra-
tas e 2 bronzes). É a segunda modalidade que mais conquistou medalhas em jogos 
paralímpicos, atrás apenas do atletismo.
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No rugby em cadeira de rodas, competem tanto ho-
mens quanto mulheres, sem divisão por gênero. Os jogos 
acontecem em quadras, e o objetivo é passar a linha do gol 
com as duas rodas da cadeira e a posse da bola. 
Com regras e dinâmica semelhantes às dos Jogos Olímpi-
cos, o tênis de mesa permite a participação de atletas com 
paralisia cerebral, amputados e cadeirantes, e a divisão é 
feita entre andantes, cadeirantes, e andantes com deficiên-
cia intelectual. Para participar do tênis em cadeira de ro-
das, por sua vez, é preciso um diagnóstico de deficiência 
locomotora. Diferentemente do que ocorre na modalida-
de olímpica, são permitidos dois quiques da bola antes de 
cada rebatida.
O tiro com arco pode ser praticado por atletas paraplé-
gicos, tetraplégicos, amputados, com doenças disfuncionais 
e progressivas, paralisia cerebral, entre outras limitações 
físicas/motoras. A disputa tem dinâmica idêntica à de sua 
versão olímpica. 
Divididos em atiradores de pistola e de carabina, no tiro 
esportivo os atletas podem apresentar diferentes tipos de 
deficiência em membros inferiores ou superiores, sendo 
que, dentro de suas classificações, são divididos em atira-
dores que precisam ou não de suporte para a arma. 
A modalidade triatlo estreou nos Jogos Paralímpicos do 
Rio, em 2016, e reproduz a prova olímpica em distâncias 
reduzidas pela metade: de 750 metros de natação, 20 quilô-
metros de ciclismo e 5 quilômetros de corrida. Os triatletas 
são divididos em classes de deficiências físicas/motoras e 
visuais.
A modalidade vela não apresenta divisão por gêneros e 
é disputada em três classes. As disputas são feitas indivi-
dualmente, em duplas mistas, ou em trios (masculinso ou 
femininos). A classificação funcional leva em conta vários 
aspectos motores dos participantes (estabilidade, mobili-
dade, visão e função motora).
No vôlei sentado, os participantes são classificados em 
jogadores com mobilidade debilitada e minimamente de-
bilitada. Cada equipe só pode ter dois jogadores classifi-
cados como minimamente debilitados, e estes não podem 
estar em quadra ao mesmo tempo.
Prova de tiro com arco, nos Jogos Paralímpicos de 2012. 
Os atletas são subdivididos em classes que separam quem 
tem apenas limitações em membros inferiores, atletas com 
limitações em membros inferiores que não necessitam de 
cadeira de rodas, e atletas com limitações motoras diversas 
(pernas, braços e/ou tronco).
Jogo de rugby em cadeira de rodas entre Brasil e Canadá, nos 
Jogos Paralímpicos de 2016. Podem participar da modalida-
de atletas com tetraplegia ou com deficiências físicas cujas 
sequelas sejam similares.
Jogo de vôlei sentado. Em geral, participam desde amputados 
e jogadores com alta debilidade locomotora até atletas 
deficiências leves, que comprometem sobretudo 
a amplitude dos movimentos.
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