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John Dalton criou o modelo atômico de Dalton em 1803, a partir da observação de reações químicas feitas em laboratório, esse modelo possui as características ao lado. Modelo de Dalton ESTRUTURA ATÔMICA QUÍMICA GERAL CONTEÚDO Modelo de Dalton Raios Catódicos Massa do Elétron Massa do Proton Modelo de Thomson Modelo de Rutherford Luz Efeito Fotoelétrico Raios Catódicos Alguns anos após a criação do modelo atômico de Dalton, os cientistas começaram a analisar um fenômeno que ocorria quando se aplicava uma grande diferença de potencial elétrico, em um tubo com parte do ar removido, o que fazia com que tivesse uma radiação dentro do tubo, e ele passava a emitir luz, esse fenômeno foi chamado de raio catódico. J. J. Thomson, o criador do modelo atômico de Thomson, estudou esse fenômeno, e observou diversas propriedades, listadas ao lado. Espectro de Linhas Modelo de Bohr Dualidade da Matéria Princípio da Incerteza Modelo Atual Átomos Polieletrônicos Efeito de Penetração Configuração Eletrônica Toda matéria é composta por partículas fundamentais, chamadas átomos. Estas partículas são permanentes e indivisíveis, isto é, não podem ser criadas nem destruídas. Os elementos são caracterizados por seus átomos, todos os átomos de um elemento são idênticos, e possuem propriedades diferentes dos de outros elementos. As transformações químicas ocorrem devido à combinação, separação ou rearranjo de átomos. Compostos químicos são a combinação de dois ou mais elementos, em uma razão fixa.Átomo de Dalton Caracter ís t icas do Modelo de Dal ton Os raios possuem uma trajetória retilínea. Os raios formam sombras. Se um moinho for colocado no tudo, os raios giram o moinho(indicando que eles possuem massa). Os raios ocorrem independente do material do cátodo(parte metálica onde se aplica a voltagem). Quando se expunha uma lâmina metálica aos raios, ela era aquecida e carregada. O raio sofria efeito de campos elétricos e magnéticos(indicando que eles eram carregados negativamente). Propr iedades dos Ra ios Catódicos A partir dessas observações Thomson, em 1897, montou um experimento que levou a publicação de um artigo onde ele concluiu a existência dos elétrons, e calculou a sua relação carga/massa, que é igual a -1,76.10⁸ C/g (Coulomb por Grama). Experimento de Thomson Exper imento de Mul l ikenMassa do Elétron Após a descoberta da relação carga/massa feita por Thomson, vários cientistas tentaram descobrir os valores individuais de carga e de massa dos elétrons, mas foi somente em 1909 que o cientista Robert Mulliken elaborou um experimento que veio a ser conhecido como Experimento de Mulliken, onde ele usou um cilindro, duas placas carregadas com um furo no meio, um borrifador de óleo, e uma fonte de raio X, para determinar a massa dos elétrons. O experimento consistia na manipulação dos valores de carga aplicada nas placas, até que as gotas de óleo, carregadas devido aos elétrons livres liberados por causa da incidência de raios X nas moléculas de ar, flutuassem, o que ele foi observando com um microscópio posicionado na lateral do cilindro. A partir desse experimento ele observou que para que as gotas flutuassem, a carga nas placas precisava ser um múltiplo de -1,6.10⁻¹⁹ C, que é a carga de um elétron, a partir desse valor, e utilizando a relação proposta por Thomson, ele também descobriu que a massa do elétron é de 9,11.10⁻²⁸ g. Massa do Protón Com a criação de um aparelho chamado espectrômetro de massa, que é utilizado para separação de espécies químicas com base na massa, através da ionização do material por choque de elétrons(removendo um elétron) e aceleração deste material por um campo magnético, foi possível obter a relação carga/massa de um próton (9,63.10⁴ C/g), realizando este processo com gás Hidrogênio, já que o desvio do íon ao passar pelo aparelho é dado pela relação carga/massa (e o íon H⁺ é um próton). Modelo de Thomson O modelo atômico de Thomson, criado em 1898, baseado nos seus experimentos com raios catódicos, nos quais ele descobriu os elétrons, dizia que o átomo era uma esfera de carga positiva, com as partículas negativas(elétrons) espalhadas na sua superfície. Modelo de Rutherford O cientista Ernest Rutherford queria analisar o comportamento dos átomos, então ele criou uma experiência na qual ele utilizava uma fonte de radiação α, uma folha de ouro, e um anteparo que fosse capaz de detectar essa radiação, para analisar como a folha de ouro afetava a trajetória da radiação, e com isso ele observou que nem todos os raios chegaram ao anteparo, e que a maioria deles teve sua trajetória desviada. A partir dessas observações ele fez , em 1911, uma atualização ao modelo de Thomson, dizendo que os átomos possuíam núcleos, onde suas cargas positivas estavam concentradas, e por isso alguns feixes de radiação α eram desviados quando passavam mais perto do núcleo, e que as cargas negativas estavam espalhadas de maneira difusa em torno desse núcleo. Átomo de Thomson Átomo de Rutherford Luz O conceito de luz é muito importante na análise da estrutura atômica, então o que é luz? A luz que nós vemos é um tipo de radiação eletromagnética, que possui natureza ondulatória e é capaz de transportar energia pelo espaço. Como toda onda nós podemos analisar as ondas eletromagnéticas a partir da Amplitude (A) do Comprimento de Onda (λ) e da Frequência (v). No espectro eletromagnético a luz visível corresponde às ondas entre 400 e 750 nm de comprimento de onda, entre a região infravermelho e a ultravioleta. O estudo da luz é importante porque a luz já têm energia (a energia das ondas eletromagnéticas é inversamente proporcional ao comprimento de onda) o suficiente para fazer com que os elétrons transitem entre camadas de valência, o que leva à liberação de luz visível. Catástrofe do Ul t rav io leta Já se sabia que os sólidos emitem radiação eletromagnética quando eram aquecido, mas isso gerava um problema, que era chamado de catástrofe do ultravioleta, porque utilizando as teorias da época, o corpo humano em sua temperatura normal emitiria uma quantidade altíssima de radiação ultravioleta, o que era absurdo. Foi assim até que em 1900 o cientista Max Planck propôs que na verdade os átomos só absorvem e liberam energia em níveis pré determinados, que Planck chamou de quantums, e o valor destes quantums era dado pela fórmula E = hv, sendo h a constante de Planck. Efeito Fotoelétrico Cinco anos depois da descoberta de Planck, Albert Einstein utilizou essa fórmula para explicar um outro fenômeno, o efeito fotoelétrico, que é a emissão de elétrons numa superfície metálica, com luz incidindo sobre ela. Ele disse que a energia de um fóton (unidade mínima da luz) era dada pela fórmula E = hv, proposta por Planck. Considerando a equação c = λv, podemos escrever a fórmula proposta por Einstein da seguinte forma E =hc/λ. Energ ia do E lét ron E jetado A partir da explicação de Einstein do efeito fotoelétrico, foi possível determinar a energia cinética de um elétron, quando ele era ejetado do átomo, ela é igual a energia do fóton (hv), menos a energia de ligação do elétron com o núcleo, que varia dependendo do elemento, dada pela equação KE = hv - ɸ, sendo KE a energia cinética do elétron, e ɸ a energia da ligação do elétron com o núcleo. Espectro de Linhas A partir destes estudos seria possível analisar a distribuição dos elétrons no átomo, com a análise do espectro de linhas, nome dado ao espectro que é produzido ao se passar a luz de uma lâmpada de vapor de baixa pressão por uma fenda, que foi equacionado por Johannes Rydberg para o átomo de hidrogênio. Mas como quando isso foi proposto pela primeira vez ainda se trabalhava com o modelo atômico de Rutherford, não era possível analisar a distribuição dos elétrons, ainda. A partir da análise do espectro de linhas, Niels Bohr elaborou um novo modelo atômico, no qual os elétrons orbitam o núcleo em distâncias, ou órbitas bem definidas, como num modelo planetário, o que explicaria porque nos espectros de linhas só algumasfaixas de luz são liberadas, ao fazer com que os elétrons transitem entre estados energéticos. O modelo de Bohr possuía as características ao lado. Modelo de Bohr Os elétrons viajam em órbitas circulares, com distância fixa do núcleo. Quando os elétrons estão se movendo pela órbita, eles não perdem energia.(Estados Estacionários) A energia dos elétrons é proporcional à distância que a órbita está do núcleo. Os elétrons emitem radiação quando passam de uma órbita com mais energia, para uma órbita com menos, isto é, de uma órbita mais distante para uma mais próxima do núcleo. A frequência da radiação emitida é dada pela fórmula v=ΔE/h A radiação emitida é de um fóton. A distância entre as órbitas era proporcional à energia do fóton emitido, o que determinava a cor da radiação luminosa. A energia das órbitas era quantizada, isto é, só poderia assumir valores específicos, que são múltiplos de nh/2π, onde n é um número natural. A energia de cada elétron é dada pela fórmula E = -A(1/n²), onde A é uma constante criada por Bohr, e n é a órbita onde o átomo se encontra. Caracter ís t icas do Modelo de Bohr Átomo de Bohr Em 1924 o cientista Louis de Broglie fez um postulado que veio a ser fundamental para a mecânica quântica, e por extensão para a química, que é que a matéria tem natureza ondulatória. Já se sabia antes que a luz, que é uma onda, poderia se comportar como uma partícula, então ele propôs que seria possível que as partículas também se comportassem como onda. Ele usou a fórmula de Planck para energia dos quantums(E = hc/λ) e a teoria da relatividade de Einstein(E=mc²) para propor a fórmula λ = h/mc, que relaciona uma propriedade de onda, o comprimento de onda ( λ ), com uma propriedade de partícula, o momento (mc). Caráter Dual da Matéria Até 1927 os postulados de De Broglie eram apenas teóricos, já que ele nunca provou experimentalmente nenhum caso no qual uma partícula se comporta como onda, essa prova só veio em 1927, quando os cientistas Clinton Joseph Davisson e Lester Germer comprovaram experimentalmente que os elétrons apresentavam uma propriedade que é exclusiva das ondas, a difração. Essa prova foi muito significativa, pois ela mostrou que os elétrons se comportam como onda e como partícula. Dif ração do E lét ron Ainda em 1927, um cientista chamado Werner Heisenberg criou o princípio da incerteza, um postulado muito importante para a mecânica quântica, ele diz que para uma dada partícula, na escala atômicas, não é possível determinar simultaneamente a sua posição, e o seu momento(mv ou mc). Ele formulou a seguinte equação baseado nesse princípio, se Δx é a incerteza da posição e Δmv é a incerteza do momento então Δx⋅Δmv ≥ h/4π, portanto quanto mais perto você chega do valor da posição, mais longe você chega do valor do momento, sendo impossível calcular os dois ao mesmo tempo. Princípio da Incerteza Em 1926 o cientista Erwin Schrödinger criou uma equação para cálculo da energia de um dado elétron, que consta ao lado Modelo Atual Essa equação, que só pode ser resolvida de forma exata para o átomo de hidrogênio, nos traz com suas soluções às funções de onda(ψ), cujo quadrado (ψ²) define a região de probabilidade, onde se pode encontrar um elétron, ou, os chamados orbitais (não confundir com as órbitas de Bohr). A equação também nos traz três dos quatro números quânticos. Número Quântico Principal(n) - Define a energia(100% para sistemas hidrogenóides*) e o tamanho do orbital. n = 1, 2, 3, 4, 5, 6... Número Quântico Secundário(l) - Define a energia para sistemas não hidrogenóides*, além da forma do orbital. l = 0(s), 1(p), 2(d), 3(f), 4(g) ... Número Quântico Magnético(ml) - Define a orientação espacial do orbital. ml = ⼟l Número Quântico Magnético de Spin(ms) - Define o momento magnético do movimento do elétron. Este número não é definido a partir da equação de Schrödinger. ms = ⼟ ½ Todas essas informações e postulados compõem o modelo atômico atual, que mantém algumas características dos modelos anteriores, e mais algumas que derivam da mecânica quântica, no modelo atual os átomos são compostos por núcleos positivos compostos de prótons e nêutrons, e de elétrons localizados em orbitais(regiões de probabilidade) ao redor do núcleo. Equação de Schrödinger Números Quânt icos Sistemas H idrogenóides Um sistema hidrogenóide é um sistema com somente um elétron, e nestes sistemas não existe variação de energia entre os subníveis, portanto a energia do orbital depende somente do número quântico principal, que determina os níveis. Orbi ta is por Subnível Átomo Atual Efeito de Penetração Cada orbital tem um valor de energia específico e quantizado, que pode ser calculado a partir da soma do seu número quântico principal(n) com o número quântico secundário(l), nos sistemas hidrogenóides, não existe variação de energia entre os subníveis, então os orbitais s e p por exemplo possuem a mesma energia, quando isso ocorre nós dizemos que esses orbitais são degenerados. Levando em conta essas relações de energia entre os orbitais nós podemos utilizar o diagrama de Aufbau para realizar a distribuição eletrônica de um átomo Átomos Polieletrônicos Diagrama de AUFBAU O efeito de penetração dos orbitais determina quão próximo, probabilisticamente, um elétron está do núcleo do átomo, dependendo do seu orbital. A penetração segue a seguinte relação s>p>d>f, então quanto menor for o número quântico secundário(l), maior é o efeito de penetração, presumindo que os elétrons possuam o mesmo número quântico principal(n). É possível fazer essa análise comparativa do efeito de penetração de cada orbital, ao comparar suas autofunções radiais, que são o produto da sua região de probabilidade(ѱ²) pela distribuição volumétrica do átomo. Ao analisar as curvas da energia dos orbitais pela quantidade de elétrons, vemos que os gráficos dos orbitais s e p são curvas suaves, mas o dos orbitais d e f possuem algumas variações bruscas, o que explica algumas “anomalias” na configuração eletrônica. Excluindo as anomalias, a configuração eletrônica normal é a maneira na qual os elétron se organizam nos orbitais e níveis de energia, sempre nos menores estados de energia possíveis, isso pode ser feito, quando estamos pensando de modo geral, utilizando o diagrama de AUFBAU, e quando estamos analisando a distribuição dos elétrons dentro dos orbitais devemos sempre obedecer a Regra de Hund: “Para orbitais degenerados, a menor energia será obtida quando o número de e⁻ com o mesmo spin for maximizado”, isto é os arranjos de menor energia são obtidos, quando se colocam os e⁻ de mesmo spin em orbitais separados, para depois emparelha-los. Configuração Eletrônica Ordem de Preenchimento dos Orb i ta is Ao analisar os diagramas de transição de Rich-Suter, nós também podemos observar uma outra propriedade da distribuição eletrônica, quando encontramos utilizando as regras acima, um átomo na forma ns² nd⁴, ele na verdade é da forma ns¹ nd⁵, pois os orbitais semi preenchidos são menos energéticos nessas conformações, isso também é válido na situação ns² nd⁹ →ns¹ nd¹⁰. Diagrama de R ich -Suter
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