Buscar

SISTEMA TRIFÁSICO DA PENA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SISTEMA TRIFÁSICO DA PENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1° fase da dosimetria da pena 
 
Nesta fase a pena base que será definida de 
acordo com a infração penal cometida e as 
circunstâncias judiciais – Art. 59 CP. 
A pena base não poderá ser menor ou 
ultrapassar o que foi definido em Lei. 
A dosimetria sempre partirá da pena mínima 
e será aumentada nas fases do cálculo. 
Ex: Furto – 1 a 4 anos (A pena para ser maior 
que um ano precisa ser fundamentada) 
 
QUALIFICADORA 
O crime cometido poderá conter uma ou mais 
qualificadoras, entretanto apenas uma será 
considera para a pena base. 
Outras qualificadoras serão consideradas 
como agravantes na 2° fase da dosimetria. 
 
 
 
1. Culpabilidade 
2. Antecedentes 
3. Conduta social 
4. Personalidade do agente 
5. Motivos 
6. Circunstâncias 
7. Consequências 
8. Comportamento da vítima 
 
Circunstâncias judiciais – Art. 59 CP 
 
Culpabilidade: É o grau de reprovação do 
comportamento do agente. 
PREMEDITAÇÃO e VIOLÊNCIA poderá 
majorar a pena. 
Antecedentes: Trata-se de todos os atos 
praticados pelo réu e que chegaram a ensejar 
condenação em trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória que não enseja 
reincidência: 
 Antecedentes: Infração cometida 05 anos 
após o cumprimento da pena ou extinção. 
Obs: Atos infracionais não geram 
antecedentes. 
Súmula 444 – STJ – Importante! 
“Inquéritos ou ação penal em andamento NÃO 
poderá ser considerado para agravar a pena. ” 
Circunstâncias: Modo de execução do crime 
O juiz deverá observar todas essas 
circunstâncias judicias para definição da pena 
base, partindo sempre do mínimo 
 
AUMENTO DA PENA 
Quando reconhecida alguma circunstância 
judicial aumenta-se 1/8 para cada 
circunstância a partir da pena mínima da 
infração penal. 
 
NULIDADE 
Ocorre se o juiz não fundamentar para 
aumentar a pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2° fase da dosimetria da pena 
 
Atenuantes e agravantes da pena 
Após verificar os agravantes e atenuantes da 
pena chega-se a pena intermediária. 
Se houver o reconhecimento será de 1/6 de 
aumento para agravante e 1/6 de diminuição para 
atenuante. 
Obs: Classificação doutrinária. 
S. 231 - STJ: Quando há atenuante não poderá 
ser aplicada se diminuir a pena no mínimo legal. 
 
AGRAVANTES 
Algumas agravantes, em determinados crimes 
são consideradas qualificadoras, e neste caso se 
houver mais de uma qualificadora, uma delas será 
qualificadora e as outras agravantes. 
Não pode ensejar uma qualificadora e uma 
agravante igual – Ne bis in idem 
I - Reincidência 
Crime crime Reincidente 
Crime Contravenção Reincidente 
Contravenção Contravenção Reincidente 
Contravenção Crime Não 
Reincidência ficta: Quando está cumprindo a 
pena e comete outra infração. 
Reincidência real: Comete a infração no período 
de 05 anos entre a data de cumprimento ou 
extinção da pena. 
Obs: A sentença do crime transitado poderá ser 
no País ou estrangeiro. 
 Crimes militares e políticos são geram 
reincidência – Importante! 
O uso de drogas para consumo próprio – Art. 28 
da Lei de drogas não gera reincidência. 
 
 
Duas condenações anteriores – Uma delas 
poderá ser antecedente e outra reincidência 
As agravantes só se aplicam a crimes dolosos, 
salvo reincidência. 
II - Ter o agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil ou torpe; 
b) para facilitar ou assegurar a execução, a 
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro 
crime; 
c) à traição, de emboscada, ou mediante 
dissimulação, ou outro recurso que dificultou 
ou tornou impossível a defesa do ofendido; 
 d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou 
de que podia resultar perigo comum; 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou 
cônjuge; 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-
se de relações domésticas, de coabitação ou 
de hospitalidade, ou com violência contra a 
mulher na forma da lei específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever 
inerente a cargo, ofício, ministério ou 
profissão; 
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) 
anos, enfermo ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata 
proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, 
inundação ou qualquer calamidade pública, ou 
de desgraça particular do ofendido 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
O sujeito de embriaga por vontade própria, 
tendo o intuito de criar coragem para a 
praticar a infração penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
–– 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRAVANTES NO CASO DE 
CONCURSO DE PESSOAS 
 Art. 62 - A pena será ainda agravada em 
relação ao agente que: 
I - Promove, ou organiza a cooperação no 
crime ou dirige a atividade dos demais 
agentes; 
II - Coage ou induz outrem à execução 
material do crime; 
Observar o tipo de coação se é irresistível ou 
não. 
III - Instiga ou determina a cometer o crime 
alguém sujeito à sua autoridade ou não-
punível em virtude de condição ou qualidade 
pessoal; 
IV - Executa o crime, ou nele participa, 
mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
ATENUANTES 
 I - Ser o agente menor de 21 (vinte e um), 
na data do fato, ou maior de 70 (setenta) 
anos - femilidade, na data da sentença; 
S. 74 – A menoridade deverá ser 
reconhecida por documento hábil. 
II – O desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante 
valor social ou moral; 
b) procurado, por sua espontânea vontade e 
com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe 
ou minorar as consequências, ou ter, antes 
do julgamento, reparado o dano; 
Recebe se a reparação for entre o 
recebimento da denúncia e a sentença 
condenatória 
c) cometido o crime sob coação a que podia 
resistir, ou em cumprimento de ordem de 
autoridade superior, ou sob a influência de 
violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima; 
 Coação física irresistível: absolvição 
 Coação moral irresistível: Absolvição 
d) confessado espontaneamente, perante a 
autoridade, a autoria do crime; 
S. 545 STJ – “Quando o juiz utiliza a confissão 
para fundamentar a condenação deverá ser 
aplicada a atenuante. ” 
Retratação da confissão: Atenua a pena 
S. 630 STJ – “Tráfico ilícito de droga: Nesse 
caso o agente deverá confessar que a droga é 
transporte e outros. “ 
Não pode confessar ser para consumo próprio. 
e) cometido o crime sob a influência de multidão 
em tumulto, se não o provocou 
ATENUANTE GENÉRICO 
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em 
razão de circunstância relevante, anterior ou 
posterior ao crime, embora não prevista 
expressamente em lei. 
 Benefício que será estipulado pelo juiz 
CONCURSO DE CIRCUNSTÂNCIAS 
AGRAVANTES E ATENUANTES 
Art. 67 - No concurso de agravantes e 
atenuantes, a pena devem aproximar-se do limite 
indicado pelas circunstâncias preponderantes, 
entendendo-se como tais as que resultam dos 
motivos determinantes do crime, da 
personalidade do agente e da reincidência. 
 Menoridade prepondera mais a pena 
 Segunda fase: Reincidência e confissão - Se 
for o caso nada será agravado e atenuado. 
Múltipla reincidência: A pena é agravada mesmo 
se o agente confessar. 
 
 
 
 
 
 
 
3° fase da dosimetria da pena 
 
Nesta fase, trata-se das causas de aumento 
e diminuição da pena. 
O juiz não segue o patamar mínimo e 
máximo, no final a pena total poderá ser 
menor que o mínimo e maior que o máximo 
estabelecido para a infração penal 
cometida. 
 Estão em códigos diversificados: 
 
 Código Penal Geral 
 Código Penal Especial 
 Leis especiais 
 
 As MAJORANTES e MINORANTES 
possuem quantidade fixada em Lei (dobro, 
triplo) ou patamares variados (1/3, 2/3). 
Sempre que houver quantidades e patamares 
trata-se de causa de aumento e diminuição. 
 
MINORANTES 
São as causas de diminuição da pena 
Ex: 
TENTATIVA: É uma
causa de diminuição de 
pena, estando em Lei a diminuição de 1 até 
2/3 do crime consumado. 
 O patamar de redução irá depender do 
quão longe está para consumação do 
crime. Ou seja, se estiver mais longe a 
pena será mais reduzida e se estiver mais 
perto a pena será menos reduzida. 
 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR: Quando 
aplicável a redução é de 1/3 até 2/3. 
 
MAJORANTES 
São as causas de aumento da pena. 
 
 
CONCURSOS DE CAUSAS DE 
AUMENTO E DIMINUIÇÃO 
Homogêneo: 
É apenas a diminuição ou aumento 
 Duas ou mais causas de aumento 
 Duas ou mais causas de diminuição 
Caso 1: Duas causas de aumento sendo 1/2 + 
1/3 da pena média de 6 anos. 
 Isoladamente = 11 anos (6 + 2 + 6) – 
Causas de aumento utiliza-se a 
dosimetria isolada. 
 Cumulativa = 12 anos (6 + 3= 9 + 9/3 = 
12 anos) 
Caso 2: Duas causas de diminuição da pena 
1/2 + 1/2 
 Isoladamente = 0 anos (6 - 3 - 3) 
 Cumulativa = 1 ano e 6 meses (6 - 3= 3 
+ 3/2) – Causa de diminuição de pena 
Caso 3: Possui causas na parte geral e 
especial de aumento ou diminuição 
Levará em consideração todas as causas 
sendo de aumento (isoladamente) ou 
diminuição (cumulativamente). 
Heterogêneo: 
 Causas de aumento e diminuição 
juntos. 
Aplica-se todas as causas de aumento e de 
diminuição de maneira cumulativa. 
Caso 1: Pena média 6 anos – aumento de ½ e 
diminuição de 1/3 
 06 anos (6 + 3 = 9/3 = 3 # 9 – 3= 6) 
Parte especial: Se o concurso ocorrer com 
causas (aumento e diminuição) que estão 
previstas na parte especial, o juiz poderá 
escolher a causa que mais aumente e a que 
mais diminua. 
Ou poderá aplicar todas as causas de 
aumento e todas de diminuição. 
Parte geral: O juiz poderá aplicar todas as 
causas de aumento e diminuição.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando