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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 259 CAPÍTULO VII A ATMOSFERA EM MOVIMENTO. 1. Caracterização do vento. Chama-se vento à componente horizontal ( r r r V = u i + v jz ) do vetor velocidade ( r r r r V = u i + v j + w k) do ar. A caracterização do vento em qualquer ponto (φ, λ, z) da atmosfera requer dois parâmetros: a direção e a velocidade (módulo). Ambas são grandezas instantâneas e pontuais pois, o escoamento do ar depende das condições atmosféricas (que variam no espaço e com o tempo). Nas proximidades da interface superfície-atmosfera o vento é altamente influencia- do pelas características geométricas e pelo estado de aquecimento da própria superfície subja- cente. 1.1 - Direção do vento. A direção do vento exprime a posição do horizonte aparente do observador a partir da qual o vento parece provir (ou seja: de onde o vento sopra) e nunca para onde o vento estaria indo, por mais óbvio que isso possa parecer. A direção é expressa em termos do azimute isto é, do ângulo que o vetor velocidade do vento forma com o norte geográfico local (0o), medido no mesmo senti- do do movimento dos ponteiros de um relógio analógico. Assim, o vento que vem de leste tem direção de 90o, aquele que procede do sul tem direção de 180o etc.. Na prática, costuma-se fornecer a direção do vento arredondando o azimute para a dezena de graus mais próxima (escala de 1 a 36 pontos). Nessa escala o valor 6, por exemplo, significa que a direção do vento está compreendida entre 55 e 64o; 36 refere-se a uma direção qualquer entre 356 e 4o. Nela, o valor 0 é usado quando não há vento, situação conhecida como calmaria. Não havendo instrumento que permita estabelecer a direção do vento com precisão, cos- tuma-se estimá-la e lançar mão da rosa-dos-ventos para exprimir a direção aproximada. A direção é relatada como aquela que mais se aproxima de um dos pontos cardeais (N, S, E, O) ou colate- rais (NE, SE, SW e NW).
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