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Renascimentos Comercial e Urbano, Cultural e Científico e Guerra dos Cem Anos

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO 
GRANDE DO NORTE - CAMPUS CEARÁ-MIRIM 
TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM PROGRAMAÇÃO DE JOGOS DIGITAIS (3V) 
História I 
Profa. Rhayara Lira de Souza 
 
 
 
ALCIDES TIAGO MEDEIROS DANTAS 
WALLACE GABRIEL DE OLIVEIRA ARAÚJO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE DE HISTÓRIA 
Renascimento Comercial E Urbano 
Renascimento Cultural E Científico 
Guerra Dos Cem Anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ceará-Mirim – RN 
2019 
 
Renascimento comercial e urbano 
O renascimento comercial e urbano foi uma importante transformação 
econômica que vai acontecer a partir da baixa idade média (séculos XI, XII e 
XIII). 
Os fatores que vão permitir o ressurgimento do comércio e o reflorescimento das 
cidades foram as cruzadas, o aumento da população, o crescimento da produção 
agrícola e a diminuição das invasões. 
Em relação às cruzadas, se teve uma repercussão comercial 
fundamental, que foi a reabertura do mar mediterrâneo para a navegação, ou no 
caso, o comércio. Com essa reabertura do mar mediterrâneo, se tem o 
surgimento de importantes rotas comerciais, importantes feiras medievais, ou 
seja, o restabelecimento das atividades monetárias. 
 Ocorreu o aumento da população devido a ausência de alguma grande 
epidemia na Europa e as guerras não provocam um número grande de mortos. 
Com esse aumento da população, consequentemente se tem o aumento do 
mercado consumidor, e só foi possível oferecer o suficiente aos consumidores, 
devido ao aumento da produção agrícola, que ocorreu graças ao aumento da 
área de plantio, com a drenagem de pântanos, derrubadas de florestas, e devido 
ao desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, como por exemplo o sistema 
de rotatividade das plantações e a charrua. 
 Houve a diminuição das invasões, e então se teve o aumento da 
segurança, possibilitando a troca ou venda de mercadorias em locais mais 
distantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Renascimento cultural e científico 
O Renascimento cultural e científico foi muito importante para a História 
da Europa e ocorreu nos séculos XIV, XV e XVI. Ela foi uma verdadeira revolução 
cultural/intelectual que ocorreu na transição da Idade Média para Idade Moderna, 
o qual aconteceu a mudança do sistema feudal para o capitalista que esteve em 
desenvolvimento desde o renascimento comercial e urbano, enquanto por outro 
lado temos a decadência do feudalismo. Também é o momento em que está 
acontecendo uma revolução religiosa, contemporânea ao renascimento, a 
chamada Reforma Protestante que vai ser muito influenciada por essa revolução 
cultural/intelectual, não se esquecendo que a península itálica é o berço do 
renascimento. 
Os fatores que possibilitaram esta revolução, mais conhecida como 
renascimento, foi o desenvolvimento do capitalismo desde os séculos XII e XIII 
com o advento do renascimento comercial e urbano, o surgimento de rotas 
comerciais, o aparecimento das feiras medievais, das primeiras atividades 
bancárias, empréstimos, juros, enfim, tudo isso acontece em cidades que vão se 
desenvolver graças ao desenvolvimento das atividades comerciais, e é 
justamente por isso que irão ter os recursos suficientes para o financiamento 
desses artistas, os gênios do renascimento, como ficaram conhecidos os 
pintores e escultores da época. Também há a burguesia surgindo neste 
momento, que vai ganhando mais força, sendo uma burguesia que busca, assim 
como a nobreza já possuía, o status, e um dos instrumentos utilizados por eles 
para conquistar essa projeção social é justamente o patrocínio e a proteção de 
artistas e intelectuais, processo chamado de Mecenato. Não só os burgueses 
faziam este processo, mas também os nobres, para não só manter e sim ampliar 
o seu status nessa sociedade, e a Igreja Católica, que não vai prescindir dessa 
genialidade de grandes artistas, como Michelangelo, para difundir através da sua 
arte os princípios da Igreja. O que contribui também para o renascimento é a 
decadência da mentalidade medieval, marcada pelo misticismo, dogmatismo e 
principalmente pelo teocentrismo. 
Algumas das principais características do renascimento é a inspiração 
dos artistas, no qual eles encontravam referências, a inspiração vem da cultura 
Greco-Romana, chamada cultura clássica, outra importante característica é o 
antropocentrismo (homem como centro), vale lembrar que isso surge em 
oposição ao teocentrismo (Deus como centro), a prova de que o homem do 
renascimento acredita piamente em Deus é o humanismo (o homem visto como 
obra-prima de Deus), temos também o naturalismo que é a identificação da 
natureza como sendo uma obra de Deus e uma busca incansável de tentar 
representar através da arte da forma mais real possível essa perfeição chamada 
natureza, a característica fundamental é o racionalismo, pois o conhecimento 
estava impregnado de uma excessiva religiosidade, mas passou a ser produzido 
através da razão, com a realização de experiências, não podemos se esquecer 
do individualismo, indivíduo como foco das atenções, ou seja, os artistas, no 
qual deixavam a sua marca registrada para mostrar a sua especificidade, de 
certa forma até se imortalizar na história através de suas obras, e por último nós 
temos o hedonismo que é a valorização dos prazeres mundanos/terrenos, a 
crença em que é possível ser feliz sem se preocupar com o dia do juízo final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guerra dos cem anos 
Guerra dos Cem Anos foi uma série de conflitos travados de 1337 a 1453 
(116 anos) entre governantes do Reino da Inglaterra e governantes do Reino da 
França, sobre a sucessão do trono francês. 
Essa guerra se deu por vários motivos, como a tensão em Flandres, na 
atual Bélgica, que era uma região que estava economicamente vinculada a 
Inglaterra (como por exemplo na dependência da lã Inglesa para a produção) 
porém pertencia a França. Um segundo motivo é o de que importantes feudos 
da França eram pertencentes aos reis ingleses como a Normandia (Norte) e a 
Aquitânia (sul). Outro motivo foi a sucessão do governo Francês, que, em 1328, 
morre o rei Carlos IV, e seu parente mais próximo era Eduardo III, porém ele era 
inglês, e os franceses não queriam um rei inglês, e então os franceses coroaram 
um parente mais distante do falecido rei, chamado Felipe de Valois (Felipe VI). 
Em 1337, Felipe VI tenta enfraquecer o poder da Inglaterra na França, invadindo 
o ducado inglês da Aquitânia e assim Eduardo III declarou guerra à França. 
A guerra tão demorada acabou gerando consequências como saques, 
muitas mortes etc. Ela foi tão demorada pois ela não era de batalhas diárias, e 
cada um tinha a motivação de obter recursos para a nobreza que promoviam 
saques e pilhagens enriquecendo os nobres guerreiros, ou seja, aproveitavam a 
guerra (ou batalha) para invadir tal cidade e saquear suas riquezas. 
Uma segunda consequência foi o fortalecimento do poder real 
principalmente na França. Inclusive com a derrota do Duque da Borgonha (região 
francesa) que tinha pretensões ao reino da França e era aliado dos ingleses. 
Outra consequência foi a popularização do arco e flecha no exército inglês 
que permitiu que plebeus a serviço do rei pudessem pela primeira vez enfrentar 
nobres que somente lutavam a cavalo (cavaleiros/cavalheiros). 
Joana d’Ark, filha de camponeses, em 1425, aos 13 anos de idade, dizia 
ouvir vozes de santos que lhe ordenava lutar contra os ingleses e coroar o filho 
de Carlos VI que havia morrido, o príncipe Carlos de Valois governava desde 
1422, mas não era coroado porque os reis franceses eram somente coroado na 
catedral de Reims (tradição que remontava ao primeiro rei dos francos 
convertidos ao cristianismo), e quase todo o norte da França era religião de 
posse da Inglaterra, neste momento Reims estava sendo dominada pelos 
ingleses. 
Uma mulher camponesa que se dizia com a missão divina de salvar os 
franceses, ficou famosano reino, porém apenas em 1429 consegui encontrar-se 
com o herdeiro. Todos ficaram impressionados ao ver ela descobrir 
ocasionalmente quem era o príncipe, pois na época não havia nenhuma 
evidência de quem era, ele deu a Joana um exército de 2.000 mil soldados e 
vestida como homem, com armadura, ela venceu os ingleses na batalha de 
Orléans. 
Possuindo uma sequência de vitórias em julho de 1429, o príncipe foi 
sagrado Carlos VII na catedral de Reims, no ano seguinte, em 1430, d’Ark foi 
capturada e entregue aos ingleses, por causa da fidelidade dos franceses ao 
dono da terra, que era o rei da Inglaterra, sendo ela julgada e condenada por 
bruxaria, foi queimada viva em praça pública em 30 de maio de 1431 aos 19 
anos de idade. Em 1456, ela foi inocentada pela igreja pelos crimes que fora 
acusada e em 1920 o papa Bento XV canonizou a camponesa que hoje é 
reconhecida como Santa Joana d’Ark. A morte de Joana foi impulsionadora do 
exército francês, gerando um nacionalismo, que em 1453 tomaram o último 
reduto inglês, a cidade de Bordeaux. 
 
Referências: 
Stoodi. História - Renascimento Cultural - Introdução. 2015. (7m30s). 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=aU8X4uojx08>. Acesso 
em: 22 set. 2019. 
Stoodi. História - Renascimento Comercial e Urbano - Fatores. 2015. (8m00s). 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=F6L1Brc8F_4&>. Acesso 
em: 22 set. 2019. 
Aula De. História - Guerra dos Cem Anos. 2017. (15m42s). Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=htv1VVTi-NM&t>. Acesso em: 22 set. 
2019. 
https://www.youtube.com/watch?v=aU8X4uojx08
https://www.youtube.com/watch?v=F6L1Brc8F_4&
https://www.youtube.com/watch?v=htv1VVTi-NM&t

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