AD1 - GeomorfologiaContinental

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INSTRUÇÕES
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio 
Cursos de Licenciatura - UERJ / CEDERJ
AD1 (2021-1) 
TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSAS EM VERTENTE
2021
Tipos de movimentos de massa em vertentes
Pesquisa apresentado ao curso de Licenciatura - UERJ / cederj, como parte dos requisitos necessários a obtenção do título de Licenciatura em geografia.
RESUMO
Os movimentos de massas são processos naturais de evolução das encostas. De acordo com a velocidade e composição do material deslocado vertente, tem-se diversas denominações. Esses movimentos podem ser intensificados pela ação antrópica.
Esse trabalho tem como objetivo mostrar os diferentes tipos de movimentos de massa que ocorrem nas vertentes.
Introdução
Quando ocorre movimentos de massas de grande magnitude em áreas ocupadas, esse movimento ganha o nome de desastre natural, esses desastres causam prejuízos sociais, econômicos e por várias vezes deixam vítimas fatais.
Os movimentos de massa são classificados de formas diferentes, através da sua velocidade de deslocamento, tipo de material, entre outros.
Esse trabalho tem como objetivo de classificar os tipos dos movimentos de massas que ocorrem nas vertentes.
As vertentes são as áreas com inclinações, declives de um dos lados das montanhas, que são modificadas em decorrência da interação entre vários processos geomorfológicos.
Figura 1: Exemplo de vertentes
Fonte: http://www.ufscar.br/aprender/aprender/2010/06/bacias-hidrograficas/
TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSAS EM VERTENTES
Os movimentos de massa serão classificados dos movimentos mais lentos de solo passando para os de movimento com velocidade mais elevada, então o primeiro movimento será o rastejo seguido do escorregamento e por fim quedas ou rolamentos de blocos.
1 - Rastejo (Creep)
O rastejo consiste em um movimento lento e contínuo da massa do solo, caracterizado por uma deformação plástica, que é a permanente alteração do estado da estrutura, no qual ela não consegue voltar a sua forma original. Esse movimento ocorre normalmente na camada orgânica superficial do solo.
O rastejo pode ser percebido através de indícios indiretos como o encurvamento de árvores, postes e cercas, através do fraturamento da superfície do solo e de pavimentos, e também através do "embarrigamento" de muros.
Todo esse processo de rastejamento pode causar grandes prejuízos econômicos, afetando as encostas que ficam próximas as obras civis. 
Os rastejos são movimentos lentos e contínuos de material de encostas com limites, via de regra, indefinidos. Podem envolver grandes massas de solo, como, por exemplo, os taludes de uma região, sem que haja, na área interessada, diferenciação entre material em movimento e material estacionário. A movimentação é provocada pela ação da gravidade, intervindo, porém, os efeitos devidos às variações de temperatura e umidade. O fenômeno de expansão e de contração da massa de material, por variação térmica, se traduz em movimento, encosta abaixo, numa espessura proporcional à atingida pela variação de temperatura. Abaixo dessa profundidade, somente haverá rastejo por ação da gravidade(GUIDICINE; NIEBLE, 1984, p. 18) 
Figura 2: exemplo de rastejos
Fonte: (Figura: Modificado de Thompson e Turk, 2007. Texto: Carlos Uchôa 
facebook.com/uchoamaster).
Figura 3: Evidências de rastejo
Fonte:https://www.facebook.com/igeologico/photos/a.141803186302629/833386607144280/?type=3&eid=ARA4_wxJO0J-Pn5t0M3shaLdfiYNxEORp_HQKeFzMxxqia1-LE_5KFpzYKZmXC7NUpgFW1MYay5-QTIP 
2 - Escorregamentos/ Deslizamento
Os deslizamentos são movimentos de massa em médias e grandes quantidades que se desenvolve de maneira mais acelerada. Normalmente esse movimento de massa envolve o deslocamento de um volume bem grande de lama ou terra que destrói casas, estradas e até mesmo em bairros ou cidades inteiras. Geralmente ele ocorre por causa das águas das chuvas, que em grandes quantidades acabam encharcando os solos e desprendendo a superfície de sua base, quando isso ocorre a vertente já está desgastada e acaba sofrendo o episódio de escorregamento, que estabelece um novo ângulo de equilíbrio, fazendo que a lama ela desça ladeira abaixo. Esse movimento pode se desenvolver em locais que não há ocupação humana, porém são mais comuns onde já existe habitação, pois são lugares que normalmente tiveram a cobertura de sua vegetação original retirada, essa vegetação é responsável pela consistência do solo que impede através das raízes o escoamento das águas que evita o deslizamento. 
Existem vários tipos de deslizamentos entre eles tem: os translacionais, os rotacionais, e os movimentos de cunha.
Movimentos rápidos de curta duração, com plano de ruptura bem definido, permitindo a distinção entre o material deslizado e aquele não movimentado. São feições longas, podendo apresentar 10:1, comprimento - largura. São geralmente divididos com base tipo de material movimentado, que pode ser constituído por solo, rocha, por uma complexa mistura de solo e rocha ou até mesmo por lixo doméstico e em sua forma do plano de ruptura, em rotacionais (slumps) que possuem uma superfície de ruptura curva, côncava para cima, ao longo da qual se dá o movimento rotacional da massa do solo e translacionais, que representam a forma mais frequente entre todos os tipos de movimentos de massa. Possuem superfície de ruptura com forma planar a qual acompanha, de modo geral, descontinuidades mecânicas e/ou hidrológicas existentes no interior do material. Na grande maioria das vezes, ocorrem em períodos de grande precipitação (FERNANDES; AMARAL, 2000, p. 134-135). escorregamentos podem ser dos tipos planares, circular ou em cunha.(Celso Santos Carvalho e Thiago Galvão, 2006). 
2.1 – ESCORREGAMENTOS TRANSLACIONAIS
O escorregamento translacional mostra uma superfície de ruptura planar, que ocorre ao longo de falhas, fraturas e ao longo de contatos entre rocha que são aproximadamente paralelos à superfície da vertente. 
Esses movimentos costumam ser compridos e rasos e estão geralmente associados a uma dinâmica hidrológica mais superficial.
Figura 4 – A e B: Escorregamento Translacional
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-25-Representacao-A-e-fotografia-B-de-escorregamento-translacional-ou-planar_fig5_339658200 
2.2 – ESCORREGAMENTOS ROTACIONAIS
O escorregamento rotacional é facilmente notada pela presença de mantos de alteração espessos e homogêneos, e geralmente está associada à filtração de água em profundidade. 
Apresentam como aspecto típico as escarpas d e topo, fendas transversais na massa escorregada e uma língua de material na base d a vertente.
No escorregamento rotacional parte do material que forma a vertente sofre deslizamento, apresentando uma superfície de ruptura bem definida e de forma côncava.
Figura 5: Escorregamento rotacional
Fonte: https://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09c.html 
2.3 – ESCORREGAMENTO DE CUNHA
O escorregamento de cunha é envolvido por duas superfícies de ruptura em maciços rochosos, onde um movimento ao longo de um eixo formado pela interseção dessas superfícies .Esse movimento é comum em taludes de corte ou encostas e classifica-se como fluxo de terra, visto que fluiu vertente abaixo, transportando por longa distância o material sobrejacente em forma de deslizamento 
Figura 6: Escorregamento de cunhaFonte: https://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09d.html
3 – QUEDAS OU ROLAMENTOS DE BLOCOS
Queda ou rolamento de blocos são movimentos que acontecem rapidamente, onde há despendimento de blocos ou lascas rochosas, ocorrem em vertentes e caem em queda livre devido a ação da gravidade.
As quedas e bloco ficam condicionadas de forma direta à presença de afloramentos rochosos nas vertentes de forte declividade. Os episódios de quedas de blocos são potencializados pelas amplitudes térmicas e encharcamento da rocha, através dos seus fraturamentos. 
Figura 7: Queda de BlocosFonte: https://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09e.html 
A figura 7 mostram uma grande quantidade de rochas que se deslocou junto com o solo durante o movimento de massa, o que acaba caracterizando também como rolamentos de blocos, isso ocorre quando eles estão isolados ou expostos na superfície e os processos erosivos removem o apoio de sua base que é o que acaba causando o movimento de rolamento de bloco.
Todos os movimentos de massa acontece em vertentes regidas pelo estresse gravitacional, ou seja, a vertente busca sempre estabelecer seu ângulo de repouso, o qual é representado pelo equilíbrio entre a força impulsora (gravidade) e a força de resistência (atrito e cisalhamento). 
CONCLUSÃO
Ao concluir esse trabalho podemos analisar os desastres a partir dos movimentos de massa, devemos considerar a junção de fatores que são os elementos naturais e sociais do meio, representados pela vulnerabilidade, perigo e risco.
BIBLIOGRAFIA
Ideológico. Facebook. Disponível em:
<https://www.facebook.com/igeologico/photos/a.141803186302629/833386607144280/?type=3&eid=ARA4_wxJO0J-Pn5t0M3shaLdfiYNxEORp_HQKeFzMxxqia1-LE_5KFpzYKZmXC7NUpgFW1MYay5-QTIP > acesso em: 24/03/2021
Riscos Geológico. Unesp. Disponível em:
<,https://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11b.html >
acesso em: 24/03/2021
Bacias hidrográficas. Disponível em:
<http://www.ufscar.br/aprender/aprender/2010/06/bacias-hidrograficas/ >
acesso em: 24/03/2021 
slideshare. Disponível em: < https://pt.slideshare.net/GiovannaOrtiz/solos-6a > acesso em: 24/03/2021
Geodinâmica externa. Unesp. Disponível em: 
<https://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter09d.html > acesso em: 25/03/2021 
Engenharia civil. Oficina de texto. Disponível em:
<https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/movimento-de-massa-conceitos/ > acesso em: 25/03/2021