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Estudo de caso - Projetos de Reurbanização

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ESTUDO DE CASO: CABUÇU DE BAIXO 12 
CONDICIONANTES DO PROJETO PROPOSTA URBANÍSTICA PROPOSTA HABITACIONAL PROPOSTA PAISAGÍSTICA/
AMBIENTAL FICHA TÉCNICA 
Arquitetura: Drucker Arquitetura 
Equipe de projeto: 
Monica Drucker 
Ciro Pirondi 
Ruben Otero 
Victor Minghini 
Noelia Monteiro 
Rebeca Swann 
Eduardo Costa Vale 
Ano: 2011 
Tipo de projeto: Urbanismo 
Área de intervenção: 124 mil m² - cinco 
favelas com 2.1 mil moradias 
Status: Concurso 
Localização: Cachoeirinha — SP, Brasil 
Cabuçu de Baixo 12 está localizado na zona Norte de São Paulo, na base da 
Serra da Cantareira, uma área de preservação ambiental, que define uma 
das bordas da cidade. 
Dentro da Macro Zona da Proteção 
Ambiental da Serra da Cantareira, 
o PAI Cabuçú de Baixo 12 
está localizado na Zona Mista de 
Proteção Especial (CV ZM p/02). 
A esta designação se super-
põe o fato de também estar 
contida dentro da Zona Especial 
de Interesse Social -1 (ZEIS 1). 
As ZEIS-1, são caracterizadas por 
favelas, loteamentos irregulares e 
conjuntos habitacionais de interes-
se social, nos quais podem ser feitas intervenções de recuperação urbanísti-
ca, regularização fundiária, produção e manutenção de habitações de inte-
resse social. 
ZONEAMENTO 
PANORAMA GERAL E ASPECTOS RELACIONADOS AO 
TERRITÓRIO DA BRASILÂNDIA 
• Segregação socioespacial por conta do tecido urbano e topografia 
• Impermeabilização do solo 
• Comprometimento do fundo da bacia hidrográfica 
• Esgoto despejado no córrego aumenta o grau de insalubridade 
• Ausência de parques urbanos 
• Alta declividade 
• Deslizamentos 
• Inundações 
• Sensação térmica e poluição sonora, atmosférica e visual 
• Vielas estreitas, mobilidade precária e ocupação desordenada. 
3. MELHORA DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS INCORPO-
RANDO QUALIDADES URBANAS: 
• Criação de um parque público ao longo do Córrego 
• Qualificação das bordas do córrego com novas habitações, comér-
cios e serviços 
• Criação de praças nos miolos de quadras com novas habitações 
1. INTEGRAÇÃO DA FAVELA À ÁREA: 
• Abertura de vias de atravessamento e consolidação das vias perimetrais 
da favela 
• Abertura de vielas de pedestres para suporte de infraestrutura 
• integração ao sistema de transporte público modificando percursos de 
ônibus 
• Implantação de equipamentos e espaços públicos qualificados 
• Definição e preservação da borda da Serra da Cantareira 
INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO 
INSERÇÃO URBANA 
Fonte: Drucker Arquitetura 
As ruas que conectam a área com o resto do tecido urbano, as novas infra-
estruturas e equipamentos, as áreas livres qualificadas e as novas habita-
ções devem ser os elementos que deem uma nova ordem a esse setor ur-
bano à vez que o integrem, como mais um bairro, ao tecido da cidade. 
As intervenções propostas na malha pública tentam estabelecer uma 
hierarquia de leitura coincidente com a nova legibilidade e conectividade 
urbana desejada para o Plano Urbanístico do Perímetro de Ação Integrado 
(PAI). As ruas hierarquizadas intersectam a malha existente em pontos 
chaves, que estabelecem novas conexões e potencializam a mobilidade 
e a integração física e social da área. Este novo traçado interconecta 
pontos em ruptura da malha existente do entorno. Na área do PAI, ao 
longo do Córrego ainda existem três espaços abertos que apresentam 
condições de serem valorizados como áreas públicas. 
 
 
SISTEMA VIÁRIO E ÁREAS PÚBLICAS 
ADEQUAÇÃO DO GRAU DE REMOÇÃO 
E CONSOLIDAÇÃO DAS MORADIAS 
PERSPECTIVA DAS HABITAÇÕES 
Os levantamentos realizados pela Secretaria de Ha-
bitação mostram que quase 800 moradias deverão 
ser removidas por estarem em área de risco, seja 
por desabamento, seja pelas enchentes estivais do 
Córrego Guaraú que atravessa a área em toda sua 
extensão. Utilizando um CA=1 na área de proje-
to é possível implantar aproximadamente 600 
novas unidades habitacionais. Para o restante 
dos domicílios a serem reasentados –
aproximadamente 200- deverão ser utilizadas 
Áreas de Provisão localizadas em zonas de ZEIS externas à área 
do PAI, mas vizinhas a ela. 
PROJETO DAS UNIDADES HABITACIONAIS 
Os novos edifícios, além de resolver o problema de habitação 
dos moradores afetados pelas remoções, devem se constituir em 
elementos determinantes na definição da nova urbanidade proposta. 
2. RESPEITO À TOPOGRAFIA E Á MORFOLOGIA: 
• Utilizar a infra-estrutura como suporte de programas 
• Aproveitar a água como recurso paisagístico e de lazer 
• Adaptar a arquitetura à topografia e ao arranjo urbano existente 
Para evitar a segregação socioespacial, o projeto privilegia a cons-
trução de edifícios de escala reduzida inseridos no tecido preexis-
tente. Desta forma se evitam os grandes condomínios, para dar 
lugar a edificações de escala e fisionomia compatível com o teci-
do urbano da favela, adaptados à topografia e ao arranjo urbano 
existente. 
ALUNA: 
DIELY ALVES 
RA: 
3224143 
TURMA: 
018206A08 
DATA: 
18/05/2021 
01 
02 
O projeto parte do pressuposto que a água deve ser entendida 
como um recurso disponível para toda a comunidade e não mais 
como elemento de risco à saúde. 
Como uma das premissas na concepção urbanística é a de 
uma maior integração intra-comunidade, propõe-se uma solu-
ção mista onde se emprega o uso de canalização a céu aberto 
junto com seção fechada. 
 
. 
A seção aberta terá dimensões necessárias ao escoamento 
das vazões de base enquanto que o excedente de vazão, veri-
ficadas em chuvas de grandes intensidades, será drenada para 
a galeria em seção fechada através de extravasores. 
O córrego limpo se constituirá no elemento central da área, um 
elemento qualificador da paisagem, elemento de lazer e de re-
ferência para os moradores e para a vizinhança toda 
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL 
Para diminuir a velocidade de escoamento da água, foi preservado 
o percurso ‘meandroso’ do córrego, além da liberação da maior 
área permeável possível na suas bordas, com equipamentos de 
lazer - ativo e passivo -, passeios e ciclovia. Estão previstas bacias 
de retenção, também a céu aberto, a montante da área e no in-
terno dela, que controlarão o regime hidráulico do córrego, e esta-
rão desenhadas para atuarem também como espaços de lazer e qua-
lificação paisagística. 
PRESERVAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PAISAGÍSTICA 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Geosampa 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Drucker Arquitetura 
Fonte: Drucker Arquitetura 
 
 
ESTUDO DE CASO: CÓRREGO DO ANTONICO 
CONDICIONANTES DO PROJETO PROPOSTA URBANÍSTICA PROPOSTA HABITACIONAL PROPOSTA PAISAGÍSTICA/
AMBIENTAL FICHA TÉCNICA 
Arquitetura: MMBB Arquitetos 
Equipe de projeto: 
Fernando de Mello Franco 
Marta Moreira 
Milton Braga 
Ano: 2008 
Tipo de projeto: Urbanismo 
Área de intervenção: 37.713 m² 
Localização: Paraisópolis — SP, Brasil 
ALUNA: 
DIELY ALVES 
RA: 
3224143 
TURMA: 
018206A08 
DATA: 
18/05/2021 
02 
02 
O Projeto Urbano Córrego do Antonico está localizado em Paraisópolis, a 
segunda maior favela da cidade São Paulo. A comunidade, resultado de 
uma invasão a um loteamento regular, possui um córrego, Antonico, que 
se tornou subterrâneo após sucessivas construções que tomaram todo o 
seu leito. 
Dentro da Macro Zona de Estruturação e Qualificação Urbana , o Projeto 
Urbano Córrego do 
Antonico está locali-
zado na Macroárea 
de Redução da Vul-
nerabilidade Urbana. 
O projeto se caracte-
riza predominante-
mente por ZEIS-1, 
sendo um grande es-
paço da cidade, com 
áreas ocupadas por 
população de baixa 
renda, incluindo fave-
las e loteamentosirregulares e alguns conjuntos habitacionais que não es-
tão regulares ainda. 
ZONEAMENTO 
Uma das preocupa-
ções dos urbanistas 
consiste na não re-
moção de muitas ca-
sas, pois além da 
perca de identidade 
da comunidade, as 
residências, apesar 
de ainda estarem em 
construção, estão em 
ótimas condições. 
Porém, a remoção é imprescindível para o objetivo do projeto. Fo-
ram removidas, portanto, 698 unidades habitacionais. 
PANORAMA GERAL E ASPECTOS RELACIONADOS AO 
TERRITÓRIO DA BRASILÂNDIA 
• Região cortada pelo córrego (essa região é cortada pelo córrego anto-
nico, enquanto a Brasilândia é cortada pelo córrego cabuçu) 
• Grande concentração de comércios 
• Insalubridade gerada pelo despejo de lixo no córrego 
• Assentamentos com infraestrutura precária (luz, esgoto e água potá-
vel) 
• Inundações 
• Mobilidade precária e dificultada pela desordem das vias e vielas es-
treitas. 
INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO 
A proposta busca criar um eixo arti-
culador dentro da favela, através 
da abertura do córrego Antonico e 
liberação de suas margens. 
A solução encontrada foi construir 
dois canais para fazer a água en-
contrar seu lugar, o de cima abriga 
águas seguras para a população e 
o canal debaixo todo o remanes-
cente, promovendo uma solução 
sustentável ao meio ambiente e à 
comunidade. O resultado esperado 
de tudo isso é integrar Paraisópolis 
no tecido urbano, uma vez que hoje ela se encontra configurada e apartada da 
cidade. 
SISTEMA VIÁRIO E ÁREAS PÚBLICAS 
Formado por vias coletoras e locais 
em seu entorno, também faz parte do 
projeto, margeando o Antonico, o de-
senho de praças. Trata-se de um par-
que linear que acompanha o rio e se 
alarga justamente no encontro com 
uma das vias principais que cortam 
Paraisópolis. Nesse ponto estão pre-
vistas a construção de um equipa-
mento público, de convivência. 
Árvores acompanham o percurso 
do rio, oferecendo sombra e tor-
nando o entorno agradável. En-
quanto isso, as raízes dessas 
plantas representarão um trata-
mento fitossanitário da água, 
com a manutenção e qualidade 
do líquido. 
Corte típico de via em período 
de vazante 
Corte típico de via em período 
de cheia 
O rio foi considerado como uma área de risco para a população moradora do 
seu entorno, pois com as grandes chuvas de verão a região se torna extrema-
mente alagada, podendo ocorrer a destruição das habitações. 
1. EIXO ARTICULADOR DENTRO DA FAVELA 
• Abertura do córrego Antonico e liberação de suas margens 
• Construção de dois canais, um para uso da comunidade e outro para uso 
remanescente 
• Aproveitar a água como recurso paisagístico e de lazer 
• Implantação de uma ciclovia que servirá como alternativa aos transportes 
públicos 
• Prolongado o eixo de mobilidade até encontrar a mais recente linha de 
metrô, conectando a população ao sistema de transporte de massa 
•Abrir as vielas existentes , criando um calçamento adequado, e colocando 
iluminação pública 
ADEQUAÇÃO DO GRAU DE REMOÇÃO E CONSOLIDA-
ÇÃO DAS MORADIAS 
Após as remoções houve o alargamento da margem do córrego, 
resultando em um corredor livre para várias atividades, entretanto, 
como parte do projeto, uma faixa da beira, que pode variar entre 
dois e três metros de largura, servirá para a ampliação das residên-
cias remanescentes ao local, dinamizando o espaço. 
 
2. DESAPROPRIAÇÕES REDUZIDAS 
• Criação de uma faixa que varie entre dois e três metros de chão , 
que servirá para a ampliação das residências remanescentes ao local 
ou implantação de comércios, dinamizando o espaço 
• Saneamento básico para todos os assentamentos 
• Implantação de equipamentos públicos de infraestrutura, de modo a 
atender todos os moradores 
3. RECONCILIAÇÃO DA FAVELA COM AS ÁGUAS 
• Construção de um parque linear que acompanha o rio e se alarga justa-
mente no encontro com uma das vias principais que cortam Paraisópolis. 
Nesse ponto estão previstas a construção de um equipamento público, de 
convivência. 
• Criação de praças de alargamento, com a presença de brinquedos para as 
crianças – playground, bicicletas, trilhas para o percurso a pé – criando uma 
nova dinâmica na comunidade. 
• Inserção de um sistema de limpeza biológica da água para manter a 
população em contato com o córrego 
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL 
O projeto prevê a criação de praças e espaços públicos com novos mo-
biliários para o convívio da população, além de buscar alternativas de 
reconciliação da favela 
com as águas, superando 
sua visão como problema, 
para então ser desfrutada 
no cotidiano da população. 
A expectativa é que o aten-
dimento da rede de sanea-
mento será elevado. As 
águas superficiais que flui-
rem pelo canal aberto rece-
berão sistemas adicionais 
de limpeza biológica da 
água, mitigando os efeitos 
da poluição difusa remanescente. O que permitirá o contato da popula-
ção com o novo córrego. 
A proposta de reurbanização do córrego Antonico, do escritório MMBB 
Arquitetos, é um grande exemplo para o desenvolvimento de reurba-
nização no território da Brasilândia, pois mostra como algumas sim-
ples soluções podem modificar a visão do espaço e os desafios de se 
criar áreas de convívio para comunidades, onde a prioridade do local 
é servir de moradia. Já com relação à qualidade ambiental, não pode 
ser esquecido as muitas preocupações que a insalubridade da área 
traz para a população e que o saneamento básico deve ser um direito 
à todos. 
Fonte: Geosampa 
Fonte: Archdaily 
Fonte: MMBB Arquitetos 
Fonte: MMBB Arquitetos 
Fonte: MMBB Arquitetos 
Fonte: Batente 
Fonte: MMBB Arquitetos 
Fonte: Google Maps 
Fonte: MMBB Arquitetos 
Fonte: MMBB Arquitetos Fonte: MMBB Arquitetos 
CORTES 
Fonte: Vitruvius 
Fonte: Vitruvius. Editada pelo autor 
Fonte: Vitruvius Fonte: Vitruvius 
Fonte: MMBB Arquitetos

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