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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 285 Segundo termo (– (1/ρ) ∇Z p ). O gradiente horizontal de pressão (∇Z p ) terá claramente duas componentes, correspon- dentes às direções de e T r e N r , ou seja: – 1/ρ ∇Z p = – 1/ρ [ ∂p/∂s T r + ∂p/∂n Nr ] (iii) Terceiro termo (– r k ^ f V r Z). Como a aceleração de Coriolis é sempre perpendicular ao vetor velocidade do vento ( V r Z) não tem componente ao longo de T r e, assim: – r k ^ f V r Z = – f VZ N r (iv) Substituindo esse resultados (ii, iii e iv) na equação VII.7.7: (dVZ /dt) T r + (VZ2/R) N r = – 1/ρ [ ∂p/∂s Tr + ∂p/∂n Nr ] – f VZ Nr Em coordenadas naturais, portanto, a equação do movimento (VII.7.7) pode ser expandida em duas componentes: a normal e a paralela à direção do escoamento, respectivamente: (VZ2/R) N r = – 1/ρ ( ∂ p/∂ n ) Nr – f VZ Nr ; (VII.8.1) (dVZ /dt) T r = – 1/ρ ( ∂ p/∂ s ) Tr . (VII.8.2) 9. Movimento horizontal: soluções de diagnóstico. As expressões VII.7.7 e VII.8.1 traduzem o movimento horizontal (bidimensional) do ar na atmosfera livre e são equações de prognóstico, isto é: teoricamente sua integração permite prever a velocidade do vento em um determinado instante e ponto da atmosfera, conhecidas as condi- ções iniciais e de contorno. Infelizmente, a integração analítica não é possível, por não se conhe- cer a dependência das diversas variáveis em relação ao tempo. Em que pese essa impossibilida- de, algumas importantes conclusões podem ser extraídas delas, quando se assume a hipótese do escoamento do ar não ser acelerado (VZ não varia com o tempo) durante um certo intervalo de tempo. Tais conclusões são de diagnóstico e significam tornar (dVZ /dt) T r = 0 em VII.8.2. Nesse caso particular o movimento do ar se dá ao longo das isóbaras e é descrito pela equação VII.8.1 que, em módulo: VZ 2 /R = – 1/ρ ( ∂ p/∂ n ) – f VZ (VII.9.1) Não se pode esquecer, porém, que todos estes termos representam contribuições radiais. As possíveis conclusões advindas da análise da última equação são aproximações da rea- lidade, haja vista que a velocidade do vento (real) varia com o tempo (a aceleração não é nula). A análise, conduzida a seguir, serve tão somente para ilustrar que é possível adquirir informações
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