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1) Fundamentado na ITG 2002 relate quais as regras específicas entidades sem fins lucrativos deverão observar  quando da elaboração das demonstrações contábeis?
R: Segundo o ITG 2002, as regras a serem seguidas são as seguintes:
- As receitas e as despesas devem ser reconhecidas, respeitando-se o princípio da Competência.
- Somente as subvenções concedidas em caráter particular se enquadram na NBC TG 07. 
-As imunidades tributárias não se enquadram no conceito de subvenções previsto na NBC TG 07, portanto, não devem ser reconhecidas como receita no resultado.
- O trabalho voluntário, inclusive de membros integrantes dos órgãos da administração, no exercício de suas funções, deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro.
- (...) (c) relação dos tributos objeto de renúncia fiscal; (...) 
2) Estude a legislação aplicada referente ao Cofins e ao PIS/Pasep e elabore o seu entendimento acerca das implicações tributarias aplicáveis à empresa sem fins lucrativos.
R: O PIS é devido sobre a folha de pagamento e a COFINS é isenta somente em relação às receitas de sua atividade própria (inciso X da MP 2.158-35) 1 ;para a apuração de Cofins das entidades sem fins lucrativos cuja entidade auferiu outras receitas que não seja resultado da atividade própria (contribuições associativas) sobre este valor terá de calcular 7,6%. Esta receita deve ser tributada com base no sistema não cumulativo da contribuição (Lei nº 10.833/2003).
Assim, uma associação sem Fins Lucrativos terá de apurar:
1% - a título de PIS-Sobre folha; e 7,6% de Cofins não cumulativo, sobre as receitas não derivadas de atividades próprias da associação.
Isto porque as atividades próprias da associação gozam de isenção.
3) Estude a legislação aplicada a tributação da CSSL e IR das entidades sem fins lucrativos e elabore um texto informando o seu entendimento. Esclareça as duvidas com o seu professor através de mensagens.
R: IRPJ/CSLL: A Lei 9.532/97, em seu artigo 15, define como “isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos. Neste sentido para fins de garantir referida isenção, a entidade deverá ainda atender aos requisitos do artigo 12 § 2º do mesmo diploma legal, dentre os quais destacam-se:
-Somente poderão ser remunerados os dirigentes que atuem efetivamente na gestão executiva; 
- Os recursos deverão ser aplicados integralmente na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais; 
- No caso de incorporação, fusão, cisão ou de encerramento de suas atividades, seu patrimônio deverá ser destinado a outra instituição isenta/imune ou a órgão público; 
4) Ativos intangíveis: Considerando que um dos itens mais relevantes nas DCs dos times de futebol,  aproprie-se dos textos abaixo ou de outros que você poderá encontrar em diversas revistas especializadas, assim como nas demonstrações contábeis do seu time preferido, observe as regras que devem ser observadas pelo gestor dessa agremiação, e apresente argumentos que favoreçam o entendimento de outros leitores da correta ou não classificação dos ativos intangíveis na referida agremiação.
R:No atlético MG, o relatório contábil apresenta nas suas notas explicativas o seguinte”os custos de formação dos atletas (categorias de base) são registrados no ativo intangível, e amortizados de acordo com o prazo do primeiro contrato assinado de cada atleta profissional. No final de cada exercício o Clube avalia a possibilidade de recuperação econômica financeira do valor líquido contábil do custo de cada atleta registrado nesta conta e, havendo evidências de irrecuperabilidade do custo, o valor é baixado em conta específica do resultado. Os direitos econômicos dos atletas são registrados pelo custo de aquisição e amortizados de acordo com o prazo do contrato de cada atleta”.
Segundo Assis (2019) No futebol, a ativação no intangível dos investimentos em atletas e, mais recentemente, dos gastos com a formação dos mesmos (esse último nos moldes dos gastos com pesquisa e desenvolvimento em empresas da indústria farmacêutica ou de tecnologias, por exemplo), não é uma discussão recente, e vem sendo realizada, de forma normativa ou não, há alguns anos, em diversos países e mercados.
 Identificar a relevância desse grupo juntos às peças contábeis faz-se essencial para a definição de políticas e normas futuras relativas a técnicas de reconhecimento, métodos de mensuração e valoração de intangíveis nos demonstrativos contábeis.”
Dessa forma, é compreensível que o Clube Atlético MG evidenciou de forma condizente seu imobilizado Intangível.
Assis Renan Barabanov de; Nakamura, Wilson Toshiro (2019) O intangível nos clubes brasileiros: uma análise dos gastos com jogadores nas demonstrações contábeis Dispónível em revistas.usal.es › index.php › article › download › reb2019612119133
5) O endividamento dos clubes de futebol no Brasil pode ser considerado relevante.
R:O Atlético MG está cumprindo integralmente a Lei 13.155/2015, que estabelece princípios e práticas de responsabilidade fiscal e financeira e de gestão transparente e democrática para entidades desportivas profissionais de futebol, destacando-se o artigo 4º da referida Lei que estabelece:
“-Art. 4º Para que as entidades desportivas profissionais de futebol mantenham-se no Profut, serão exigidas as seguintes condições: (...) 
IX - demonstração de que os custos com folha de pagamento e direitos de imagem de atletas profissionais de futebol não superam 80% (oitenta por cento) da receita bruta anual das atividades do futebol profissional.”
 Portanto conforme demonstrado abaixo, o clube se enquadra nas regras do Profut
6) Nesse sentido, escolha as DCs do seu time preferido e observe se os responsáveis pela divulgação das informações contábeis aderiram a referida Norma. Relate os principais pontos e informações prestadas por ele.
R: Conforme nota técnica do clube Atlético MG em seu balanço de 2019, o clube adota sim a ITG 2003:
“As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas contidas na Lei nº 6.404/76 - Lei das Sociedades por Ações – LSA, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, e homologadas pelos órgãos reguladores, e as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente a Interpretação Técnica ITG 2003, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade por meio da Resolução 1.429/2013, que aborda aspectos contábeis específicosaentidades desportivas profissionais. As demonstrações contábeis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2019 foram autorizadas para emissão com a aprovação da Diretoria do Clube em 31 de março 2020, considerando os eventos subsequentes ocorridos até esta data. Em 2019, o Clube implantou um novo plano de contas para atender as normas contábeis aplicáveis a entidades desportivas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, Apfut e CBF. Assim, os valores das demonstrações contábeis de 2018, foram reclassificadas em função do novo plano de contas”