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lista 4 resolvida economia internacional

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Economia Industrial - 4ª Lista de Exercícios resolvida 
1. Considere um mercado oligopolista onde ocorre um processo de concentração de empresas 
(aquisição). Caso este processo se concretize, passarão a existir 5 empresas no mercado, cujas 
vendas em unidades monetárias (u.m.) são apresentadas na tabela seguinte. 
 
Relativamente a este mercado, sabe-se ainda que o processo de concentração se refere à 
aquisição pela empresa 5 (E5) de uma outra empresa (E0). Sabe-se ainda que na situação pré-
aquisição, a quota de mercado da empresa E0 é 1/3 da quota da empresa E5. 
(a) Considerando a situação pós-aquisição deste mercado, calcule e compare os resultados 
que obtém para o grau de concentração de mercado usando diferentes medidas de 
concentração. 
Para achar Si, somar o valor total das vendas e dividir pela venda da empresa. 
Empresas Vendas Si Si² 
Empresa 1 40 0,13793103 0,01902497 
Empresa 2 30 0,10344828 0,01070155 
Empresa 3 60 0,20689655 0,04280618 
Empresa 4 60 0,20689655 0,04280618 
Empresa 5 100 0,34482759 0,11890606 
Total 290 1 0,23424494 
Maiores empresas: 5, 4, 3, 1, 2 
C(4) = 89,65% 
HH: 0,23424494 
(b) As restantes empresas do mercado têm feito forte pressão para que a aquisição proposta 
pela E5 não seja autorizada por parte das autoridades da concorrência. Concorda com os 
argumentos das empresas não envolvidas no processo de aquisição? Atendendo a que a 
empresa E0 tinha uma quota de mercado de 1/3 da empresa E5 e assumindo que as vendas da 
empresa resultante da aquisição correspondem simplesmente à soma das vendas das empresas 
envolvidas nesta operação, as quotas de mercado na situação pré-aquisição seriam: 
E0: vendas = 25; Si = 0,078125 
E5: vendas = 75, Si = 0,234375 
2. Uma dada indústria é constituída por sete empresas. As empresas E1, E2, E3 e E4, detêm 
10% do mercado e as empresas E5, E6 e E7 detêm 20% de market share. 
(a) Calcule o índice de Herfindahl-Hirschman para esta indústria. 
 
HH pré fusão = 10² + 10² + 10² +10² + 20² + 20² + 20² = 1.600 
(b) Suponha que as empresas E1 e E2 realizem um movimento de fusão e a nova empresa terá 
20% de participação de mercado. Calcule o índice HH pós-fusão. 
HH pós fusão: 20² + 10² +10² + 20² + 20² + 20² = 1.800 
HH pós - HH pré: 1.800 – 1.600 = 200. 
O índice pós fusão é 1.800, então ele se encaixa no 1000 ≤ HH ≤ 1800: existe preocupação quanto 
à competição se o aumento do índice for igual a 100 pontos, com relação ao índice pré-fusão; 
como o aumento é de 200, não há uma preocupação quanto a fusão. 
3. O que é diferenciação de produto? Quais suas formas? Os produtos são diferenciados 
segundo diversos aspectos como: local da oferta, qualidade do produto ou percepção da marca. 
Rigorosamente, basta que os consumidores percebam os produtos como diferentes, isto é, que 
tenham preferências subjetivas distintas, para ocorrer diferenciação de produto. Muitos 
produtos que apresentam características físicas idênticas são percebidos como diferentes pelos 
consumidores em função da marca. As empresas orientam parte relevante de seus recursos para 
consolidarem as marcas perante os consumidores. Como os produtos diferenciados são 
substitutos imperfeitos, uma empresa pode fixar preços acima das demais e realizar vendas. 
Incorporar a diferenciação do produto como uma estratégia possível torna-se importante, na 
medida em que a maior parte das empresas produz uma grande variedade de bens/serviços e 
que uma grande parte das empresas que utilizam a diferenciação como uma estratégia de 
mercado tem algum poder de mercado. Dessa forma, empresas que atuam em mercados onde 
os produtos são diferenciados se defrontam com uma demanda residual inclinada, havendo 
espaço para fixação de preços. Existem dois tipos de diferenciação de produto: a horizontal e a 
vertical. Duas variedades de um produto são consideradas verticalmente diferenciadas quando 
um dos produtos apresenta atributos mais desejáveis que o outro. Dessa forma, em condições 
de preços iguais, todos os consumidores escolhem apenas o melhor produto. Em uma definição 
mais rigorosa, a diferenciação é considerada vertical quando a utilidade de todos os 
consumidores aumenta quando o nível de uma característica do produto é aumentado. 
Normalmente, em mercados onde os produtos são verticalmente diferenciados, os diferenciais 
de preços são elevados. A diferenciação vertical de produto ocorre, por exemplo, entre dois 
carros do mesmo modelo, mas um com maior potência e conforto do que o outro. Ou seja, todos 
os consumidores se beneficiam quando o conforto de um carro é aumentado. A diferenciação 
horizontal ocorre quando os produtos não podem ser considerados melhores ou piores, ou seja, 
não se pode ordenar a qualidade dos produtos. Isso ocorre porque, em situações de preços 
iguais, nem todos os consumidores escolhem a mesma variedade. A escolha irá depender do 
“gosto” do consumidor. Novamente, segundo uma definição estrita, a diferenciação é 
considerada horizontal quando a modificação em um atributo do produto causa aumento na 
utilidade de alguns consumidores e diminuição na de outros. Um exemplo de diferenciação 
horizontal é a cor de carros, alguns consumidores preferem carros pretos e outros, carros 
brancos. Normalmente, em situações de diferenciação horizontal, os preços das variedades são 
bastante próximos. Ainda que existam modelos que abordem a diferenciação vertical, os 
modelos mais conhecidos tratam da diferenciação horizontal. 
4. Considere sobre diferenciação de produtos: Dois tipos de consumidores: A universitário e B 
CEO da Vale. Cada consumidor i associa valores diferentes para cada uma das características 
j. 
 
 
Explique como este cenário (utilidades e preferências dos consumidores aos dois carros) 
podem ser utilizados pelas empresas em estratégias de diversificação horizontal e vertical. 
Duas variedades de um produto são consideradas verticalmente diferenciadas quando um dos 
produtos apresenta atributos mais desejáveis que o outro. Dessa forma, em condições de preços 
iguais, todos os consumidores escolhem apenas o melhor produto. Em uma definição mais 
rigorosa, a diferenciação é considerada vertical quando a utilidade de todos os consumidores 
aumenta quando o nível de uma característica do produto é aumentado. Normalmente, em 
mercados onde os produtos são verticalmente diferenciados, os diferenciais de preços são 
elevados. A diferenciação vertical de produto ocorre, por exemplo, entre dois carros do mesmo 
modelo, mas um com maior potência e conforto do que o outro. Ou seja, todos os consumidores 
se beneficiam quando o conforto de um carro é aumentado. O CEO tem mais dinheiro para 
investir em um carro do que o universitário. A indústria automobilística investe na diferenciação 
vertical pois há diversos consumidores com diversas restrições orçamentárias. A fabricante, 
sabendo que a utilidade de um Porsche tem utilidade negativa para um universitário, diversifica 
o produto (consequentemente barateia) para que ele abranja essa parcela de mercado. 
5. Explique o conceito de barreiras à entrada, cite suas fontes e descreva cada uma delas. 
Qualquer fator que impeça a livre mobilidade do capital para uma indústria no longo prazo e, 
consequentemente, torne possível a existência de lucros supranormais permanentes nessa 
indústria, constitui barreira à entrada. 
Bain: barreira à entrada corresponde a qualquer condição estrutural que permita que empresas 
já estabelecidas em uma indústria possam praticar preços superiores ao competitivo sem atrair 
novos capitais. Em termos práticos, isso significa que é possível a existência de lucros 
extraordinários no longo prazo porque as empresas entrantes não conseguem auferir após a 
entrada os mesmos lucros que as empresas estabelecidas obtêm pré-entrada. 
Stigler: existe barreira à entrada em uma indústria se há custos incorridos pelas empresas 
entrantes que não foram desembolsados pelasempresas estabelecidas quando iniciaram a 
operação. Essa assimetria de custos entre empresas estabelecidas e empresas entrantes após a 
entrada impossibilita essas últimas de obterem a mesma lucratividade que as primeiras. 
R. Gilbert: na qual somente há barreiras à entrada se é possível configurar vantagens 
competitivas atribuíveis exclusivamente à existência da empresa. Nessa terceira definição, 
somente há barreira à entrada quando há um diferencial econômico entre empresas 
estabelecidas e entrantes simplesmente porque as primeiras já existem e as outras ainda não. 
Esse “prêmio pela existência” é, necessariamente, a tradução econômica de algum tipo de 
“vantagem da primeira empresa a se mover” (first-mover advantages). Nessa visão, uma teoria 
de barreiras à entrada não pode ser construída sem uma teoria do comportamento oligopolista 
e sem a análise das barreiras à saída existentes na indústria. Esse tipo de tratamento é a 
motivação teórica básica das teorias de prevenção estratégica de entrada. 
C. Von Weizsacker: a existência de diferenciais de custos entre empresas estabelecidas e 
entrantes não é condição suficiente para assegurar a presença de barreiras à entrada. É 
necessário, também, que impliquem distorções na alocação de recursos do ponto de vista social. 
Fontes de barreira à entrada: 
1. Existência de vantagens absolutas de custos a favor das empresas estabelecidas: quando 
o custo médio de longo prazo das empresas entrantes é superior ao das empresas 
estabelecidas em qualquer nível de produção de um bem homogêneo dizemos que 
essas últimas detêm vantagens absolutas de custos (explicado detalhadamente na 
questão 10 da lista 5); 
2. Existência de preferências dos consumidores pelos produtos das empresas 
estabelecidas: escolha pessoal do consumidor. Na competição potencial, a presença de 
diferenciação de produtos pode implicar a existência de barreiras à entrada. Se há 
lealdade dos consumidores para com os produtos vendidos pelas empresas existentes, 
as empresas entrantes têm forçosamente que vender a preços mais baixos para deslocar 
preferências estabelecidas ou incorrer em gastos superiores de publicidade para 
divulgar a nova marca. 
3. Existência de estruturas de custos com significativas economias de escala (Bain não 
considera muito mas Sylos-Labini sim): as condições requeridas para a existência de 
barreiras de escala (scale barriers) são escala mínima eficiente (EME) não negligenciável 
em comparação com o tamanho da demanda de mercado e custos médios de produção 
em escalas subótimas sensivelmente superiores aos custos médios mínimos de longo 
prazo, isto é, a elevada inclinação da curva de custos na região de escala subótima. O 
grau de barreira à entrada de escala será tanto maior quanto maior for a redução 
esperada para o preço pós-entrada. Essa, por sua vez, será tanto maior quanto menor a 
elasticidade-preço da demanda de mercado e maior a relação entre escala mínima 
eficiente e o tamanho da demanda ao preço competitivo. 
4. Existência de elevados requerimentos de capital inicial: Bain considerava que poderia 
existir uma quarta fonte de barreiras se a entrada de uma nova empresa em uma 
indústria exigisse a mobilização de elevada soma de capital para fazer face ao 
investimento inicial – as barreiras de capital (capital barriers). Assim como as barreiras 
de escala, as barreiras de capital surgem como consequência da existência de elevadas 
escalas mínimas eficientes. Porém, o surgimento de barreiras de capital exige somente 
que a escala mínima eficiente seja elevada em termos absolutos, mesmo que pouco 
significativa em comparação com o tamanho da demanda. 
6. Considere o Modelo Conceitual do Preço Limite. O que aconteceria no mercado, no segundo 
período, se as empresas estabelecidas adotassem o preço competitivo no primeiro período? 
E se adotassem o preço de monopólio no primeiro período? O modelo conceitual do preço 
limite supõe uma curva de custo médio em formato de L (mesmo que haja produção de produtos 
homogêneos ou diferenciados, , os custos médios são decrescentes com o aumento da escala 
até atingirem o nível equivalente à escala mínima eficiente, quando então se tornam constantes) 
e considera a existência de dois períodos. No primeiro caso, com o preço fixado no nível 
competitivo pelas estabelecidas, não haverá entrada pela falta de incentivo. No segundo caso, 
as estabelecidas adotando o preço de monopólio, estavam maximizando seus lucros no curto 
prazo (lucro positivos no primeiro período) e no segundo período haverão entradas que levarão 
o preço de volta ao preço competitivo. Por isso há um terceiro caminho, o do preço limite. S e 
as empresas estabelecidas têm alguma vantagem competitiva em relação à empresa entrante, 
existe uma faixa de preços tal que é possível a elas obterem lucros positivos – mesmo que não 
os máximos possíveis no primeiro período – ao mesmo tempo em que nenhuma entrada seja 
incentivada. O valor superior dessa faixa é conhecido como preço limite. A adoção do preço 
limite torna possível às empresas estabelecidas auferirem um certo nível de lucros de forma 
permanente (isto é, no primeiro e no segundo períodos). 
7. Considere o Modelo Conceitual do Preço Limite. Seja E a condição de entrada, Pl o preço 
limite e Pc. Demonstre algebricamente que PL= Pc(1+E). 
𝐸 =
𝑃𝐿 − 𝑃𝐶
𝑃𝐶
 𝑜𝑢 𝑃𝐿 = 𝑃𝐶 (1 + 𝐸) 
onde E é a condição de entrada, PL o preço limite e PC o preço competitivo no longo prazo 
(equivalente ao custo médio mínimo de longo prazo). 
Em relação à condição de entrada E podem prevalecer quatro situações distintas: 
1. Entrada fácil. As empresas estabelecidas não têm vantagens de custos em relação à 
empresa entrante e não podem sustentar lucros extraordinários. Não há barreira à 
entrada e prevalece o preço competitivo. 
2. Entrada ineficazmente impedida. As empresas estabelecidas têm pouca vantagem 
competitiva e por isso preferem praticar o preço de maximização de curto prazo. Com 
isso irão obter os lucros mais altos possíveis embora apenas no primeiro período, 
porque ocorrerão entradas até que o preço retorne ao nível competitivo no segundo 
período. Outra razão para esse comportamento decorre da existência de fatores que 
impliquem um longo período de maturação dos investimentos de sorte que o tempo 
necessário para que a entrada se materialize seja longo. 
3. Entrada eficazmente impedida. As empresas estabelecidas têm vantagem competitiva 
significativa em relação à empresa entrante, razão pela qual preferem praticar o preço 
limite e barrar entradas em vez de adotarem o preço de maximização dos lucros no 
primeiro período e permitir entradas que anulem os lucros no segundo período. A 
condição para que essa opção seja preferida é que o lucro acumulado nos dois períodos 
proporcionado pela adoção do preço limite seja superior ao lucro máximo possível no 
primeiro período (e nulos no segundo). 
4. Entrada bloqueada. É a situação na qual as vantagens competitivas das empresas 
estabelecidas são tão grandes que mesmo o preço de maximização dos lucros no 
primeiro período é inferior ao preço limite. Nesse caso, o preço de maximização do 
primeiro período está dentro da faixa de preços que não incentiva entradas e, portanto, 
as empresas existentes irão manter esses lucros permanentemente.

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