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DISCIPLINA - História Medieval

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DISCIPLINA: História Medieval 
TÓPICO 1: Fontes e problemas no estudo da Idade Média 
 
DESAFIO 
Alguns professores da Educação Básica costumam afirmar que existe uma distância significativa entre o 
saber acadêmico, ou a historiografia, e o saber escolar, ou a história que é ensinada nas escolas. Em sua 
percepção, parece não haver uma proximidade entre os avanços historiográficos e a narrativa dos livros 
didáticos, fazendo com que siga sendo repetida uma série de preconceitos e estereótipos nas salas de aula. 
Em relação ao ensino da Idade Média, leia a observação feita pela historiadora Miram Coser: 
“A transposição de discussões historiográficas complexas para a sala de aula é sempre um problema e um 
dilema para os professores. Sem dúvida, não se trata de propor que tais questões sejam minuciosamente 
abordadas, mas já é hora de crianças e jovens terem acesso à informação de que, na Idade Média, havia 
outros grupos sociais além da tradicional divisão padres/guerreiros/camponeses tão preconizada pela Igreja 
e que as cidades faziam parte da vida medieval.” 
Você, como futuro professor, quais outros temas poderia abordar sobre a Idade Média que não a tríade 
comentada por Miram Coser? Como você realizaria essa abordagem? Descreva. 
 
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO 
Existem muitas temáticas que podem ser exploradas sobre a Idade Média que extrapolam as noções de 
feudalismo ou da sociedade de ordens, e as formas clássicas de se abordar o período. As contribuições da 
história cultural, da micro-história e da história das mentalidades trouxeram novos objetos de pesquisa que 
podem contribuir para extinguir certos preconceitos e estereótipos sobre a Idade Média. É possível trabalhar 
com a história das mulheres, a cultura popular, o desenvolvimento da filosofia e da ciência, as manifestações 
culturais e a arquitetura, os inventos dos camponeses, etc. 
Essas abordagens podem ser realizadas a partir da bibliografia existente sobre esses temas, mas também 
explorando-se fontes primárias que se encontram digitalizadas e traduzidas em inúmeros sites e diferentes 
revistas especializadas. As cantigas, a iconografia e os documentos escritos despertam a atenção dos 
jovens e possibilitam, ainda, explicar para os alunos como se dá o trabalho dos historiadores. 
 
 
1) As fontes históricas são materiais imprescindíveis para o trabalho do historiador. As diferentes 
formas com que as sociedades nos legaram vestígios de sua existência e experiência permitem que 
façamos nossas análises sobre sua história. Leia a citação a seguir, retirada da obra Fontes 
Históricas, organizada por Carla Pinsky (2008): 
“O uso das fontes também tem uma história porque os interesses dos historiadores variaram no 
tempo e no espaço, em relação direta com as circunstâncias de suas trajetórias pessoais e com suas 
identidades culturais. Ser historiador do passado ou do presente, além de outras qualidades, sempre 
exigiu erudição e sensibilidade no tratamento de fontes, pois delas depende a construção 
convincente de seu discurso.” 
Sobre esse trecho e a partir de seu conhecimento sobre as fontes históricas da Idade Média, assinale 
a alternativa correta: 
b) Houve inovações temáticas na escrita da história da Idade Média, que são correlatas a uma ampliação 
da concepção de “fonte histórica” por parte dos historiadores. 
RESPOSTA CORRETA 
A partir das inovações historiográficas advindas do desenvolvimento de novas metodologias e da aplicação 
de novos conceitos e teorias, os historiadores passaram a considerar uma série de outros vestígios das 
sociedades medievais como fontes históricas, e, com isso, passaram a abordar temas que, em outros 
momentos, foram considerados secundários na historiografia. 
 
 
2) O período chamado de Idade Média, que, convencionalmente, abrange mil anos da história dos 
territórios europeus, foi marcado pela existência de diferentes reinos, cada um com as suas 
características socioeconômicas, com desenvolvimentos culturais e temporais próprios, 
representando um período de pluralidade de experiências. 
Sobre essa diversidade cultural, espacial, geográfica e temporal, são feitas as seguintes afirmações: 
I – As particularidades dos reinos medievais constituem um desafio para a escrita da história da 
Idade Média, pois a fragmentação das fontes, as diferentes datações, e as múltiplas línguas tornam 
difíceis generalizações sobre o período. 
II – As especificidades cronológicas e temporais dos reinos medievais são superadas pelo 
historiador quando ele se atém às datações impostas pela Igreja Católica, que eram universais e 
adotadas igualmente em todos os reinos. 
III – A diversidade de experiências medievais nos evidencia a importância do domínio de certos 
conhecimentos prévios antes do trabalho com as fontes primárias para que o historiador evite 
problemas de interpretação de cronologias. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
d) Apenas as afirmativas I e III. 
RESPOSTA CORRETA 
Ainda que a Igreja Católica tenha adotado formas de datação que se pretenderam universais, houve algumas 
diferenças em sua aplicabilidade nos diversos reinos medievais. Um calendário único para os países cristãos 
foi um fenômeno ocorrido apenas no século XVI, vigorando até aquele momento, diferenças entre o ano civil 
e os acontecimentos religiosos. 
 
 
3) A historiografia medieval modificou-se substancialmente ao longo do século XX a partir de uma 
série de transformações no âmbito conceitual, metodológico e teórico que ocorreram na história da 
historiografia. Em relação às mudanças ocorridas no tratamento dos vestígios do passado, são feitas 
as seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas: 
( ) As transformações conceituais, metodológicas e teóricas não implicaram em críticas quanto à 
cronologia da Idade Média, pois há um consenso entre os historiadores de que o período medieval 
corresponde aos cinco séculos entre os anos V e XV, independentemente das fontes primárias. 
( ) A partir da utilização de novas fontes primárias, desenvolveram-se campos de pesquisa 
específicos dentro da Idade Média, como a hagiografia e a história da doença e saúde, que buscaram 
evidenciar as especificidades de algumas práticas medievais. 
( ) A ampliação da noção de “fonte histórica” permitiu que os historiadores pudessem realizar outros 
estudos sobre as temáticas consideradas secundárias na historiografia, como a cultura popular, os 
marginais, as relações amorosas e familiares, etc. 
( ) As fontes históricas legais e jurídicas, bem como as religiosas, passaram a ser incorporadas nas 
análises, pois os historiadores se desfizeram do preconceito com os documentos oficiais dos reinos 
e impérios medievais. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
e) F – V – V – F. 
RESPOSTA CORRETA 
As mudanças ocorridas na história da historiografia durante o século XX significaram um questionamento 
das cronologias e periodizações utilizadas pelos historiadores, e surgiram diferentes entendimentos sobre a 
datação e a duração da Idade Média, a partir de sua ressignificação. A ampliação da concepção de “fonte 
primária” permitiu o surgimento de determinados campos de pesquisa dentro da Idade Média, além de 
diversificar os objetos de investigação, abordando certos temas considerados secundários na historiografia. 
Os documentos legais, jurídicos e religiosos continuaram sendo utilizados, nunca tendo sido desprezados 
pelos historiadores. 
 
 
4) Durante os dez séculos de Idade Média, homens e mulheres orientaram-se temporalmente de 
formas distintas, que também variaram conforme as características específicas de cada império ou 
reino. Contudo, é possível assinalar algumas características em comum nessa contagem do tempo 
e na vivência da temporalidade. 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente algumas características do tempo e da 
temporalidade durante esse período: 
b) A Idade Média se caracterizou por uma multiplicidade de experiências temporais, que se vinculavam a 
fenômenos astronômicose naturais, em uma ideia de tempo circular, mas também a questões religiosas, 
como os dias santos, e uma tentativa de instituição de um tempo linear por meio da noção de sucessão. 
RESPOSTA CORRETA 
As experiências temporais e de registro do tempo durante a Idade Média foram múltiplas, variando ao longo 
do tempo e em função de características culturais e religiosas próprias de cada um dos impérios e reinos 
existentes naquele período no território europeu. Contudo, podemos afirmar que existia uma compreensão 
circular do tempo, vinculada aos fenômenos astronômicos e naturais e ao trabalho desenvolvido na 
agricultura, junto a uma concepção linear, a partir das datações instituídas pela Igreja Católica. 
 
 
5) A definição da semana de sete dias e a sua nomenclatura durante a Idade Média exemplificam a 
diversidade com que os historiadores devem lidar ao trabalhar com o período. Na Itália, na Espanha, 
na França e na Alemanha, a segunda-feira é o dia da Lua; Portugal adotou a ideia de segunda-feira a 
partir dos dias posteriores ao feriado (feriae) de Páscoa. 
Assinale a alternativa correta em relação à determinação dos dias da semana: 
c) Enquanto na Itália, na Espanha, na França e na Alemanha predominou uma tradição pagã para a 
nomenclatura dos dias da semana, em Portugal prevaleceu a tradição cristã, o que demonstra as diferenças 
culturais existentes entre os impérios e os reinos. 
RESPOSTA CORRETA 
As diferenças existentes nos impérios e nos reinos medievais, que levaram os diversos países europeus a 
terem dias da semana com origens distintas (pagãs e religiosas), demonstram a diversidade de experiências 
e de culturais existentes durante os séculos da Idade Média, impedindo generalizações por parte dos 
historiadores que trabalham com o período. 
 
 
DISCIPLINA: História Medieval 
TÓPICO 2: O surgimento do Feudalismo 
 
DESAFIO 
O colonato foi um sistema servil que surgiu no final do Império Romano, devido à escassez de mão de obra 
escrava, em que o proprietário de terra arrendava uma parte de sua propriedade ao colono e, em troca, 
recebia uma parte de sua produção. De acordo com a lei, o colono fica restringido de sua liberdade por 
questões fiscais, rebaixando sua condição de vida de semiescravidão. 
Atualmente, sabe-se que, no Brasil, muitos trabalhadores rurais trocam sua mão de obra por moradia e 
alimentação nas propriedades rurais. Entretanto, as condições a que são submetidos são análogas à 
escravidão. 
 
Partindo desse contexto, analise o gráfico, considerando as questões geográficas e o segmento de trabalho 
apontados, bem como os níveis de escravidão. A partir desses dados, responda: quais estratégias é possível 
buscar para combater o aumento desses índices? 
 
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO 
Nas questões geográficas, o trabalho análogo à escravidão concentra-se principalmente na Região 
Nordeste, e os segmentos que mais mantêm essa exploração são a pecuária, a cana-de-açúcar e as 
lavouras diversas. Para combater essa situação, é necessário fiscalização maior e eficaz no Ministério do 
Trabalho, de modo a impor melhores condições de trabalho para essas pessoas e fiscalização das leis 
trabalhistas. 
 
 
1) As origens do feudalismo estão ligadas a fatores internos e externos ao processo de 
desestruturação do Império Romano. 
Partindo desse pressuposto, é possível afirmar que um fator decisivo foi: 
d) a divisão do exército por território de atuação. 
RESPOSTA CORRETA 
A divisão do exército por territórios da atuação diminuiu o poder de seus comandantes e criou estruturas 
autônomas que fortaleceram os poderes locais, surgindo, assim, os feudos. Demais pressupostos não foram 
fatores decisivos. 
 
 
2) O sistema escravista era uma das bases de sustentação da economia e da estabilidade do Império 
Romano. 
Qual alternativa refere-se a desdobramentos da diminuição da mão de obra escrava? 
a) Aumento de impostos, migração para áreas rurais e as leis do colonato. 
RESPOSTA CORRETA 
A crise do escravismo provocou uma quebra na produção, que levou ao aumento de impostos para manter 
a burocracia estatal e o exército. Por não terem como pagar os impostos e garantirem a subsistência, os 
cidadãos iniciaram um processo de migração para as áreas rurais. Essa concentração de colonos levou à 
publicação de um conjunto de leis sobre o uso da terra da mão de obra, o que criou formas de trabalho 
análogas à escravidão. 
 
 
3) O sistema de colonato foi regrado por uma série de leis impostas por imperadores a partir do 
século IV. 
Qual alternativa indica a característica que determina esse sistema de relação de trabalho? 
b) O colono passa a ser restringido em sua liberdade de deslocamento por questões fiscais, sendo mantido 
em condições de semiescravidão. 
RESPOSTA CORRETA 
As leis faziam o colono viver em condições análogas à escravidão, pois prestava serviço em propriedades 
imperiais e particulares, tendo sua liberdade restringida, inclusive o deslocamento, por questões fiscais. 
Caso fugisse e fosse pego, deveria ser devolvido ao proprietário da terra por ser um devedor de impostos e 
pelo uso da mão de obra. 
 
 
4) As invasões germânicas ocorreram em duas fases (ANDERSON, 2000) e produziram a 
fragmentação do Império e a superação das estruturas administrativas dualistas, respectivamente. 
Considerando esses movimentos territoriais, aponte a alternativa correta: 
c) As primeiras invasões fragmentaram a unidade econômica, política e militar do Império, mas mantiveram 
o legado latino. 
RESPOSTA CORRETA 
Os invasores mantiveram as estruturas romanas para garantir a estabilidade dos novos assentamentos, 
mantendo sistemas de dualidade romano-germânicos autônomos e práticas como as hospitalitas. 
 
 
5) O enfraquecimento do Império Carolíngio criou condições para a reorganização espacial a partir 
do que foi denominado feudum. 
É correto afirmar que: 
d) a fragmentação do Império levou à proliferação de castelos e fortificações de senhores rurais em torno 
dos quais se organizou uma estrutura de servidão. 
RESPOSTA CORRETA 
A desestruturação do Império Carolíngio ocorreu pelas guerras de sucessão a Carlos Magno e pelas 
invasões bárbaras. Essas ações produziram um estado de guerra permanente, o que levou à criação de 
sistemas de proteção locais e novas formas de relações baseadas na servidão. 
 
 
DISCIPLINA: História Medieval 
TÓPICO 3: A formação do Império Bizantino 
 
DESAFIO 
O Império Bizantino é objeto de inúmeras pesquisas e debates na historiografia contemporânea. Está 
historicamente situado no período medieval, como o antigo Império Romano no Oriente. Segundo a 
pesquisadora do mundo medieval, Renata Rozental Sancovsky (2010), em meados do século VI, a extensão 
do Império Bizantino compreendia a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina, grande parte da Ásia Menor (Anatólia 
e Capadócia), a Grécia e os Bálcãs, além da porção meridional da Península Itálica e uma parte da África 
setentrional. 
Alguns pesquisadores definem o Império Bizantino como uma civilização composta por muitas culturas, 
como por exemplo, o idioma grego em proporção maior que o Latim, a preservação dos conhecimentos da 
Antiguidade Clássica, o contato com elementos do mundo árabe e uma interpretação diferenciada das 
escrituras sagradas, que deu origem a inúmeros embates teológicos entre as igrejas do ocidente e do 
oriente. 
Segundo Franco Jr (2001), para o tecido social ocidental, no decorrer da Idade Média, o Império Bizantino 
era apenas uma réplica do que um dia foi o esplendoroso passado romano, conflitante com os ideais de 
centralização e universalização cristã propostos pela Igreja Católica. 
Em meio ao contexto citado, considere a seguinte situação: 
 
Com base no contexto da situação e nos conhecimentos adquiridos nesta Unidade de Aprendizagem, 
descreva quais seriam suas estratégias para se infiltrar na estrutura do Império Bizantino. Explique como 
seria sua maneira de influenciar as visões do corpo eclesiástico do Oriente para que se moldassem às 
normativas da Igreja Católicado Ocidente. Apresente argumentos que especifiquem e justifiquem suas 
ações, reflita sobre as diferenças entre as duas igrejas e os motivos pelos quais os conflitos teológicos foram 
constantes no decorrer da Idade Média. A partir disso, construa sua trajetória, buscando encontrar soluções 
que possam mudar o rumo da história do relacionamento entre as duas instituições. 
 
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO 
Os muitos embates e tensões entre os dois centros de poder da igreja (Ocidente e Oriente) estavam 
fundamentados por meio da aplicação dos dogmas cristãos e sua representação na sociedade, perpassando 
pelos mandamentos e sacramentos que tinham como função dimensionar os limites da vida secular. 
No que diz respeito à atuação do corpo eclesiástico, a pesquisadora Renata Rozental Sancovsky (2010) 
explica que o comportamento adotado pelo monacato bizantino, ou seja, o conjunto de ordens religiosas 
relacionadas ao estilo de vida monástica, era pautado por indagações e raciocínios focados na complacência 
e na valorização da existência humana, ou seja, sem a preocupação da construção da fé pelas obras 
proposta pela Igreja do Ocidente. Além disso, essa efetiva participação do monacato, opinando e 
participando ativamente das discussões sobre o rumo do corpo eclesiástico, não era vista com bons olhos 
por parte do comando da cristandade ocidental. Era necessário, aos olhos do papado, padronizar o 
comportamento dos corpos eclesiásticos do ocidente e oriente. 
Nesse sentido, muitas estratégias políticas foram traçadas a fim de conectar as duas igrejas, mas não há 
registros de uma aproximação mais efetiva por parte da Igreja do Ocidente. O Cesaropapismo implementado 
no Império Bizantino ao mesmo tempo que centralizava os poderes políticos e religiosos, criava barreiras 
que tornavam a aplicação da visão de cristianismo ocidental no oriente impossíveis. Consequentemente, 
seria necessário que outras medidas fossem tomadas e que a estratégia ocidental mudasse o foco: as 
influências do papado teriam que vir de dentro para fora, utilizando a liberdade do monacato bizantino como 
canal de reforço para as ideias ocidentais. Dessa forma, uma das estratégias mais viáveis seria infiltrar um 
membro do corpo eclesiástico ocidental junto ao monacato oriental. O infiltrado teria que se passar por um 
clérigo apoiador da visão cristã bizantina e ir ganhando espaço na Igreja do oriente para cumprir suas metas, 
convencendo os demais clérigos e alimentando a Igreja do Ocidente com informações sobre as ações do 
Império Bizantino. 
 
 
1) Segundo o pesquisador Walter Guandalini Jr (2015), o Corpus Juris Civilis (Corpo do Direito Civil) 
é um modelo diferenciado para época, pois foca num modelo de tecnologia social reguladora, tendo 
como característica principal o devido distanciamento social, religioso, moral e político, oposto aos 
códices elaborados por outras civilizações da antiguidade. O imperador responsável pela 
organização do Corpus Juris Civilis e pela reconstrução da Igreja Santa Sofia foi: 
c) Justiniano 
RESPOSTA CORRETA 
O imperador Justiniano governou o Império Bizantino entre 527 e 565 d.C. Foi o responsável pela expansão 
do império para a porção norte da África, pela Península Ibérica e Itálica. Além disso, remodelou a Igreja de 
Santa Sofia com elementos Bizantinos e, durante seu governo, foi desenvolvido o Corpus Juris Civilis, uma 
adaptação do Direito Romano para as demandas do Império Bizantino, que mais tarde se tornaria o modelo 
de direito para a civilização ocidental. Vale ressaltar que Constantino foi o primeiro imperador a se converter 
ao cristianismo e acabou com a perseguição aos cristãos. Teodósio tornou o cristianismo uma religião oficial 
do estado romano, Basílio II foi imperador bizantino, reconhecido historicamente por uma vitória contra os 
Búlgaros e, por fim, Ario foi idealizador e difusor de uma corrente herética conhecida como arianismo. 
 
 
2) A história do Império Bizantino ocorreu durante o período conhecido como Idade Média. Nesse 
período, além da instabilidade social, decorrente das invasões de povos germânicos, também se 
destacam: 
a) os frequentes conflitos internos originados por controvérsias religiosas. 
RESPOSTA CORRETA 
Muitos embates e muitas tensões entre os dois centros de poder da igreja (Ocidente e Oriente) estavam 
fundamentados na aplicação dos dogmas cristãos e sua representação na sociedade, perpassando pelos 
mandamentos e sacramentos, que tinham como função dimensionar os limites da vida secular. Segundo a 
pesquisadora Renata Rozental Sancovsky (2010), o comportamento adotado pelo monacato bizantino, ou 
seja, o conjunto de ordens religiosas relacionadas ao estilo de vida monástica, com indagações e silogismos 
focados na complacência e na valorização da existência humana, confrontavam diretamente a doutrina 
iminente, prática e objetiva do isolamento da cristandade ocidental. É importante observarmos que 
diferentemente do Império Romano do Ocidente, o Império Bizantino tinha centralização e independência 
política, jurídica e religiosa, com controle na vida social de sua população, além de uma posição geográfica 
diferenciada, garantindo assim um melhor empreendimento de estratégias de defesa contra invasões. 
 
 
3) Segundo Michael Angold (2002), a civilização bizantina foi uma das mais brilhantes, criativas e 
originais do período medieval. Conforme o autor, a arquitetura de suas edificações com formato de 
abóbadas instigam desafios, em termos de originalidade, com a arquitetura da antiguidade clássica, 
bem como as catedrais góticas. Além disso, os mosaicos bizantinos são considerados obras de arte 
inigualáveis, assim como são as esculturas clássicas e as pinturas renascentistas. Conforme o texto 
acima, assinale a alternativa que mais se identifica com as inovações propostas em termos de arte 
pela civilização bizantina. 
e) A catedral de Santa Sofia representa a tradição artística bizantina com seus ícones e mosaicos. 
RESPOSTA CORRETA 
A catedral de Santa Sofia, construída no reinado de Justiniano, expressa o ideal artístico bizantino. Seus 
mosaicos coloridos e a cúpula arredondada são marcas das muitas influências culturais que sintetizavam o 
pensamento bizantino para arte, cultura e religiosidade. Segundo Cole (2011), a basílica foi idealizada por 
Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto, considerados muito mais cientistas do que grandes construtores. O 
autor ressalta que mestres da construção ou não, eles foram os maiores responsáveis por esse patrimônio 
da humanidade, mesclando dois tipos de estilos de construção: de uma igreja com abóbada bifólia, além da 
basílica acupulada, com alternância do uso de tijolos e colunas com blocos de pedras. Vale ressaltar que a 
catedral de Santa Sofia não tinha apenas elementos da cultura grega, mas também influências de etnias do 
mundo oriental, com equilíbrio teórico-metodológico entre tais influências, das quais não estão contempladas 
a influência direta dos povos germânicos. Outro aspecto importante, diz respeito à filosofia e à religiosidade, 
pois a filosofia medieval de Santo Agostinho não influenciou o movimento iconoclasta presente no Império 
Bizantino, assim como o catolicismo ortodoxo se expandiu para o leste europeu e algumas partes da Ásia, 
mas não se consolidou no Ocidente. 
 
 
4) A religião teve grande destaque no Império Bizantino. Assuntos relacionados às temáticas 
religiosas foram motivo de debates entre a opinião pública em geral. Muitos setores da sociedade 
bizantina sofreram forte influência religiosa, como por exemplo, na vida política, pois a conexão entre 
Estado e Igreja marcaram a história do império, tanto que o imperador consolidou um papel de 
destaque na religiosidade Bizantina. 
Com base nas informações detalhadas, assinale o modelo de regime político que se destacou no 
Império Bizantino. 
d) Cesaropapismo 
RESPOSTA CORRETA 
Em meados de 330, o então imperador romano Constantino reestruturou por completo a cidade de Bizâncio, 
antiga colônia grega,rebatizando-a com o nome de Constantinopla. Após isso, em 395, o imperador romano 
Teodósio dividiu o Império Romano em duas partes: Ocidental, tendo Roma como capital, e a Oriental, tendo 
Constantinopla como capital. Após a queda de Roma, em 476, o Império Romano do Oriente também 
conhecido como Império Bizantino, resistiria até 1453, quando ocorreu o cerco de Constantinopla pelos 
Turcos Otomanos. Diferentemente de Roma no Ocidente, o Império Bizantino consolidou um regime político 
no qual o imperador tinha poder político e religioso. Tal modelo político foi convencionado como 
cesaropapismo, diferente do modelo califado adotado pelos muçulmanos, da monarquia absolutista 
implementada somente na era moderna, da monarquia eletiva, na qual o monarca é eleito por votação, mas 
tem cargo vitalício e, por fim, distante do modelo adotado pelo Sacro Império Romano, adotado em diferentes 
regiões da europa central. 
 
 
5) A história de Bizâncio perpassa o mundo greco-romano e a Idade Média, tendo sido dominada por 
persas no século VI a.C., atenienses no século V a.C. e, por fim, em meados do século II a.C., foi 
finalmente conquistada pelos romanos. Sua posição geográfica sempre foi objeto de cobiça por parte 
dos impérios, pois a conexão entre Ocidente e Oriente, do ponto de vista comercial e político seria 
extremamente vantajoso. 
Entre as múltiplas razões que explicam a sobrevivência do Império Romano no Oriente, até meados 
do século XV, está a: 
a) capacidade política dos bizantinos em manter o controle sobre seu território subordinado a uma monarquia 
teocrática. 
RESPOSTA CORRETA 
Pesquisadores sobre o tema creditam a sobrevivência do Império Bizantino ao fato de haver uma 
centralização política e religiosa, à competência de seus imperadores, à posição geográfica, com a conexão 
entre o Oriente e Ocidente, uma rota extraordinária para o comércio da época. As defesas de Constantinopla 
foram consideradas as mais poderosas do período medieval, sendo superadas somente em 1453, pelos 
turco-otomanos. Com isso, a longevidade do Império Bizantino em nada tem relação com o Império Turco-
Otomano, tampouco com o Sultão Maomé II, uma vez que ele se desenvolve em Constantinopla após a 
queda do Império Bizantino. Nesse sentido, o Império Bizantino manteve por quase mil anos uma política 
centralizada por meio do cesaropapismo, com união dos poderes jurídicos, políticos e religiosos sob a égide 
do imperador como figura central, mesmo com fluxos migracionais variantes em função do forte comércio, 
impulsionado pela posição geográfica da capital do império, Constantinopla. 
 
DISCIPLINA: História Medieval 
TÓPICO 4: A transição da Idade Média para a Modernidade 
 
DESAFIO 
Uma tendência historiográfica contemporânea, a história conectada ou história global, vem permitindo a 
abordagem de determinadas realidades de forma paralela, buscando conexões entre espacialidades ou 
temporalidades distintas. Para o professor da educação básica, trabalhar com essa noção de história pode 
ser um desafio em função da estruturação dos currículos (que tendem a separar os conteúdos da "história 
geral" e do "Brasil") e da organização dos livros didáticos (cujos capítulos temáticos, por vezes, não se 
conectam). Contudo, a perspectiva da história conectada permite conexões interessantes, como algumas 
características da Idade Média e a colonização da América Portuguesa. Veja o que diz o historiador Jacques 
Le Goff: 
"[...] sejam quais forem as diferenças entre a Europa medieval e a América colonial do século XVI, o 
essencial do feudalismo medieval volta a ser encontrado na América: o papel dominante e estruturador da 
Igreja; o equilíbrio da tensão entre monarquia e aristocracia modifica-se, sem que se rompa, no entanto, a 
lógica feudal; as atividades cada vez mais importantes dos homens de negócios, comprometidos com o 
comércio atlântico ou com a exploração dos recurso minerais e agrícolas do mundo colonial, permanecem 
dentro dos marcos corporativos e monopolistas tradicionais, e estes homens seguem orientado seus ganhos 
para a propriedade da terra e a aquisição do estatuo de nobre." 
Neste cenário, imagine-se como futuro professor e responda: 
Como organizaria uma aula sobre a feudalidade, a história da América Portuguesa e a sociedade brasileira 
contemporânea? 
 
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO 
Para organizar uma aula de história conectada que relacione a feudalidade, a história da América 
Portuguesa e a sociedade brasileira contemporânea, é preciso que os alunos conheçam a estrutura da 
sociedade feudal, as relações das pessoas entre si e com a terra e como se organiza o poder político. A 
partir desse estudo prévio, pode-se passar ao aprendizado da colonização, questionando os alunos quanto 
às experiências econômicas, políticas, religiosas e sociais que estavam disponíveis para os portugueses e 
que foram trazidas para a América. Assim, pode-se estabelecer um continuum e uma aproximação entre a 
sociedade feudal e o sistema colonial, suas instituições e as relações sociais, cuidando com os 
anacronismos e generalizações. Por fim, tendo esse quadro comparativo estabelecido, pode-se perguntar 
aos alunos que aspectos culturais, econômicos, políticos e sociais eles veem como continuidade da 
feudalidade e do sistema colonial. Pode-se elencar a ideia do patrimonialismo e do patriarcado, a importância 
da religião para algumas comunidades, etc. 
 
 
1) O movimento das Cruzadas, que tinha um viés religioso, mas também econômico e militar, 
prolongou-se por um longo período na história da Europa durante o medievo. Sobre as Cruzadas, 
são feitas as seguintes afirmações (assinale V para verdadeiro e F para falso): 
( ) As Cruzadas foram exitosas em todos seus objetivos, inclusive na desestabilização do sistema 
feudal, que não representava mais os interesses da Igreja Católica. 
( ) A temática religiosa foi apenas uma justificativa para o início do movimento das Cruzadas, cujo 
interesse maior era econômico, em função da expansão das atividades mercantis das cidades. 
( ) Em razão das guerras religiosas iniciadas com o avanço dos cruzados, não foi possível 
estabelecer trocas culturais e econômicas entre as religiões. 
( ) Para os cruzados, o combate aos “infiéis” era uma obrigação religiosa e, ao mesmo tempo, uma 
possibilidade de absolvição dos pecados. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
e) F – F – F – V. 
RESPOSTA CORRETA 
As Cruzadas não tinham como objetivo o fim do sistema feudal, era um movimento de caráter religioso, que 
implicava interesses econômicos e militares. Houve muitas trocas culturais e econômicas durante esse 
movimento que contribuíram para o enfraquecimento das relações de vassalagem, mas não era um fim em 
si mesmo. Os cruzados encaravam como uma de suas obrigações religiosas, que lhe permitia certos 
benefícios terrenos e eternos, de acordo com suas crenças. 
 
 
2) As cruzadas foram expedições de caráter econômico, militar e religioso, ocorridas entre os 
séculos XI e XIII, contra os chamados “infiéis”, fossem eles heréticos ou islâmicos. Leia o texto a 
seguir, que trata desse episódio: 
Com as Cruzadas, houve a ______ do comércio no Mar Mediterrâneo, o que contribuiu para o ______ 
de cidades europeias, que ______ de tamanho. Os impactos comerciais e econômicos dessas 
expedições levaram ao ______ do Feudalismo. 
A alternativa que melhor preenche as lacunas do texto é: 
c) retomada – desenvolvimento – aumentaram – enfraquecimento. 
RESPOSTA CORRETA 
As Cruzadas contribuíram para a crise da feudalidade, já que, com o desenvolvimento do comércio, 
possibilitado pelas rotas dos cruzados e pela retomada de rotas comerciais em territórios antes ocupados 
por outros povos, foi possível questionar as relações de vassalagem, e os camponeses passaram a buscar 
outras perspectivas e ofícios nas cidades, que aumentaram de tamanho. 
 
 
3) Durante a Baixa Idade Média, houve uma série de transformações nos âmbitos cultural, 
econômico, político e socialque contribuíram para o término de uma das instituições mais 
importantes da feudalidade, o contrato vassálico. Assinale V para “verdadeiro” ou F para “falso” nas 
seguintes afirmações sobre o enfraquecimento e o fim das relações de vassalagem: 
( ) A nobreza feudal e seus hábitos de consumo cada vez mais exigentes necessitava de uma renda 
cada vez maior, obrigando os camponeses a trabalharem mais, gerando descontentamentos e 
diversas revoltas. 
( ) A mortalidade provocada pela Peste Negra foi compensada pela nobreza feudal com o comércio 
de escravizados africanos para a Europa, suprindo a deficiência de mão de obra camponesa. 
( ) As cidades, o comércio, em expansão, e a monetização das trocas não impactaram as relações 
vassálicas, que somente foram atingidas com o fortalecimento das corporações de ofício e as 
atividades manufatureiras. 
( ) Paralelamente ao processo do enfraquecimento das relações de vassalagem, há um fortalecimento 
econômico, político e social dos burgueses, classe fundamental no movimento de centralização do 
poder político na figura do rei. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
b) V – F – F – V. 
RESPOSTA CORRETA 
As modificações nos hábitos de consumo da nobreza feudal obrigaram o aumento de sua renda, o que seria 
obtido com maior exploração do trabalho dos camponeses. Contudo, estes se revoltaram em inúmeras 
ocasiões. Em relação à Peste Negra, não havia o comércio de escravizados com a Europa nesse momento 
nem foi utilizado como substituição de mão de obra campesina, em função da mortandade. As cidades e as 
modificações econômicas, bem como o fortalecimento da burguesia impactaram diretamente as relações 
vassálicas e os burgueses foram determinantes para o processo de centralização política na figura real em 
função dos benefícios econômicos de um Estado centralizado. 
 
 
4) O enfraquecimento das relações sociais baseadas no contrato vassálico foi uma das 
consequências do progressivo crescimento das cidades, acompanhado pelo aumento de sua 
importância econômica. Sobre esse tema, são feitas as seguintes afirmações: 
I – Na Baixa Idade Média, houve um processo de fixação da população ligada às atividades mercantis 
nas cidades e em seus entornos, em razão da limitação espacial decorrente de suas muralhas. 
II – No final do período medieval, as cidades eram autossuficientes em relação ao campo, que não 
gerava excedentes de produção, obrigando-as a importar alimentos e fomentando as relações 
mercantis. 
III – O aumento da produção agrícola, decorrente de novas técnicas de cultivo e ampliação dos 
espaços cultiváveis, foi responsável pela prosperidade arquitetônica, educacional e comercial das 
cidades. 
Qual(is) está(ão) correta(s)? 
d) Apenas I e III. 
RESPOSTA CORRETA 
Na Baixa Idade Média, houve uma ampliação dos espaços e da população das cidades, motivada pelas 
relações comerciais, que obrigou uma expansão para além de suas muralhas. A importância das cidades, 
no entanto, não decorre de uma autossuficiência em relação ao campo, justamente porque é naquele espaço 
onde são vendidos os excedentes alimentícios, gerados a partir de novas técnicas de cultivo e do aumento 
dos espaços cultiváveis. Esses fatores econômicos são acompanhados por inovações arquitetônicas e 
educacionais, como as universidades. 
 
 
5) Durante o período da Baixa Idade Média, inicia-se um processo de centralização do poder político 
que, em diferentes momentos, dará origem às monarquias nacionais da Idade Moderna. 
Sobre a formação dos Estados Nacionais, assinale a alternativa correta: 
e) A centralização do poder na figura do monarca soberano ocorreu com o apoio da burguesia, contra certos 
privilégios da nobreza, que foram passados ao rei e ao Estado. 
RESPOSTA CORRETA 
O processo de centralização do poder na figura do rei, que passou a desempenhar um papel de soberano 
das questões políticas e religiosas, ocorreu com o apoio da burguesia, por motivos econômicos, que se 
associou ao rei forçando o enfraquecimento da nobreza feudal. Após a centralização política, os limites do 
Estado Nacional passam a ser desenhados, com o estabelecimento das fronteiras, da língua nacional, e de 
costumes, das histórias e das tradições. 
 
 
DISCIPLINA: História Medieval 
TÓPICO 5: A expansão muçulmana e a sociedade árabe 
 
DESAFIO 
O terrorismo se tornou um fenômeno e uma tática comuns no Oriente Médio a partir da derrubada do Xá do 
Irã, ocorrida em 1979. O novo governo iraniano, chefiado pelo líder religioso xiita Aiatolá Ruhollah Khomeini, 
distanciou o país dos ideais do Ocidente e aproximou-o do fundamentalismo islâmico. Em 1979, uma 
multidão tomou a embaixada norte-americana na capital iraniana, Teerã. Durante 444 dias, o governo 
Khomeini recusou-se a libertar mais de 50 norte-americanos mantidos como reféns na embaixada. 
 
Você é um pesquisador que trabalha com a análise de periódicos, como fontes históricas, e está realizando 
uma pesquisa sobre os movimentos fundamentalistas atuais, muito ativos em vários países da África, do 
Oriente Médio e da Ásia e que tudo querem subordinar à lei islâmica. Durante a pesquisa, se depara com a 
informação citada, a qual foi veiculada em um jornal a respeito do ocorrido em 1979. 
Com a finalidade de propor uma aproximação entre as interconexões do passado com o presente a respeito 
da religião islâmica, disserte alguns parágrafos a respeito da origem histórica desses movimentos 
fundamentalistas, elencando os principais conceitos que concernem à expansão do Império Islâmico na 
Idade Média. 
 
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO 
Esses movimentos fundamentalistas tiveram sua origem na expansão da civilização árabe, durante a Idade 
Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente, pois o ideal de expansão do povo árabe esteve relacionado ao 
desenvolvimento da chamada “Guerra Santa” contra os infiéis. No caso dos fundamentalistas, o ideal da 
Guerra Santa foi reinterpretado e adequado para a organização de ações terroristas que iam contra as 
nações ocidentais, principalmente os Estados Unidos, vistos como responsáveis pela degradação de seus 
costumes, devido ao aviltamento de sua autonomia política e religiosa. 
No Império Islâmico, a principal função do poder político centralizado foi zelar pelo cumprimento da shariah 
– conjunto das leis divinas, isto é, a Lei Islâmica. Tais leis, segundo os crentes da fé islâmica, deliberavam 
sobre a expansão e a administração do novo mundo árabe. Logo, a emergência dos movimentos 
fundamentalistas constitui uma resposta à modernização proposta pelos Estados-Nações. 
É o sintoma de uma crise generalizada (econômica, cultural, de identidade e de autoridade). Desse modo, 
os fundamentalistas advogam a aplicação dessa mesma sharia como único fundamento de organização da 
sociedade muçulmana. 
 
 
1) "É importante lembrar que em sua origem o Islã não tinha o objetivo de ser uma religião 
essencialmente diferente do Judaísmo ou do Cristianismo. Em teoria os mulçumanos aceitavam as 
crenças dos dois outros 'povos do Livro', com o entendimento de que eles não alegavam possuir a 
versão correta e definitiva da mensagem." (BLOCKMANS; HOPPERBROWERS, 2012). 
Com base no trecho citado, responda: por qual motivo houve um "Oriente multicultural"? 
b) Porque o Império Islâmico era uma mistura multicultural dos povos de três grandes religiões monoteístas: 
muçulmanos, cristãos e judeus, embora cristãos e judeus vivessem sob restrições. 
RESPOSTA CORRETA 
Isso ocorreu devido ao fato de que, durante a maior parte do tempo, os três grupos conseguiram conviver 
e, em certa medida, se beneficiar com a presença um do outro, sendo um período civilizacional elevado para 
a Europa, havendo tolerância religiosa, étnica e harmonia inter-religiosa entre muçulmanos, cristãos e 
judeus, possibilitando o desenvolvimento de vários aspectos culturais da aprendizagem e do conhecimento, 
de modo que bibliotecas, faculdades e banhos públicos foram estabelecidos enquanto houve o florescimento 
da literatura, da poesiae da arquitetura. 
 
 
2) “Quando Maomé fixou residência em Yatreb, teve início uma fase decisiva na vida do Profeta, em 
seu empenho de fazer triunfar uma nova religião. A cidade de Yatreb, que doravante seria chamada 
de Medinat AL-Nabi (Medina, a Cidade do Profeta), tornou-se a sede ativa de uma comunidade da 
qual Maomé era o chefe espiritual e temporal.” (MANTRAN). 
Essa mudança para Medina, que assinalou o início da era muçulmana, ficou conhecida como: 
d) Hégira. 
RESPOSTA CORRETA 
A hégira foi um dos mais importantes elementos da crença muçulmana, na medida em que tal fuga foi 
essencial para que Maomé organizasse as forças e os seguidores que lhe garantiriam o controle religioso 
da Cidade de Meca. Mediante esse triunfo, Maomé conseguiu disseminar o Islamismo por toda a Península 
Arábica. 
 
 
3) Os árabes, entre os séculos VII e XI, ampliaram suas conquistas e forjaram uma importante 
civilização. Sob a ação catalisadora do Islã, foi mantida a unidade política, enquanto que o comércio 
destacou-se como elo do relacionamento tolerante com muitos povos. Além disso, argumenta-se 
que os valores culturais da Antiguidade Clássica chegaram ao conhecimento do Mundo Moderno 
ocidental porque os árabes: 
a) traduziram e difundiram entre os europeus importantes obras sobre o saber grego. 
RESPOSTA CORRETA 
O Império Islâmico, que dominou grande parte do mundo medieval, chegou a alcançar notável 
desenvolvimento científico. Para que isso acontecesse, a civilização grega muito contribuiu com os seus 
conhecimentos, que sobreviveram devido às traduções realizadas pelos árabes. 
 
 
4) Após a morte de Ali ibn Abi Talib, em 661, pondo fim ao governo dos quatro "califas justos”, tem-
se o início da sucessão do Califado Omíada. Quais foram as duas principais mudanças políticas que 
ocorreram com essa sucessão, as quais podem ter sido definitivas para que o Islã expandisse seus 
domínios pelo norte da África e da China, como também adentrando no território da Espanha e a 
leste da Índia? 
e) Com a instituição do Califado Omíada, há a mudança do poder pelos laços da hereditariedade e a 
transferência da capital para Damasco, na Síria. 
RESPOSTA CORRETA 
De fato, com a morte do imane Ali ibn Abi Talib, em 661, a política do Império Islâmico se consolidou com a 
mudança de caráter estratégico da Capital para Damasco, na Síria, e passando a sucessão do poder de 
forma hereditária a partir de então. Desse modo, os califas Omíadas passaram a agir como monarcas 
absolutistas. 
 
 
5) O Islamismo, uma religião tão comentada no século XXI, foi fundada por Maomé (570-632). De 
caráter monoteísta, essa religião, também conhecida por muçulmana ou maometana, foi a base do 
Estado muçulmano de caráter teocrático, criado por Maomé, que passou inicialmente a dominar a 
Península Arábica. Em face desse enunciado, analise as afirmações a seguir: 
I. A expansão muçulmana, principalmente após a morte de Maomé, fez com que esse Estado 
dominasse vastos territórios, desde o norte da África, o noroeste da China e quase toda a Península 
Ibérica. 
II. O livro sagrado do Islamismo é o Alcorão, que teria sido resultado das revelações do Deus Alá ao 
Profeta Maomé. Além de ditar a conduta religiosa, esse livro contém recomendações de como manter 
a ordem social e os interesses dos grandes comerciantes. 
III. A força do Alcorão, para alguns, deve-se à obediência a alguns princípios, tais como: fazer cinco 
orações diárias; crer em Alá, deus único, e em Maomé, seu profeta; ir em peregrinação a Meca, pelo 
menos, uma vez na vida; ser generoso com os pobres e dar esmolas. 
IV. Maomé, ao pregar o monoteísmo, foi de encontro à religião politeísta, que dominava entre os 
árabes. Entretanto, conseguiu organizar um exército de seguidores e, por meio dele, proibir o 
politeísmo e, assim, unir as diversas tribos árabes em torno da religião. 
V. A decadência do Império Islâmico é atribuída às disputas internas, que provocaram o 
desmembramento do império. No entanto, deve-se também levar em consideração a reação dos 
diversos povos submetidos à dominação árabe. 
Após a análise, conclui-se que: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V estão corretas. 
RESPOSTA CORRETA 
A expansão muçulmana, principalmente após a morte de Maomé, teve uma efetiva e rápida dominação de 
vastos territórios, desde o norte da África, o noroeste da China e quase toda a Península Ibérica. De fato, o 
livro sagrado do Islamismo é o Alcorão, que teria sido resultado das revelações do Deus Alá ao Profeta 
Maomé. Além de ditar a conduta religiosa, esse livro contém recomendações de como manter a ordem social 
e os interesses dos grandes comerciantes, sem mencionar que sua força se deve à obediência a alguns 
princípios, tais como: fazer cinco orações diárias; crer em Alá, deus único, e em Maomé, seu profeta; ir em 
peregrinação a Meca, pelo menos, uma vez na vida; ser generoso com os pobres e dar esmolas, ou seja, 
seguir os "Cinco Pilares" da Fé Islâmica. Maomé, ao pregar o monoteísmo, foi de encontro à religião 
politeísta, que dominava entre os árabes. Entretanto, conseguiu organizar um exército de seguidores e, por 
meio dele, proibir o politeísmo e, assim, unir as diversas tribos árabes em torno da religião. Por fim, é 
verdadeira a afirmação segundo a qual a decadência do Império Islâmico é atribuída às disputas internas, 
que provocaram o desmembramento do império. No entanto, deve-se também levar em consideração a 
reação dos diversos povos submetidos à dominação árabe. 
 
DISCIPLINA: História Medieval 
TÓPICO 6: Renascimento urbano 
 
DESAFIO 
O feudalismo trouxe mudanças socioeconômicas para a população medieval. O poder e o controle do senhor 
feudal e do alto clérigo alteraram o sistema econômico, priorizando seus interesses. O sistema de cunhagem 
de moeda ficou sob o controle desses dois grupos dominantes, que fizeram desaparecer as práticas 
monetárias, caindo no esquecimento da sociedade da época. Mesmo não havendo a circulação de moedas, 
os mercadores (comerciantes) buscaram outras formas de pagamento para os seus produtos nas feiras. 
Nesse contexto, imagine que você é um mercador de couros em um feudo. Sem moeda de troca, aponte 
duas formas de pagamento que você poderia usar para poder vender seus produtos nas feiras de modo a 
facilitar as transações comerciais. 
 
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO 
O escambo é uma forma de pagamento. Nessa prática, há troca de mercadoria, aceitando os produtos que 
eram produzidos nos feudos e em outros locais e que eram trazidos à feira para a comercialização. 
Também há a possibilidade de criar uma moeda única para as transações, como algum produto específico 
que tivesse muita procura e aceitação entre os mercadores, a exemplo do sal, que era produto de luxo vindo 
do Oriente. 
 
 
1) As invasões dos povos muçulmanos no século VII, no sul da Europa fechando o Mediterrâneo, 
dificultaram o acesso dos mercadores na região para exportar e importar suas mercadorias. Apenas 
algumas cidades italianas continuaram com o comércio na região. 
Quais fatores favoreceram a continuidade das atividades comerciais? 
a) As cidades eram centros de administração diocesana, tornaram-se polos comerciais pela circulação dos 
mercadores itinerantes e relação com os árabes pelo mar Adriático. 
RESPOSTA CORRETA 
Os membros da Igreja Católica tinham residência nessas cidades italianas. Essas cidades tinham uma 
organização calcada na estrutura feudal. Saiba que a Igreja tinha o controle da máquina política e 
administrativa em relação à justiça, aos impostos e ao controle das terras. Mas, mesmo tendo o controle, 
manteve relação com o novo comércio que surgiu em seu território sob o controle dos comerciantes que 
pertenciam às grandes famílias. 
 
 
2) Entre os séculos XI e XV, a sociedade feudal chegou ao seu esgotamento da autossuficiência 
produtiva e a um crescimento demográfico que afetou a estrutura econômica. 
Quais as estratégias implantadas para reorganização econômica? 
b) O aumento das áreas cultivadas, levando o excedentepara ser comercializado, o aperfeiçoamento das 
técnicas agrícolas que favoreceram as terras pouco produtivas, o investimento na horticultura e no pastoreio. 
RESPOSTA CORRETA 
O crescimento populacional gerou efeitos produtivos e sociais, o que aumentou as áreas cultivadas com o 
intuito de ampliar uma produção diversificada e o desenvolvimento comercial. Veja que a demanda pela 
variedade de produtos provocou uma procura por eles nos postos, nos entrepostos e nas feiras, o que gerou 
uma mudança na economia medieval. 
 
 
3) A necessidade de mercadorias nas cidades era abastecida pelas transações comerciais que 
ocorriam nas grandes feiras na região de Champanhe. 
Por que as feiras dessa região eram tão importantes? 
c) Tinham a proteção dos condes e aconteciam o ano todo. 
RESPOSTA CORRETA 
As feiras não eram nômades ou temporárias, ocorriam em terras que pertenciam aos condes, e estes 
cobravam impostos. Nesses locais, surgiu a necessidade de uma moeda comum para as transações 
comerciais. 
 
 
4) A competência dos burgos para gerenciar suas próprias regras administrativas e judiciárias, 
cobrar seus impostos, organizar tropas militares, ter a isenção de pedágios e direitos senhoriais era 
regida por alguns documentos. 
Essa autonomia adquirida pelos burgos era formalizada em que documento? 
d) Carta de Fundação e/ou Carta de Franquia. 
RESPOSTA CORRETA 
A Carta de Fundação era um texto assinado que emancipava uma nova cidade. Já a Carta de Franquia 
aplicava autonomia das cidades já existentes. Você pode considerar que esses foram documentos que 
contribuíram na emancipação das cidades em relação à estrutura feudal. Os feudos tinham contrato, 
impostos e infraestrutura que favoreciam no seu ensejamento. 
 
 
5) O crescimento populacional e o aumento da produção agrícola geraram uma mudança de 
comportamento na sociedade feudal, o que ocasionou a formação da burguesia. 
Por que o surgimento da burguesia desestruturou a sociedade de ordem estamental? 
e) Por causa da organização em corporações de ofícios, da compra de terras feudais e da integração à 
nobreza a partir de casamentos por conveniência. 
RESPOSTA CORRETA 
A burguesia se organizou por corporações, começou a adquirir locais e espaços que pertenciam à sociedade 
de ordem estamental imposta pelo feudalismo. Pois, anteriormente, tudo era regulado pelo senhor feudal, 
como a produção autossuficiente, os feudos e o contrato vassálico.

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