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COLONIZAÇÃO PIAUIENSE A ocupação das terras do Piauí deu-se pela concessão de sesmarias, processo que caracterizou o período colonial brasileiro. A ocupação do Sul do Piauí teve início na segunda metade do século XVII e intensificou- se durante todo o século XVIII. As concessões de títulos de grandes extensões de terras aos sesmeiros geraram enormes latifúndios no Piauí. Com a chegada de Mafrense e seus sócios, que conquistaram metade das terras do Piauí, foram se instalando fazendas e sítios que deram origem aos núcleos de povoamento da atual região Sul do Estado. A partir de então, esse modelo de ocupação territorial passou a predominar, formando-se inúmeras vilas que mais tarde se transformariam em cidades. COLONIZAÇÃO DO PIAUÍ Domingos Afonso Mafrense foi o principal personagem da colonização do Piauí, merecendo o título de “Príncipe dos Pastores do Piauí” Desde o início da colonização, para cá vieram famílias portuguesas que aqui se radicaram na exploração organizada da criação de gado e fazendas. Em 1697 foi realizado um censo que apresenta o quadro seguinte: existiam no Piauí 129 fazendas de gado, onde moravam 441 pessoas entre elas brancos, negros, índios, mulatos e mestiços. Espalhavam-se no espaço de 32 léguas, localizadas nos vales dos rios Canindé, Gurguéia, Itaueira, Poti e Longá. OS COLONIZADORES DO PIAUÍ Domingos Jorge Velho Bandeirante paulista (Vila de Santana do Parnaíba – SP, em 1614). Fundou inúmeras fazendas de gado em território piauiense, por volta de 1662, Jorge Velho e sua bandeira alcançaram a serra da Ibiapaba. Perseguiam tribos indígenas, atravessaram a serra por vias que só os nativos conheciam. Colonizando, aprisionando, exterminando e domesticando indígenas, plantando e criando, viveu por estas bandas, cerca de 24/25 anos. Colaborou no ataque e extinção do Quilombo dos Palmares. Domingos Afonso Mafrense Natural de Mafra, na Província Portuguesa da Estremadura. Residia no sertão de Pernambuco, às margens do rio São Francisco, por este motivo era chamado Domingos “Sertão”. Coube ao sertanista iniciar a penetração para oeste, em busca do sertão de dentro, depois foi completada a penetração e ocupação de toda região sul do território piauiense. Mafrense instalou 39 fazendas de gado vacum no Piauí; ele também ligou os sertões do Parnaíba aos de São Francisco. Foi em torno de suas fazendas que nasceu o povoado Mocha, depois passou a condição de vila e posteriormente recebeu foro de cidade e capital da Capitania do Piauí. CRIAÇÃO DA CAPITANIA DO PIAUÍ O primeiro núcleo populacional do Piauí originou-se das fazendas fundadas por Domingos Afonso Mafrense. Nas proximidades do local formou-se um povoado com uma capela filiada à freguesia de Cabrobó. O povoado foi elevado à categoria de freguesia em 1696. Em 1712 a freguesia foi elevada à condição de vila, com a denominação de Mocha. Sua administração ficou a cargo da Capitania do Maranhão até 1717, quando a Vila da Mocha foi efetivamente instalada. Em 1718 criou-se a Capitania do Piaui. A Vila foi eleita sede da Capitania do Piauí, recebendo o nome de Oeiras em homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras, e posteriormente o Marquês de Pombal.
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