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Reprodução equina

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REPRODUÇÃO EQUINA 
 
• FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO 
As éguas são animais poliestrais estacionais – apresentam ovulações em períodos com maior oferta de luz. 
A atividade sexual é diminuída no inverno (estação anovulatória) e máxima durante o verão (estação de 
monta – outubro a início de março). E na primavera há a estação transicional de primavera (ago, set, out), 
que é quando vai fazer a inseminação. 
 
Fêmea jovem: até 5 anos 
Fêmea adulta: entre 5-18 anos 
Fêmea idosa: mais de 18 anos. Tem menor concentração de LH – compromete o desenvolvimento folicular 
e ovulação. 
 
Éguas com baixo escore corporal também apresentam menor concentração de LH – compromete 
início e continuidade da atividade sexual. 
Alterações drásticas no ambiente, durante o verão - dias muito chuvosos e frios de repente, podem 
interferir na ciclicidade regular da égua - aumento na incidência de folículos anovulatórios hemorrágicos e 
queda da recuperação embrionária. 
 
Os principais hormônios reprodutivos são as gonadotrofinas (LH – luteinizante; FSH - folículo estimulante; 
GnRH – regulador de gonadotrofinas, responsável pela secreção do LH e FSH) e esteroides. 
O FSH e LH podem ser classificados como hormônios de ação primária - atuam diretamente no sistema 
reprodutivo. 
 
FSH: estimula crescimento inicial e maturação dos folículos ovarianos 
LH: responsável pelo crescimento folicular final e desenvolvimento inicial do corpo lúteo 
Ocitocina ovariana é responsável pela regressão do corpo lúteo (luteólise) 
Progesterona (P4): responsável pela manutenção da gestação - mantém ambiente uterino adequado para 
a sobrevivência do embrião. 
 
Na égua há dois tipos de secreção pelo GnRH: 
“torneira pingando”: estimulado pelo FSH, é o crescimento folicular inicial 
“torneira aberta”: liberação de LH, é a ovulação 
 
Inibina: inibe o FSH, é produzida pelo folículo. 
A Progesterona (P4) é produzida pelo corpo lúteo (cl), inibe o cio e o LH. Quando a P4 aumenta, o LH 
diminui. 
 
Estrógeno libera LH – acontece a ovulação e formação do corpo lúteo que produz P4, fazendo o feedback 
negativo para LH (diminui), que faz feedback positivo para FSH e volta a aumentar. 
 
O ciclo estral da égua tem duração entre 21-23 dias. 
Estro: 5-7 dias (cio, fase reprodutiva) 
Diestro: 14-16 dias (não está receptiva ao garanhão) 
A ovulação geralmente acontece 48h antes do término do cio. 
O desenvolvimento folicular é dividido em 3 fases: 
− Emergência: entre essa fase e a de seleção é conhecida como de crescimento comum – todos 
foliculos apresentam um mesmo tamanho, pela ação do FSH 
− Seleção: onde o futuro folículo ovulatório (folículo dominante) apresenta taxa de crescimento 
superior. É caracterizada pela queda na concentração de FSH (pela inibina) e aumento de LH 
− Dominância: o folículo dominante torna-se LH dependente e continua a crescer, e os outros 
folículos regridem. Com o desenvolvimento do folículo dominante, aumenta as concentrações de 
estrógeno e a égua começa a apresentar sinais de cio, presentes até cerca de 2 dias após a 
ovulação. 
 
O CL é responsável pela produção e secreção de P4. O processo de luteinização (formação do corpo lúteo) 
dura cerca de 4 dias, aumentando a secreção de P4, que atinge os níveis máximos em 8 –14 dias após a 
ovulação. A luteólise ocorre entre os dias 15 e 17, que vai ser o D0 = dia da ovulação. 
 
 
Durante a fase de predominância estrogênica, a égua torna-se receptiva ao macho, postura de miccção, 
cauda em bandeira (levantada), expõe clitóris através de contrações, e a vulva apresenta aspecto 
edemaciado, avermelhado e úmido. 
 
 
• HORMONIOTERAPIA – CONTROLE DO CICLO ESTRAL 
 
Sincronização do estro- determinar o momento que a égua vai entrar no cio. Induz ciclicidade enquanto ela 
estiver no anestro. 
Para induzir ao estro, tem que ter formação do corpo lúteo e luteólise - entra no cio 4-5 dias depois. 
Indução da luteólise → ciosin, lutalyse, prolise (1ml). A regressão do corpo lúteo é feita pela 
prostaglandina - no diestro vai desenvolver novo folículo e entrar no cio 4-5 dias após o tratamento com a 
prostagladina. 
Espontâneamente a égua ovularia 9-10 dias após entrar no cio, mas não deixa para não correr o risco de 
perder o dia, então a ovulação é induzida. 
Sempre avaliar os ovários para ver se tem folículo crescendo (ovula quando estiver com cerca de 30mm +) 
 
Ciclo total da égua dura 21 dias, sendo o diestro: 14 dias e o estro: 7 dias (ovula uns 2 dias antes de acabar) 
 
Tratar éguas com lutalyse 20 dias antes de ir na fazenda, vai fazer efeitos em éguas que tem corpo lúteo 
funcional; depois de 14 dias fazer outra aplicação (1ml) de lutalyse – vai aumentar a quantidade de éguas 
com corpo lúteo funcional, e depois de cerca de 10 dias essas éguas irão ovular. 
 
Com 120 dias de gestação da para fazer a sexagem. 
Estro artificial: tratamento com PG (quando tiver no diestro), vai induzir ao estro. Fazer estrógeno 1 dia 
antes da coleta do sêmen (ela fica receptiva ao macho) para estimular o garanhão. 
 
Existem 4 tipos de estrógeno (cipionato de estradiol; 15B estradiol; benzoato), o de eleição é o Benzoato 
de estradiol (dose única 3mg) - latência entre 6-12 horas (égua entra no cio) e dura por 3 dias. 
Em bovinos usa mais o cipionato de estradiol (demora mais para entrar no cio). 
 
Uso excessivo do garanhão pode diminuir sua fertilidade; o ideal é que não seja utilizado mais de 3x na 
semana 
Sêmen refrigerado/congelado tem viabilidade menor – inseminar mais próximo a ovulação. 
É importante ter sincronização na ciclicidade doadora-receptora. 
 
Vai induzir a ovulação quando o folículo estiver cerca de 35 mm (pré-ovulatório) - produz estrógeno; e tiver 
edema uterino (indica estro) 
Usa: 
hCG – gonadotrofina coriônica humana. (Vetecor ou chorulon) 
GnRH – deslorenina (ouro fino) 
 
 
• GnRH - hormônio liberador de gonadotrofina. Dslorenina (injetável) - 1 a 1,5 ml dose única, IM 
Estimula secreção de FSH e LH; libera LH armazenado → induz a ovulação - 40-48h após aplicação. 
Não usar no início ou final da estação de monta, e em éguas velhas, pois tem pouca reserva de LH. Esse 
hormônio só libera o LH armazenado, não produz. 
 
• HCG – gonadotrofina. Dose: 750-1500 UI → 1000 UI. IV, IM ou Subcutâneo 
Está fornecendo o LH direto, não precisa ter reserva. Melhor utilizar no início na estação de monta. 
Ovula mais cedo, pois já é o LH pronto – 36 horas após a aplicação 
Frasco vem 5000UI, diluir em 5ml se soro → 1000UI para cada ml, separar em 5 frascos, usa 1 frasco 
(1000UI) por égua. Pode congelar. 
Animal refratário: hCG não faz ou para de fazer efeito; as vezes a própria égua tem anticorpo contra o hCG, 
nesse caso fazer deslorenina. 
 
Éguas jovens e obesas que ciclam e não ovulam ou param de ciclar - associar hCG (dose máxima IV) e 
deslorenina (IM) para tentar fazer esse animal ovular. 
 
Limpeza uterina: pode ser feita por duas vias: drenagem linfática e cervical - estimular a contratilidade com 
ocitocina – IV ou IM, dose: 10-30 UI → 20 UI. Latência de 30 minutos, se fizer sobredose causa tetania 
uterina. 
Éguas idosas que já foram muito usadas tem distúrbios na drenagem linfática, a drenagem é 
comprometida. 
 
• Prostaglandina – induz luteólise no 4-5º dia de ovulação. Efeito dura por 5 horas. 
Tem ação contrátil, mas não é bom fazer para limpeza (usar só lutalyse), pode interferir na 
funcionalidade do corpo lúteo. Durante o cio pode induzir FHA - folículo hemorrágico anovulatório (folículo 
cresce e não ovula). 
 
• Progesterona (P4) bloqueia o LH → ovulação. 
Tem dispositivo que fica aumentando os níveis de progesterona no sangue, manter por 10 dias. Antes 
de colocar o dispositivo, pode injetar estrógeno 1-2 dias antes. 
No diestro os níveis de progesterona vão estar baixos, e no estro altos. É contrário ao LH. 
Demora 2 semanas para induzir a ciclicidade, no tratamento com P4 
Dispositivo pode ser melhor que a P4de longa ação, pois se acontecer da égua ‘travar’ (não 
emprenhou, e se tiver com muita P4 não consegue emprenhar) - perde o estro. Melhor usar só após a 
prenhez confirmada – manter o dispositivo por pelo menos 3 dias após a prenhez e início da P4. 
Aplicar P4 até a confirmação da gestação. 
P4 curta ação → Altrenogest 
 
Indução de ciclicidade: pode ser por meio de luz artificial ou tratamento com prostaglandina P4. 
 
Cio do potro: 7-10 dias após parir o cio volta; o útero já regrediu totalmente. Algumas éguas param de 
ciclar depois desse cio; pois o organismo consome mais energia do que produz, então para de ciclar para 
poupar energia e sobreviver. Após parir as exigências energéticas aumentam, tem que fornecer alimento 
para o filhote, recuperar.. Sempre avaliar o útero 
 
Luz artificial: demora 60 dias para fazer efeito, fazer de maio para junho. 5 horas de luz diárias → 17 às 22h 
Tipo de luz não interfere. 
 
Para simular o estro em éguas em anestro → aplicar estrógeno (benzoato de estradiol 3ml) 
Para ter o embrião a receptora precisa passar pelo estro e a gestação (mantida pela P4) 
D0 → benzoato de estradiol 3ml – edema uterino (ultrassom) e dilatação da cervix (palpação) → ESTRO 
 
Ovulação com progesterona (10-15 ml) - tratamento hormonal durante 
Demora 5 dias e meio para o embrião chegar até o útero. Colocar embrião no D6-D9 (considerando D0 a 
adm de estrógeno) 
 
Superovulação (SOV): aumentar o número de embriões por coleta, normalmente é só 1. Raças de sangue 
quente (saltos) tem predisposição por dupla ovulação. 
Administrar FSH no período de emergência folicular (crescimento dos folículos). Começar o tratamento 
quando o maior folículo tiver entre 20-22mm (para não ter tanta divergência folicular) e terminar quando 
pelo menos 2 folículos estiver com 30-32 mm, pois já não precisa mais de FSH, só LH – ai induz a ovulação 
naturalmente. 
 
• FSHe → equino; não tem no BR, é muito caro, então faz GnRH, em baixas doses, 2x dia durante 5 
dias, para induzir a ovulação 
 
Principais causas da infertilidade são endometrite e degeneração uterina. 
DIestro: tem que ter pouquíssimo edema, sem líquido, endometrio homogêneo, tonus aumentado (por 
conta da P4) 
Se não ovular, não tem P4 
 
Pode refrigerar o embrião por até 2 dias. 
Com 4 meses de gestação a placenta começa a produzir progesterona. 
Cálice endometrial secreta hormônio ECG (gonadotrofina corionica equina) que tem efeito do LH → induz a ovulação 
e formação dos corpos lúteos → aumenta a P4 
 
Se o animal tem cisto, não é necessariamente infértil, porém pode atrapalhar na gestação da receptora, na doadora 
não interfere. Depende sempre da quantidade de cistos tbm. 
 
Fazer a coleta do embrião no D7 D8, pois fica 5 dias na tuba uterina para depois ir para o corpo do útero. 
Vesícula embrionária tem movimentação e cresce 3mm/dia; Cisto é imóvel e não cresce! Saber diferenciar. 
 
Se fizer prostaglandina em égua penha, ela aborta. 
Avaliação folicular: tamanho (cresce 3mm/dia); quanto mais próximo da ovulação, mais ecogênico é o folículo e tem 
parede mais espessa; Nos dias antes da ovulação, o folículo altera sua forma, perdendo o formato esférico - Apice na 
borda folicular aparece 4h antes da ovulação. 
 
Folículo hemorrágico anovulatório, não é cisto! Ciclo demora até 60 dias e não tem ovulação; forma coágulo dentro; 
Não se sabe o por que acontece.

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