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Capacitando Discipuladores Relacionamentos Saudáveis, Desenvolvimento do Caráter e Habilidades Ministeriais com Marinho Soares Data: 17-18/02/2020 Local: Igreja de Deus do Brasil Cidade: Brasília Para mais informações: Marinho Soares marinhossfilho@gmail.com 65 981121350 / 65 30255639 David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 1 Programa Capacitando Discipuladores (Bíblia do Discipulado) Propósito geral: Estimular e fortalecer um movimento de Igrejas Saudáveis que Intencionalmente Fazem Discípulos. Grupo alvo: pastores e líderes que desejam que suas igrejas se juntem ao movimento de igrejas que fazem discípulos, tornando-se cada vez mais um modelo referencial. Programação 1. Segunda-feira à noite 18:30 – 22:30 2. Terça-feira à noite 18:30 – 22:30 19:00 1. A Visão do Discipulado e da Bíblia do Discipulado (BD) 20:00 2. Perfil de um discípulo saudável 20:30 3. Perfil de um discipulador saudável. 19:00 4. Demonstração de um grupo de discipulado usando um estudo no curso de discipulado: “As cinco disciplinas básicas do discípulo – 1Co 9.24-27; At 2.42” (Módulo 1.1.7). 20:00 5. Avaliação da dinâmica do primeiro estudo 21:00 6. Ferramentas da Bíblia de Discipulado: 1) Sete cursos para grupos pequenos; 2) Introdução a cada livro; 3) Notas; 4) Índice de assuntos. 22:20 7. Encerramento Índice 1. A Visão do Discipulado e da Bíblia do Discipulado . . . . . 4 2. Perfil de um discípulo saudável . . . . . . . . 7 3. Perfil de um discipulador saudável . . . . . . . . 9 4. Demonstração de um grupo pequeno (discipulado, célula, grupo familiar) . 11 5. Avaliação da demonstração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6. Ferramentas (sete cursos, introdução a cada livro, notas, índice de assuntos,) . 15 7. Encerramento . . . . . . . . . . . 16 David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 2 Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas (MAPI) Visão Cada pastor com um mentor; cada igreja com liderança saudável Implicações 1. Mentor: Pessoa com uma graça especial comprometida em nos ajudar a crescer regular e intencionalmente em nossas vidas e ministérios. Para mais explicações, recursos e ferramentas, veja o site www.pastoreiodepastores.com.br no link de pastoreio de pastores e líderes. 2. Cada pastor... Cada igreja... Leva-nos à necessidade inegociável de apoiar e encorajar o pastoreio ou mentoria dos pastores nas denominações, conselhos de pastores e outras organizações que trabalham com pastores. 3. Liderança saudável deixa claro que nenhum pastor é saudável sozinho. Precisamos criar uma cultura do Reino de Deus ao nosso redor, especialmente através de relacionamentos comprometidos e saudáveis. Através de Quatro Estratégias: 1. Pastoreio de pastores e líderes 2. Casamentos e famílias pastorais sólidas e atraentes 3. Igrejas Saudáveis, Simples e Multiplicadoras 4. Parcerias de pastoreio de pastores nas denominações e cidades As três primeiras estratégias criam grupos pequenos ao redor do pastor comprometidos em vivenciarem a cultura do Reino de Deus Mais informações sobre nosso ministério e coordenadores estaduais no site: www.pastoreiodepastores.com.br ou entre em contato com Verônica em nosso escritório no e-mail <mapibrasil@gmail.com> (Fone: 27-3322-2709). David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 3 Igreja Saudável: Simples e Multiplicadora Simples nos Relacionamentos, Intencional na Multiplicação Visão: Cada Pastor Mentoreado, Cada Igreja com Saúde para Multiplicar. Missão: Assessorar pastores e líderes em crescer no processo da igreja saudável. Definição: Igreja saudável é o resultado do processo de avaliação e capacitação, por meio de treinamento e mentoria, que promove o crescimento sustentável da igreja, levando ao amadurecimento e multiplicação. “A Visão da Igreja Saudável” pode ser comparada a uma maquete. Ao final você terá uma visão completa da construção. Um projeto arquitetônico da igreja será desenhado em sua mente. Você terá a oportunidade de conhecer resumidamente SETE ESTRATÉGIAS para o crescimento de uma igreja saudável. Para cada uma destas estratégias existe um treinamento específico que pode ser ministrado conforme a necessidade da igreja. Processo: 1. Conhecendo a Visão da igreja Saudável - 02 horas 2. Seminário visão panorâmica das sete estratégias e questionário diagnóstico - 10 horas 3. Treinamentos de aprofundamento em cada uma das sete estratégias – 10 horas cada 4. Mentoria intencional de acompanhamento ao pastor e equipe pastoral Resultando em: 1. Diagnóstico da saúde de sua igreja. 2. Selecionar 1 a 2 ESTRATÉGIAS para o crescimento nos próximos meses. 3. Elaborar um plano de ação. 4. Ganhar uma visão de longo prazo do processo de uma igreja saudável. 5. Agendar novos treinamentos das estratégias. 6. Receber mentoria. Sete estratégias: Simplicidade nos Relacionamentos 1. Pastor Saudável. O pastoreio de pastores acontece em um grupo pequeno de pastores e cônjuges que se reúne para apoiar e encorajar o desenvolvimento de suas vidas e ministérios. 2. Culto – Celebração dominical participativa, transformadora e edificadora. Oferece inspiração e alimento espiritual para os participantes. 3. Célula ou GP – É um grupo pequeno que possui identidade e ambiente familiar; que dá cobertura espiritual para seus membros e ganha novas pessoas para Cristo. 4. Discipulado – É uma relação comprometida e pessoal, onde um discípulo mais maduro, ajuda outros discípulos de Jesus Cristo, a aproximarem mais d’Ele e assim reproduzirem. Intencionalidade na Multiplicação 1. Equipes –Equipe é um grupo definido, que é Comprometido, Capacitado e Coordenado para obter os mesmos alvos. 2. Capacitação - É o aperfeiçoamento dos membros da igreja, através de um trilho claro de treinamento, levando cada crente a ser um ministro. 3. Mentoria Intencional para Multiplicação – A mentoria é o processo de acompanhamento, onde uma pessoa auxilia a outra, com seu conhecimento e experiências, ajudando-a a avançar para um estado desejado. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 4 1. A Visão do Discipulado e da Bíblia do Discipulado A. A Visão do Discipulado 1. A maioria dos pastores e líderes pensa no discipulado como algo para novos convertidos. A maioria deles tem programas, cursos e currículos para discipular novos crentes. Seria bem mais saudável se pensássemos em três níveis de discipulado: 1) novos convertidos; 2) membros comprometidos da igreja; 3) pastores e líderes. Este último é mais próximo ao modelo de Jesus. Ele discipulava os líderes principais da igreja, os que seriam apóstolos e pastores. Ao falar do discipulado, trabalharemos com uma definição que abrange todos os três níveis. Sublinhe o que chamar sua atenção na definição de discipulado da Bíblia do Discipulado (BD) indicado a seguir. O discipulado é uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda a outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se mais dEle e assim reproduzirem. Comentários e perguntas? 2. A Bíblia do Discipulado é excelente para membros comprometidos ou membros que querem crescer no comprometimento com Deus. Ao mesmo tempo, o foco da BD é o terceiro nível indicado acima, o de pastores, líderes e potenciais líderes. Existem duas razões por isso: A. Jesus como nosso modelo. Este foi o foco de Jesus e queremos caminhar o mais próximo possível dele e seu modelo. B. Estratégia multiplicadora. Se os pastores vivenciam a visão e os valores do discipulado, seus líderes farão o mesmo. Se eles fazem isso, os membros os seguirão. Se os membros seguirem, os novos convertidos entenderão que o discipulado é umestilo de vida e não apenas um curso de 6-12 semanas de preparação para o batismo. 3. Passemos a uma breve avaliação de nossa realidade atual antes de esclarecermos a visão pela qual queremos nos nortear. Dê uma nota de 0 a 10 aos seguintes assuntos, com um breve comentário que explique sua nota. ____ A. A visão do discipulado da maioria dos pastores que você conhece. ____ B. A prática do discipulado da maioria dos pastores que você conhece. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 5 ____ C. Sua visão de discipulado. ____ D. Sua prática de discipulado. 4. Pesquisando: levante a mão se você tem notas 9-10 nas quatro áreas acima, na medida em que pedimos retornos. ____ A. ____ B. ____ C. ____ D. De novo, levante a mão se você tem notas de 7-8 nas quatro áreas acima, na medida em que pedimos retornos. ____ A. ____ B. ____ C. ____ D. 5. A seguir faremos um repasse rápido da visão bíblica do discipulado. A. A Grande Comissão – Mt.28:18-20 1) O coração da Grande Comissão é ___________________________________. 2) Os três verbos que indicam como fazer isso são: A. ______________________ B. ______________________ C. ______________________ 3) As quatro razões por que temos que priorizar a Grande Comissão como norte para nossas vidas: A. ________ a autoridade. B. ________ as nações. C. Ensinando os a guardar ____________ as coisas que tenho ordenado. D. E eis que estou com vocês ___________ os dias. B. João 17 – a oração do discipulador. 1) “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me deste para fazer” – v. 4. 2) “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu os deste a mim” – v. 6. 3) “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” – v. 18. 4) “E a favor deles eu me santifico” – v. 19. C. Formamos discípulos de Jesus Cristo não nossos. Ao mesmo tempo uma visão integral do discipulado junta o divino e o humano. O discipulado de Jesus em nossas vidas se junta com o discipulado (mentoria) da parte de pessoas que andam com ele. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 6 1) “Portanto, eu os admoesto a que sejam meus imitadores. Por esta causa, eu enviei até vocês Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual fará com que vocês se lembrem dos meus caminhos em Cristo Jesus...” (1Co 4.16, 17a). 2) “Sejam meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1). 3) “Irmãos, sejam meus imitadores e observem os que vivem segundo o exemplo que temos dado a vocês” (Fp 3.17). 4) “O que também aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, isso ponham em prática” (Fp 4.9). 5) “E vocês se tornaram imitadores nossos e do Senhor...”(1Ts 1.6). 6) “Porque vocês mesmos estão cientes de como devem imitar-nos... Não que não tivéssemos o direito de receber algo, mas porque tínhamos em vista nos apresentar a nós mesmos como exemplo, para que vocês nos imitassem” (2Ts 3.7a, 9). 7) “Você, porém, tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta, o meu propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha perseverança, as minhas perseguições e os meus sofrimentos... permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu... (2Tm 3.10, 11a, 14). 8) “Obedeçam aos (literalmente, sejam persuadidos por) seus guias e sejam submissos a eles, pois zelam pela alma de vocês, como quem deve prestar contas. Que eles possam fazer isto com alegria e não gemendo, do contrário, isso não trará proveito nenhum para vocês” (Hb 13.17). Perguntas e observações: B. A Visão da Bíblia do Discipulado (BD) Na Introdução à BD. Ela tem cinco partes, indicadas a seguir. 1. O discipulado (definido e explicado), página V. 2. Uma Bíblia autobiográfica (com suas anotações, datas especiais, etc.), página VI. 3. Uma Bíblia para grupos pequenos (sozinho, não! Crescendo juntos), página VIII. 4. Uma Bíblia temática (veja o Índice de Assuntos), página IX. 5. Enfoque prático (Pacto de Timóteo, pastoreio de pastores), página X. 1. Qual das cinco mais chama sua atenção e por quê? Depois de sua resposta pode anotar a de outras pessoas se quiser. 2. Compartilhe, em trios, o que foi mais importante para você até aqui. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 7 2. Perfil de um Discípulo Saudável 1. Aprofundando nossas perguntas. A pergunta mais pertinente quanto a fazer discípulos não é meramente: “Estamos fazendo discípulos?” Mas sim, “Que tipo de discípulos Deus nos chama a reproduzir?” E, o mais importante, “Que tipo de discípulos somos?” Edmund Chan de Singapura, Um Certo Tipo (Fazendo Discípulos Intencionalmente que Redefine Sucesso no Ministério) Perguntas e observações: 2. Uma conclusão: é impossível fazer discípulos se não somos discípulos. E não qualquer “discípulo” e sim o tipo que Jesus quer. Com base nisso veremos uma definição de discípulo e uma auto avaliação, seguido por uma definição de discipulado. Um discípulo é um seguidor integral apaixonado por seu mestre. Implicações e aplicações? 3. A seguir vem uma auto avaliação de como ser um bom discípulo. Baseia-se em ser uma pessoa comprometida em crescer em Jesus através de quatro disciplinas básicas: a comunhão, Palavra, oração e evangelismo. Acrescentamos dois aspectos sem os quais é muito difícil manter essas quatro disciplinas iniciais: a vida simples e caminhar com um discipulador ou mentor. Auto avaliação de como ser um Bom Discípulo Nossa visão, e o propósito da igreja: A igreja primitiva praticava algumas disciplinas básicas para manter esta visão (At 2.42-47). Dê uma nota de zero a dez para si mesmo nas seguintes atividades ou atitudes. A PALAVRA ____ 1. Eu recebo encorajamento e direção através do meu tempo pessoal na Palavra (meu tempo devocional). ____ 2. Os membros da igreja me animam compartilhando da Palavra comigo (Aqui, e no item seguinte, não incluímos a pregação do púlpito ou o ensino em aulas.) ____ 3. Eu encorajo outros na igreja compartilhando a Palavra com eles. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 8 A COMUNHÃO ____ 4. Estou envolvido de forma significativa nas vidas de outros membros da igreja fora das reuniões e cultos. ____ 5. Eu priorizo os cultos dominicais e encontros de meu grupo pequeno, estando preparado tanto para receber como para dar. ____ 6. Eu tenho trabalhado pessoalmente com outros membros da igreja para ajudar-me a superar meus pontos fracos. A ORAÇÃO E ADORAÇÃO ____ 7. Eu me associo com Deus orando e vendo-O responder a essas orações. Eu levo minhas atividades, encontros e reuniões a Deus e ouço Seu encorajamento e direção quanto ao que devo fazer ou falar. ____ 8. Os membros da igreja me encorajam orando comigo. ____ 9. Eu encorajo os membros da igreja orando com eles. O TESTEMUNHO ____ 10. Eu compartilho o evangelho e/ou meu testemunho com pessoas que não conhecem a Cristo. ____ 11. Os membros da igreja me encorajam com seu evangelismo. ____ 12. Eu ajudo a outros membros da igreja a desempenharem melhor a evangelização, inclusive fazendo visitas evangelísticas com eles. A VIDA SIMPLES ____ 13. Eu me desfaço de responsabilidades, posses e gastos não necessários para dedicar mais de meu tempo a buscar o reino de Deus (como, por exemplo, nas atividades acima). ____ 14. Eu mantenho meus olhos em Jesus e não nas circunstâncias. Eu sinto a alegria e paz que vem de confiar que Deus está usando por bem as dificuldades que encontro. ____ 15. Por causa de meu estilo de vida simples, eu tenho tempo disponível para investir nas pessoas que Deus põe em minha vida. RELAÇÃO COM UM DISCIPULADOR OU MENTOR ____ 16. Me preparo bem para meus encontros com meu discipulador ou mentor. ____ 17. Os encontros comele ou ela, são divinos. Realmente fazem uma diferença em minha vida. ____ 18. Eu sou fiel em dar passos de ação com base nesses encontros. Faça um total de cada três pontos e divida por três para ter sua média para cada uma das seis áreas. Uma média de nove ou mais é ótima! Acima de sete e abaixo de nove é boa. Os números começando com sete são bons, mas um pouco baixo, enquanto que de oito para cima são muito bons. Abaixo de sete, mas acima de 5.5 indica brechas e abaixo de 5.5 indica fortalezas. Em ambos os casos, são um chamado a mudanças significativas. Com base em sua auto avaliação, anote algumas implicações ou aplicações. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 9 3. Perfil de um Discipulador Saudável 1. A seguir faremos uma auto avaliação em como ser um bom discipulador. Dê uma nota de zero a dez para si mesmo nos assuntos abaixo: ____ 1. Eu sei quais são as pessoas que Deus me deu (Jo 17.6). ____ 2. Eu tenho um ritmo normal para me encontrar com eles (Jo 17.18). ____ 3. Eles sabem que eu os amo e saem de nossos encontros afirmados e animados. ____ 4. Encontramo-nos de forma significativa fora dos encontros de discipulado ou mentoria. ____ 5. Eles estão crescendo em sua dependência de Deus, não de mim. ____ 6. Eu oro por eles, ouvindo a Deus em favor deles. ____ 7. Nossos encontros de discipulado ou mentoria são encontros divinos, marcados por eles receberem graça, direção ou sabedoria do alto. ____ 8. Nossos encontros são dedicados ao crescimento intencional deles. Deixo claro o valor e a necessidade de virem preparados. ____ 9. Tenho um ou mais modelos de como mentorear, usando-os segundo a necessidade. ____ 10. O discípulo/mentoreado tem passos de ação para seguir ao final de nosso tempo juntos e os segue. Sinto que estou “ensinando-os a guardar todas as coisas” que Jesus mandou. ____ TOTAL Com base em sua auto avaliação, anote algumas implicações ou aplicações. 2. Uma conclusão: é muito difícil ser um bom discipulador (fazer o tipo de discípulos que Jesus quer) se não estamos sendo discipulados ou mentoreados. Apenas lembrar de velhos e bons tempos de ser discipulado ou mentoreado não é suficiente. Para ter um estilo de vida de um discípulo precisamos estar recebendo nova vida, graça e aprendizagem atualmente, para então poder repassar nova vida, graça e aprendizagem. 3. Existe outro nível super avançado que vai mais além de ser um bom discípulo ou discipulador. É ter uma igreja com uma cultura de intencionalmente formar discípulos. Isso quer dizer que o que começa com o discipulado de novos convertidos continua num discipulado para os membros e avança mais ainda num discipulado dos líderes. Esta visão se aclara vendo a tabela de Edmund Chan em seu livro Um Certo Tipo comparando três diferentes modelos de compromisso com o discipulado. A terceira coluna é o que David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 10 sua igreja pratica junto com outras igrejas que se unem em um movimento ao redor do mundo. A cultura de discipulado se revela na vida de uma igreja de oito formas diferentes: 1. Seu propósito 2. Seu evangelismo 3. Suas estratégias para crescimento 4. Sua liderança 5. Sua visão 6. Os veículos que tornam a visão uma realidade 7. Seus grupos pequenos 8. Multiplicação espiritual A seguir podemos ver como essas oito formas funcionam em diferentes tipos de igrejas: Igreja com o discipulado como CONCEITO ÊNFASE MISSÃO CENTRAL Propósito Um propósito conceitual Um propósito comprometido O propósito central Evangelismo Focado em responder às necessidades da igreja; pouca força para fora As pessoas são intencionalmente ganhas para Cristo Prática de evangelismo intencional e seguimento minucioso. Estratégias de crescimento Estratégia solta, sem profundidade Uma estratégia para crescimento, pouco definida Pessoas são transformadas através de estratégias de crescimento intencionais Liderança Acordo da liderança Compromisso da liderança Ressonância da liderança, transbordando deles Visão A visão de fazer discípulos não é clara A visão de fazer discípulos é articulada A visão de fazer discí- pulos é regularmente articulada e claramente vivenciada Veículos con- cretizadores Veículos fracos e soltos para facilitar a visão Alguns veículos para facilitar a visão Veículos bem coordenados para fazer discípulos estão estrategicamente colocados Grupos pequenos Grupos pequenos têm outras prioridades Grupos pequenos têm alguma ênfase em fazer discípulos Grupos pequenos intencionalmente fazem discípulos Multiplicação espiritual Foco em adicionar novas pessoas Multiplica-se para a próxima geração Multiplica-se para várias gerações Com base em sua leitura, anote algumas implicações ou aplicações para sua igreja. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 11 4. Demonstração de um Grupo de Discipulado 1. Agora passaremos a nossa primeira experiência de usar a BD em um grupo familiar, célula ou grupo de discipulado. Usaremos “Disciplinado como atleta e como discípulo – 1Co 9.24-27; At 2.42” (Módulo 1.1.7). Um instrutor liderará um grupo de oito pessoas (nove com ele) com dois colíderes que facilitarão os subgrupos na segunda parte. Precisamos de seis voluntários para completar o grupo, de preferência dois trios de pessoas que já se conhecem e que poderão dar continuidade depois. Isto não é uma simulação. É uma demonstração de algo real. Metade do tempo será no grupo grande, metade nos subgrupos. 2. Os que não estão na demonstração devem fazer observações e anotar suas preguntas abaixo, seguindo a sequência do grupo. Se faltar espaço, use o verso da página. A. Início e quebra gelo. B. O grupo grande. C. Os subgrupos. D. Encerramento. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 12 5. Avaliação: Princípios e Técnicas de Liderar um Grupo Pequeno 1. O início e quebra-gelo. 2. O grupo grande 3. Os subgrupos 4. Encerramento David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 13 Disciplinado como atleta e como discípulo 1Co 9.24-27; At 2.42 (Módulo 1.1.7) 1. Que nota você se daria quanto a ser disciplinado? Explique sua nota. 2. Quais as várias motivações em 1Co 9.24-27 para ser realmente disciplinado? 3. Qual o valor de ter um treinador ou pelo menos um companheiro para andar com você de forma disciplinada? (Cf. Ec 4.9-12) 4. Atos 2.42 fala de quatro disciplinas da primeira igreja. Qual você acha ser menos importante? 5. Em qual disciplina você mais gostaria de crescer nestes próximos 30 dias? 6. Quais seriam alguns passos para conseguir isso? Estudo Opcional: 1Tm 4.7-12; 2Tm 2.3-5; Hb 12.1-11 Disciplinando seu corpo (cf. med. Lv 21.5-6) Existe uma relação entre a disciplina física e espiritual. Pensa um momento nas seguintes situações: você decide jejuar, mas um pouco depois seu estômago sinaliza que não vai aguentar um minuto mais. Ou você decide se levantar cedo para ter mais tempo com o Senhor, mas na hora de se levantar, muda de ideia e cochila mais um pouco. Ou você se coloca em pé para louvar a Deus no culto, mas logo sente que suas pernas estão cansadas. Muitas vezes nossos corpos têm a última palavra quanto a nossa atividade espiritual. Na verdade, nossos corpos sabem pouco sobre o sacrifício. Se você vive segundo os desejos de seu corpo, avançará pouco em sua vida espiritual. Seu corpo obedece ou manda? Um líder deve ser, naturalmente, mais disciplinado e esforçado do que seus seguidores. Exatamente isso lhe dá o direito de guiar a outras pessoas. Para quevocê cresça na prática de uma vida disciplinada, precisa ensinar a seu corpo que a última palavra em sua vida é Jesus Cristo. “Esmurrar” seu corpo e sujeitá-lo é levá-lo no caminho não do que gosta, mas do que lhe faz bem. Cf. ns. 1Co 9.24-27. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 14 Perfil do Facilitador 1. Facilitador: faz boas perguntas, estimula a participação, ajuda o grupo a fazer descobertas pessoais. 2. Ensinável: tem fome e sede de aprender e crescer, aprende de tudo e de todos, aberto à correção, mentoreado e assessorado. 3. Relacional: ama, cria uma atmosfera de graça e confiança, e se conecta individualmente com os membros do grupo. 4. Discernimento: escuta a Deus e ajuda aos demais a fazerem o mesmo, é sensível ao movimento do Espírito, aos propósitos de Deus e aos encontros divinos. 5. Exemplo: transparente e vulnerável, compartilha experiências de pastoreio e crescimento em sua própria vida espiritual, emocional, familiar, etc. 6. Pastoral: apto para cuidar das pessoas, atinge o coração, é um bom mentor, discerne quando uma mini- ministração seria apropriada. 7. Comunicador: conciso, não fala muito, mas se expressa bem, com clareza, facilidade, sabe aonde quer chegar, faz resumos, recapitula e pede retornos. ***** Dicas para Líderes de Grupos Pequenos no Modelo Discipulado As orientações a seguir são um mapa; o Espírito Santo é o motorista. Saia do “mapa” se o Espírito Santo lhe conduzir. Volte ao mapa logo que puder. Recomendamos que normalmente metade do tempo seja no grupo grande, metade nos subgrupos. 1. Oração inicial. Dois enfoques: 1) Valorizar as pessoas, se alegrando nelas; e, 2) pedir um mover do Espírito, um encontro divino. 2. Tempo no grupo grande. A. NÃO ensine, ministre, compartilhe um devocional, um versículo ou uma palavra. Seu papel não é falar; é ajudar todos a participarem, atentos ao Espírito Santo falar. B. Divida o tempo, depois da oração de abertura, em quatro partes para as quatro primeiras perguntas. Estude-as de antemão, tendo suas respostas escritas. Discirna onde pode haver um mover do Espírito para dar mais tempo a essa pergunta ou assunto. Dentro disto decida se deve ler a pequena reflexão no grupo grande, nos grupos pequenos ou deixar para as pessoas lerem depois. C. Esforce-se para não invadir o tempo dos subgrupos porque geralmente eles aprofundarão bem mais o assunto. D. A primeira pergunta é um tipo de quebra gelo, abrindo o assunto em relação à vida dos participantes. E. As perguntas seguintes, até a última, entram no texto bíblico. Procure ouvir 3 a 4 pessoas em cada pergunta e então passe para a próxima. F. Defina de antemão que pergunta pular se o grupo entrar mais profundamente em um assunto. Procure evitar assuntos teológicos, mantendo o foco na vida das pessoas. 3. Tempo nos subgrupos. A última pergunta de aplicação é para ser trabalhada no subgrupo. Se tiver meia hora, poderia repassar as aplicações e/ou pedidos de oração que as pessoas identificaram na semana anterior (10m), ver a pergunta de aplicação atual (10m) e compartilhar pedidos de oração e orar (10m). Veja as onze “Dicas para líderes de grupos pequenos” na Introdução à Bíblia do Discipulado, página IX. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 15 Como Aplicar a Bíblia de Estudo do Discipulado 1 - Aproximação inicial • Sentamo-nos numa espécie de círculo ou meia lua, quando estamos mais de 3 pessoas; • Momento em que se pergunta como a pessoa está/como passou a semana 2 – Oração inicial • Momento em que desaceleramos, após contar os ocorridos da semana, entregamos nossos problemas ao Pai, e pedimos sabedoria e entendimentos para o estudo a ser efetuado. Afirmando sempre as pessoas que estão presentes. 3 - Início do estudo • Pedir para alguém ler a passagem bíblica - solicitando a leitura para algum membro, ou dividindo a leitura entre eles, faz com que a leitura possa ser mais bem aproveitada. Se o facilitador lê, a tendência é que as pessoas fiquem "fora de foco" e acabam não absorvendo os conhecimentos adquiridos na leitura. 4 – Perguntas de 1 a 4 (ou 5) – Tempo de 25 minutos 4.1 – O facilitador deve ser atencioso, comentando sempre que possível de maneira sucinta seguindo 3 princípios: CELEBRAR, VALORIZAR E APROFUNDAR. Com o intuito de primeiramente ouvir e entender o membro em aprendizado. Sempre em seus comentários procurar extrair um princípio/uma base. E novamente afirmar a resposta seja “certa” ou “errada”. 4.2 - O papel do facilitador é também gerar reflexão, fazer as pessoas pensarem, modificar as perguntas para provocar o "conflito de pensamentos" 5 – Pergunta 5 (ou 6) de aplicação – Tempo de 25 minutos 5.1 - Subdividir o grupo em 2 se houver 6 a 8 participantes. O facilitador não é contado. O facilitador deve pedir que uma pessoa seja o facilitador do subgrupo 5.2 – Neste momento o discipulado estrará realmente acontecendo, pois, a pergunta “o que farei com esse conhecimento” será colocada em prática. Solicite para que as pessoas orem para receber direção do Espírito Santo para buscar as orientações práticas. Após orarem, dedicar de 5 a 10 minutos para escrever suas respostas em silêncio. 5.3 – Compartilhar. Durará de 15 a 20 minutos. Neste momento todos compartilham suas anotações, dizendo como colocar em prática todo o ensinamento adquirido. É importante que a "vida na vida" aconteça neste momento. Todo participante, pode e deve fazer comentários sobre as respostas com o objetivo que se ajudem a alcançar o objetivo de forma mais fácil. 5.4 – Seleção de companheiro de caminhada. A pessoa deverá escolher para quem prestará contas das ações que tomará na semana. 6 - Oração final (encerramento no pequeno grupo) • Cada membro faz uma oração individual, evidenciando a Deus os objetivos a serem alcançados de acordo com o estudo; • A oração pode ser de mãos dadas; • Encerramento com abraço afetivo do pequeno grupo. O contato físico é muito importante. David Kornfield e Marinho Soares, Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 16 6. Ferramentas na Bíblia do Discipulado Veremos quatro ferramentas da Bíblia do Discipulado (DB): 1. Sete cursos de discipulado 2. Introdução a cada livro 3. Notas para cada capítulo 4. Índice de assuntos 1. Sete Cursos para Grupos Pequenos 1. A BD tem sete cursos com um total de 448 estudos para grupos pequenos. Veja a página VIII na Introdução à BD para a lista dos sete cursos e a estrutura de cada curso. 2. Como exemplo de um curso, veja o esboço do curso de discipulado na página XIV. 3. A estrutura de oito estudos em cada módulo facilita o estudo de um tema de cada vez, seja por um individuo, um grupo pequeno ou uma equipe de ministério. Se for um grupo pequeno com encontros semanais, o assunto poderia servir para dois meses. Se for um grupo se reúne por dez meses no ano, poderiam estudar cinco temas por ano. 4. Cada estudo para grupo pequeno termina com uma meditação ou artigo curto aprofundando o assunto do estudo. 5. A BD apenas chegará ao seu pleno potencial com líderes capacitados para serem líderes facilitadores e discipuladores. Sem isso, os grupos pequenos que usam a BD normalmente ficarão com o mesmo DNA que já têm, muitas vezes não passando de um bom estudo bíblico apesar de usar a BD. É fundamental discipular e capacitar os líderes dos grupos pequenos si quiser ter uma igreja de discípulos. 2. Introdução a Cada Livro 1. A introdução a cada livro foca um assunto importante para discipuladores. A lista dos livros com os temas das introduções se encontra após Apocalipse e antes do Índice de Assuntos (págs. 462, 463). Os temas também se encontram de forma temática dentro do Índice de Assuntos. 2. A introdução a cada livro é acompanhada por um texto chave ilustrando e aprofundando o tema do livro. David Kornfield e Marinho Soares,Capacitando Discipuladores, 17-18/02/2020 17 3. Notas para Cada Capítulo 1. Cada capítulo tem notas para discipuladores e discípulos no final da página. 2. As notas estão integradas ao Índice de Assuntos. Muitas vezes você encontrará uma indicação em qualquer nota sobre outras notas ou recursos na BD que tratam do mesmo assunto. 3. Às vezes ressaltamos em negrito notas práticas. Elas fazem uma aplicação mais específica e profunda. Já que todo estudo da Bíblia tem que terminar com aplicação, eles são especialmente importantes. 4. Índice de Assuntos (IA) 1. Este Índice está no final da BD. Inclui todos os temas e subtemas do curso de discipulado. 2. Cada tema no IA indica pelo menos um recurso na BD entre as notas, meditações, introduções aos livros e textos chaves de cada livro. Muitas vezes indica múltiplos recursos. 3. Temas mais prioritários para um discipulador se encontram em negrito. Esses temas têm uma lista de subtemas que desenvolvem o assunto com mais detalhes. 7. Encerramento com Oração 1. Anote a) o que Deus falou para você hoje; b) o que Deus fez em você. Oremos dois a dois ou três a três.