Aula 14 - Qualidade de água

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07/12/2018 
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Profa. Lauriane Almeida 
Pombal – Paraíba - Brasil 
Dezembro de 2018 
Qualidade da água para irrigação 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR - CCTA 
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAGRA 
CAMPUS DE POMBAL 
Aspectos gerais 
Escassez de recursos hídricos 
Elevada concentração de sais 
Aspectos gerais 
François et al., 1994; Maas e Poss, 1998 
Manejo adequado dos recursos 
Águas salinas 
Irrigação 
Água na produção vegetal 
- a água é o principal constituinte do 
protoplasma e faz parte da estrutura dos 
compostos celulares 
- 80 a 95% da massa de tecidos vegetais 
em crescimento 
- 5 a 15% da massa em sementes 
(necessitam de quantidade considerável de 
água para a germinação) 
- importante para a formação de 
carboidratos, proteínas e ácidos nucléicos 
 Constituinte celular 
Tipos de águas utilizadas para irrigação 
Águas utilizadas 
Superficiais 
Subterrâneas 
Residuárias 
Águas superficiais 
 Águas superficiais continentais são as águas formadas pelo 
conjunto de rios, lagos. 
 Os rios fazem parte do ciclo 
hidrológico ou ciclo da água. Eles 
são importantes porque: 
 - São uma fonte de alimento; 
- fonte de abastecimento de água; 
- via de transporte; 
- fonte de energia. 
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Águas superficiais 
 Fontes principais de sais nas águas de irrigação. 
Meteorização Química Minerais primários 
 Alterações do regime hidrológico de um rio 
Águas subterrâneas 
 Do ponto de vista hidrológico, a 
água encontrada na zona saturada 
do solo, chamada de aquífero, é dita 
subterrânea. 
 
 
 Aquífero: Formação porosa 
(camada ou estrato) de rocha, areia 
capaz de armazenar e transmitir 
água através dos poros. 
Águas residuárias 
Provenientes de banhos, 
cozinhas, de lavagem de 
pavimentos domésticos 
 
Águas residuais 
domésticas 
 
Resultantes de processos 
de fabricação 
 
Águas residuais 
industriais 
 
Águas Urbanas 
Resultam de chuvas, 
lavagem de pavimentos, 
regas, etc. 
 
Águas residuais ou residuárias são todas as águas descartadas 
que resultam da utilização para diversos processos. 
Águas residuárias 
Principais aplicações da água reciclada 
 Irrigação paisagística 
 Irrigação de campos para cultivo 
 Usos industriais 
 Recarga de aquíferos 
 Finalidades ambientais: aumento de vazão em cursos de água, 
aplicação em pântanos, terras alagadas e indústrias de pesca. 
 Usos diversos: aquicultura, construções, controle de poeira, 
dessedentação de animais, dentre outros. 
Adequação da água para irrigação 
Adequação da 
água 
Manejo da 
irrigação e 
drenagem 
Condições 
climáticas 
Tolerância das 
culturas 
Características 
do solo 
Características 
físico-químicas 
Características da água de irrigação 
Sais dissolvidos 
Pluviais 
Superficiais 
Subterrâneas 
Zona climática, fonte da água, trajeto percorrido, época do ano, geologia 
da região e desenvolvimento da irrigação 
Adequação da água para irrigação 
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Características do solo 
Adequação da água para irrigação 
 Conteúdo de sais iniciais 
 
 Aspectos estruturais 
Permeabilidade 
Adequação da água para irrigação 
 
Tolerância das culturas à salinidade 
Adequação da água para irrigação 
 
Condições climáticas 
Im
a
g
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s
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evapotranspiração = 
transpiração + evaporação 
transpiração 
evaporação 
árvores gramas 
recarga de 
águas 
subterrâneas 
escoamento 
 Quantidade e distribuição de chuva 
 Precipitação e evapotranspiração 
Adequação da água para irrigação 
 
Manejo da irrigação e drenagem 
 Aplicação de quantidade de água inferior 
 Métodos de irrigação 
 Drenagem inadequada 
Avaliação da qualidade da água para irrigação 
 Parâmetros que determinam a qualidade da água: 
• Salinidade 
• Sodicidade 
• Toxicidade 
• Risco potencial de obstruções em emissores. 
Nordeste Brasileiro 
CE abaixo de 0,75 dS m-1 e 
porcentual de sódio abaixo de 60% 
Avaliação da qualidade da água para irrigação 
Salinidade 
 Condutividade elétrica 
Conforme Rhoades et al. (1992) 
• Sais dissolvidos totais - SDT (mg L-1) CEa x 640 (0,1 < CEa < 5,0 dS m-1); 
• Sais dissolvidos totais - SDT (mg L-1) ≅ CEa x 800 (CEa > 5,0 dS m-1); 
• Soma de cátions ou ânions (mmolc L-1) ≅ CEa x 10 (0,1 < CEa < 5,0 dS m-1); 
• Força iônica (mol L-1) ≅ CEa x 0,0127; 
• Pressão osmótica (kPa) ≅ CEa x 0,40 .10-2 (3 < CEa < 30 dS m-1). 
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Avaliação da qualidade da água para irrigação 
Sodicidade 
 Razão de adsorção de Sódio 
Richards (1954) 
em que: 
Na - Concentração de sódio na água, em mmolc L-1; 
Cao - Concentração de cálcio na água, corrigida pela relação HCO3
-/Ca 
(mmolc L-1) e CEa (dS m-1); e, 
Mg - Concentração de Magnésio na água, em mmolc L-1. 
Avaliação da qualidade da água para irrigação 
Toxicidade 
cloreto, sódio e boro 
Concentração do íon 
Tempo de exposição 
Sensibilidade das plantas 
Uso da água pelas culturas 
Tipo de irrigação 
 Garrafas de plástico, herméticas 
 Profundidade de 4 a 5 cm 
 Identificação: local, propriedade, fonte e responsável pela coleta 
 Realização da analise em 72 horas 
 
 Determinação de Mn e Fe (solução de ácido nítrico ou fosfórico 
diluída) 
Coleta de água para avaliação 
Recomendam-se os seguintes procedimentos: 
Classificação da Água para Irrigação 
Classes de água quanto ao risco de salinidade 
 Classificam a água para irrigação baseando-se no estudo do grau de 
restrição de uso de água com problemas potenciais, tais como : 
 
Classificação da Água 
para Irrigação 
Classes de água quanto ao 
risco de sodicidade 
A classificação das águas de 
irrigação com respeito à RAS 
se baseia essencialmente no 
efeito do sódio trocável nas 
condições físicas do solo 
causando problemas de 
infiltração pela redução da 
permeabilidade. 
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Classificação da Água para Irrigação 
Classes de água quanto ao risco de sodicidade 
A recomendação de Ayers & Westcot (1991), quanto ao perigo de sódio, 
restringe-se a três classes de sodicidade, obtidas relacionando-se a RASo com 
a CE da água de irrigação. 
Classificação da Água para Irrigação 
Classes de água quanto ao risco de toxicidade 
cloro, sódio e boro 
Classificação da Água para Irrigação 
Quanto aos riscos de desequilíbrio nutricional nas plantas, por excesso 
de nitrogênio na água de irrigação, Ayers & Westcot (1991) 
apresentam a seguinte classificação 
Classificação da Água para Irrigação 
Quanto aos riscos potencial de obstruções em emissores 
Classificação da Água para Irrigação 
Estudando a significância dos carbonatos e bicarbonatos nas águas de irrigação, 
Eaton (1950) propôs uma classificação baseada no conceito de Carbonato de 
Sódio Residual (CSR), calculado a partir da equação: 
 
CSR = (CO3 + HCO3) – (Ca + Mg) 
 
Nesta relação, os constituintes iônicos são expressos em meq L-1, 
 
Os limites de CSR admissíveis nas águas de irrigação, são: 
 
a) Águas com CSR inferior a 1,25 meq L-1 são apropriadas para irrigação, 
b) Águas com CSR entre 1,25 e 2,50 meq L-1 são aceitáveis, 
c) Águas com CSR superior a 2,50 meq L-1 não são recomendadas para irrigação. 
Classificação baseada no conceito de carbonato 
de sódio residual 
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Concentrações máximas de oligoelementos 
recomendáveis para a irrigação 
Elemento 
Concentração 
(mg/l) 
Elemento 
Concentração 
(mg/l) 
Al (Alumínio) 5,00 Li (Lítio) 2,50 
Cd (Cádmio) 0,01 Mn (Manganês) 0,20 
Co (Cobalto) 0,05 Mo (Molibdênio) 0,01 
Cr (Cromo) 0,10 Ni (Níquel) 0,20 
Cu (Cobre) 0,20 Pb (Chumbo) 5,00 
F (Flúor) 1,00 Zn (Zinco) 2,00 
Fe (Ferro) 5,00 Se (Selênio) 0,02