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Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário Sinop Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais (ICNHS) Profa. Dra. Edjane Rocha “ESTRUTURA ATÔMICA” O que é a Química Inorgânica Química Inorgânica Biologia Fármacia Agrociência Ciência médica • A química também é encontrada em nossa vida diária. O Estudo da Química Inorgânica O2 O Estudo da Química Inorgânica - Proteção ao meio ambiente, - Tratamento da saúde, - Medicamentos, desenvolvimento de fertilizantes e pesticidas Carboplatina Oxaloplatina Nedaplatina Loboplatina Metalofármacos O Estudo da Química Inorgânica Fertilizante O primeiro composto desenvolvido para uso na quimioterapia foi um composto inorgânico, salvarsan Ligações simples e multiplas em moléculas orgânica e inorgânicas Exemplos de interações de ligações Exemplos de compostos inorgânicos contendo terminal e ligação de hidrogênios e grupos Exemplos de Geometria de compostos inorgânicos O que são átomos? De que são feitos? A EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS Demócrito Demócrito (460 – 370 A.C.) Toda a matéria é constituída por átomos e vazio (não era compacta); O átomo é uma partícula pequeníssima, invisível,e que não pode ser dividida; Universo constituído por um número infinito de átomos, indivisíveis e eternos; 400 a.C. Aristóteles Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) Modelo de Demócrito foi rejeitado por um dos maiores filósofos de todos os tempos – Aristóteles. O Modelo de Demócrito permaneceu na sombra durante mais de 20 séculos... Ar Aristóteles acreditava que a matéria era contínua e composta por quatro elementos: Dalton (1807) Séc. XIX – Dalton “ressuscita” A Teoria Atômica. John Dalton (1776 – 1844) *Certos fatos não podiam ser explicados pela teoria de Aristóteles, como a Lei de Lavoisier: “A massa dos reagentes é igual à massa dos produtos”. * Para explicar estes fatos Jonh Dalton propôs, em 1807, o seu modelo atômico. O átomo era uma esfera rígida e indivisível (modelo da Bola de Bilhar) Os átomos do mesmo elemento são iguais entre si – têm a mesma massa John Dalton (1766 - 1844): Químico empírico, diversos estudos investigando a fase gasosa e condensada. - Todos os elementos são feitos de partículas esféricas indivisíveis (atomos); - Átomos de um mesmo elemento são idênticos em tamanho, massa e outras propriedades; - Átomos não podem ser subdivididos, criados ou destruídos; - Diferentes átomos se combinam em variadas proporções de números inteiros; A descoberta da primeira partícula subatômica: o elétron J. J. Thomson (1856 - 1940) Thomson realizou uma série de experiências utilizando um tubo de raios catódicos (tubo semelhante aos tubos existentes no interior dos televisores). Neste tubo, eram efetuadas descargas elétricas através de um gás rarefeito. Tubo de raios catódicos Tubo de Crookes http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5e/JJ_Thomson.jpg&imgrefurl=http://estudemais.wordpress.com/&usg=__VeIvLkfuEiPgXxDOgnngot4gkgc=&h=783&w=700&sz=100&hl=pt-BR&start=17&tbnid=Rsa5kQTEPH3G7M:&tbnh=143&tbnw=128&prev=/images%3Fq%3Dpudim%2Bde%2Bpassas%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR Raios catódicos e elétrons Em 1897 Thomson propõe novo modelo: Ao estudar as descargas no interior deste aparelho, Thomson, descobriu o elétron. A descarga emitida tinha carga elétrica negativa Thomson provou que os elétrons eram corpúsculos, dotados de carga elétrica e de massa, que fazem parte de toda a matéria. Observava-se uma fluorescência esverdeada devido à existência de partículas de carga negativa que saem dos átomos do cátodo. Elétrons : partículas com carga elétrica negativa Esfera com carga elétrica positiva Modelo proposto por Thomson (1904): O átomo era uma esfera maciça de carga elétrica positiva, estando os elétrons distribuídos em seu interior. O número de elétrons seria tal que a carga total do átomo seria zero. Raios catódicos e elétrons • Utilizando este experimento, Millikan determinou que a carga no elétron é 1,60 x 10-19 C. • Conhecendo a proporção carga-massa, 1,76 x 108 C/g, Millikan calculou a massa do elétron: 9,10 x 10-28 g. • Com números mais exatos, concluimos que a massa do elétron é 9,10939 x 10-28 g. Experimentos de Thomson A descoberta da segunda partícula subatômica: o próton Ernest Rutherford (1871 - 1937) Cientista neozelandês, estudou com J.J. Thomson. Em 1908 realizou uma experiência que lhe permitiu propor um novo modelo atômico. Físico Neozelandês, conduziu experimentos principalmente com elementos radioativos. Radioatividade Em meados de 1910: Espalhamento de partículas a contra alvo de ouro. - Estudantes: Hans Geiger e Ernest Marsden Experimentos de Rutherford Experimento do alvo de ouro de Rutherford - Rutherford pede para seus estudantes que chequem ângulos maiores de espalhamento. - São observadas raras deflexões (1 em 20.000), algumas à mais de 90 ° com relação ao feixe. Resultados previstos segundo o modelo de Thomson: Resultados obtidos: As partículas α (+) deveriam atravessar as folhas de ouro sem sofrer desvios. A maior parte das partículas α comportava-se como esperado, mas um significativo número delas sofria desvios acentuados. ● ● ● ● ● ● ● ● Experiência de Rutherford Representação do fenômeno observado por Rutherford Resultados da experiência de Rutherford Partículas α Existe, no interior do átomo, uma região central positiva – o núcleo, que exerce fortes forças repulsivas sobre as partículas alfa. Modelo proposto por Rutherford (1911) O átomo é uma estrutura praticamente vazia, e não uma esfera maciça, constituído por: •Núcleo muito pequeno com a carga positiva, onde se concentra quase toda a massa do átomo. • Elétrons com carga negativa movendo-se em volta do núcleo. O átomo seria um sistema semelhante ao sistema solar. O modelo atômico planetário: elétrons giram ao redor do núcleo, podendo ocupar qualquer órbita existente. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/modelo-atomico-de-rutherford/imagens/modelo-atomico-de-rutherford.gif&imgrefurl=http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/modelo-atomico-de-rutherford/modelo-atomico-de-rutherford.php&usg=__-zF1pTyGlrcOQi0a7mn7wrLD25U=&h=233&w=241&sz=7&hl=pt-BR&start=4&tbnid=mMNFKzCei9FnpM:&tbnh=106&tbnw=110&prev=/images%3Fq%3Dmodelo%2Bplanet%25C3%25A1rio%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR * Rutherford admitiu que existia no núcleo partículas semelhantes aos prótons, porém sem cargas * Chadwick (1932) descobriu os nêutrons * Os nêutrons serviriam para diminuir a repulsão entre os prótons (maior estabilidade no núcleo) A descoberta da terceira partícula subatômica: o nêutron ⇢ Partículas subatômicas que constituem todos os átomos: 1. Prótons (+) 2. Nêutrons (neutros) 3. Elétrons (-) Modelo atômico de E. Rutherford. O átomo em números Núcleo: Porção central do átomo. Compacto e pequeno (10-4 Å); Eletrosfera: região de probabilidade de se encontrar o elétron. Tamanho depende do total de elétrons (1-5 Å). Unidade de massa atômica (u ou u.m.a.): 1 u.m.a. = 1,66054 x 10-24 g O número dos elétrons fora do núcleo é igual ao número de prótons no núcleo. Teoria Atômica 30 ⇢ Falhas no postulado: 1. Hoje se sabe que os átomos possuem uma estrutura interna (não são maciços); 2. São constituídos de partículas menores ainda, as partículas subatômicas; 3. Um elemento difere de outro porque seus átomos possuem números diferentes de cada partícula subatômicae, consequentemente diferentes massas e tamanhos. John Dalton Predição do percurso de uma partícula carregada Pela física clássica, uma partícula carregada que orbita outra partícula de carga contrária libera energia em sua trajetória até se colapsar no núcleo. Solução: O átomo quântico Problemas da teoria atômica 31 Niels Bohr (1913) Niels Bohr (1885 - 1962) Niels Bohr trabalhou com Thomson, e posteriormente com Rutherford. Tendo continuado o trabalho destes dois físicos, aperfeiçoou, em 1913, o modelo atômico de Rutherford. • A luz é definida como radiação eletromagnética: ondas que se propagam pela oscilação de campos elétricos e magnéticos; • Característica da radiação eletromagnética: transporte de energia pelo espaço; • Dependendo do comprimento de onda (λ), podem carregar diferentes conteúdos de energia. • TODOS os tipos de radiação eletromagnética movem-se no vácuo a 3,00 x 108 m/s velocidade da luz (299.792.458 m/s) Natureza Ondulatória da Luz c = . Em 1905, Einstein propôs que a radiação electromagnética pode ser explicada como uma corrente de “partículas” denominadas fotões, cuja energia é dada por: A amplitude esta relacionada com a intensidade do brilho (energia por unidade de volume) da onda. A intensidade é proporcional ao quadrado da amplitude (A2). Maior comprimento de onda (λ) menor frequência (ν) Menor comprimento de onda (λ) maior frequência (ν) LINHAS ESPECTRAIS Modelo Quântico do Átomo - Porque o espectro de linhas do átomo de Hidrogênio é tão simples? - Proposição de um novo modelo do átomo: Modelo de Bohr Explicação do espectro de linhas observado para o átomo de Hidrogênio E = h.c/ Explicação do átomo baseado na luz emitida por alguns elementos quando aquecidos. Teoria Atômica ⇢ Em 1913 Niels Böhr com o auxílio das descrições quânticas da radiação eletromagnética propostas por Albert Einstein e Max Planck, conseguiu completar a teoria de Rutherford. Modelo Atômico de Rutherford-Böhr ⇢ Cada órbita (ou nível de energia) permitida para os elétrons possuem energias diferentes, constantes e determinadas. ⇢ O átomo pode ser representado de forma que as órbitas permitidas para os elétrons tenham relação com diferentes níveis de energia. ⇢ Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia especifica e está em um estado de energia ‘permitido’. Não irradiará energia (não se moverá). ⇢ O elétron muda de um estado de energia permitido para outro quando absorve energia. Essa energia é emitida quando ele volta ao seu nível de energia inicial. Átomo de Bohr Os níveis de energia são numerados de n=1 até n=(infinito). Quanto mais afastado do núcleo estiver o elétron, maior a energia. • Ao receber energia, o elétron salta para órbitas mais externas. Ao retornar para órbitas mais internas, emite energia na forma de ondas eletromagnéticas. A energia absorvida ou emitida pelo elétron no chamado salto quântico é dada pela diferença entre as energias dos níveis envolvidos Átomos hidrogenoides (H, He+, Li2+, etc. ) são aqueles que possuem apenas 1 elétron. Para esse tipo de átomo se aplica também a teoria de Böhr, com a energia do elétron na órbita sendo dada por: O raio da órbita de um átomo hidrogenoide é dado por: Os raios das órbitas também aumentam à medida que cresce o valor de n. No entanto, o afastamento entre as órbitas também cresce: Séries espectrais Por meio da teoria de Böhr se pode calcular o número de onda (recíproco do comprimento de onda) da radiação eletromagnética emitida pelo elétron, utilizando-se para isso a equação abaixo: As linhas (raias) observadas no espectro do átomo de hidrogênio (Z = 1) podem ser classificadas de acordo com o tipo de radiação eletromagnética emitida e, consequentemente, com o nível final do salto quântico. São as chamadas séries espectrais. SÉRIES ESPECTRAIS SÉRIES ESPECTRAIS Série de Balmer (luz visível) ,...5,4,3 1 2 1 . 22 n n R Série de Paschen (Infravermelho) ,...6,5,4 1 3 1 . 22 n n R Série de Lyman (ultravioleta) ,...4,3,2 1 1 1 . 22 n n R Série de Brecktt (ultravioleta) ,...7,6,5 1 4 1 . 22 n n R R = 3,29 x 10 15 Hz (constante de Rydberg) Modelo Quântico do Átomo 43 Postulados do Modelo do átomo de Hidrogênio de Bohr 1: Somente órbitas com certos raios, correspondendo a certas energias definidas, são permitidas para os elétrons em um átomo; 2: Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia específica e está em um estado de energia “permitido” (logo, ele não se move na forma de uma espiral perdendo energia); 3: A energia só é emitida ou absorvida por um elétron quando ele muda de um estado permitido para outro. Essa energia é emitida ou absorvida como um fóton, que tem energia igual a: E = h.c/ O modelo atômico atual Os átomos não são esferas maciças e indivisíveis como pensava Dalton, mas sistemas compostos por várias partículas. Prótons e nêutrons (ambos chamados núcleons) compõem o núcleo, enquanto a eletrosfera é formada pelos elétrons. A massa do átomo está praticamente toda concentrada no núcleo, uma vez que a massa do elétron é muito pequena em relação às massas do próton e do nêutron. O modelo atual é baseado ainda em orbitais — regiões onde os elétrons mais provavelmente podem ser encontrados. A teoria de Bohr explicava muito bem o que ocorria com o átomo de hidrogênio, mas apresentou-se inadequada para esclarecer os espectros atômicos de outros átomos com dois ou mais elétrons Modelo Atômico de Sommerfeld (1916) A partir do modelo de Böhr, Arnold Sommerfeld propôs que os níveis de energia(camadas) estariam subdivididos em regiões menores denominadas subníveis de energia. Os subníveis foram chamados de: (s, p, d, f ) a partir dos nomes técnicos da espectografia (Sharp, Principal, Difuse e Fundamental). Modelo das órbitas elípticas para o elétron - introdução dos subníveis de energia. Para cada camada eletrônica (n), há uma órbita circular e (n-1) orbitas elípticas. A Mecânica Quântica Em cada nível deve existir um subnível circular e n – 1 subníveis elípticos ”. Estrutura Atômica 46 ⇢ Baseia-se em dois princípios: 1. Elétrons dos átomos e sua dualidade onda-partícula: de Broglie (elétron é uma onda) e J. J. Thomson (elétron é uma partícula). 2. Princípio da incerteza de Heisenberg: limitações quanto à certeza da posição e do momento do elétron. ⇢ É possível determinar a probabilidade de se encontrar um elétron com determinada energia dentro de uma região do espaço. Modelo da Mecânica Quântica (Modelo atual) Alguns Princípios de Mecânica Quântica Em 1924, Louis de Broglie sugeriu que, uma vez que a radiação eletromagnética podia ser considerada como constituída de partículas chamadas fótons ao mesmo tempo que exibia propriedades ondulatórias, então o mesmo pode ser verdade para os elétrons. Princípio de Dualidade (Louis De Broglie) A Mecânica Quântica Alguns Princípios de Mecânica Quântica Essa natureza dual é chamada de dualidade onda-partícula. Uma consequência imediata da dualidade é a impossibilidade de se saber o momento linear (o produto da massa pela velocidade) e a localização de um elétron (e qualquer partícula) simultaneamente. Alguns Princípios de Mecânica Quântica Essa restrição é o conteúdo do princípio da incerteza de Heisenberg, W. Heisemberg Cria o “ Princípio da Incerteza ” e como conseqüência a definição de orbital. Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo do átomo onde existe a máxima probabilidade do elétron ser encontrado. Princípio da Incerteza (Werner Heisenberg) x incerteza na localização p incertezano momento linear ħ h/2 = 1,054x10-34 J.s 21. px A Mecânica Quântica Schrödinger formulou uma equação que levou em conta a dualidade onda-partícula e considerou o movimento dos elétrons nos átomos. Para fazer isso ele introduziu a função de onda, (psi), uma função matemática das coordenadas de posição x, y e z. Modelo Atômico Schrödinger A Mecânica Quântica Alguns Princípios de Mecânica Quântica A equação de Schrödinger, da qual a função de onda é uma solução, é: V é a energia potencial do elétron no campo do núcleo e E é sua energia total. A equação de Schrödinger é uma equação diferencial de segunda ordem e difícil de resolver para todos os sistemas. 0 2 22 2 2 2 2 2 VE m zyx e •Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de onda e as energias para as funções de onda. As EstAlguns Princípios de Mecânica Quântica Uma função de onda contém todas as informações dinâmicas possíveis do elétron, incluindo onde ele está e o que está fazendo. A probabilidade de se encontrar um elétron em uma dada localização é proporcional ao quadrado da função de onda neste ponto, 2. Alguns Princípios de Mecânica Quântica De acordo com essa interpretação, há uma grande probabilidade de se encontrar o elétron onde 2 é grande e o elétron não será encontrado onde 2 for zero. A quantidade 2 é chamada de densidade de probabilidade do elétron. A função de onda de um elétron em um átomo é chamada de orbital atômico. As EstAlguns Princípios de Mecânica Quântica A probabilidade de se encontrar um elétron é igual a 2d se a função de onda for “normalizada”, significando que: onde a integração é sobre todo o espaço acessível ao elétron. Essa expressão estabelece que a probabilidade total de se encontrar o elétron em algum lugar deve ser igual a 1. 12 d Orbitais Atômicos Níveis de Energia Cada uma das funções de onda obtidas pela resolução da equação de Schrödinger para um átomo hidrogenóide é especificada por um único conjunto de 4 números inteiros chamados números quânticos. Estes números quânticos são designados por n, l e ml. Cada número quântico especifica uma propriedade física do elétron: n = especifica energia, o tamanho do orbital l = indica o momento angular orbital, a forma angular do orbital ml = indica a orientação do momento angular, orientação do orbital Camadas, Subcamadas e Orbitais Em um átomo, todos os orbitais com o mesmo valor de n possuem a mesma energia e são ditos degenerados. O número quântico principal, deste modo, define uma série de camadas do átomo, ou conjuntos de orbitais com o mesmo valor de n que, por esta razão, têm a mesma energia e, aproximadamente, a mesma extensão radial. Orbitais Atômicos Camadas, Subcamadas e Orbitais Os orbitais pertencentes a cada camada são classificados em subcamadas, diferenciadas pelo número quântico l. Para um dado valor de n, o número quântico l pode ter os valores l = 0, 1, ..., n – 1, originando n valores diferentes no total. Ex.: n= 1 l = 0 n = 2 l = 0, 1 n = 3 l = 0, 1 e 2. Valor de l 0 1 2 3 Letra usada s p d f É comum identificar cada subcamada por uma letra: Camadas, Subcamadas e Orbitais Um orbital s (l = 0) com ml = 0 orbital s; Três orbitais na subcamada p (l = 1) com ml = +1, 0, -1 orbitais p; Cinco orbitais da subcamada d (l = 2) com ml = +2, +1, 0, -1, -2 orbitais d; E assim por diante. As Orbitais Atômicos Camadas, Subcamadas e Orbitais Uma subcamada com número atômico l consiste em 2l + 1 orbitais individuais. Estes orbitais são diferenciados pelo número quântico magnético, ml, o qual pode apresentar 2l + 1 valores inteiros de + l a – l. Ex.: uma subcamada d (l = 2) de um átomo consiste em cinco orbitais atômicos individuais que são diferenciados pelos valores ml = +2, +1, 0, -1, -2. Orbitais e Números Quânticos 1. n níveis = n subníveis; 2. Cada subnível possui um quantidade específica de orbitais (ml); 3. O número total de orbitais em um nível é n2; Quando dizemos que um elétron “ocupa” um orbital atômico, queremos dizer que ele é descrito pela função de onda correspondente. AsOrbitais Atômicos Níveis de Energia As energias permitidas são especificadas pelo número quântico principal, n. Para um átomo hidrogenóide de número atômico Z, elas são dadas por: Com n = 1, 2, 3 ... e 2 2 n hcRZ En 2 0 3 4 8 ch em R e hcR = 13,6 eV R = constante de Rydberg = 1,097x107 m-1 As Estruturas dos Átomos Hidrogenóides Orbitais Atômicos Níveis de Energia Hidrogenóides O zero de energia (n = ) corresponde à situação em que o elétron e o núcleo estão bastante separados e estacionários. Valores positivos de energia correspondem aos estados não ligados do elétron, nos quais ele pode se mover com qualquer velocidade e logo possuir qualquer energia. Orbitais Atômicos Níveis de Energia As energias dadas pela equação são negativas, significando que a energia de um elétron em um estado ligado é menor do que a de um elétron estacionário a grande distância do núcleo. Uma vez que a energia é proporcional a 1/n2, os níveis de energia convergem à medida que a energia aumenta, tornando-se menos negativos. 2 2 n hcRZ En As EOrbitais Atômicos A Variação Radial dos Orbitais Atômicos Os químicos geralmente acham mais adequado utilizar uma representação visual dos orbitais atômicos ao invés das suas expressões matemáticas. As expressões matemáticas de alguns dos orbitais atômicos hidrogenóides são mostrados na tabela 1.2. A função de onda radial expressa a variação do orbital com a distância do núcleo. As regiões onde a função de onda radial passa pelo zero são chamadas de nós radiais. A Variação Radial dos Orbitais Atômicos A função de onda angular expressa a forma angular do orbital. Os planos nos quais a função de onda angular passa pelo zero são chamados de nós angulares ou planos nodais. A Variação Radial dos Orbitais Atômicos ROBSON Realce O elétron em um orbital s possa ser encontrado mais próximo ao núcleo, do que um elétron em qualquer outro tipo de orbital não será encontrado lá. A Variação Radial dos Orbitais Atômicos Um orbital com números quânticos n e l em geral tem n – l – 1 nós radiais. As Estruturas dos Átomos Hidrogenóides Orbitais Atômicos A Função Distribuição Radial A função distribuição radial fornece a probabilidade de que um elétron seja encontrado a uma dada distância do núcleo, independentemente da direção. Esta informação permite-nos avaliar o quão fortemente o elétron está sendo atraído. As Estruturas dos Átomos Hidrogenóides Orbitais Atômicos A Função Distribuição Radial A probabilidade total de se encontrar o elétron em uma casca esférica de raio r e espessura dr é a integral de 2d sobre todos os ângulos. Este resultado é frequentemente escrito como P(r)dr, onde P(r) é chamada função distribuição radial. Em geral, 22 rRrrP Orbitais Atômicos A Função Distribuição Radial Em geral, a distância mais provável de se encontrar um elétron decresce à medida que a carga nuclear aumenta (porque o elétron é atraído mais fortemente para o núcleo) e especificamente, Z a r 0max onde a0 é o raio de Bohr, , uma quantidade que aparece na formulação do modelo atômico de Bohr, sendo seu valor numérico 52,9 pm. A distância mais provável na qual o elétron pode ser mais facilmente encontrado aumenta com o aumento de n porquequanto maior a energia, maior a probabilidade do elétron ser encontrado distante do núcleo. 2 00 ema e ROBSON Realce ROBSON Realce Representações e orbitais Orbitais s: • Um orbital s possui a mesma amplitude a uma dada distância do núcleo •Todos os orbitais s são esféricos. •À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. •À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. •Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. •Em um nó, Ψ2= 0 •Para um orbital s, o número de nós é n-1. As regiões onde a função de onda radial passa pelo zero são chamadas de nós radiais. ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce Existem três orbitais p, px, py, e pz. •Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y-e z- de um sistema cartesiano. •As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. •Os orbitais têm a forma de halteres. •À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. •Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. Orbitais p Representações e orbitais Os planos nos quais a função de onda angular passa pelo zero são chamados de nós angulares ou planos nodais. Cada orbital p possui um único plano nodal. ROBSON Realce •Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. •Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante ao seixos x-, y- e z. •Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. •Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. •Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. Orbitais d e f Um orbital d típico tem dois planos nodais que se interceptam no núcleo um orbital f típico possui três planos nodais. Em geral, um orbital com número quântico l tem l planos nodais. Somente dois elétrons podem ocupar um único orbital e, se for o caso, seus spins devem estar emparelhados. “Emparelhado” significa que o spin de um elétron deve ser ↑ e o do outro ↓. O par é simbolizado por ↑↓. ROBSON Realce ROBSON Realce • O preenchimento dos elétrons devem sempre iniciar pelos orbitais de menor energia, seguindo para os orbitais de maior energia; • Orbitais de mesma energia (degenerados) devem ser semipreenchidos com mesma orientação de spin antes de haver emparelhamento de spin (Regra de Hund); ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce Visto que, para um mesmo nível, os subníveis têm energias diferentes, nem sempre o subnível energético é o mais afastado do núcleo. Por isso, é importante seguir a ordem crescente de energia dos subníveis no momento de fazer a distribuição dos elétrons. Essa ordem é dada pelas setas indicadoras no Diagrama de Pauling: DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA Diagrama de Linus Pauling 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d106p6 7s2 5f146d10 7p6 ... Ordem crescente de energia ROBSON Realce Configurações eletrônicas 82 n = 1 n = 2 n = 3 n = 4 (a) (b) - Níveis de energia de diferentes subníveis não são iguais (a); - Subníveis com número quântico principal menor podem estar em um maior estado de energia que subníveis com números quânticos principais menores (4s e 3d) (b); Energia dos Subníveis e Orbitais Existem no máximo quatro subníveis, que são: s, p, d, f. A quantidade de subníveis existentes em cada nível está esboçada abaixo: A quantidade máxima de elétrons que pode ser distribuída em cada nível e subnível está evidenciada a seguir: O Princípio do Preenchimento Para explicar as configurações eletrônicas no estado fundamental de átomos multieletrônicos, necessitamos levar em conta os efeitos de penetração e de blindagem nas energias dos orbitais e o papel do princípio de exclusão de Pauli. De acordo com o princípio de preenchimento, os orbitais dos átomos neutros são tratados como sendo ocupados na ordem determinada, em parte, pelo número quântico principal, e em parte pela penetração e blindagem: Ordem de ocupação: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p ... Configurações Eletrônicas do Estado Fundamental ROBSON Realce ROBSON Realce Áo Princípio do Preenchimento A ocupação de orbitais separados (como um orbital px e um orbital py) pode ser entendida em termos das interações repulsivas mais fracas que existem entre elétrons ocupando diferentes regiões do espaço (elétrons em diferentes orbitais) do que quando estes ocupam a mesma região do espaço (elétrons no mesmo orbital). • Esse efeito é chamado na mecânica quântica de correlação de spin, que é a tendência de dois elétrons com spins paralelos permanecerem afastados um do outro e deste modo repelirem-se menos. O Princípio do Preenchimento Como consequência deste efeito, as camadas semipreenchidas de elétrons com spins paralelos são parcialmente estáveis. Ex.: o estado fundamental do Cromo é 4s1 3d5 em vez de 4s2 3d4. • A configuração 1s22s22p6 do neônio é um exemplo de uma camada fechada, uma camada completamente preenchida de elétrons. A configuração 1s22s22p6 é simbolizada por [Ne]. O Princípio do Preenchimento Para a maioria do bloco d, o estado fundamental determinado por espectroscopia e cálculos mostra que é mais vantajoso ocupar orbitais previstos serem de maior energia (os orbitais 4s). A explicação para esta ordem é que a ocupação dos orbitais de maior energia pode resultar numa redução das repulsões entre elétrons que ocorreriam se os orbitais 3d, de menor energia, fossem ocupados. ÁtPrincípio do Preenchimento Dados espectroscópicos mostram que as configurações do estado fundamental dos átomos do bloco d são, na sua maioria, da forma 3dn4s2, onde o orbital 4s está totalmente preenchido, apesar dos orbitais 3d serem de uma camada mais interna (M). o Princípio do Preenchimento É mais provável que os elementos do centro do bloco d, tenham configuração do estado fundamental d5s1 e não d4s2 (Cr). Próximo à extrema direita do bloco d, é mais provável que a configuração seja d10s1 do que d9s2 (como para o Cu). Um efeito semelhante ocorre no bloco f, onde os orbitais f estão sendo preenchidos, e um elétron d pode ser deslocado para a subcamada f de forma que uma configuração f7 ou f14 seja atingida, resultando na redução da energia total. Todos os cátions do bloco d têm configurações dn e nenhum elétron no orbital s. Penetração e blindagem Cada elétron se move no campo atrativo do núcleo e sente a carga repulsiva média dos outros elétrons. Esta carga reduz a carga do núcleo, Ze, para Zefe, onde Zef (mais precisamente Zefe) é chamada de carga nuclear efetiva. A redução da verdadeira carga nuclear para a carga nuclear efetiva pelos outros elétrons é chamada de blindagem. ROBSON Realce ZZef Z verdadeira carga nuclear Constante de blindagem empírica, , Penetração e blindagem ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce • Os elétrons estão presos ao núcleo, mas são repelidos pelos elétrons que os protegem da carga nuclear. • A carga nuclear sofrida por um elétron depende da sua distância do núcleo e do número de elétrons mais internos. • Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a carga nuclear efetiva (Zeff) diminui. • Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui. REGRAS DE SLATER Para determinar Zef, os elétrons são divididos em grupos (a cada um corresponde uma constante de blindagem diferente). (1s); (2s, 2p); (3s, 3p); (3d); (4s, 4p); (4d); (4f); (5s, 5p); etc. Para qualquer elétron de um dado grupo, a constante de blindagemS é a soma das seguintes parcelas: – zero para qualquer grupo exterior ao elétron considerado. – 0,35 para cada um dos outros elétrons do mesmo grupo que o elétron considerado, exceto no grupo 1s, no qual usa-se o valor 0,30. – Se o elétron considerado pertencer a um grupo (ns, np), cada elétron do nível (n –1) contribui com 0,85 e cada elétron dos níveis mais internos contribui com 1,00. – se o elétron considerado pertencer a um grupo (nd) ou (nf), cada elétron dos grupos mais internos contribui com 1,00. ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce A penetração de um elétron 2s na região mais interna do átomo é maior do que a de um elétron 2p porque este último vai a zero no núcleo. Deste modo, os elétrons 2s são menos blindados do que os elétrons 2p. Penetração e blindagem A presença de um elétron dentro das camadas de outros elétrons é chamada penetração. ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce Penetração e blindagem Conclui-se que um elétron 2s tem uma energia menor (está ligado mais firmemente) do que um elétron 2p e, portanto, o orbital 2s será ocupado antes dos orbitais 2p, produzindo uma configuração eletrônica do estado fundamental do Li de 1s2 2s1. Esta configuração eletrônica é normalmente simbolizada por [He] 2s1, onde [He] simboliza um caroço de hélio 1s2. ROBSON Realce Penetração e blindagem Este padrão de energia, ns abaixo do np, é uma característica geral dos átomos multieletrônicos. Este padrão pode ser visto na tabela seguinte, a qual fornece os valores de Zef para vários orbitais atômicos da camada de valência de átomos na configuração eletrônica do estado fundamental. ÁPenetração e blindagem Os valores da tabela também confirmam que um elétron s na camada mais externa do átomo está normalmente menos blindado do que um elétron p na mesma camada. Similarmente, a carga nuclear efetiva é maior para um elétron num orbital np do que em um orbital nd. ROBSON Realce ROBSON Realce Penetração e blindagem Como resultado da penetração e da blindagem, a ordem de energia em átomos multieletrônicos é normalmente: ns < np < nd < nf Isso ocorre porque, em uma determinada camada, os orbitais s são os mais penetrantes e os orbitais f são os menos penetrantes. ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce NÚMERO ATÔMICO E NÚMERO DE MASSA Tomando o modelo de Rutherford–Bohr como objeto de estudo, podemos definir alguns tópicos básicos que vão nortear nossos estudos. Número atômico (Z): n.° de prótons (P) no núcleo de um átomo. Z = p O número atômico caracteriza um elemento químico. Número de massa (A): O número de massa é a soma dos prótons (P) e nêutrons (N) do núcleo de um átomo. A = P + N ou A = Z + N Um átomo (X) será representado assim: z AX ou zX A ROBSON Realce ROBSON Realce Teoria Atômica É a identificação de um átomo. Corresponde ao número de prótons presentes no núcleo. Z=P OBS.: em um átomo (neutro) o n.º de prótons é igual ao n.º de elétrons. Importante! O número atômico é o que caracteriza cada elemento químico, ou seja, não existem átomos de elementos químicos diferentes com o mesmo número atômico, se têm o mesmo número atômico são o mesmo elemento. ⇢ Número de nêutrons do núcleo é igual a A – Z. ⇢ Todos os átomos de um dado elemento têm o mesmo número atômico. Por esta razão, o número atômico é algumas vezes omitido na identificação de um átomo individual. N = A - Z ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce Elemento Químico ÁTOMO P = e- CARGA = ZERO ÍON CÁTION ÂNION Nº DE MASSA A = P + N Nº ATÔMICO Z = P Nº DE ÁTOMOS Teoria Atômica São átomos ou grupo de átomos com excesso de carga. P ≠ e- CÁTIONS (+): perdem elétrons P > e- ÂNIONS (-): ganham elétrons P < e- ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce ROBSON Realce Exemplo: átomo neutro: íon: Ca0 20 40 Ca2+ 20 40 Z = P = E = N = A = Z = P = E = N = A = 20 20 20 20 40 20 20 18 20 40 Evolução dos Modelos Atômicos A tabela periódica é uma disposição sistemática dos elementos químicos ordenados por seus números atômicos, configuração eletrônica, e recorrência das propriedades periódicas. Este ordenamento mostra tendências periódicas , tais como elementos com comportamentos similares na mesma coluna. A forma moderna da tabela periódica reflete a estrutura eletrônica dos elementos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Elementos_qu%C3%ADmicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Elementos_qu%C3%ADmicos https://pt.wikipedia.org/wiki/Elementos_qu%C3%ADmicos https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_at%C3%B3mico https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_at%C3%B3mico https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_at%C3%B3mico https://pt.wikipedia.org/wiki/Configura%C3%A7%C3%A3o_eletr%C3%B4nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Configura%C3%A7%C3%A3o_eletr%C3%B4nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Configura%C3%A7%C3%A3o_eletr%C3%B4nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedades_peri%C3%B3dicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedades_peri%C3%B3dicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedades_peri%C3%B3dicas Os Elementos Químicos 107 Os Elementos Químicos 108 A Classificação dos Elementos Algumas substâncias que agora reconhecemos como elementos químicos já eram conhecidos desde a Antiguidade, como o carbono, o enxofre, o ferro, o cobre, a prata, o ouro e o mercúrio. Os alquimistas e seus sucessores imediatos, os primeiros químicos, adicionaram cerca de 18 elementos até 1800. A lista de elementos cresceu rapidamente no final do século XIX. A maior parte dos elementos foi descoberta entre 1735 e 1843 Elementos • Se uma substância pura não pode ser decomposta em algo mais, então ela é um elemento. • Existem 118 elementos conhecidos. • A cada elemento é dado um único símbolo químico (uma ou duas letras, por exemplo, H, B, C, N, etc ou He, Be). • Os elementos são a base de constituição da matéria. • A crosta terrestre consiste de 5 elementos principais. • O corpo humano consiste basicamente de 3 elementos principais. Classificações da matéria Elementos Químicos Os elementos químicos são representados por letras maiúsculas ou uma letra maiúscula seguida de uma letra minúscula. Os Símbolos são de origem latina: Português Latim Símbolo Sódio Natrium Na Potássio Kalium K Enxofre Sulphur S Fósforo Phosphurus P Ouro Aurum Au Elementos Classificações da matéria A Classificação dos Elementos Padrão e Periodicidade Uma classificação mais detalhada dos elementos foi proposta por D. I. Mendeleev em 1869, tornando-se conhecida por todos os químicos como a tabela periódica. Mendeleev ordenou os elementos conhecidos em ordem crescente de massa molar. Essa organização resultou em famílias de elementos com propriedades químicas similares, os quais ele organizou em grupos na tabela periódica. A C Tabela Periódica Moderna Os elementos são listados na ordem dos seus números atômicos, e não dos pesos atômicos. As linhas horizontais da tabela são denominadas períodos e as colunas grupos. Frequentemente usa-se o número do grupo para designar a posição geral de um elemento. (Ex.: dizemos que “o gálio está no Grupo 13”). A forma moderna da tabela periódica reflete a estrutura eletrônica dos elementos. Os blocos da tabela indicam o tipo de subcamada sendo ocupada de acordo com o princípio do preenchimento. Cada período ou linha, da tabela corresponde ao preenchimento das subcamadas de uma dada camada. A Tabela Periódica Moderna A Tabela Periódica Moderna A tabela periódica é dividida em quatro blocos. Os membros dos blocos s e p são coletivamente denominados elementos principais. A Tabela Periódica Moderna Os elementos do bloco d (frequentemente com exceção do Grupo 12, zinco, cádmio e mercúrio) são coletivamente chamados de elementos de transição. A Tabela Periódica Moderna Os elementos do bloco f são divididos na série dos elementos mais leves (números atômicos de 57 a 71), denominados lantanóides (ainda comumente chamados de lantanídeos). E na série dos elementos mais pesados (números atômicos de 89 a 103), denominados actinóides (comumente chamados de actinídeos). Forma longa: ordem crescente de número atômico. A periodicidade nas propriedades dos elementos é o resultado da periodicidade nas configurações eletrônicasdos seus átomos. "As propriedades físicas e químicas dos elementos, são funções periódicas de seus números atômicos". Propriedades periódicas Propriedades Atômicas Certas propriedades características dos átomos, particularmente seus raios e as energias associadas com a remoção e adição de elétrons, mostram variações periódicas regulares com o número atômico. Estas propriedades atômicas são de grande importância ao tentarmos entender muitas das propriedades químicas dos elementos. O conhecimento destas tendências nos permite interpretar as observações e prever comportamentos químicos e estruturais, sem recorrer a dados tabelados de cada elemento. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade Eletropositividade Energia de ionização Raio atômico e Iônico Afinidade Eletrônica Densidade Polarizabilidade Propriedades Atômicas Raios Atômicos e Iônicos Uma das propriedades atômicas mais úteis de um elemento é o tamanho de seus átomos e íons. A distância média dos elétrons ao núcleo de um átomo está relacionada com a energia necessária para removê-los num processo de formação de cátion. Propriedades periódicas Propriedades Atômicas Raios Atômicos e Iônicos Um átomo não tem raio preciso pois a grandes distâncias a função de onda dos elétrons diminui exponencialmente com o aumento da distância ao núcleo. Entretanto, espera-se que átomo com muitos elétrons sejam maiores do que átomos que têm poucos elétrons. Tais considerações levaram os químicos a propor uma variedade de definições de raio atômico com base em considerações empíricas. Propriedades periódicas Propriedades Atômicas Raios Atômicos e Iônicos O raio metálico de um elemento metálico é definido como a metade da distância experimental determinada entre os centros dos átomo vizinhos mais próximos em um sólido. O raio covalente de um elemento não-metálico é, da mesma forma, definido como a metade da distância internuclear entre átomos vizinhos de um mesmo elemento em uma molécula. Os raios metálico e covalente são referidos em conjunto como raios atômicos. Propriedades Periódicas- Raio Atômico É a distância que vai do núcleo do átomo até o seu elétron mais externo. Inclui os gases nobres. Propriedades Periódicas- Raio Atômico Propriedades Periódicas- Raio Atômico No sexto período observa-se que os raios metálicos da terceira linha do bloco d são muito semelhantes àqueles da segunda linha, não sendo, como esperado, significativamente maiores pelo fato de possuírem um número maior de elétrons. Esta redução do raio abaixo do esperado é chamada de contração dos lantanídeos. Uma contração similar é encontrada nos elementos que seguem o bloco p. Isso acontece porque os elementos da terceira linha do blodo d são precedidos pelos elementos da primeira linha do bloco f, os lantanóides, nos quais os orbitais 4f estão sendo ocupados. Estes orbitais possuem uma pequena capacidade de blindagem, de forma que os elétrons de valência experimentam uma atração nuclear maior do que poderia ser esperado. Propriedades Periódicas- Raio Atômico O raio iônico de um elemento está relacionado com a distância entre os centros de cátions e ânions vizinhos. •O tamanho do íon também depende da carga nuclear, do número de elétrons e dos orbitais que contenham os elétrons de valência. •Os cátions deixam vago o orbital mais volumoso e são menores do que os átomos que lhes dão origem. •Os ânions adicionam elétrons ao orbital mais volumoso e são maiores do que os átomos que lhe dão origem. Propriedades Periódicas- Raio Iônico O menor raio do cátion comparado com o do átomo que o originou é uma consequência não somente da redução na repulsão elétron-elétron, devido a perda de elétrons, mas também pelo fato de que a formação do cátion resulta na perda de elétrons de valência e um aumento da carga nuclear efetiva. Essa perda resulta num átomo com camadas fechadas de elétrons muito mais compacto. Uma outra característica geral é que todos os ânions são maiores do que os átomos originais e todos os cátions são menores. • O aumento do raio de um átomo quando da formação do ânion correspondente é o resultado de uma maior repulsão elétron- elétron que ocorre quando um elétron é adicionado para formar um ânion. • Há também uma diminuição no valor da carga nuclear efetiva. • Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos em um grupo na tabela periódica. • Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica, os íons tornam-se menores : Propriedades Periódicas- Raio Iônico Energia de Ionização A facilidade com que um elétron pode ser removido de um átomo é medida pela sua energia de ionização, I, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo em fase gasosa: )()()( ggg eAA ),(),( gAEgAEI É a energia necessária para arrancar um elétron de um átomo, no estado gasoso, transformando-o em um íon gasoso. Varia como a eletronegatividade e inclui os gases nobres. A segunda ionização requer maior energia que a primeira e, assim, sucessivamente. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Energia de Ionização A primeira energia de ionização, I1, é a energia necessária para remover o elétron menos firmemente ligado de um átomo neutro; A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover o elétron menos firmemente ligado do cátion resultante, e assim por diante. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Energia de Ionização As energias de ionização também se correlacionam fortemente com os raios atômicos, e os elementos que possuem pequenos raios atômicos geralmente têm grande energia de ionização. A explicação dessa correlação é que em um átomo pequeno o elétron está próximo ao núcleo e experimenta uma forte atração coulombiana, tornando-se difícil removê-lo. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Energia de Ionização Enquanto o raio atômico aumenta à medida que descemos num grupo, a energia de ionização diminui, e a diminuição do raio ao longo de um período é acompanhada por um aumento gradual na energia de ionização. Existem alguns desvios desta tendência geral na energia de ionização que podem ser facilmente explicados. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Energia de Ionização De modo geral, a primeira energia de ionização de um elemento é determinadapela energia do orbital mais alto ocupado no seu estado fundamental. Propriedades Periódicas • As energias de ionização sucessivas requerem energias cada vez maiores. • Assim, a segunda energia de ionização de um elemento é maior do que a sua primeira energia de ionização e a sua terceira energia de ionização é maior ainda. • Ou seja, quanto maior a carga positiva de uma espécie, maior a energia necessária para remover um elétron desta espécie. • Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido Propriedades Atômicas A variação segue o padrão da carga nuclear efetiva 2 2 n Z I ef a Energia de Ionização Elétron mais externo fica menos fortemente ligado do que se estivesse no orbital s. Dois elétrons ocupando um mesmo orbital se repelem fortemente, e esta repulsão compensa a maior carga nuclear. Afinidade Eletrônica A entalpia de ganho de elétron, geH o, é a variação da entalpia padrão molar quando um átomo na fase gasosa ganha um elétron: O ganho de elétron pode ser exotérmico ou endotérmico. )()()( ggg AeA Apesar do termo entalpia de ganho de elétron ser o termo termodinamicamente apropriado, muito da química inorgânica é discutida em termos de uma propriedade muito próxima, a afinidade eletrônica de um elemento. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica A afinidade eletrônica de um elemento, Ea, é a diferença de energia entre os átomos gasosos e os íons gasosos a T = 0. Uma afinidade eletrônica positiva indica que o íon A- tem uma energia menor, mais negativa, do que o átomo neutro A. ),(),( gAEgAEEa Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas É a energia liberada quando um átomo recebe um elétron (Afinidade Eletrônica). Varia como o Potencial de Ionização. Não inclui os Gases Nobres. Afinidade Eletrônica A segunda entalpia de ganho de elétron, a variação de entalpia para a ligação de um segundo elétron a um átomo inicialmente neutro, é sempre positiva porque a repulsão eletrônica supera a atração nuclear. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica A afinidade eletrônica de um elemento é determinada, em grande parte, pela energia do orbital não- preenchido de menor energia (ou semipreenchido) do átomo no seu estado fundamental. Este orbital é um dos dois orbitais de fronteira de um átomo, sendo o outro o orbital atômico preenchido de mais alta energia. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica Um elemento possui uma alta afinidade eletrônica se o elétron adicional pode entrar numa camada onde ele experimenta uma forte carga nuclear efetiva. Este é o caso dos elementos próximos ao canto direito superior da tabela periódica. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica Desse modo, espera-se que os elementos próximos ao flúor (especificamente O e Cl, mas não os gases nobres) tenham as maiores afinidades eletrônicas e grandes valores de Zef, sendo possível adicionar elétrons à camada de valência. O nitrogênio tem uma afinidade eletrônica muito baixa devido à alta repulsão eletrônica que ocorre quando um elétron entre em um orbital que já está semipreenchido. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade A eletronegatividade, c (chi), de um elemento é a capacidade que um átomo de um elemento tem de atrair elétrons para ele quando faz parte de um composto. Se um átomo tem uma forte tendência de adquirir elétrons, diz-se que é “altamente eletronegativo”. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas É a capacidade que um átomo tem de atrair elétrons (ametais). Varia da esquerda para a direita e de baixo para cima, excluindo-se os gases nobres. Eletronegatividade Se ele tem uma tendência de perder elétrons, diz-se que é “eletropositivo”. As tendências periódicas na eletronegatividade podem ser relacionadas com o tamanho dos átomos e com as configurações eletrônicas. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade Se um átomo é pequeno e tem uma camada eletrônica quase fechada, então há uma grande possibilidade de que ele atraia um elétron para si mais do que um átomo grande com poucos elétrons de valência. As eletronegatividades dos elementos geralmente aumentam da esquerda para a direita ao longo do período e diminuem ao descermos num grupo. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade Medidas quantitativas da eletronegatividade tem sido definida de muitas maneiras diferentes. A formulação original de Linus Pauling, cP, se baseia em conceitos relacionados com as energias envolvidas na formação das ligações. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade Uma outra definição, baseada nas propriedades dos átomos individuais, foi proposta por Robert Mulliken. Ele observou que se um átomo possui uma alta energia de ionização, I, e uma alta afinidade eletrônica, Ea, então ele terá uma maior capacidade de adquirir do que de perder elétrons quando fizer parte de um composto; desse modo, será classificado como altamente eletronegativo. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade Inversamente, se tanto a sua energia de ionização quanto a sua afinidade eletrônica forem baixas, então o átomo tenderá a perder elétrons ao invés de ganhá-los; desse modo será classificado como eletropositivo. Essas observações motivaram a definição de eletronegatividade de Mulliken, cM, como o valor médio da energia de ionização e da afinidade eletrônica do elemento. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade Vária definições alternativas de eletronegatividade “atômica” foram propostas. Uma escala bastante utilizada, sugerida por A. L. Allred e E. Rochow, se baseia na ideia de que a eletronegatividade é determinada pelo campo elétrico na superfície do átomo. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas Eletronegatividade De acordo com a definição de Allred-Rochow, cAR, os elementos com alta eletronegatividade são aqueles com alta carga nuclear efetiva e pequeno raio covalente: esses elementos estão próximos ao flúor. Os valores de Allred-Rochow acompanham muito de perto os valores das eletronegatividades de Pauling e são empregados para discutir as distribuições eletrônicas nos compostos. Propriedades periódicas: Propriedades Atômicas F Li Na K Rb Cs Fr Eletropositividade ou Caráter Metálico: É a capacidade que um átomo tem de perder elétrons (metais). Varia da direita para a esquerda e de cima para baixo excluindo- se os gases nobres. H É a razão entre a massa e o volume do elemento. Varia das extremidades para o centro e de cima para baixo. Densidade Os Ir Propriedades Atômicas Polarizabilidade A polarizabilidade, a, de um átomo é a sua capacidade de ser distorcido por um campo elétrico (tal como o de um íon vizinho). Um átomo ou íon (mais comumente, um ânion) é altamente polarizável se sua distribuição eletrônica pode ser distorcida facilmente, que é o caso se orbitais atômicos vazios tiverem energia próxima daquela dos orbitais preenchidos de maior energia.Propriedades Atômicas Polarizabilidade A polarizabilidade provavelmente é alta se a separação dos orbitais de fronteira for pequena. A polarizabilidade será baixa se a separação dos orbitais de fronteira for grande. Propriedades Atômicas Polarizabilidade Orbitais de fronteira muito próximos são encontrados geralmente para átomos e íons grandes e pesados, tais como os átomos e íons dos metais alcalinos e dos halogênios mais pesados, de forma que estes átomos e íons são os mais polarizáveis. Átomos leves e pequenos tais como os átomos e íons próximos do flúor possuem, geralmente, níveis de energia muito espaçados, de forma que estes átomos e íons são menos polarizáveis. Propriedades Atômicas Polarizabilidade Espécies que efetivamente distorcem a distribuição eletrônica de um átomo ou ânion vizinho são ditas terem capacidade polarizadora. Uma polarização muito intensa leva à covalência. Propriedades Atômicas Polarizabilidade As regras de Fajans evidenciam os fatores que afetam a polarização: Cátions pequenos e com carga elevada possuem grande capacidade polarizadora. Ânions grandes e com carga elevada são facilmente polarizados. Cátions que não possuem uma configuração de gás nobre são facilmente polarizáveis. A última regra é particularmente importante para os elementos do bloco d. Uma divisão ampla e útil dos elementos é classificá- los como metais e não-metais. Metais, não-metais e metalóides •O caráter metálico aumenta à medida que descemos em um grupo. •O caráter metálico diminui ao longo do período. •Os metais têm energias de ionização baixas. •A maioria dos metais neutros sofre oxidação em vez de redução. Os elementos não-metálicos são frequentemente gases (oxigênio), líquidos (bromo) ou sólidos (enxofre) que não conduzem eletricidade apreciavelmente. Metais, não-metais e metalóides • Os elementos metálicos (como ferro e cobre) são sólidos tipicamente lustrosos ou brilhante, maleáveis, dúcteis e condutores elétricos à temperatura ambiente. Quando metais se combinam (ou simplesmente se misturam), produzem ligas que possuem muitas das características físicas dos metais. 1 – Elementos metálicos combinam-se com elementos não-metálicos formando compostos tipicamente sólidos duros e não voláteis (Ex.: cloreto de sódio, NaCl). 2 – Elementos não-metálicos, quando combinados entre si, frequentemente, formam compostos moleculares voláteis (Ex.: tricloreto de fósforo. PCl3). Metais, não-metais e metalóides •Quando os metais são oxidados, eles tendem a formar cátions característicos. •Todos metais do grupo 1A formam íons M+. •Todos metais do grupo 2A formam íons M2+. •A maioria dos metais de transição têm cargas variáveis. Metais, não-metais e metalóides •A maior parte dos óxidos metálicos são básicos: Óxido metálico + água hidróxido metálico Na2O(s) + H2O(l) 2NaOH(aq) •Os não-metais apresentam um comportamento mais variado do que os metais. Quando os não-metais reagem com os metais, os não-metais tendem a ganhar elétrons: metal + não-metal sal 2Al(s) + 3Br2(l) 2AlBr3(s)
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