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Modulo 1 Gabriele Kinchin – Medicina Veterinária Vias de Oxidações Glicólise Passo inicial da oxidação da glicose Glicose entra na célula por um transporta- dor específico e é oxidado até piruvato Oxidação completa: glicólise, conversão de piruvato em Acetil-CoA, ciclo de Krebs e cadeia respiratória o 10 reações - 10 enzimas o Glicose → 2 Piruvato o Ocorre no citosol o Fase preparatória (5) o Fase de pagamento (5) 2x Fase preparatória: ATP é consumido para converter glicose → frutose-1,6-bifosfato. Ligação C-3 e C-4 é clivada para gerar duas moléculas de ATP. Glicose é fosfori- lada Fase de pagamento: cada uma das duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato deri- vada da glicose sofre oxidação em C-1, a energia da reação é conservada e forma de 1 NADH e 2 ATPs o Reações irreversíveis: 1 (hexocinase), 3 (fosfofrutocinase-1), 10 (piruvato- cinase) Reação irreversível: ponto de regu- lação metabólica – irreversível por- que se investiu energia (ATP), ela não pode ficar voltando, tem que conti- nuar o Intermediários da via: ATP e NADH Saldo: 2 moléculas de ATP e 2 de NADH Ciclo do Ácido Cítrico Possíveis vias para o piruvato Piruvato entra na matriz mitocondrial, se converte em Acetil-Coa e entra no ciclo do ácido cítrico (gera 2 NADH) PDH: converte piruvato → Acetil-Coa o formado por várias subunidades de 3 tipos enzimáticos diferentes o precisa de 5 coenzimas: ❖ TPP (tiamina pirofosfato): Coen- zima produzida pelo animal a par- tir da vitamina tiamina obtida da alimentação. ❖ NAD+: Coenzima produzida pelo animal a partir da vitamina Nia- cina. ❖ FAD: Coenzima produzida pelo ani- mal a partir da vitamina Ribofla- vina. ❖ Coenzima A: Coenzima produzida pelo animal a partir da vitamina Ácido pantotênico. Modulo 1 Gabriele Kinchin – Medicina Veterinária ❖ Lipoato (lipoil): Coenzima produ- zida pelo animal sem depender de vitamina específica. A falta de ingestão da vitamina pela ali- mentação pode prejudicar a produção das coenzimas, acarretando no mal funciona- mento da PDH, podendo causar cansaço, sonolência... o 8 reações o Libera CO2 e NADH FADH2 GTP o Podem entrar como intermediários do ciclo, não só como Acetil-Coa o Via anfibólica Respiração celular Fase I: produção de Acetil-Coa Fase II: oxidação do Acetil-Coa Fase III: transferência de elétrons e fosfori- lação oxidativa o Reações irreversíveis: 3 (isocitrato-de- sidrogenase), 4 (complexo α cetogluta- rato-desidrogenase) Saldo: 2 CO2, 3 NADH + 1 FADH2, 1 GTP – faz x2 porque o ciclo ocorre 2 vezes NADH: 2,5 ATP FADH2: 1,5 ATP GTP: 1 ATP Regulação do ciclo o Alvos da regulação alostérica: PDH, Ci- trato sintase, Isocitrato desidrogenase, Complexo α cetoglutarato-desidroge- nase Em repouso: ↑NADH ↓NAD+ ↑ATP Em atividade: ↓NADH ↑NAD+ ↑ATP Se sobra Acetil-Coa significa que as enzi- mas do ciclo estão parando, portando a PDH também para (acetil inibe PDH) Ac. graxo de cadeia longa indicam baixa glicemia (quebra de gordura), portanto ini- bem o PDH para que não seja usado mais glicose (piruvato) X: Inibe (repouso) Δ: Estimula (atividade) Modulo 1 Gabriele Kinchin – Medicina Veterinária Regulação da PDH o Alostérica Um composto produzido inibe a ação da enzima o Modificação covalente ! Saber o que cada enzima faz e anotar no caderno Balanço energético Cadeia Respiratória energia da oxidação dos combustíveis serão usadas para a síntese de ATP Diferenças na concentração de prótons en- tre os espaços da matriz e espaço inter- membrana mitocondriais servem como re- servatório para a energia extraída das rea- ções biológicas oxidativas das vias metabólicas. Essa energia promove mudan- ças conformacionais na ATP-sintase para produzir ATP Processos: 1. Fluxo de elétrons por meio de uma cadeia de transportadores da mem- brana mitocondrial interna; 2. A energia livre que se torna disponí- vel por esse fluxo de elétrons é aco- plada ao transporte de prótons atra- vés de uma membrana impermeável a prótons, conservando a energia da oxidação dos combustíveis na forma de um potencial eletroquímico transmembrana; 3. Fluxo de retorno dos prótons, a favor de seu gradiente de concentração por canais proteicos específicos for- nece a energia para a síntese de ATP, catalisada por um complexo proteico (ATP-sintase) presente na membrana mitocondrial interna, que acopla o fluxo de prótons à fosforilação do ADP. Complexos da membrana mitocondrial in- terna o Complexo I (bombeia 4 H+) o Complexo II (não bombeia H+) o Complexo III (bombeia 4 H+) o Complexo IV (bombeia 2 H+) o Citocromo C e Ubiquinona (carreadores intermediários) Modulo 1 Gabriele Kinchin – Medicina Veterinária o ATP sintase Q: ubiquinona Cyt C: citocromo C Diferença no transporte Complexo I recebe elétron do NADH, Com- plexo II recebe elétron do FADH2 (não gera gradiente de prótons) No Complexo III e IV ocorre igualmente para os dois Modelo quimiosmótico Processo de consumo de O2 e síntese de ATP estão acoplados Se há bombeamento de prótons há síntese de ATP Se há ruptura na membrana da mitocôn- dria, parte do gradiente de prótons se perde e o processo de consumo de O2 e síntese de ATP desacoplam ATP sintase Subunidade a: canal de prótons Subunidade c: cilindro que movimenta à medida que o próton passa pela subunidade a O movimento da subunidade c faz movi- mentar a haste γ O movimento da haste promove mudanças conformacionais na subunidade catalítica β → catálise rotacional Sistemas de transportes mitocondriais A MM é muito seletiva, por isso a necessi- dade de sistemas (o NADH não passa sozi- nho) o Lançadeira malato-aspartato 32 ATPs Fígado, rim e coração Entrega na forma de NADH (2,5 ATP) Entra pelo complexo I o Glicerol 3-fosfato 30 ATPs Entrega na forma de FADH2 (1,5 ATP) Entra pelo complexo II Modulo 1 Gabriele Kinchin – Medicina Veterinária Gera menos ATP porque os elétrons não passam pelo complexo I, sendo o bombea- mento de prótons menor Regulação Relacionado a concentração de ATP e Pi Consumo de ATP↑ → ADP↑ Pi↑ → ↑velocidade das cadeias transportadoras de elétrons e da fosforilação oxidativa Termogênese Proteína desacopladora (termogenina) for- nece caminho alternativo para prótons re- entrarem na matriz mitocondrial, portanto a energia conservada no bombeamento de prótons é dissipada na forma de calor *animais que hibernam e recém nascidos* Desacoplamento Compostos químicos que causam desaco- plamento sem romper estrutura mitocon- drial o 2,4-dinitrofenol (DNP) e carbonilcia- neto-p trifluormetoxifenilidrazona (FCCP) Os fragmentos de membranas resultantes ainda podem catalisar a transferência de elétrons do succinato ou do NADH para o O2, mas sem síntese de ATP acoplada a res- piração Inibidores respiratórios X Desacopladores químicos Em desacopladores a síntese de ATP não se- gue proporcionalmente o consumo de O2 Como pode ser analisado na imagem, há uma diferença muito importante entra os desacopladores e os inibidores na cadeia respiratória. inibidor impede a transferência de elétrons em algum ponto da cadeia transportadora de elétrons, inibindo enzimas de algum complexo, sendo assim os elétrons não po- dem ser transferidos para o oxigênio e a síntese de ATP é interrompida. portanto nem a cadeia transportadora de elétrons nem a síntese de ATP podem ser concluídas. Desacopladores: substâncias que fazem com que cadeia transportadora de elétrons e a fosforilação oxidativa não ocorra de maneira conjunta, pois esses dissipam o gradiente de prótons através da membrana interna da mitocôndria, sendo assim o O2 ainda é consumido, mas não na mesma proporção que é sintetizado ATP
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