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Epidemiologia –Avaliação 1 - Valor 10,0 Nome: Camila Santiago Natal da Silva Pires Questão 1) Um investigador fez um estudo para conhecer qual a prevalência de infecção por Clamídia na população. Além disso, o pesquisador desejava saber qual a relação da prevalência com o uso de anticoncepcionais orais. Para isso, o investigador definiu a população em estudo, ou seja, a população-alvo, neste caso, as mulheres atendidas num determinado Serviço de Ginecologia de um Hospital Central. Em seguida, selecionou uma amostra de 200 mulheres. Posteriormente, o pesquisador escolheu as características que queria estudar através do registo da história de uso de anticoncepcionais orais no último ano. Realizou, também, swab vaginal para posterior exame microbiológico. O pesquisador demorou cerca de 6 meses para examinar todas as mulheres pertencentes à amostra. Os resultados obtidos foram: 1) 60 mulheres apresentavam história de uso de anticoncepcionais orais no último ano, tendo 20 delas exames de cultura para Clamídia positiva. 2) 140 mulheres não tinham história de uso de anticoncepcionais orais, apresentando 10 delas exames de cultura positivos. 3) 200 mulheres das quais 30 apresentaram exame de cultura positivo. a) Qual a Prevalência de mulheres que usam anticoncepcional com exame de cultura positivo? R: 20/60 = 0,33 = 33% b) Qual a Prevalência de mulheres que não usavam anticoncepcional com exame de cultura positivo? R: 10/140 = 0,071 = 7% Questão 2) A população da região administrativa de Ribeirão Preto, estimada para 01/07/1196, foi de 1.635.000 habitantes, sendo 428.000 o número de mulheres entre 15 e 45 anos. Neste mesmo ano, houve 42.805 nascimentos vivos e 630 nascidos mortos. Ocorreram ainda 11.582 óbitos. - 41 óbitos por doenças ligadas à gestação, parto e puerpério; - 4068 óbitos por doenças cardiovasculares; -1160 óbitos por doenças infecciosas, das quais 488 por enterites e outras doenças diarreicas; - 6976 óbitos de indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos; - 1968 óbitos de menores de 1 ano; Dadas as informações acima, calcule e interprete os dados: a) Qual o coeficiente geral de mortalidade? (630+11582) / 1635000 x 1000 = 7,47 óbitos por habitantes b) Qual o coeficiente geral de natalidade? (42805 / 163000) x 1000 = 26,18 nascidos vivos por 1000 habitantes c) Qual o coeficiente de mortalidade materna? (41/42805) x 100000 = 95,78 óbitos maternos para 100000 nascidos vivos d) Qual o coeficiente de mortalidade infantil? (1968+630 / 42805) x 1000 = 60,62 óbitos de menores de 1 ano para 1000 nascidos vivos e) Qual o coeficiente de mortalidade específico por doenças infecciosas? (1160/1635000)100000 = 70,95 mortes por doenças infecciosas para 1000 habitantes e) Qual o coeficiente de mortalidade específico por doenças cardiovasculares? (4068/1635000) x 100000 = 248,81 óbitos por doenças cardiovasculares para 100000 habitantes Questão 3) No município de Cajarana existiam no início de 2009, 100 casos de tuberculose pulmonar. No decorrer do ano foram diagnosticados 15 novos casos. A população total desse município é de 15.350 pessoas. Nesse mesmo ano morreram 15 pessoas por tuberculose, e cinco foram morar em outra cidade. Calcule: a) O coeficiente de letalidade da tuberculose nesse município no ano de 2009; R = 15/115x100 = 13% b) Mortalidade por tuberculose nesse município no ano de 2009; R = 15/15345 x 10000 = 9,7 por 10000 habitantes c) A taxa de prevalência de tuberculose no ano de 2009; R: 115 / 15345 x 1000 = 7,4 por mil d) A taxa de incidência de tuberculose no ano de 2009. R: 15 / 15345 x 10000 = 9,7 por 10000 habitantes Questão 4) Os indicadores de saúde são ferramentas importantes por possibilitarem a descrição das condições de saúde de uma população, auxiliarem nas investigações epidemiológicas e principalmente por estabelecerem parâmetros para a avaliação da qualidade dos serviços de saúde. Assinale V para verdadeiro e F para falso nas alternativas abaixo: I. Os indicadores sócio-ambientais apresentam baixa influência no processo saúde-doença das populações. (F) II. O Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) mede o risco de se morrer especificamente por determinada causa numa população num ano de referência. (F) III. O Coeficiente de Mortalidade Materna é um indicador que precisa ser ajustado por um fator de correção devido a problemas de subregistro e subinformação. (V) IV. Para calcular do Coeficiente de Mortalidade Infantil devemos considerar no numerador o número de óbitos de crianças com menos de um ano e no denominador o número de partos. (F) V. É possível fazer comparações entre municípios utilizando o CMG independentemente da estrutura etária de suas populações. (F) a) F, F, V, F, F b) F, V, V, F, F c) F, V, F, F, V d) F, V, F, F, F Questão 5) Para avaliar a influência do fumo passivo sobre o risco de câncer de pulmão, foi feito um estudo em que se mediu a frequência de câncer de pulmão em mulheres não fumantes, com marido fumante e não fumantes. O resultado mostrou um odds ratio (OR) de 1,8 para as mulheres com maridos fumantes em relação aos não fumantes. Interprete esse resultado. R: Mulheres com marido fumante tem odds aumentado em 80% (ou 1,8 vezes ou 0,8 vezes maior) de câncer de pulmão do que aquelas cujo marido não fuma. Questão 6) Em janeiro de 1974 a B.F. Goodrich Company notificou ao National Institute of Occupacional Safety and Health (NIOSH) 4 casos de angiosarcoma hepático, ocorridos deste 1967 em uma de suas fábricas industriais. Os casos ocorreram na força de trabalho de 500 trabalhadores da produção de PVC. Assumindo 10 anos de exposição ao risco para cada trabalhador e que ocorreram 27 casos em 10 anos em uma população de 200.000.000 de habitantes (EUA), calcule as incidências da doença nos trabalhadores da indústria e da população em geral. Calcule o risco relativo e comente o resultado. R: Incidência de angiosarcoma hepático nos trabalhadores = 4/500 em 10 anos = 0,008 Incidência da doença na população = 27/200000000 = 0,000000135 Risco relativo = 4/500 dividido por 27/200000000 = 59259 O risco de ocorrência de angiograma hepático em trabalhadores é quase 60000 vezes maior do que na população geral. Questão 7) Estudo de coorte realizado em trabalhadores de meia-idade do comércio para investigar associação entre exercício físico e mortalidade por coronariopatias apresentou os seguintes resultados: Tabela 2 - Investigação sobre associação entre exercício físico e mortalidade por coronariopatias em trabalhadores do comércio. a) Calcule as taxas de mortalidade para os sedentários e não sedentários. R: sedentários: 400/5000 = 0,08 = 8% Não sedentários: 80/2000 = 0,04% = 4% b) Calcule o risco relativo e interprete o resultado. R: RR = 400/5000 dividido por 80/2000 = 2. O risco de morrer por coronariopatias em sedentários é duas vezes o risco de morrer por coronariopatias em não sedentários, ou é uma vez maior. Questão 7) Um estudo procurou avaliar se ser diabético era fator de risco para ter AVCI. Os resultados são mostrados na tabela abaixo. Calcule o OR e interprete o resultado. R: OR = 22 x 125 / 115 x 12 = 1,99, isto é, o odds de ter AVCI em indivíduos com diabetes é aproximadamente o dobro da odds em não diabéticos. (é “1,99 vezes” ou “0,99 vezes maior” ou é “99% maior”) Questão 8) O que é o erro aleatório e como pode ser reduzido? R: É quando ocorre divergência entre o valor medido na amostra do estudo diverge, do que é verdadeiro na população, devido ao acaso, são produzidas por fatores que o analista não possui controle e, na maioria dos casos, não podem ser controlados. Existem 3 tipos: variação biológica, erro de amostragem e erro de medida. Os erros de amostragem podem ser reduzidos por meio do aumento do tamanho amostral, e os erros de medida podem ser reduzidos pela utilização de protocolos rigorosose pela realização de medidas individuais precisas Questão 9) Quais são os principais tipos de erros sistemáticos em estudos epidemiológicos e como seus efeitos podem ser reduzidos? R: Os eros sistemáticos ocorrem quando os resultados diferem de uma maneira sistemática dos verdadeiros valores. Tipos: Viés de seleção: quando há diferença sistemática entre as pessoas selecionadas e as não selecionadas para o estudo. Está é reduzida a partir de uma definição bastante clara a respeito dos critérios de inclusão no estudo, o conhecimento da história natural e o manejo da doença e a alta taxa de resposta. Viés de mensuração ou classificação: quando a medida individual ou a classificação da doença de exposição são imprecisas, ou seja, não medem corretamente o que se propõe. Ele pode ser reduzido pela escolha de um bom delineamento de estudo, envolvendo, por exemplo, critérios padronizados para o diagnóstico da doença, atenção detalhada quanto ao controle de qualidade dos métodos de mensuração e a coleta de dados sem o conhecimento do estado de doença do participante. Questão 10) Em quais estudos o risco relativo (RR) e a razão de odds (RO) são utilizados? Quais as razões para utilizar o RR e a RO em determinado estudo, mas não em outro? R: O risco relativo é uma medida utilizada em estudos prospectivos (como coorte), enquanto a razão de odds é calculada em estudos de casos e controles (retrospectivos), ele é uma relação da probabilidade de o evento ocorrer no grupo exposto contra o grupo de controle (não exposto), ou seja, da chance de adoecimento. No de caso e controle, há os indivíduos que têm a doença e aqueles que não a têm (incluindo os que são expostos e os não expostos). É interessante calcular a razão da probabilidade de ocorrência de exposição para aqueles que não passaram por determinado evento, para saber qual é a chance das pessoas que não estão doentes, se tornar. O risco relativo nunca é calculado em estudos de casos e controles. O cálculo do RR compara a incidência nos expostos e a incidência nos não expostos (probabilidade da ocorrência de uma doença entre indivíduos expostos e não expostos).
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