Buscar

Questões Epidemiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Maryanna Dantas 
Questões de epidemiologia 
 
Questão 1: Prevalência 
Um investigador fez um estudo para conhecer qual a prevalência de infecção por 
Clamídia na população. Além disso, o pesquisador desejava saber qual a relação da 
prevalência com o uso de anticoncepcionais orais. Para isso, o investigador definiu a 
população em estudo, ou seja, a população-alvo, neste caso, as mulheres atendidas num 
determinado Serviço de Ginecologia de um Hospital Central. Em seguida, selecionou 
uma amostra de 200 mulheres. Posteriormente, o pesquisador escolheu as 
características que queria estudar através do registo da história de uso de 
anticoncepcionais orais no último ano. Realizou, também, swab vaginal para posterior 
exame microbiológico. O pesquisador demorou cerca de 6 meses para examinar todas 
as mulheres pertencentes à amostra. Os resultados obtidos foram: 
 
1) 60 mulheres apresentavam história de uso de anticoncepcionais orais no último ano, 
tendo 20 delas exames de cultura para Clamídia positiva. 
2) 140 mulheres não tinham história de uso de anticoncepcionais orais, apresentando 
10 delas exames de cultura positivos. 
3) 200 mulheres das quais 30 apresentaram exame de cultura positivo. 
 
a) Qual a Prevalência de mulheres que usam anticoncepcional com exame de cultura 
positivo? 
b) Qual a Prevalência de mulheres que não usavam anticoncepcional com exame de 
cultura positivo? 
 
Questão 2: Indicadores de Saúde Gerais e Específicos 
A população da região administrativa de Ribeirão Preto, estimada para 01/07/1196, foi 
de 1.635.000 habitantes, sendo 428.000 o número de mulheres entre 15 e 45 anos. 
Neste mesmo ano, houve 42.805 nascimentos vivos e 630 nascidos mortos. Ocorreram 
ainda 11.582 óbitos. 
- 41 óbitos por doenças ligadas à gestação, parto e puerpério; 
- 4068 óbitos por doenças cardiovasculares; 
-1160 óbitos por doenças infecciosas, das quais 488 por enterites e outras doenças 
diarreicas; 
- 6976 óbitos de indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos; 
- 1968 óbitos de menores de 1 ano; 
 
Dadas as informações acima, calcule e interprete os dados: 
a) Qual o coeficiente geral de mortalidade? 
b) Qual o coeficiente geral de natalidade? 
c) Qual o coeficiente de mortalidade materna? 
d) Qual o coeficiente de mortalidade infantil? 
e) Qual o coeficiente de mortalidade específico por doenças infecciosas? 
f) Qual o coeficiente de mortalidade específico por doenças cardiovasculares? 
 
 
2 Maryanna Dantas 
Questão 3: Indicadores de saúde, incidência e prevalência 
No município de Cajarana existiam no início de 2009, 100 casos de tuberculose 
pulmonar. No decorrer do ano foram diagnosticados 15 novos casos. A população total 
desse município é de 15.350 pessoas. Nesse mesmo ano morreram 15 pessoas por 
tuberculose, e cinco foram morar em outra cidade. Calcule: 
 
a) O coeficiente de letalidade da tuberculose nesse município no ano de 2009; 
b) Mortalidade por tuberculose nesse município no ano de 2009; 
c) A taxa de prevalência de tuberculose no ano de 2009; 
d) A taxa de incidência de tuberculose no ano de 2009. 
 
Questão 4: Indicadores de Saúde 
Os indicadores de saúde são ferramentas importantes por possibilitarem a descrição das 
condições de saúde de uma população, auxiliarem nas investigações epidemiológicas e 
principalmente por estabelecerem parâmetros para a avaliação da qualidade dos 
serviços de saúde. Assinale V para verdadeiro e F para falso nas alternativas abaixo: 
I. Os indicadores sócio-ambientais apresentam baixa influência no processo saúde-
doença das populações. (F) 
II. O Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) mede o risco de se morrer especificamente 
por determinada causa numa população num ano de referência. (F) 
III. O Coeficiente de Mortalidade Materna é um indicador que precisa ser ajustado por 
um fator de correção devido a problemas de subregistro e subinformação. (V) 
IV. Para calcular do Coeficiente de Mortalidade Infantil devemos considerar no 
numerador o número de óbitos de crianças com menos de um ano e no denominador o 
número de partos. (F) 
V. É possível fazer comparações entre municípios utilizando o CMG independentemente 
da estrutura etária de suas populações. (F) 
a) F, F, V, F, F 
b) F, V, V, F, F 
c) F, V, F, F, V 
d) F, V, F, F, F 
 
Questão 5: Odds Ratio – Estudo de Caso Controle 
Para avaliar a influência do fumo passivo sobre o risco de câncer de pulmão, foi feito um 
estudo em que se mediu a frequência de câncer de pulmão em mulheres não fumantes, 
com marido fumante e não fumantes. O resultado mostrou um odds ratio (OR) de 1,8 
para as mulheres com maridos fumantes em relação aos não fumantes. Interprete esse 
resultado. 
 
Questão 6: Incidência e Risco Relativo – Estudo de Coorte 
Em janeiro de 1974 a B.F. Goodrich Company notificou ao National Institute 
of Occupacional Safety and Health (NIOSH) 4 casos de angiosarcoma hepático, ocorridos 
deste 1967 em uma de suas fábricas industriais. Os casos ocorreram na força de trabalho 
de 500 trabalhadores da produção de PVC. Assumindo 10 anos de exposição ao risco 
para cada trabalhador e que ocorreram 27 casos em 10 anos em uma população de 
200.000.000 de habitantes (EUA), calcule as incidências da doença nos trabalhadores 
da indústria e da população em geral. Calcule o risco relativo e comente o resultado. 
 
3 Maryanna Dantas 
 
Questão 7: Indicadores de Saúde e Risco Relativo 
Estudo de coorte realizado em trabalhadores de meia-idade do comércio 
para investigar associação entre exercício físico e mortalidade por coronariopatias 
apresentou os seguintes resultados: 
 
Tabela 2 - Investigação sobre associação entre exercício físico e mortalidade por 
coronariopatias em trabalhadores do comércio. 
 
 
a) Calcule as taxas de mortalidade para os sedentários e não sedentários. 
b) Calcule o risco relativo e interprete o resultado. 
 
Questão 8: Odds Ratio 
Um estudo procurou avaliar se ser diabético era fator de risco para ter AVCI. Os 
resultados são mostrados na tabela abaixo. Calcule o OR e interprete o resultado. 
 
 
 
Questão 9: Erros Aleatórios 
 
O que é o erro aleatório e como pode ser reduzido? 
 
Questão 10: Erros Sistemáticos 
 
Quais são os principais tipos de erros sistemáticos em estudos epidemiológicos e como 
seus efeitos podem ser reduzidos? 
 
Questão 11: Risco Relativo versus Odds Ratio 
 
Em quais estudos o risco relativo (RR) e a razão de odds (RO) são utilizados? Quais as 
razões para utilizar o RR e a RO em determinado estudo, mas não em outro? 
 
 
 
 
 
 
 
4 Maryanna Dantas 
Gabarito 
1 – a) A prevalência revela a quantidade de indivíduos doentes. Nesse caso, percebe-se 
uma forte correlação entre o uso de ACO e mulheres com exames de cultura positivos 
para clamídia pois: em 60 mulheres, 20 testaram positivo, então 20/60 = 0,33 
aproximadamente. Ou seja, a prevalência de infecção por clamídia nessa amostra é de 
33%. 
b) Das 140 mulheres que não utilizaram ACO, 10 foram positivadas. Então: 10/140 = 
0,071. Isso revela que 7,1% das mulheres sem administração de ACO foram positivadas. 
2 – a) O coeficiente geral de mortalidade (CMG) equivale ao número total de óbitos no 
período dividido pela metade do total da população nesse mesmo período. 
Sendo assim: CMG = (n° total de óbitos no período/população total na metade do 
período) x 1000  CMG = (11.582 + 630)/1.635.000 x 1000  CMG = 7,47 óbitos por 
1000 habitantes aproximadamente. 
b) O coeficiente geral de natalidade equivale ao número de nascidos vivos no período 
dividido pela população na metade desse mesmo período. 
 
Sendo assim: CGN = (n° total de nascidos vivos no período/população total na metade 
do período) x 1000  CNG = (42.805)/1.635.000 x 1000  CGN = 26,18 nascidos vivos 
por 1000 habitantes. 
 
c) O coeficiente de mortalidade materna (CMM) equivale ao número de óbitos maternos 
relacionados a gestação, parto e puerpério em um ano dividido pelo total de nascidos 
vivos durante o mesmo ano. 
Sendo assim: CMM = (n°óbitos maternosdiretos e indiretos em um ano/n°de nascidos 
vivos no período) x 100.000  CMM = (41/42.805) x 100.000  CMM = 95,78 óbitos 
maternos para 100.000 nascidos vivos. 
d) O coeficiente de mortalidade infantil equivale ao número de óbitos entre menores de 
um ano, inclusive o número de nascidos mortos, dividido pelo número de nascidos vivos 
no mesmo ano. 
Sendo assim: CMI = (n° de óbitos de menores de um ano/ n° de nascidos vivos no 
período) x 1000  CMI = (1968+630/42805) x 1000  CMI = 60,62 óbitos de menores 
de 1 ano para 1000 nascidos vivos. 
 
e) Os coeficientes de mortalidades específicos equivalem ao nº de óbitos pela causa 
específica, em determinado local e período dividido pela população total do mesmo 
local e período. Nesse caso, o coeficiente de mortalidade específico por doenças 
infecciosas é: 
 
5 Maryanna Dantas 
CDI = (n°de óbitos por infecções/população total na metade do período) x 100000  
CDI = (1160/1635000) x 100000  CDI = 70,95 mortes por doenças infecciosas para 
100.000 habitantes. 
f) O coeficiente de mortalidade específico por doenças cardiovasculares equivale ao 
número de óbitos por essa causa em um período dividido pela população total nesse 
período. 
Sendo assim: CMDC = (n°de óbitos por doenças cardiovasculares/população total no 
período) x 100.000  CMDC = (4068/1635000) x 100000  CMDC = 248,81 óbitos por 
doenças cardiovasculares para 100.000 habitantes. 
3 - a) A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de 
mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de 
tempo. Sendo assim, dentre os 115 doentes (100 casos antigos + 5 casos novos), 15 
foram a óbito e 15/115 = 0,13. O coeficiente de letalidade nesse município foi de 13% 
no ano de 2009. 
 
b) A mortalidade por causa específica leva em consideração o número de óbitos por 
determinada causa em um período de tempo dentre a população total desse mesmo 
período. No caso, foram 15 mortes entre 15.345 pessoas, já que 5 emigraram, então 
15/15.345 = 0,0009775  9,7 por 10.000 habitantes. 
 
c) A taxa de prevalência de tuberculose levará em consideração todos os 115 casos (100 
antigos e 5 novos). Então, 115/15.345 = 0,007494  7,4 por 1000 habitantes. 
 
d) A taxa de incidência de tuberculose levará em consideração os novos casos. Sendo 
assim, 15/15.345 = 0,009775  9,7 por 10.000 habitantes. 
4 – A 
5 – Odds ratio (OR) é a razão entre a probabilidade de um evento ocorrer sobre a 
probabilidade dele não ocorrer. Nesse sentido, é como um risco da mesma doença 
acontecer em duas amostras com exposições distintas. Assim, um OR de 1,8 para as 
mulheres com maridos fumantes em relação aos não fumantes revela que as passivas 
apresentam 80% de chance a mais de desenvolver câncer de pulmão do que as casadas 
com não fumantes. O risco delas é 1,8 vezes maior. 
 
6 – Incidência equivale aos casos novos ocorridos em um certo período de tempo em 
uma população específica. A incidência de angiosarcoma hepático nos trabalhadores da 
fábrica é de 4/500  0,008. Na população a incidência dessa doença é 27/200.000.000= 
0,000000135. 
O risco relativo trata-se da razão entre a entre a ocorrência de doença no grupo exposto 
pela ocorrência de doença no grupo não exposto. Nesse caso, os funcionários foram 
expostos enquanto a população não foi exposta. Assim, 4/500 dividido por 
27/200.000.000 = 59259,25. O risco relativo é de 59259, ou seja, o risco de ocorrer casos 
 
6 Maryanna Dantas 
de angiosarcoma hepático entre trabalhadores dessa indústria é 59259 vezes maior do 
que o risco de ocorrer na população. 
 
7 – a) A taxa de mortalidade entre os sedentários será de 400/5000 (total de 
sedentários) = 0,08, ao passo em que a taxa de mortalidade entre os não sedentários é 
de 80/2000 = 0,04. Isso quer dizer que 80 sedentários a cada 1000 habitantes virá a óbito 
por coronariopatias, enquanto 40 não sedentários a cada 1000 habitantes virá a óbito 
pela mesma causa. 
 
b) O risco relativo (RR), nesse caso, é a razão entre os riscos de morte dos dois grupos 
pela mesma causa. RR = 400/5000 dividido por 80/2000  400/5000 x 2000/80  
800.000/40.000 = 2. Sendo assim, e considerando o exposto da alternativa anterior, o 
risco de morte entre os sedentários é duas vezes maior do que entre os não sedentários. 
 
8 - O OR, nesse caso, será a razão entre a probabilidade de ocorrência de AVCI entre os 
diabéticos sobre a probabilidade de não ocorrência entre eles dividida pela razão entre 
a probabilidade de ocorrência de AVCI entre os não diabéticos sobre a probabilidade de 
não ocorrência entre eles. Sendo assim, considerando o total de diabéticos 34 e não 
diabéticos 240, a primeira razão (entre os diabéticos) é 22/34 dividido por 12/34  
22/12 e a segunda (entre os não diabéticos) é 115/240 dividido por 125/240  125/115. 
Agora divide-se ambas para achar o OR: 22/12 dividido por 125/115 = 1,99. O OR, 
portanto, estabelece que o odds de diabéticos terem AVCI é praticamente o dobro do 
odds em não diabéticos. 
9 – O erro aleatório é a diferença entre o valor medido da amostra e o verdadeiro valor 
da população. Nunca é possível eliminar totalmente os erros pois, por si só, a 
amostragem apresente variabilidades individuais. Porém, é possível reduzi-los 
sobretudo com o uso de protocolos rigorosos e de medidas individuais mais precisas 
possíveis. Vale ressaltar que, quanto maior a amostra, maior a chance de reduzir erros 
aleatórios, já que essa terá maior representatividade, ao passo em que é mais fidedigna 
à variedade populacional. 
 
10 – Os erros sistemáticos ou vieses são utilizados para verificar a precisão do estudo. 
Eles ocorrem quando os resultados diferem sistematicamente dos verdadeiros valores 
e, quanto menores, maior a acurácia do estudo. Os principais são os viés de seleção e 
viés de mensuração, ou de classificação que considera a precisão das medidas 
individuais ou classificação da doença. Os vieses de seleção podem ser minimizados 
quando se realiza uma seleção rigorosa, que vise a menor discrepância entre os 
selecionados por meio de critérios, quando se leva em consideração o conhecimento da 
história natural, do manejo da doença e da alta taxa de resposta. Os de mensuração 
podem ser reduzidos por um bom delineamento de estudo, feito por meio de 
padronização diagnóstica e coleta de dados imparcial, ou seja, sem o conhecimento da 
doença do selecionado. 
 
11 - O RR é utilizado em Estudos de Coorte enquanto o RO é utilizado em Estudos de 
Caso-Controle. O estudo de coorte envolve experiências de grupos expostos e não 
expostos a um determinado fator e sua razão deve englobar a ocorrência da doença em 
 
7 Maryanna Dantas 
cada um desses grupos. Desse modo, o RR é o mais adequado. Já os casos controle são 
estudos que comparam um grupo de pessoas que sofrem de uma doença ou 
condição com um grupo que não sofre daquela doença ou condição. Sendo assim, ele 
precisa usar uma taxa que estabeleça uma razão entre as probabilidades dessa doença 
ocorrer e de não ocorrer. Essa razão é justamente o que determina o RO. Resta evidente, 
portanto, que, enquanto o RR engloba pessoas doentes ou afetadas por alguma 
condição, o RO compara uma amostra afetada a outra não afetada, sendo medidas de 
objetivos distintos.

Outros materiais

Outros materiais