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Legislação Tributária - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços -ICMS

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – TRIBUTÁRIO III
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços -ICMS
1. Conceito
É o imposto de maior importância depois do Imposto de Renda, definido pelo art. 155 da CF, conferindo competência aos Estados e ao Distrito Federal para tributar a circulação de mercadorias e prestação de serviços específicos (comunicação, transporte interestadual e intermunicipal). Na Bahia, é disciplinado pela Lei 7.014/1996 e pelo Decreto 6.284/1997 (Regulamento do ICMS da Bahia). 
2. Contribuinte. Responsável
O principal contribuinte é o empresário urbano (Art.966 CC), seja de comércio, de indústria, de serviço (situações específicas), de pecuária e/ou de agricultura, bem como os equiparados: distribuidor, representante comercial (quando distribuidor), importador. 
Assim, o contribuinte pode ser uma pessoa natural (empresário unipessoal) ou jurídica (sociedade empresária ou empresa individual de responsabilidade limitada), ainda que seja empresário de fato (não inscrição na Junta Comercial). 
Em se tratando de sociedade em comum (não personificada), os sócios são responsáveis por solidariedade. 
O comprador da safra é responsável (por substituição) na aquisição de frutas, verduras, hortaliças e carnes (in natura), quando o vendedor não possuir registro na Junta Comercial. 
3. Fato Gerador
O ICMS incide sobre venda de mercadoria por empresário (de fato ou de direito) ou pessoa equiparada. 
Considera-se mercadoria a coisa móvel posta em circulação com o intuito de lucro (compra e venda mercantil ou decorrente de relação de consumo).
A compra e venda de natureza civil está fora do alcance do ICMS, bem como quando um empresário aliena seu ativo imobilizado (é o caso das locadoras de veículos que vendem a frota para renová-la).
Também incide sobre serviços de comunicação e de transporte interestadual e intermunicipal. O transporte de carga não é fato gerador de ICMS (geralmente o valor do frete está inserido no preço das mercadorias).
O ICMS incide sobre o preço da mercadoria ou do serviço (especilizado). Em respeito ao princípio da não-cumulatividade e considerando que a mercadoria pode circular várias vezes até que chegue ao destinatário final, o preço da operação anterior deverá ser deduzido da base de cálculo, evitando-se a bi-tributação. 
4. Não Incidência
A Constituição Federal determina que não incidência (imunidade) de ICMS sobre mercadorias exportadas (Art. 155, § 2º, X). 
A Bahia concede isenção de ICMS na aquisição de veículos novos para motoristas de taxi, portadores de necessidades especiais (deficientes físicos ou visuais) doença mental severa.
O regulamento do ICMS da Bahia isenta os produtores rurais de ICMS quando comercializam frutas, hortaliças, verduras e carnes, salvo quando tiver destinação industrial. 
5. Alíquotas Internas
Cada Estado tem competência para fixar suas alíquotas internas, mas o Senado (através de Resolução) estabelece as alíquotas mínima e máxima, 7% e 25%.
A Bahia utiliza três alíquotas internas: 
18% produtos em geral; 
25% para cigarros, perfumes, bebidas alccólicas (exceto cerveja, 17%), energia elétrica e serviços de comunicação; 
7% arroz, feijão, milho, sal de cozinha, farinha e fubá. 
Quando a mercadoria é vendida para consumidor (destinatário não contribuinte) aplicar-se-á a alíquota interna, sendo devido o imposto ao Estado produtor. 
OPERAÇÕES INTERNAS (dentro do Estado)
Vendedor: Empresário-Itabuna (Ba)
Comprador: Empresário-Feira de Santana (Ba)
Valor: R$ 100.000,00 ICMS 18% = R$ 18.000,00 (incluso no preço)
O contribuinte, não sendo optante pelo Supersimples, aproveitará o crédito quando revender a mercadoria aos consumidores.
Vendedor: Empresário-Feira de Santana (Ba)
Compradores: consumidores diversos, pouco importando se for consumidor baiano ou de outro Estado.
Valor: R$ 200.000,00 ICMS 18% = R$ 36.000,00 (-) R$ 18.000,00 crédito da operação anterior. Valor a recolher = R$ 18.000,00
6. Alíquotas Interestaduais
Quando a mercadoria é vendida para contribuinte de outro Estado (empresário), o Estado produtor deve aplicar alíquota interestadual fixada pelo Senado: 12% (geral) 
 7% (quando SP, RJ e MG vendem para outros Estados da federação). 
O Estado de destino fará jus à diferença, aplicando a sua alíquota interna.
A depender do produto adquirido, o Estado comprador exige o a antecipação do ICMS com base no valor de revenda (MVA).
OPERAÇÕES EXTERNAS (fora do Estado)
Vendedor: Empresário-Recife (PE)
Comprador: Empresário-Itabuna (Ba)
Valor: R$ 100.000,00 ICMS 12% (alíquota interestadual) = R$ 12.000,00 (incluso no preço). Pertencerá ao Estado de Pernambuco.
Antecipação de ICMS-Bahia (sem MVA)
Valor R$ 100.000,00 ICMS 18% (alíquota interna) = R$ 18.000,00
(-) 12.000,00 pago no Estado de PE
Valor a recolher (antecipação) – R$ 6.000,00
Antecipação de ICMS-Bahia (com MVA)
Valor R$ 200.000,00 (MVA) ICMS 18% (alíquota interna) = R$ 36.000,00
(-) 12.000,00 pago no Estado de PE
Valor a recolher (antecipação) – R$ 24.000,00
7. Incidência de ICMS para Empresas Optantes do Supersimples
As empresas optantes pelo supersimples (ME/EPP), embora não sejam contribuintes do ICMS, devem fazer a antecipação do tributo quando adquirem mercadorias de outros Estados. 
O MVA não é aplicável às empresas optantes do supersimples (ME/EPP), exceto mercadorias adquiridas em estabelecimento industrial de outro Estado (será concedido desconto de 60% apenas para as microempresas optantes pelo supersimples).
ANTECIPAÇÃO DE ICMS POR ME/EPP: 
Mercadoria de SP sem MVA (fornecida por empresário-comerciante) – R$ 100.000,00 
- EPP (optante) – deverá antecipar R$ 11.000,00 (R$ 18.000,00 BA menos R$ 7.000,00 SP), mas não compensar posteriormente;
- ME (optante) – deverá antecipar R$ 4.400,00 (considerando o desconto de 60%), mas não compensar posteriormente;
Mercadoria de SP (fornecida por empresário-industrial) – R$ 100.000,00 (com MVA estimado em R$ 200.000,00):
 - EPP (optante) – deverá antecipar R$ 29.000,00 (R$ 36.000,00 BA menos R$ 7.000,00 SP), mas não compensar posteriormente;
- ME (optante) – deverá antecipar R$ 11.600,00 (60% de desconto), mas não compensar posteriormente.
O lançamento é efetuado pelo contribuinte ou responsável (por substituição) – autolançamento - baseando-se as notas fiscais de entrada e de saída, bem como o livro fiscal de apuração de ICMS. O fisco pode rever, de ofício, no prazo de até 5 (cinco) anos a contar do fato gerador.
8. Microempreendedores
Os empresários que comercializam mercadorias ou prestam serviço até o limite de R$ 81.000,00 ao ano (R$ 81.000,00 – 2020), cadastrados no SEBRAE como microempreendedores individuais, passam a contribuir mensalmente 5% sobre o salário mínimo (previdência simplificada) – atualmente R$ 52,25 (2018) – mais R$ 1,00 fixo a título de ICMS. 
Quando circulam mercadorias e prestam serviços ao mesmo tempo, devem acrescentar o valor fixo de R$ 5,00 a título de ISS. 
Ambulantes, feirantes e demais autônomos - que estão na economia informal - são MEI por equiparação. 
9. Comércio Eletrônico
Os provedores de internet não são contribuintes de ICMS (serviço de comunicação), pois é um serviço comum (aluguel de espaço virtual). Assim, pagam ISS ao Município onde estiver estabelecido o provedor. 
O ICMS é devido pelas companhias telefônicas ou de rádio, pois os provedores dependem de tais recursos. 
A rede mundial de computadores favorece o comércio eletrônico (via internet) possibilitando que um consumidor da Bahia adquira bens em outros Estados sem sair de casa. Trata-se de fenômeno não previsto (expressamente) na legislação tributária. 
Analisando sistematicamente a Constituição e os princípios do Direito Tributário, é necessário que haja repartição da receita entre o Estado Produtor e o Estado Consumidor, aplicando-se as regras das alíquotas interestaduais.
Assim, um consumidor da Bahia que realiza a compra de uma mercadoria através de endereço eletrônico de São Paulo,receberá nota fiscal contemplando 18% (alíquota interna da BA), ficando 7% para São Paulo (alíquota interestadual) e 11% (diferença) para a Bahia. Isso se tornou possível depois da formalização de convênios entres os Estados brasileiros (CONFAZ), em vista da omissão legislativa, viabilizando a partilha. 
10. Atividades Mistas
Algumas empresas prestam serviços e circulam mercadorias, como é o caso das revendas de pneus e acessórios para veículos, hotéis e motéis. Assim, são contribuintes de ISS e de ICMS, com bases de cálculo distintas:
	COMÉRCIO DE PNEUS
	VENDA DE PNEUS
	ICMS
	ALIAMENTO, BALANCEAMENTO, etc
	ISS
	COMÉRCIO DE SOM AUTOMOTIVO
	VENDA DE SOM
	ICMS
	INSTALAÇÃO DE SOM
	ISS
	MOTEL
	BEBIBAS, PRESERVATIVOS, ALIMENTOS, etc
	ICMS
	DIÁRIA
	ISS
 
O Regulamento do ICMS da Bahia faculta aos hotéis e motéis a opção de incidir ICMS sobre o faturamento bruto, reduzindo-se a alíquota (regime especial). 
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