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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1 Este material foi divido em 5 e serão postados ao longo da semana. Para mais dicas e resumos do universo jurídico siga o perfil no instagram: @literídica. “Direito Processual Civil é o ramo do Direito que reúne princípios e normas que regulamentam os procedimentos jurisdicionais, tendo como objetivo administrar as relações civis, o que exclui as áreas criminal e trabalhista. É também o Direito Processual o responsável por estruturar os órgãos de justiça, disciplinando a forma dos processos judiciais na área cível.” - O Direito Processual, conforme Ada Pelegrini, é o conjunto de normas e princípios que regem o exercício da jurisdição. Ou seja, determina as bases para os procedimentos judiciais e extrajudiciais. Nesse sentido, portanto, o Direito Processual Civil é a segmentação que regula os procedimentos de Direito Civil. • Conforme já estudo em TGP (teoria geral do processo “é mara”) o processo é a instrumentalização das formas. • Deste modo, o CPC ( Código de Processo Civil) é o meio pelo qual se reestabelece o direito violado ou se impede a violação do direito do indivíduo. • O CPC está codificado pela lei 13.105/2015, codificação esta que trouxe grandes realizações para o meio jurídico civil, modificando seriamente o processo como um todo. • A maior modificação foi a codificação do PJ (processo eletrônico). Formação do Processo O nosso Código estipula um sistema de formação complexa, ou seja, o processo se forma por iniciativa da parte e, logo após, segue seu curso por impulso oficial do juiz. Isso significa que, como regra, o juiz não pode agir de ofício. A partir daí, cabe ao magistrado impulsionar o processo, evitando que ele fique paralisado e, com isso, seja comprometido o princípio da duração razoável do processo. O início do processo se dá com o protocolo da petição inicial acompanhada dos documentos, procuração e prova do pagamento das custas e despesas processuais (salvo a hipótese de justiça gratuita, já vista anteriormente), e recebe uma comprovação da distribuição. No protocolo, o advogado saberá para qual juízo a sua inicial foi distribuída e, a partir daí, lá deverá acompanhar o andamento do processo. A formação integral da demanda, de acordo com o art. 240, ocorre quando o juiz recebe a petição inicial e profere um despacho determinando a citação do réu, contudo, para que seja proferido o despacho para a citação, o juiz deve analisar os elementos da ação, as condições da ação, os pressuposto e verificar que não estão ausentes nenhum elemento para que o feito tenha seu curso. Desta forma, se dará a citação de forma regular e sem vícios. Outra questão que merece exame é a possibilidade de modificação do pedido originalmente formulado. A matéria vem tratada no art. 329, que fixa dois marcos temporais. Assim, o autor poderá: I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu. Essas regras são impostas pelos princípios do contraditório e da segurança. Após a citação, o réu deve, necessariamente, concordar com a alteração. Caso não concorde, caberá ao autor deduzir aquele pedido em nova demanda. O processo se forma com a propositura da ação, ou seja, com a distribuição da ação no que tange ao autor. A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual. É importante saber: A jurisdição é inerte (Princípio da inércia da jurisdição), portanto o processo se inicia por provocação da parte e se desenvolve por impulso do juízo, salvo as exceções previstas em lei (Art. 2º do CPC). Pode- se falar também em Princípio da necessidade da demanda (ne procedat iudex ex officio; nemo iudex sine actore), portanto, a jurisdição só age quando provocada.
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