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economia brasileira cap 16

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Disciplina: Economia Brasileira. 
Discente: Deise Kely Nunes Silva. 
Docente: Prof. Dr. Antônio Nogueira Net 
Cap 16 
 
 
Q1. Explique o II PND em termos de projeto de desenvolvimento, 
demonstrando a forma como foi financiado. 
O II PND tinha como objetivos centrais elevar a renda per capita a mais 
de mil dólares e fazer com que o produto interno bruto ultrapassasse os cem 
bilhões de dólares em 1977. A meta era manter o crescimento econômico em 
torno de 10% a.a, com crescimento industrial em torno de 12% a.a, sendo que a 
meta básica era o ajustamento da economia nacional à situação de escassez de 
petróleo e ao novo estágio da evolução industrial do país. O objetivo era 
substituir as importações e abrir novas frentes de exportação. 
O II PND previa a consolidação até 1980 de uma sociedade industrial 
moderna e de um modelo de economia competitiva, sendo que a mesma exigiria 
investimentos nas áreas da indústria de base, do desenvolvimento científico e 
tecnológico e da infra-estrutura econômica. A política de energia seria também 
decisiva na estratégia de desenvolvimento, sendo a preocupação básica reduzir 
a dependência do país em relação às fontes externas. 
 No setor de bens de capital esperava-se: redução na participação das 
importações no setor de 52% para 40%, além de gerar excedente 
exportável em torno de U$ 200 milhões. 
 Insumos: previa-se aumentar a produção de aço de 7 milhões de toneladas 
em 74 para 18 milhões em oitenta, triplicar a produção de alumínio, 
aumentar a produção de zinco em 15 mil toneladas para 100mil, grande 
ampliação na produção de minério de ferro, por meio do Projeto Carajás, e 
várias outras. 
 Setor energético: esperava-se alterar o padrão e diminuir as necessidades 
de importação, pelo aumento da capacidade hidroelétrica, destacando-se 
o projeto Itaipu, aumentar a produção de carvão em Santa Catarina, dotar 
o país de energia nuclear, pela Nuclebrás, ampliar a prospecção de 
petróleo, basicamente no Nordeste. 
 
Previa-se também uma mudança no sistema de transporte, com maiores 
incentivos para ferrovias e hidrovias. 
Nas Empresas estatais verificou-se no financiamento a restrição do 
acesso destas ao crédito interno e uma política de contenção tarifária, que 
visavam conter as pressões inflacionárias e força-las ao endividamento externo. 
Já o setor privado foi financiado basicamente com créditos subsidiados de 
agências oficiais, entre as quais ganhou destaque o BNDES. 
 
Q2. Faça um breve comentário sobre a situação da economia brasileira e 
mundial no início da década de 80. 
 
 Profundas transformações no cenário internacional, trazendo à tona 
novamente a vulnerabilidade da economia brasileira aos condicionantes 
externos. Em 1979, ocorreu o segundo choque do petróleo e a reversão nas 
condições de financiamento internacional, com a elevação da taxa de juros 
internacional, em um momento em que o endividamento externo brasileiro era 
crescente. Nesse ano, os juros líquidos da dívida externa já correspondiam a 
28% do valor das exportações, e o país apresentou um déficit em transações 
correntes da ordem de US$ 10,8 bilhões, que foi apenas parcialmente coberto 
pela entrada de capitais de US$ 7,7 bilhões, ocasionando uma queima de 
reservas de US$ 2,2 bilhões. Pode-se considerar 1979 o ano do início da crise 
cambial; 
 Em nível interno, já se fazia sentir a deterioração da situação fiscal do 
Estado, com: redução na carga tributária bruta; aumento no volume de 
transferência, com destaque para os juros sobre a dívida interna; as estatais 
eram focos de déficits, devido ao enorme passivo financeiro e aos controles 
tarifários; o Orçamento Monetário, contaminado por várias operações fiscais, 
apresentava profundos déficits, decorrentes principalmente das operações 
creditícias do governo, com fenômeno do spread negativo; 
 O desequilíbrio externo, os choques de oferta (petróleo e comportamento 
insatisfatório da agricultura aquele ano) e os déficits públicos geravam pressões 
inflacionarias, que tendiam a propagar-se devido aos mecanismos de indexação 
da economia. Com isso, a inflação em 1979 saltou para os 77% a.a., com 
tendência aceleracionalista; 
 
 Esse período é ainda marcado pela mudança de governo, passagem de 
Geisel para Figueiredo, que deveria aprofundar a abertura política, com anistia 
aos exilados, maior liberdade sindical, reforma partidária, etc. 
 
Q3. Quais as principais medidas adotadas pelo Ministro Delfin Netto a partir 
de agosto de 1979. 
 Controle da taxa de juros; 
 Expansão do crédito para agricultura; 
 Criação da Sest (Secretaria Especial das Empresas Estatais); 
 Eliminação de alguns incentivos fiscais às exportações, do depósito 
prévio sobre as importações, e a revogação da Lei do Similar Nacional; 
 Estímulo a captação externa; 
 Maxidesvalorização de 30% do cruzeiro em dezembro de 1979; 
 Prefixação da correção monetária e cambial; 
 Semestralidade dos reajustes diferenciados por faixas de salários. 
 
Q4. “Os superávitis da balança comercial nos anos 1983-1984 podem ser 
explicados pela retração da demanda interna”. Comente. 
 
Não apenas pela retração da demanda interna, mas também é explicado 
pelo II PND que permitiu processo substituição de importações e criou setores 
com competitividade externa, mas também em desvalorização. 
 
 
Q5. Relacione o ajustamento externo brasileiro com a deterioração das 
contas públicas nacionais nos anos 80. 
O aumento do preço do barril de petróleo gerou muito dinheiro aos países 
árabes, e dificuldades ao resto do mundo. Os juros altos no Brasil atraíam capita 
especulativo, propiciando a entrada de petrodólares no país. A segunda crise 
atinge fortemente em especial os EUA, levando-o ao aumento da sua taxa de 
juros e emitir títulos de dívida pública, absorvendo a liquidez mundial e 
dificultando o pagamento da dívida brasileira (já que essa aumentava em 
decorrência dos seus empréstimos atrelados aos juros flutuantes). Ao não 
conseguir mais dinheiro externamente, o Brasil passa a pegar empréstimos com 
os bancos nacionais e emitir títulos de dívidas públicas. A impossibilidade de 
pagamento das dívidas de médio e longo prazo gera overnight, ou seja, o 
 
pagamento da dívida diariamente. O sistema de overnight deteriora as contas 
públicas.

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