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ANGINA INSTÁVEL E IAM SEM SUPRADESNÍVEL DE ST DEFINIÇÃO - Dor torácica aguda 5 a 10% das causas de atendimentos na emergência. - 25% dos pcts internados apresentam SCA. - Pcts SEM supradesnível de ST e CONTÊM sintomas compatíveis com etiologia coronaria compões as Sds coronarianas SEM supra de ST. - Dor torácica aguda ECG em 10min. - SCA com supra de ST dor torácica aguda e supra persistente do ST ou BRE novo, condição relacionada com oclusão coronariana reperfusão imediatab - SCA sem supra de ST dor torácica aguda sem supra do ST, associado ou não a outras alterações de ECG que sugerem isquemia miocárdica. - Angina instável sem alterações de marcadores de necrose miocárdica biomarcadores negativos. - IAM sem supra de ST há elevação de marcadores de necrose miocárdica. ECG COM ISQUEMIA - ECG que sugere isquemia - Elevação transitória do ST. - Infra transitório ou persistente do ST. - Onda T invertida e simétrica. - Alterações da onda T. - 50% ECG normal. - Depressão do ST >0,5mm em duas ou mais derivações contíguas, com concavidade superior. DIAGNÓSTICO - Lesão versus infarto do miocárdio. - Toda elevação de troponina traduz lesão miocárdica, mas nem toda lesão é um IAM. - O diagnóstico de IAMSSST é confirmado quando presença de isquemia na lesão miocárdica aguda, confirmada por elevação na troponina. - Uma dessas alterações ligadas à elevação de troponina. - Diferenciar causas isquêmicas ou não isquêmicas. Além de secundárias procedimentos CV, miocardite, arritmias, IC descompensada ou extracardíacas (choque, anemia, sepse, hipóxia). ELEVAÇÃO DE TROPONINA EPIDEMIOLOGIA - IAM é a principal causa de morte no Brasil e mundo. - Registro BRACE as SCASSST representam 46% das internações, sendo 2/3 por IAM e 1/3 por angina instável. FISIOPATOLOGIA - Principal característica instabilização da placa aterosclerótica, envolvendo erosão ou ruptura e formação de trombo oclusivo ou suboclusivo. - Outros mecanismos vasoespasmo, embolia ou dissecção coronariana ou alterações entre a oferta e/ou o consumo de O2 miocárdico. - Progressão da isquemia: subendocardio subepicardio. ABORDAGEM INICIAL - História clínica do pct com SCASSST desempenha importante papel na estratificação de risco. - Caracterizar a dor torácica: - Localização retroesternal. - Tipo aperto ou peso. - Duração desconforto anginoso (<10min) ou SCA (>10min). Dor contínua prolongada (horas ou dias) ou efêmera tem menor probabilidade de ser anginosa. - Irradiação MSE, mandíbula, interescapular. - Sintomas associados sudorese, dispneia, náuseas ou síncope. - Fatores de piora aparece ou piora com esforço ou estresse emocional, sem relação com posição ou respiração. - Fatores de melhora uso de nitrato (<10min). - Caracterizar a dor torácica: - Angina típica é mais comum em mulheres e idosos (>75 anos). - Equivalentes anginosos também é mais comum neles, assim como no DM, IRC e demência. DIAGNÓSTICO - Dados clínicos de maior probabilidade: - Idade avançada e sexo masculino. - Fatores de risco para aterosclerose tabagismo, diabetes, dislipidemia, HAS e IRC. - Antecedente familiar de DAC. - Aterosclerose prévia sintomática, tais como DAOP, doença carotídea, doença coronariana prévia, AVC. - Doenças inflamatórias crônicas, como LES ou AR. EXAME FÍSICO - Normal não afasta SCA. - Identificar pessoas de maior risco com sinais de disfunção ventricular grave ou complicações mecânicas. - Sopro sistólico mitral, taquicardia, taquipneia, hipotensão, sudorese, pulsos finos, B3 e estertores. - Diagnóstico diferencial da dor torácica NÃO relacionada com SCA: - Cardíacas pericardite (atrito), tamponamento cardíaco (pulso paradoxal), EAo (sopro sistólico aórtico), miocardiopatia hipertrófica (sopro sistólico ejetivo paraesternal que aumenta com Valsalva). - Não cardíacas dissecção de aorta (divergência de pulso e P entre os braços), EP/infarto pulmonar (atrito pleural), pneumotórax (MV diminuído e timpanismo à percussão), musculoesquelética (dor à palpação). ABORDAGEM INICIAL - Suspeita de SCA e sinais de gravidade dor persistente, dispneia, palpitações e síncope) encaminhar para emergência com ambulância. - Sem sinais de gravidade procurar serviço de emergência e fazer dosagem de biomarcodores e ECG. - Avaliar o risco de complicações isquêmicas e hemorrágicas. ECG - ECG de 12 derivações é a primeira ferramente diagnóstica fazer em 10min da admissão. - Normal em 50% seriar! - ECG normal mesmo com oclusão da artéria circunflexa ou da ACD. - Mais de 30% apresentam alterações características da SCA. - Depressão do ST. - Elevação transitória do ST. - Inversão de onda T. - BRE ou infra de ST >5mm PIOR prognóstico. - Aumenta a acurácia se tem um ECG prévio para comparação. BIOMARCADORES - São úteis para diagnóstico e prognóstico maior risco de eventos adversos. - Os resultados devem estar disponíveis em até 60min da coleta. TROPONINAS - PTns do complexo de regulação miofibrilar presentes no m. estríado cardíaco. - Existem 3 subunidades T, I e C. - A troponina C é coexpressa nas ff musculares esqueléticas de contração lenta inespecífica. - TnIc tem sensibilidade e especificidade clínica de 90% e 97%. - Permanecem elevadas por tempo mais prolongado, podendo permanecer elevadas por até 7 dias depois do IAM. - Biomarcadores de primeira escolha na suspeita de IAM, pois apresentam acurácia diagnóstica superior. - Quando a apresentação clínica não é típica de SCA, averiguar outras lesões cardíacas. TROPONINAS DE ALTA SENSIBILIDADE - Trop-US detecção de níveis mais baixos de troponina, em menor tempo após início do quadro. - Troponina ultrassensível (trop-US) 10 a 100x mais poder. - <3h do início do quadro são ainda mais sensíveis. - Vantagens: - Aumento da sensibilidade e da acurácia. - Excluir precocemente o IAM. - Desvantagem reduz especificidade e aumenta falsos positivos. CREATINOQUINASE (CK-MB) - Era o mais utilizado antes das Trop. - Dosagem da concentração no plasma (CK-MB massa) demonstraram maior sensibilidade e especificidade para IAM. - Limitação elevar-se após dano em outros tecidos não cardíacos 4% de falso-positivos. - Deve-se basear a decisão clínica no resultado da troponina. EXAMES NÃO INVASIVOS NA EMERGÊNCIA - Diagnóstico em pct com ECG e biomarcador normal e na estratificação de risco HÁ SUSPEITA de SCA - Realizar testes com imagem superiores ao ergométrico TESTE ERGOMÉTRICO - Baixo risco após 09h a 12h de observação, alta hospitalar mais precoce e segura. - Indicações: - ECG basal e biomarcadores (necrose) sem alterações. - Ausência de sintomas (dor precordial ou dispneia). - Estabilidade hemodinâmica e condições adequadas para o esforço - Contra-indicações alto risco de SCA, doenças agudas de aorta, TEP, miocardite e pericardite. ECOCARDIOGRAMA - Grande utilidade na avaliação da dor torácica na emergência avalia contratilidade segmentar e complicações (disfunção ventricular, miocardiopatia hipertrófica e doença pericárdica) - Diagnóstico diferencial dissecção aórtica, EAo, MCH, doença pericárdica. - Ecocardiografia de estresse pode ser usado para estratificação funcional em baixorisco. - Desvantagens janela limitada e sensibilidade reduzida do estresse com dobutamina em pcts usando betabloqueador. CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCARDICA (CPM) - Limitação de custo e disponibilidade. ANGIOTOMOGRAFIA DAS CORONÁRIAS - Alto valor preditivo negativo. - Dor torácica aguda de risco baixo e intermediário, reduzindo o tempo para o diagnóstico correto e o tempo de internação. - Abordagem do descarte triplo (SCA, aorta e pulmão), quando a avaliação clínica é incapaz de direcionar o diagnóstico. - Desvantagens radiação ionizante, custo elevado, contraste iodado, limitação em pcts com FC acima de 80bpm ou que não possam usar BB e disponibilidade reduzida. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO - Espectro de gravidade e prognósticos variados - Orienta a conduta - Baixo risco não há benefício de estratégia invasiva(cateterismo) - Alto risco apresenta diminuição de desfecho se houver cateterismo. - TIMI avaliar óbito, reinfarto e isquemia recorrente - Escore GRACE mais acurado na admissão como na alta. - Mais discriminatório que o TIMI pois inclui o exame físico. - Desvantagem precisa usar aplicativos de celular. - Avalia expectativa de óbito. - No Brasil, usa-se o HEART: - Separa baixo, intermediário e alto risco. - Avalia infarto, morte e necessidade revascularização. - Identifica pcts de baixo risco também. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE SANGRAMENTO - Tratamento de SCA com anticoagulante e antiagregante aumenta o risco de sangramento. - Reduzir sangramento pior prognóstico adverso na SCASSST. - Escore CRUSADE TRIAGEM DA DOR TORÁCICA - Breve história clínica, EF, ECG em até 10min e biomarcadores. - Identificar o pct de maior risco e de baixo risco. - Monitorar para evitar alta inadvertida. ABORDAGEM DA DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA - SCA de alto risco intervenção em até 2h em sala de hemodinâmica. - Indicação de estratégia invasiva de urgência - MOVA: - Monitor - Oxigênio - Veia - Aspirina - Conduzir o pct para unidade de dor torácica - Oxigenioterapia SaO2 < 90% ou sinais de desconforto respiratório. - Dor continua e ansiedade predispõe taquiarritmias - Usar sulfato de morfina em casos refratórios ou contraindicação aos nitratos ou BB (1ª opção) - AINES não devem ser utilizados exceto AAS. - Protocolos de controle glicêmico hiperglicemia acima de 180mg/dL - Risco de hipoglicemia idosos, nefropatas e com efeito residual de hipoglicemiantes orais tolerar glicemia mais alta. TERAPIA ANTIANGINOSA - Reduzir consumo de O2, reduzir FC e contratilidade e aumentar O2. - Nitratos: - Reduz RV, vasodilatação das coronárias, reduz agregação plaquetária reduz angina e congestão pulmonar. - Uso sublingual de nitroglicerina, dinitrato de isossorbida ou mononitrato de isossorbida não passar 3 comprimidos. - Nitroglicerina IV é mantido até 24~48h da última dor torácica. - Contraindicação hipotensão arterial importante (PAS<100mmHg) ou uso prévio de sildenafil nas últimas 24h ou tanafila nas 48h. - Betabloqueadores: - Diminuem FC, PA e contratilidade, reduzindo o consumo de O2 pelo miocardio. - Pode aumentar incidência de choque cardiogênico com dose elevada de IV seguida de oral. - Não há superioridade. - Uso de BB oral se dor persistente e taquicardia (não compensatória de IC) e venoso. - FEVE < 40%: usar carvedilol, bisoprolol e succinato de metoprolol em pcts SEM congestão pulmonar. - Doses: - Não usar no vasoespasmo por uso de cocaína durante intoxicação aguda. - Pcts com asma e DPOC contraindicação apenas em vigência de broncoespasmo. - Abordar risco isquêmico x risco hemorrágico - Antiplaquetários: - Dupla antiagregação com AAS e um fármaco inibidor de P2Y12 tienopiridínicos - Ex: AAS + clopidogrel - AAS fica como profilaxia secundária o resto da vida. - Não utilizar no pré-tratamento, apenas após identificar anatomia coronariana. - Reduz risco de trombose mas aumenta risco de sangramento relacionado ou não à CRVM INDIVIDUALIZAR tratamento. - Não existe claro benefício para pré-ttto, porém pode ser considerado nos pcts sem risco hemorrágico crítico. - Sala do cateterismo preferencial de prasugrel ou ticagrelor, fármacos de rápida ação e maior eficácia antitrombótica. - Antagonistas dos rcp glicoproteicos IIB/IIIA - Apenas na sala de hemodinâmica, após processo complicado. - Abciximab (anticorpo monoclonal) - Anticoagulantes: - O mais precoce possível. - Até revascularizar o pct ou 8 dias no mínimo ou até alta. - Optar por tto conservador inicial, com enoxaparina ou fondaparinux, mesmo no alto risco. - Heparina não fracionada não altera dose dependendo do clearance, ao contrário das outras. - Monitorar o fator anti-Xa em obesos ou alto clearance. ABORDAGEM NA HOSPITALIZAÇÃO - Quando pedir cateterismo (estratégia invasiva)? - Invasiva se houver comorbidade com prognóstico reservado. - Bloqueadores dos canais de cálcio dihidropiridinas (vasodilatadores anlopidino e nifedipino) e não-dihidropiridinas (cronotrópicos negativos diltiazem e verapamil) - IECA captopril, enalapril - BRA losartana, valsartana - Espironolactona aldactone. - Estatinas atua como hipolipemiantes e pleiotrópico (estabiliza palacas colesterol). ORIENTAÇÕES APÓS ALTA - Após efetivação de uma ICP, o pct deverá retornar à unidade coronariana e permanecer de 12 a 24h, se não houver complicações. - Nos casos de revascularização miocárdica cirúrgica, o pct deverá permanecer em ambiente hospitalar até realizar a cirurgia. - Medicamentos após alta ABCDI - Mudança de estilo de vida. - Prevenção secundária. - Cessar tabagismo. - Reduzir colesterol via alimentação. - Fazer atv física e reabilitação cardiovascular.
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