História & memória - ditaduragoverno militar - 1964-1985

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HISTÓRIA & MEMÓRIA: 
 GOVERNOS MILITARES NO
BRASIL - 1964-1985
Profª. Sabrina Alves
sabrinaalves4@gmail.com
APONTAMENTOS
INICIAIS
 fato: Em 31/03/1964 teve início o movimento das forças
militares que tomou o poder em 02/04/1964.
justificativa, APARENTE: livrar o país do comunismo, da
corrupção e restaurar a democracia. 
Duração: de 1964 a 1985.
CONCEITOS
IMPORTANTES
01 - ESTADO: 
Democracia é uma forma de governo que
tem como característica básica a escolha
dos governantes pelo povo
O Estado é, poderíamos assim sintetizar,
entidade composta por diversas instituições,
de caráter político, que comanda um tipo
complexo de organização social.
02 - CIDADANIA: 
A cidadania é sobretudo uma ação política
construída paulatinamente por homens e
mulheres para a transformação de uma
realidade específica, pela ampliação de
direitos e deveres comuns.
03 - DEMOCRACIA: 
SEGUNDO JACQUES LE GOFF, A MEMÓRIA É A
PROPRIEDADE DE CONSERVAR CERTAS 
INFORMAÇÕES, PROPRIEDADE QUE SE REFERE A
UM CONJUNTO DE FUNÇÕES PSÍQUICAS QUE 
PERMITE AO INDIVÍDUO ATUALIZAR IMPRESSÕES
OU INFORMAÇÕES PASSADAS, OU
REINTERPRETADAS 
COMO PASSADAS.
MEMÓRIA
A MEMÓRIA NÃO É APENAS INDIVIDUAL.
 
A MEMÓRIA ESTÁ DIVIDADA EM TRÊS NÍVEIS, SEGUNDO JAN ASSMANN: 
1º NÍVEL: MEMÓRIA INDIVIDUAL - MEMÓRIA PESSOAL, SUBJETIVA;
2º NÍVEL: MEMÓRIA COMUNICATIVA - INTERAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOCIAL É A PESSOA
COMO PORTADORA DE PAPÉIS SOCIAIS ;
3º NÍVEL: MEMÓRIA CULTURAL - É EXTERIORIZADA, OBJETIVADA E ARMAZENADA EM
FORMAS SIMBÓLICAS QUE, DIFERENTEMENTE DOS SONS DE PALAVRAS OU DA VISÃO DE
GESTOS, SÃO ESTÁVEIS E TRANSCENDENTES À SITUAÇÃO: ELAS PODEM SER
TRANSFERIDAS DE UMA SITUAÇÃO A OUTRA E TRANSMITIDAS DE UMA GERAÇÃO A OUTRA 
Fonte: A MONUMENTALIZAÇÃO DA DOR: MONUMENTOS CATÁSTROFES SOBRE
A DITADURA MILITAR, Josué Patrocíno Machado Junior & Eliézer Cardoso de Oliveira 
https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/10311/7927.
EXEMPLO DE MEMÓRIA
CULTURAL:
MONUMENTO AOS MORTOS E
DESAPARECIDOS NA LUTA
CONTRA A DITADURA
MILITAR NA AVENIDA ASSIS
CHATEAUBRIAND COM
AVENIDA DONA GERCINA
BORGES (ANTIGA 26), NO
SETOR OESTE, EM FRENTE
AO BOSQUE DOS BURITIS,
EM GOIÂNIA. 
https://www.anais.ueg.br/index.php/cepe/article/view/10311/7927
MEMÓRIA
SOCIAL/INDIVIDUAL E
CULTURAL SOBRE A
TORTURA NO REGIME
CIVIL MILITAR
DEPOIMENTO DO CORONEL
REFORMADO DO EXÉRCITO,
PAULO MALHÃES, EX-
AGENTE DO CENTRO DE
INFORMAÇÃO DO EXÉRCITO,
QUE ATUOU EM DIVERSAS
MISSÕES DE EXTERMÍNIO DE
OPOSITORES DA DITADURA
E TAMBÉM NA CASA DA
MORTE. NO DEPOIMENTO,
ELE ADMITE TORTURA,
MORTES, OCULTAÇÕES DE
CADÁVERES E MUTILAÇÕES
DE CORPOS.
SOBREVIVENTE DA REPRESSÃO, GUIOMAR
LOPES ERA ESTUDANTE DE MEDICINA QUE
LARGOU OS ESTUDOS E O MOVIMENTO
ESTUDANTIL PARA INGRESSA A AÇÃO
LIBERTADORA NACIONAL, COMANDADA
POR CARLOS MARIGHELLA. EM 1970,
GUIOMAR FOI PRESA POR AGENTES DA
OPERAÇÃO BANDEIRANTES, E FOI
TORTURADA BARBARAMENTE. NO MEIO
DA TORTURA, ELA PASSOU MAL E FOI
LEVADA AO HOSPITAL, ONDE TENTOU O
SUICÍDIO. "ACHAVA QUE ERA UM MEIO
MAIS DIGNO DE MORRER. TORTURA É A
COISA MAIS HUMILHANTE E TERRÍVEL A
QUE UMA PESSOA POSSA SER
SUBMETIDA". MESMO COM PERNAS E
BRAÇOS ENGESSADOS, ELA FOI LEVADA
DE VOLTA À OBAN E NOVAMENTE
TORTURADA COM CHOQUES, APESAR DE
ESTAR COM TROMBOSE EM UMA DAS
PERNAS. ELA SOBREVIVEU, E APÓS
QUATRO ANOS DE PENA CONCLUIU SEUS
ESTUDOS.
PODEMOS DIZER QUE HÁ UM RELATO
MAIS VERDADEIRO QUE O OUTRO NO
CAMPO DA MEMÓRIA E DA HISTÓRIA
SOBRE A/OS DITADURA/GOVERNO DE
MILITARES?
ao se falar da tortura é preciso considerar o aparato
que a viabilizou e saber localiza-la no bRASIL. pORÉM, NÃO
SE PODE PERDER DE VISTA AS TRÊS INSTÂNCIAS ENVOLVIDAS "A
TORTURA, O TORTURADOR E O TORTURADO". (cARDOSO, MARIA.
2011. P.181)
O PONTO COMUM É O FATO, E ESSE É PARTE DO
PROCESSO HISTÓRICO, OBJETO DA ESCRITA DA
HISTÓRIA.
neste caso o fato é a
institucionalizalição da prática da
tortura pelo estado brasileiro, de
1964 - 1985
a relação da memória com a história nos apresenta um
desafio?
sim, o de evitar o esquecimento, este provocado por
negacionismos e relativismos.
 
"UMA SOCIEDADE SEM MEMÓRIA É UM ANÁTEMA"
( HUYSSEN, ANDREAS. 2014. P.157)
questão: você se deparou com alguma tentativa
de construção da memória sobre a tortura no
período militar no brasil?
 
Essas disputas pela memória leva-nos a indagar sobre: 
1- as formas como essas memórias entram em disputas na sociedade e a razão
disso.
 2 -como são construídas as políticas de consenso sobre o período e de que
forma essas políticas atuam no campo da memória nacional/cultural? 
3 - como essa construção cultural ocorreu em paÍses nos quais ocorreram
ditaduras (argentina, chile, PERU)?
 
as construções culturais, CONTEMPORÂNEAS, da memória SOBRE O
REGIME/GOVERNO MILITAR eSTÃO eM disputa.
 
FINALIZANDO
 AO ESTADO É DADO O DOMINIO SOBRE O USO DA FORÇA, BEM COMO OUTROS
DEVERES, ENTRE ELES O DE GARANTIR A VIDA, UM DIREITO DE CADA CIDADÃO
E, EM UM AMBIENTE REPUBLICANO, O DE GARANTIR A LIBERDADE, IGUALDADE E
FRATERNIDADE QUE SÃO INCORPADOS EM UMA DEMOCRACIA, QUE PERMITE A
OPOSIÇÃO DE IDEIAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE NA QUAL OS
PRINCÍPIOS ESTEJAM INCORPORADOS E AMPARADOS PELA CONSTITUIÇÃO. E A
MEMÓRIA, EM SUA SELEÇÃO, NÃO PODE SE ESQUECER DISSO. 
 
Um ponto para o fim do regime militar foi: " Um governo que agia fora da
legalidade, acabaria por perder o respaldo moral e a obediência de seus
governados. (duarte, Terezinha. 1996. p.83)
referências 
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) http://www.cnv.gov.b
 Comissão Nacional da Verdade - YouTube
CARDOSO, Maria Abadia. Mortos sem sepultura em cena: a escolha e a forma. In: _______. Mortos sem sepultura:
diálogos cênicos entre Sartre e Fernando Peixoto. São Paulo: HUCITEC, 2011. p. 157 – 241.
DUARTE, Teresinha Maria. Se as paredes da catedral falassem: a Arquidiocese de Goiânia e o regime militar (1968/1985).
1996. 230f. Dissertação de mestrado em História. Programa de pós-graduação em História. Universidade Federal de Goiás,
1996. Disponível em: https://pos.historia.ufg.br/up/113/o/DUARTE__Teresinha_Maria._1996.pdf Acesso em: 11 de julho de 2016.
fausto, boris. história concisa do brasil. são paulo: usp, 2018. p. 257 - 310.
huyssen, andreas. culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. rio de janeiro:
contraponto, 2014. p. 157.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históri cos. São Paulo: Contexto, 2005.
 
https://www.youtube.com/user/comissaodaverdade/about
https://www.youtube.com/user/comissaodaverdade/about