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AUXILIAR VETERINÁRIO E 
ZOOTECNIA
ROSÂNGELA PAULA GORLIN BERNARDES
CRMVSC 06430
SISTEMA RESPIRATÓRIO
• Meio pelo qual os animais
obtêm eliminam gás carbônico
(CO2), ou seja é a troca de
gases no processo de
respiração celular.
• Anatomicamente o aparelho
respiratório possui: narinas,
cavidades nasais, faringe,
laringe, traquéia, brônquios,
bronquíolos, pulmões e pleura.
APARELHO RESPIRATÓRIO
Conjunto de estruturas envolvidas no transporte de ar até os pulmões para ocorrer
as trocas gasosas entre o ar inspirado e a corrente sanguínea.
• Tem como principais funções a respiração, olfação, fonação, regulação da
temperatura corporal e excreção de eletrólitos.
• O ar percorre o aparelho respiratório no seguinte sentido: narinas -> nariz
externo -> cavidade nasal -> seios paranasais -> nasofaringe -> laringe -> traqueia
-> brônquios-> bronquíolos -> alvéolos
APARELHO RESPIRATÓRIO
• CONDUTORES DE AR
Narinas;
Cavidade nasal; vias aéreas superiores
Faringe;
Laringe;
Traqueia; vias aéreas inferiores
Brônquios; 
Brônquiolos;
NARIZ
• O nariz é uma estrutura ímpar, mediana, com formato de uma pirâmide
triangular. Apresenta-se como uma protuberância situada no centro da
face contendo uma raiz, um dorso, uma base e um ápice.
• O nariz é dividido em duas porções, o nariz externo, formado por um
esqueleto cartilaginoso revestido internamente por mucosa e
externamente por músculo e pele; o nariz interno, constituído por um
esqueleto ósseo revestido internamente por mucosa.
• No interior no nariz apresenta-se uma ampla cavidade nasal, subdividida
em dois compartimentos por meio do septo nasal em fossa nasal direita
e fossa nasal esquerda. Cada compartimento dispõe de um orifício
anterior (narinas) e um posterior (coanas).
NARIZ EXTERNO
É composto pelas narinas, vestíbulo e
focinho;
NARINAS:
Aberturas por onde o ar entra e sai, porção
mais externa do aparelho respiratório.
Sendo o focinho a porção cartilaginosa do
nariz.
NARINAS
• Internamente as narinas apresentam pelos
especiais denominados de vibrissas.
• Essas estruturas procuram contribuir com a
filtração do ar inspirado e impedem a entrada de
insetos na cavidade nasal.
• Carnívoros, equinos e bovinos: formato de vírgula 
• Ovinos e caprinos: formato de fenda 
• Suínos: arredondada 
CAVIDADE NASAL
Região que se estende do vestíbulo até a nasofaringe.
 Principais funções: aquecer, umidificar, purificar o ar e reconhecer odores.
 É composta pelas conchas nasais: dorsal, ventral e etmoidal.
Os espaços entre as conchas formam os meatos: dorsal, médio e ventral.
O meato dorsal envia ar para as conchas etmoidais; O meato médio para os seios paranasais e o ventral para os
pulmões.
O meato comum consiste no espaço entre as conchas e septo nasal e conduz o ar para diferentes tipos de
meatos e para o pulmão junto com o meato ventral.
FARINGE
• É um saco musculomembranoso que é comum a
dois sistemas, o sistema digestório e o sistema
respiratório, então vai cruzar por ele tanto o
alimento quanto o ar e ele é responsável de
separar e coloca-los em seu determinado canal,
canal digestório e canal respiratório
respectivamente.
• Ela é composta por duas cavidades, a orofaringe e
nasofaringe.
NASOFARINGE
• É uma região da faringe que faz parte das vias aéreas.
• Na nasofaringe há uma abertura que a comunica com a tuba
auditiva denominada de óstio faríngico.
• Se comunica com a cavidade nasal por uma abertura denominada
coana.
• Equinos possuem duas coanas e demais espécies apenas uma.
• Há uma abertura que comunica com a tuba auditiva e forma a
bolsa gutural que produz muco que é drenado para a nasofaringe.
• A função da bolsa é resfriar o sangue que irá irrigar o cérebro.
• Quando há obstrução do canal há um acúmulo de muco,
provocando inchaço na cabeça do animal.
LARINGE
O conjunto de cartilagens localizadas na região da laringofaringe, que vai
conectar a faringe a árvore traqueobrônquica. São quatro cartilagens:
3 ímpares (epiglote, tireóide e cricóide)
1 par (aritenóides)
• Todas elas são cartilagens hialinas, exceto a epiglote, que é elástica.
• Funções da laringe:
Fechar a entrada da traquéia na deglutição;
Respiração;
Fonação (CORDAS VOCAIS)
Regula pressão intratorácica.
LARINGE
• Controla a inspiração e expiração.
• Impede a inalação de objetos estranhos.
• Essencial na produção de voz.
• No seu epitélio há as cordas vocais que
produzem sons durante a passagem de ar.
• Pertence ao sistema digestório.
LARINGE
• EPIGLOTE
ELÁSTICA, controla a entrada da 
laringe.
Encontra-se na base da língua. 
Formato de folha.
• TIREÓIDE
Proteção da cavidade da laringe.
É composta por um corpo e duas 
lâminas se fundem e servem para os 
músculos da fonação e deglutição.
• CRICÓIDE
Proteção da cavidade da laringe.
Dá o formato de anel e se prende ao 
anel da traqueia 
TRAQUEIA
• É um tubo responsável para conduzir o ar da laringe até os pulmões, onde
ocorrem as trocas gasosas.
• Percorre toda extensão do pescoço, entra na cavidade torácica e se divide em 2
brônquios principais, um para cada pulmão.
• Ela fica aberta constantemente, pela presença dos anéis que impedem o
colabamento, uma vez que o ar não possui força o suficiente para abrir a
passagem.
TRAQUEIA
• O anel cartilaginoso da traqueia possui
várias formas e varia de acordo com
cada espécie.
• Ele é achatado dorsoventral em
carnívoros e equinos; Redondo nos
suínos; e achatado latero-lateral nos
ruminantes.
• O que diferencia o anel em carnívoros
e equinos é que nos primeiros o
músculo traqueal é dorsal ao anel e
nos equinos ventral.
BRÔNQUIOS
• São tubos semelhantes a traqueia, que conduzem o ar
desta até o interior dos pulmões.
• A diferença entre traqueia e brônquios é além do
calibre,é o anel cartilaginoso que fica semiaberto na
traqueia e totalmente fechado nos brônquios.
• O ponto de bifurcação entre os brônquios chama-se
carina traqueal.
• Em suínos e ruminantes há um terceiro brônquio (o
traqueal) que sai da traqueia no lobo cranial direito do
pulmão.
SUÍNOS E RUMINANTES
BRONQUÍOLOS
• É a ramificação dos brônquios terciários, ou 
seja porção final dos brônquios são os 
bronquíolos.
• Cada bronquíolo se divide em 5 a 7 bronquíolos 
terminais e originam os bronquíolos 
respiratórios.
• É uma região transitória onde as cartilagens 
tem formato de placas e desaparecem 
originando os alvéolos.
PULMÕES
• Órgãos pares presentes na cavidade
torácica e aderidos ao diafragma pela
pleura.
• Normalmente apresentam coloração rósea.
• Cada pulmão possui:
Base (superfície diafragmática)
Ápice (superfície cranial)
2 superfícies laterais (costal e medial)
• Possuem uma região denominada de hilo
pulmonar, onde se encontra a raiz
pulmonar (brônquios, vasos e nervos) que
chegam ou saem do pulmão.
PULMÕES
São divididos em lobos, e diferem de acordo com cada espécie.
PLEURA
• Cavidade torácica se estende das primeiras costelas até o diafragma, e os órgãos contidos nela são revestidos pela
pleura.
• Animais saudáveis apresentam 2 sacos pleurais e neste há presença de líquido seroso, que permite um
deslizamento entre os pulmões e a cavidade torácica. Esses sacos formam a cavidade pleural.
• De acordo com a região que a pleura toca ela recebe um nome específico:
Pleura visceral ou pulmonar: reveste os pulmões;
Pleura costal ou parietal: reveste as paredes laterais da cavidade torácica;
Pleura diafragmática: toca o diafragma;
Pleura mediastinal: forma o mediastino.
“O homem bom, do bom tesouro do seu
coração tira o bem; e o homem mau, do
seu mau tesouro tira o mal.” (Lucas 6.45).
http://biblia.gospelmais.com.br/lucas_6:45/
O QUE DEBILITA AS DEFESAS RESPIRATÓRIAS
ESTRESSE
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
CÃES E GATOS
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
TOSSE DOS CANIS
• É uma doença contagiosa; sazonal (outono e verão); ataca qualquer faixa etária;
• Causa infecção respiratória de início súbito, secreçãonaso-ocular e ataque agudo
de tosse;
• A Bordetella bronchiseptica e o vírus da Parainfluenza canina são os agentes mais
comuns;
• As formas de transmissão mais comuns se dão através do contato direto entre
cães, ou contato indireto, pelo ar, através de secreções respiratórias (aerossóis).
• Os agentes podem ainda se disseminar rapidamente por fômites, em ambientes
intensamente contaminados.
• Os agentes responsáveis são pouco resistentes no meio ambiente (não sobrevivem no
exterior durante muito tempo) e são facilmente destruídos pelos produtos de limpeza,
por isso os locais com fracas medidas higiene e sanidade e com muitos cães confinados
a uma área relativamente pequena são propícios ao estabelecimento da infeção.
• Morbidade aumenta muito quando os animais se encontram em locais com alta
densidade populacional (pet shops, canis, hotéis);
PATOGENIA
Nos primeiros 3 a 6 dias a bactéria se multiplica, aumenta em número, depois sua
multiplicação para. É nesse momento que os primeiros sinais clínicos aparecerão e após
duas semanas da infecção, o número de organismos começará a diminuir.
SINTOMAS
FORMA LEVE
• Quadro clínico normalmente suave e autolimitante, apenas caracterizado por: acessos de tosse seca devido à
traquebronquite (inflamação da traqueia e brônquios) existente.
• O animal não é afetado a nível de estado geral, mantendo a sua condição corporal e comportamento normais. Os
acessos de tosse são sobretudo irritativos, intensificando-se em situações de stress, exercício ou simplesmente
por pressão no pescoço.
• Caso não existam complicações, o animal produz uma resposta imunitária capaz de eliminar a infeção em
aproximadamente 5 dias, ficando curado sem necessidade de qualquer tratamento. ORMA GRAVE
• É menos comum. Surge com maior frequência em animais com predisposição ao desenvolvimento de infeções
secundárias, tais como: imunodeprimidos, debilitados, muito jovens, de raças anãs e/ou com lesões do aparelho
respiratório.
• A forma grave também pode surgir quando a infeção é mista, isto é, existe a associação de dois ou mais agentes.
• A sintomatologia da forma grave é severa e na ausência de tratamento pode mesmo levar à morte por
broncopneumonia. Febre, depressão, anorexia, desidratação, secreção nasal, tosse gorda e dificuldades
respiratórias.
DIAGNÓSTICO
 É baseado na história do animal (se teve contato recente com outros cães e se foi vacinado), nos sinais clínicos. Swabs -
secreção nasal encontra o agente B. bronchiseptica.
TRATAMENTO
Antibiótico (VO) associados a antitussígenos com ou sem broncodilatadores para reduzir a tosse;
Antibióticos parenteral (IM/SC/IV) para evitar a colonização da B. bronchiseptica nas vias aéreas
inferiores.
Drogas mais utilizadas: amoxicilina ou ampicilina; e associações de sulfas mais trimetoprim;
hidrobrometo de dextrometorfano.
PREVENÇÃO
Existem disponíveis no mercado vacinas contra alguns agentes da TIC, como por exemplo:
Parainfluenza, Adenovirus-2 e Bordetella bronchiseptica.
A vacinação contra estes agentes não garante que o animal fique imune, visto que para além destes,
outros agentes podem também provocar a doença (ex: Reovirus, Herpesvirus canino e
Mycoplasmas).
PNEUMONIA CÃES E GATOS
Pneumonia é uma resposta inflamatória, na qual há exsudação de células e
líquidos nas vias aéreas e nos espaços alveolares (ALONSO, 2007).
Causada pela entrada de agentes infecciosos nas vias aéreas (devido à ventilação
normal ou à aspiração e, menos frequentemente, através da via hematógena) ou
a entrada de agentes não infecciosos.
Os agentes infecciosos são as causas mais comum de pneumonia em gatos e
cães, e a maioria está em quatro grandes grupos: as pneumonias virais,
bacterianas, parasitárias e fúngicas (ALONSO, 2007).
• PNEUMONIA VIRAL pode ser aguda ou crônica. Os vírus da cinomose canina, adenovírus canino,
parainfluenza e calicivírus felino causam pneumonias virais agudas, mas seus sintomas costumam
ocorrer devido a uma infecção microbiana secundária, pois os vírus por si só não ocasionam o quadro
clínico.
• PNEUMONIA BACTERIANA primária em cães pode ocorrer como resultado de Bordetella bronchiseptica
e possivelmente Streptococcus zooepidemicus. Os isolados mais comuns são: Escherichia coli,
Pasteurella, Streptococcus, Staphylococcus, Pseudomonas e Klebsiella.
• PNEUMONIA PARASITÁRIA pode ser desde assintomática até apresentar manifestações clínicas agudas
fatais, dependendo do número de organismos que infectam as vias respiratórias, do lugar onde se
localizam e da reação do hospedeiro frente a um parasita adulto, ovo ou larva. Em cães e gatos os
parasitas respiratórios mais importantes são: Oslerus osleri, Aelurostrongylus abstrusus, Capillaria
arophila.
• PNEUMONIA MICÓTICA mais comum podem ser por blastomicose, a histoplasmose e a
coccidioidomicose. A criptococose também pode ter um envolvimento pulmonar, mas os sinais
apresentados geralmente refletem uma doença nasal.
PNEUMONIAS
• A pneumonia pode ser causada também por aspiração, sendo resultado da inalação de
material sólido ou líquido para os pulmões, que costuma ser conteúdo estomacal ou
alimento causando processo inflamatório.
• A aspiração compromete a função pulmonar através de obstrução mecânica,
broncoconstrição, danos químicos e infecção.
• Na pneumonia, as funções das trocas gasosas dos pulmões passam por alterações nos
diferentes estágios da doença. Nos estágios iniciais, o processo pneumônico pode estar
bem localizado em apenas um pulmão, com redução da ventilação alveolar, enquanto o
fluxo sanguíneo através desse pulmão prossegue normalmente.
• Os sintomas clínicos das pneumonias variam desde os crônicos, como fraqueza,
depressão, anorexia e perda de peso, até os agudos, como tosse produtiva, febre,
taquipnéias, intolerância ao exercício, dificuldade respiratória, apatia e cianose, sendo a
tosse rara em felinos.
• Os sinais clínicos e radiográficos são em geral graves e rapidamente progressivos.
• Para obter o diagnóstico presuntivo da pneumonia, os sinais clínicos, a radiografia
e o hemograma são, geralmente, suficientes.
• A citologia e a cultura das vias aéreas podem confirmar o diagnóstico.
• TRATAMENTO consiste em proporcionar repouso ao animal em um ambiente
aquecido combinado com uma alimentação adequada e fluidoterapia, oral ou
parenteral.
• Outras medidas são: implementar nebulização, fisioterapia, broncodilatadores e
suplementação de oxigênio.
OBRIGADA!

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