Buscar

Toxicologia - Toxicologia Ambiental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA - TOXICOLOGIA AMBIENTAL
RELEMBRANDO
Em aulas anteriores, tratamos da introdução da toxicologia, vimos a diferença entre toxi-
cologia e farmacologia, entre um fármaco e um agente tóxico, além de vários exemplos 
de agentes tóxicos. De forma didática, dividimos os agentes tóxicos que são objeto de 
estudo da toxicologia em várias áreas. Há a toxicologia de medicamentos, que estuda os 
efeitos deletérios do uso incorreto do medicamento (superdosagem, acidente relacionado 
ao medicamento etc.), pois o estudo do uso correto dos medicamentos (indicação e poso-
logia corretas) é objeto de estudo da farmacologia. Na toxicologia social, são estudados 
os agentes tóxicos que, de alguma forma, prejudicam não só o indivíduo, mas a socieda-
de. Existem as drogas proibidas e as não proibidas, como o álcool, por exemplo, que é a 
principal droga que causa dependência entre os usuários e que é um agente tóxico de uso 
permitido no Brasil. Como exemplo de drogas proibidas, tem-se os perturbadores (maco-
nha), alucinógenos (LSD, ecstasy, ayahuasca etc.) e outras substâncias que atuam no 
sistema nervoso central, causam dependência, tolerância, e tem seu uso proibido porque o 
resultado do efeito tóxico da substância não se limita ao indivíduo, mas atinge a sociedade.
O resultado do efeito tóxico dessas substâncias não só afeta a bioquímica do usuário, mas 
também pode favorecer o cometimento de crime e desordens sociais. A toxicologia ocupa-
cional tem como objeto de estudo, principalmente, as substâncias que são agentes tóxicos 
presentes no ambiente laboral. Por exemplo: os álcoois presentes nos processos de aná-
lises químicas, de solubilização de compostos químicos, e solventes tóxicos. As pessoas 
que trabalham com esses agentes tóxicos precisam ter um grau de exposição definido, 
depois observado e controlado. Deve haver um monitoramento, pois essas substâncias 
podem ter características distintas (toxicidade crônica, provocar câncer). Algumas dessas 
substâncias não podem ser objeto de trabalho para uma mulher grávida, por exemplo. 
Da mesma forma ocorre com os agrotóxicos, que são agentes tóxicos ambientais e ocu-
pacionais. Tudo o que se utiliza no ambiente de trabalho e que pode ser um agente tóxico 
provocando efeito deletério no organismo, é objeto de estudo da toxicologia ocupacional.
A toxicologia ambiental, que veremos hoje, também é chamada de ecotoxicologia. Seu ob-
jeto de estudo são as substâncias tóxicas presentes no meio ambiente que podem provo-
car efeitos prejudiciais aos seres vivos (nas plantas, no solo, no ar e nos seres humanos).
5m
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Ecotoxicologia
É o estudo dos efeitos tóxicos de substâncias químicas em populações e comunidades 
de organismos vivos e ecossistemas. Muitas vezes, essas substâncias químicas são um 
resultado da ação humana, o próprio ser humano cria a necessidade de utilizar esses ele-
mentos. Por exemplo, os agrotóxicos são substâncias químicas desenvolvidas pelo homem 
para destruir ervas daninhas, insetos e fungos. Os agrotóxicos são um grupo importante de 
agentes tóxicos do meio ambiente porque são aplicados na lavoura para proteger a planta-
ção de agentes ofensivos.
O agrotóxico é também uma substância produto do trabalho humano, que foi desenvol-
vido para proteger a lavoura. Os herbicidas estão nessa categoria, eles são tóxicos para a 
erva daninha (que extrai os nutrientes do solo e ocupa o espaço físico que seria da planta-
ção). Esses herbicidas possuem vários mecanismos de ação, desde o bloqueio de enzimas 
que trabalham no metabolismo da planta até a atuação de falsos mensageiros (mensagei-
ros que atuam como se fossem estimular alguma atividade metabólica da planta, mas não 
estimulam).
Outro grupo de substâncias, que também é chamado de agrotóxico, são os inseticidas. 
Seus princípios ativos, normalmente, são semelhantes aos inseticidas de uso doméstico. 
Atuam na monoamina oxidase; geram superestímulo, provocando convulsões no inseto com 
o objetivo de eliminá-lo e propagar melhor a plantação. 
Os fungicidas são outro grupo de agrotóxico. Os fungos são pragas que estão presentes 
nas plantações e atrapalham o cultivo. Eliminar os fungos é uma forma de melhorar o ren-
dimento da plantação. Os fungicidas podem ser metálicos ou não metálicos. Um fungo, por 
exemplo, pode ter seu metabolismo atrapalhado pela presença de um metal. Veremos os 
metais tóxicos que são utilizados para fins criminais. Por isso, esse tópico normalmente está 
presente em provas de farmacêutico perito criminal ou farmacêutico residente, que têm um 
edital bem completo, englobando todos os tópicos da área de formação.
Toxicologia ambiental, especialmente, não é um assunto que cai muito na prova de con-
curso para farmacêutico hospitalar. A toxicologia ambiental costuma ser cobrada em provas 
de residência para farmacêutico hospitalar, porque caem todos os conteúdos relacionados 
àquela formação. 
10m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Em relação a concursos, para farmacêutico hospitalar, toxicologia ambiental não cai; para 
fiscal sanitário, talvez; para perito criminal, é um dos tópicos mais fortes do edital; para far-
macêutico bioquímico, toxicologia praticamente não cai, mas se for cobrada será a parte de 
toxicologia analítica. Por isso, é importante tem um olhar específico para essas disciplinas.
Em qualquer área de estudo, é possível manter um raciocínio. Por exemplo, área policial: 
há um grupo específico de disciplinas para essa área. É possível acompanhar o edital e ir 
fazendo as provas, acumulando aprendizado daquele conteúdo (bagagem). Porém, como 
para farmacêutico há tantas áreas, bem como os editais são diferentes, não adianta acumu-
lar bagagem de farmácia hospitalar para prestar um concurso de farmacêutico bioquímico e 
vice-versa.
Por isso, destacamos que toxicologia ambiental cai mais para perito criminal e para resi-
dências porque engloba todos os tópicos da área de formação. Se for para farmacêutico bio-
químico, provavelmente cairá a parte de toxicologia analítica, isto é, utilizando algum método 
de análise e com uma amostra biológica, realizar uma análise para identificar e quantificar o 
agente tóxico presente na matriz biológica. Perceba que o mesmo assunto tem abordagens 
diferentes para cada prova. 
Além dos agrotóxicos, temos como exemplo de agente tóxico:
• Íons inorgânicos (metais). Por exemplo, o chumbo e o mercúrio (a intoxicação por mer-
cúrio já foi objeto de prova discursiva);
• Solventes orgânicos;
• Substâncias radioativas;
• Produtos farmacêuticos em geral.
A prioridade na toxicologia ambiental não é eliminar esses agentes tóxicos. Caso esti-
véssemos tratando da toxicologia social, o objetivo seria a proibição. Alguns agentes tóxicos 
listados na Portaria n. 344/1998 estão listados como proscritos, a cocaína é um deles. O 
objetivo da política de drogas e medicamentos é definir e classificar esses medicamentos 
em relação aos riscos que trazem. Alguns medicamentos estavam em uso em determinado 
momento da história e começaram a provocar dependência e intolerância num grau preocu-
pante, por isso tiveram seu uso proibido. Um exemplo é a cocaína, que era um medicamento 
15m
4 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
e passou a ser proibido, pois oferece uma grande capacidade de provocar dependência e 
intolerância.Da mesma forma ocorreu com a heroína, cujos efeitos são mais prejudiciais do 
que terapêuticos.
Na toxicologia ambiental o objetivo não é proibir o uso de uma substância, mas sim defi-
nir o risco, ou seja, estudar as características de uma substância. A partir do entendimento 
do risco e do perigo de uma substância, que são conceitos distintos, gerenciar esse risco. A 
ideia principal é entender (que é chamado de definir o risco) e, a partir desse entendimento, 
fazer um bom gerenciamento do risco (gerenciamento dos resíduos tóxicos, monitoramento 
dos agentes tóxicos presentes no ambiente em estudo).
Distribuição
Dentro da toxicologia ambiental, é preciso separar o que é farmacologia do que é toxico-
logia. Na farmacologia, a distribuição será o deslocamento da droga desde o ponto de absor-
ção até o alvo de ação; pode ocorrer atravessando membranas ou por meio da circulação 
sistêmica. Esse deslocamento entre o ponto de absorção até o local de ação, na farmacolo-
gia, é chamado de distribuição.
A distribuição dentro da toxicologia ambiental é o ponto final onde a substância está pre-
sente, ou seja, é o local onde está disposta. Por exemplo, determinado agente tóxico pode 
ser distribuído no ar, na água ou no solo. A distribuição na toxicologia ambiental está relacio-
nada ao local final em que o agente tóxico está presente. Tem a ver com o controle ambien-
tal, em saber os limites desse agente para fazer um melhor gerenciamento, controle e moni-
toramento do ambiente. A distribuição está relacionada à disposição final (local) em que os 
agentes tóxicos são encontrados e não às questões bioquímicas, em relação à toxicocinética 
do agente, por exemplo. 
Bioacumulação
A bioacumulação é a capacidade de o agente tóxico se acumular. Ela depende do coefi-
ciente Kow (óleo em água). Esse coeficiente medirá a facilidade que uma substância tem de se 
solubilizar. Caso a substância possua um alto coeficiente óleo em água, terá uma caracterís-
tica hidrofóbica; caso tenha um baixo coeficiente óleo em água, terá característica hidrofílica.
20m
5 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
As membranas celulares são compostas, de forma majoritária, por uma bicamada lipídica 
e, tanto os microrganismos quanto os organismos pluricelulares, são compostos por muitas 
camadas de lipídios. Nos mamíferos, as células estão justapostas, formando a estrutura de 
um ser pluricelular. Para atravessar as barreiras de forma facilitada, é preciso ter uma alta 
capacidade de lipofilicidade. Essa é uma das variáveis que influenciam a capacidade de 
absorção dos medicamentos – se houver muita lipofilicidade, há grande capacidade de atra-
vessar membranas.
O coeficiente que abordamos divide (razão) a capacidade de solubilizar em óleo pela 
capacidade em água. Se há um alto coeficiente de partição óleo/água, então haverá facili-
dade para atravessar as barreiras lipofílicas. Por isso, a chance de se bioacumular é muito 
grande. Se porventura um agente tóxico estiver presente na água e outro organismo o con-
some, para esse agente sair de dentro do organismo e passar para outro, ele precisará atra-
vessar barreiras. Esse coeficiente de partição óleo em água ajuda a prever se aquele agente 
tóxico terá boa capacidade de bioacumulação ou não. A bioacumulação é, portanto, a capa-
cidade que o agente tóxico tem de se acumular dentro dos organismos vivos.
Existem duas formas de fazer essa bioacumulação: direta e indireta.
Exemplo de forma direta: a água deixa metais nas brânquias dos peixes à medida que 
eles nadam em um ambiente contaminado. O peixe não precisa se alimentar de outro ser 
vivo para adquirir o agente tóxico, o próprio ambiente e a estrutura física favorecem a aqui-
sição do agente – essa é a forma direta de bioacumulação. No caso dos seres humanos, os 
gases tóxicos seriam a forma direta de contaminação, pois seriam inalados no momento da 
respiração.
A forma indireta de bioacumulação ocorre por meio da alimentação. Se o peixe que 
citamos acima, o qual acumulou diretamente substâncias tóxicas em suas brânquias, servir 
de alimento para outro peixe maior, haverá uma bioacumulação indireta. E ainda, caso esse 
peixe maior se alimente de vários peixes menores infectados, haverá uma concentração 
maior de agente tóxico no peixe grande. 
Imagine a concentração de mercúrio em um lago, a concentração do soluto pelo solvente 
é ínfima. No entanto, a concentração do metal dentro do peixe pequeno em relação ao lago, 
é maior. Por isso, quando um peixe maior se alimenta de peixes menores contaminados, a 
concentração será somada dentro dele – essa é a bioacumulação indireta.
25m
6 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
ATENÇÃO
Em provas de concurso público, lembre-se de que a bioacumulação depende da capacida-
de do coeficiente de partição óleo em água. O examinador pode tentar confundir citando o 
nome de algum álcool, por exemplo o octanol, mas isso não vai importar. Qualquer álcool 
que for citado na definição, trata-se de um componente oleoso sobre um aquoso.
Se fosse um coeficiente de partição água em óleo, o raciocínio seria inverso. Se a concen-
tração for maior no óleo, significa que há uma maior capacidade de dissolver em solventes 
orgânicos ou lipofílicos e, consequentemente, acumular-se nos organismos vivos.
Biomagnificação
É o acúmulo de um xenobiótico ou derivados nos diferentes níveis tróficos, pela sua 
transferência ao longo da cadeia alimentar. A biomagnificação é quando a toxicidade chega 
ao ser humano nos diferentes níveis tróficos. Enquanto a bioacumulação é acumular a con-
centração de uma substância tóxica em algum ser, levando-se em consideração o coeficiente 
de partição. A biomagnificação é quando atinge o ser humano (homem se alimenta de peixes 
já infectados por outros elementos marinhos, por exemplo).
Biotransformação
É a capacidade do organismo vivo de metabolizar o agente tóxico. Trata-se da proprie-
dade que vários seres vivos possuem de metabolizar uma substância a fim de torná-la o mais 
solúvel em água possível para ser eliminada. O objetivo da biotransformação, especialmente 
nos agentes tóxicos, é a eliminação. Na farmacologia, a biotransformação tem dois objetivos: 
ativar a droga (profármaco, por exemplo) e torná-la o mais solúvel em água para ser elimi-
nada. Na toxicologia em geral, o objetivo é metabolizar, seja no fígado, seja no sangue, seja 
no rim, o agente tóxico para torná-lo solúvel em água para eliminação.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA - TOXICOLOGIA AMBIENTAL II
O tema toxicologia ambiental é recorrente em provas, especialmente de concursos para 
perito criminal, farmacêutico, e também provas de residência. Já estudamos sobre o que é 
toxicologia, alguns agentes tóxicos, bioacumulação, biomagnificação, bioacumulação direta 
e indireta, coeficiente de partição óleo em água e iniciamos sobre biotransformação.
O conceito aqui de biotransformação da farmacologia é muito parecido com o que estu-
damos aqui. O que muda são as enzimas envolvidas nesse processo. Vamos citar algumas, 
mas não todas, uma vez que é impossível por se tratar de diversosorganismos vivos. As 
enzimas estão envolvidas na biotransformação do agente tóxico em metabólico.
Biotransformação (enzimas de bactérias, algas, fungos, plantas, invertebrados, verte-
brados etc).
FASE I FASE II
Alcool desidrogenase
Aldeído desidrogenase
Citocromo P-450 mono-oxigenases
Flavina – mono-oxigenase
Monoamino-oxigenase
Xantina-oxidase
Esterases
Glutationa Transferase
Metiltransferase
Sulfotransferases
Tiol-transferases
UDP-Glicuroniltransferase
Acetiltransacetilase
Oxidação, redução, hidrólise Glicuronização
Da mesma forma que na farmacologia, a biotransformação é dividida em Fase I e Fase 
II, aqui também é.
Na farmacologia, a Fase II é composta por transferases cuja principal função é a de pegar 
um grupo maior e transferir para o agente tóxico. Por exemplo, a Metiltransferase tem a 
função de pegar um grupo metila e transferir para a estrutura química daquele agente tóxico. 
No caso da Sulfotransferases, a enzima tem a capacidade de pegar um grupo sulfatado e 
transferir para a estrutura química do agente tóxico. Na Fase II, as transferases são as enzi-
mas presentes na metabolização de agentes tóxicos.
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Na Fase I, as enzimas são muito parecidas com as do ser humano. Dentre essas, a 
Alcool desidrogenase e a Aldeído desidrogenase, que também são enzimas humanas pre-
sente na metabolização do álcool. Dentro de uma mesma espécie, há a possibilidade de se 
produzir enzimas diferentes. Por exemplo, os asiáticos possuem uma capacidade menor de 
Alcool desidrogenase e a Aldeído desidrogenase do que outros seres humanos. Isso significa 
que eles estão mais propensos a intoxicação por álcool, devido a pouca capacidade que eles 
têm de fazer o álcool ficar solúvel e ser eliminado na urina. 
As enzimas Citocromo P-450 mono-oxigenases, Flavina – mono-oxigenase, Monoamino-
-oxigenase e Xantina-oxidase atuam para promover a oxigenação.
De forma geral, as reações da Fase I são de oxidação, redução e hidrólise. Isso é muito 
parecido com a Farmacologia.
Há transferência de elétrons e as reações envolvem mais oxirredução, retiradas de hidro-
gênio (H), e elas exigem um pré-requisito: presença de oxigênio, de um NADH.
As reações da Fase II são mais complexas, pois demandam a ligação de um grupo maior 
no agente tóxico.
Para acontecer a reação de Fase II, é necessário que tenha acontecido a reação de fase 
I. Será necessário ter oxigenado ou reduzido o agente tóxico para conseguir ter uma situação 
química favorável para a ligação com a substância que está sendo transferida.
5m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Podemos observar na figura abaixo as consequências da exposição a poluentes:
Por exemplo: exposição a um metal, mercúrio, na água de um lago. É ingerido por um 
peixe. Vai sofrer absorção e acumulo no peixe. O alvo do mercúrio é o Sistema Nervoso Cen-
tral (SNC). 
A presença desse agente no alvo celular é igual a um medicamento.A interação é feita da 
mesma forma. O agente toxico se liga ao receptor endógeno e desencadeia uma resposta 
fisiológica. A diferença é que o efeito fisiológico é deletério quando se trata de toxicologia. O 
mercúrio vai provocar vários sintomas.
De acordo com a figura, há duas consequências desse agente tóxico: a primeira é a de 
provocar uma doença e a segunda é a de que o peixe consegue se adaptar, um processo 
patológico derivado do agente tóxico no alvo celular ou um processo adaptativo.
10m
4 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Porém, adaptar-se não exclui a possiblidade de doença. Portanto, o organismo pode se 
adaptar e mesmo assim passar por um processo patológico. Passando pelo processo pato-
lógico, pode haver um efeito sobre a produção e o crescimento. As consequências do que foi 
adaptado são transferidos para as próximas gerações.
Haverá efeito sobre a capacidade de reprodução, sobre o crescimento do ser vivo que foi 
alvo do agente tóxico. Se for doença, fica limitada ao organismo. Se for adaptação, passa de 
geração em geração.
Se for um processo patológico, pode haver danos a tecidos e órgãos, e podem afetar o 
sistema reprodutivo ou o de crescimento.
Pode haver também doenças, que também afetam o sistema reprodutivo e os processos 
de crescimento. A evolução da doença seria a morte do ser vivo exposto a poluente.
A outra consequência seriam os efeitos sobre a população, sobre a comunidade, sobre 
o ecossistema. Esses serão adaptados, modificados. Houve toda uma alteração do ecossis-
tema devido à atuação de um agente tóxico. 
Ecossistema: Conjunto dos relacionamentos que o organismo vivo e o ambiente mantêm 
entre si, em harmonia. A alteração de um elemento provoca a perda do equilíbrio.
Essa definição lembra o filme o Rei Leão. Qualquer ser, por menor que seja, tem influên-
cia no ecossistema. A ausência de uma espécie terá impacto em todas as demais.
E isso não acontece somente entre uma espécie e outra, mas sim entre elas e o meio 
onde elas vivem. Primeiramente, é preciso definir os riscos para somente depois gerenciar 
os riscos.
15m
5 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Toxicidade aguda (Rápidas exposições a concentrações ALTAS) e crônica (Longas expo-
sições a concentrações BAIXAS).
A toxicidade aguda é de efeito rápido, por exemplo, 24 horas. Cuidado com provas, que 
podem inverter! Exemplo de dois acidentes ambientais:
1950 - Resíduo de produção de PVC → Hg2+ em Minamata
1980 - Resíduo de mineração → Hg2+em Serra Pelada (PA)
Houve despejo de mercúrio em ambos acidentes. Consequências disso para toda a 
população:
Ação no SNC → Fraqueza muscular, dormência nos membros, incoordenação motora, 
deficiências visuais, perda da audição, dificuldade de fala, letargia.
No caso do acidente do Japão, foi tão grave, que a doença provocada pela intoxicação 
por mercúrio é chamada de Doença de Minamata.
Avaliação de Risco Ecotoxicológico
Objetivo: Fornecer dados científicos para avaliar os riscos de substâncias químicas ao 
meio ambiente e à dinâmica populacional para estabelecer limites seguros para exposição.
A ideia não é impedir as atividades (por exemplo, de mineração).
Há propostas de resolução - RDC que alteram o marco regulatório de agrotóxicos, com-
ponentes, afins e preservativos de madeira.
É importante saber a diferença entre perigo e risco:
Risco → Probabilidade de ocorrência de um dano, sob condições específicas de uso. É 
o famoso 1:1000.
Perigo → Potencial (ou capacidade) em causar um dano.
1) Avaliar Risco
2) Gerenciar Risco
Para fazer a avaliação de Risco Ecotoxicológico, o IBAMA exige:
• Características físico-químicas do poluente: saber se o poluente é um metal, se é um 
solvente, ou seja, aspecto, pH, forma, caráter básico ou ácido.
• Comportamento ambiental: como é a distribuição desses organismos no meio ambiente, 
se estão presentes na água, no solo, no ar, no ambiente laboral. 
20m
25m
6 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
O mercúrio, por exemplo, está distribuído na água, mas o comportamento ambiental é 
diferente da forma com que ele se relacionada com o meio. O mercúrio passa um ciclo que 
varia dependendo do estado de oxidação dele. Se ele é metálico, se está oxidado. E ele se 
relaciona com o meio na forma de ciclo que se autossustenta.
•Toxicidade em organismos modelos: aguda ou crônica
• Genotoxicidade: se o agente tóxico tem a capacidade de intoxicar material genético
• Carcinogenicidade: capacidade de produzir células cancerosas.
Os estudos avaliarão o risco ecotoxicológico para que os órgãos regulatórios (Anvisa) 
definam as quantidades que podem ser encontradas no ecossistema.
Mesocosmos: Sistemas controlados que simulam as condições do ambiente. Exemplo, 
no caso de bactérias, trata-se do meio de cultura.
Para que são feitos:
Para definir especialmente a CL50 e a CE50:
CL50 - Concentração mínima para causar morte em 50% da população estudada. 
Dose Letal.
CE50 - Concentração mínima para causar resposta em 50% da população estudada. 
Dose Eficaz.
Em ambientes aquáticos, crustáceos, algas e peixes.
Em solo, Bactérias, minhocas (lumbricus terrestris L.). 
No ar, plantas (composição do solo também influencia).30m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA – TOXICOLOGIA AMBIENTAL III
Vamos estudar nesta aula sobre os biomarcadores e quais são os mais importantes.
Biomarcador 
É uma molécula ou uma resposta biológica a um ou vários compostos químicos que 
fornecem dados sobre a exposição e, algumas vezes, sobre efeitos tóxicos em nível de 
organismo.
Obs.: � é um marcador biológico.
Por exemplo, ao se ingerir cocaína por meio de crack. Como se sabe pela análise toxico-
lógica de algum fluido biológico que a pessoa ingeriu essa substância dessa forma? É pos-
sível saber pela análise dos biomarcadores. São moléculas produzidas no organismo se e 
somente se a substancia for ingerida na forma de fumo. Se for inalada, não haverá reações 
químicas no organismo que não vão produzir os metabólicos. Ao fumar, haverá a retirada da 
molécula de água da cocaína. Gera-se anidro. Com a analise, pode-se concluir que a pessoa 
fez uso ou foi exposta a determinado agente tóxico.
O biomarcador pode ser de dois tipos: específico, ligado ao uso de determinada substân-
cia. No caso da cocaína, o marcador é a metilecgonina.
Se essa dosagem pudesse ser feita por vários agentes tóxicos, o marcador seria não 
específico. Demonstra que a pessoa foi exposta a um agente tóxico, mas não define qual, 
pois vários agentes tóxicos promovem a produção da substância. 
Observe os exemplos:
Específico: ALA-D (enzima ácido delta aminolevulínico desidratase) participa da forma-
ção do grupo Heme e é inibida exclusivamente por chumbo. O grupo Heme é um compo-
nente da hemoglobina, que fica dentro da hemácia. A hemácia tem a principal função de car-
rear oxigênio no nosso organismo.
5m
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
O chumbo inibe a ALA-D, não se produzindo, assim, o grupo Heme, formando hemá-
cias e hemoglobinas disfuncionais, ocasionando um tipo de anemia atrelada ao consumo 
do chumbo. Aumenta-se a presença do substrato no sangue do indivíduo, o que constitui o 
biomarcador.
Não Específico: indução de mono-oxidases se dá por VÁRIOS poluentes. Não há uma 
definição do agente tóxico nesse caso. 
Os biomarcadores acima na primeira coluna são para os organismos determinados na 
segunda coluna na presença dos poluentes listados na terceira coluna.
Obs.: � vale lembrar que a resposta fisiológica é diferente de biomarcador. Não necessaria-
mente os biomarcadores se traduzem em algum sintoma ou resposta clínica.
Os biomarcadores são utilizados em biomonitoramento para avaliação de danos ecológi-
cos sofridos por ambientes poluídos.
10m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Ao longo do tempo, depois de um acidente ou desastre, os biomarcadores ajudam no 
processo de avaliação e restauração ambiental, bem como para tentar prevenir. 
Obs.: � para as provas de perito, é preciso saber bem os biomarcadores. É aconselhável 
montar uma tabela com o agente tóxico, o mecanismo, algum comentário e o bio-
marcador.
Quando há no edital toxicologia analítica, haverá também química analítica. Será neces-
sário ter um método analítico que tenha sensibilidade muito grande, com grande capacidade 
de captar concentrações ínfimas de substância em um meio, ppm, partes por milhão.
Para reforçar: os biomarcadores podem ser específicos ou não específicos. No caso dos 
não específicos, não é possível saber ao certo qual o agente tóxico. Só é possível saber que 
o ser vivo está intoxicado.
É preciso avaliar o risco, diferenciar de perigo. Risco é a probabilidade de o agente tóxico 
provocar um problema e perigo é o potencial dele causar um dano ao organismo exposto a ele.
Primeiramente é necessário avaliar o risco e depois gerenciá-los. Uma forma é bem 
gerenciar os resíduos tóxicos.
Veja como a ABNT classifica os resíduos:
Quando inerte, os resíduos não apresentam nenhum tipo de interação com organis-
mos vivos. 
Não inertes é quando há algum tipo de interação.
15m
20m
4 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental III
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Entre os perigosos, há os tóxicos.
Para ser considerado perigoso, o resíduo é classificado de acordo com algumas caracte-
rísticas: inflamabilidade, corrosividade, reatividade (capacidade de alterar material genético), 
toxicidade, patogenicidade (capacidade de provocar doença).
Compostos de interesse (presentes no solo e águas subterrâneas) para o gerenciamento: 
inseticidas organoclorados, bifenilas policloradas (PCB), Hidrocarbonetos policíclicos aromá-
ticos (PAH), metais pesados.
Vamos entender agora quais são os grupos específicos de agentes tóxicos, a distribuição 
dos agentes tóxicos no ambiente, toxicocinética, toxicodinâmica, métodos utilizados para 
detectar os agentes tóxicos no organismo vivo.
Dentro da toxicologia ambiental, o foco será:
• Ar: gases (monóxido de carbono, dióxido de carbono, SO2) – na presença de umidade, 
forma ácidos com capacidade corrosiva. 
• Até dentro do trato respiratório podem provocar irritação dos tecidos.
• Radioativos.
• Domissanitários e Plantas ornamentais: ambiente doméstico. Detergentes, 
desinfetantes.
• Água: mercúrio.
• Solo: agrotóxicos.
• Animais Peçonhentos: escorpiões e serpentes.
Vamos nos preocupar com a distribuição, toxicocinética (qual o mecanismo de ação do 
agente tóxico, quais os efeitos provocados por ele e quais os mecanismos de reversão), toxi-
codinâmica, métodos usados para detecção (toxicologia experimental). 
25m
30m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA AMBIENTAL IV
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS TÓXICOS
O PULO DO GATOOs editais da área da farmácia costumam ser bastante heterogêneos, por isso antes de 
inicializar a realização de provas é importante escolher qual é a área em que o candidato 
pretende se especializar a fim de garantir uma aprovação mais rápida. Tratando-se especi-
ficamente de concursos públicos, é fundamental decidir entre farmácia hospitalar, farmácia 
bioquímica, fiscalização sanitária ou perícia criminal, sendo estas as quatro grandes áreas 
específicas da farmácia nesse âmbito. Contudo, vale destacar que existem outras espécies 
de cargos em relação aos quais os profissionais da farmácia podem competir, como aque-
les que são abertos a qualquer campo de nível superior.
Obs.: é importante ressaltar que alguns temas são cobrados apenas em relação à farmá-
cia bioquímica, como sorologia, análise biomolecular e interpretação clínica de hemato-
logia, microbiologia e bioquímica clínica, por exemplo; já farmacologia, farmacotécnica, 
toxicologia e legislação são temas comuns às quatro subáreas da farmácia supracitadas.
RELEMBRANDO
Nos blocos anteriores, foram apresentados os fundamentos da toxicologia, a sua classifi-
cação e suas distinções e similaridades em relação à farmacologia, matéria-prima para a 
elaboração de questões por parte das bancas. Além disso, foi apresentada a divisão didá-
tica da toxicologia em várias áreas a depender do agente tóxico e/ou do objetivo de estudo 
desses agentes tóxicos, tais como:
• Toxicologia ambiental: se ocupa de estudar os agentes tóxicos que são resultado de 
uma ação, normalmente humana, sobre o meio ambiente em geral;
• Toxicologia de medicamentos: se ocupa do estudo dos agentes tóxicos relativos aos 
medicamentos que são utilizados em contexto errado, abarcando, por exemplos, as situa-
ções de sobredose ou ingestão por acidente, responsáveis por provocar intoxicação aguda; 
5m
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
• Toxicologia social: envolves o estudo dos agentes tóxicos que têm impacto na socieda-
de, como o consumo de álcool e de drogas ilícitas, substâncias que, em razão da grande 
capacidade que têm de acarretar dependência e tolerância nos usuários, despertam efei-
tos fisiológicos que acabam impactando não apenas no indivíduo, mas na sociedade como 
um todo; e
• Toxicologia ocupacional: se ocupa do estudo dos agentes tóxicos presentes nos am-
bientes laborais, geralmente relacionados a substâncias presentes em minérios, reagentes 
presentes em laboratórios, gases presentes em laboratórios e indústrias etc.
Neste bloco, o objetivo é dar sequência à toxicologia ambiental e versar sobre os agentes 
presentes no solo, na água, no ar e no ambiente doméstico que podem causar acidentes 
e/ou provocar intoxicações.
ATENÇÃO
É fundamental diferenciar a matéria relativa à toxicologia cobrada em provas de residência 
da toxicologia cobrada em provas de concursos: na primeira situação, o foco se dirige à 
pra toxicologia clínica, mas o ideal é que nada seja excluído do estudo do candidato, pois 
a prova de residência costuma cobrar o conhecimento sobre tudo aquilo que foi trabalha-
do ao longo da graduação. Basicamente, ao realizar a prova de residência o candidato 
deve saber se o hospital em questão realiza ensaios clínicos, pois este normalmente é um 
indicador de que o tema da toxicologia será cobrado com maior profundidade, dado que 
a toxicologia aguda e a toxicologia crônica fazem parte de algumas etapas dos ensaios 
clínicos. Já em relação aos concursos públicos voltados para a área de perícia criminal, o 
carro do edital para farmacêutica é a toxicologia voltas às suas esferas clínica, analítica e 
experimental.
A toxicologia ambiental envolve o monitoramento do meio ambiente, realizado por meio 
do uso de bioindicadores que, basicamente, consistem em dados levantados em relação 
à toxicologia que servem para que as autoridades sanitárias definam a forma de uso dos 
agentes em análise, apontando, assim, a sua necessidade de eliminação ou redução a partir 
da definição de um tempo adequado para exposição e da realização de monitoramentos e 
acompanhamentos dos bioindicadores apresentados. 
10m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Sabe-se, por exemplo, que o monóxido de carbono é um gás, fruto da combustão de 
determinados combustíveis, que está presente no ar. Imagine se as agências reguladoras 
determinassem que a partir de agora é proibido utilizar gasolina, porque a queima desse 
combustível provoca a liberação do monóxido de carbono, responsável por carboxihemo-
globina, o que acarreta com que não seja possível que a hemoglobina faça adequadamente 
o transporte de oxigênio para os tecidos, gerando sofrimento tecidual ou até mesmo morte. 
Isso seria desnecessário, pois o nível de exposição ao qual a população é submetida é 
controlado por meio de protocolos/monitoramentos ambientais realizados por cada Estado 
a partir da coleta de amostras de sangue de algumas pessoas para a realização de estu-
dos acerca do nível de carboxihemoglobina, que já é produzida naturalmente no organismo 
humano, derivando de uma metabolização da própria hemoglobina. Nesse sentido, percebe-
-se que eliminar o monóxido de carbono não faria com que houvesse 0% de carboxihemo-
globina no corpo humano, mas que essa porcentagem vai aumentando à medida em que as 
pessoas vão sendo expostas a esse gás, aspecto que funciona como um norteador para o 
seu nível de emissão.
Obs.: em cidades que possuem um grande fluxo de veículos, quando o nível de carbo-
xihemoglobina está muito elevado são efetuadas, por exemplo, intervenções nos 
setores de saúde a fim de conscientizar as pessoas em relação ao uso exagerado 
de veículos. Nota-se, portanto, que o monitoramento ambiental por meio do uso de 
bioindicadores norteia decisões, diretrizes e intervenções relacionadas a políticas 
públicas a serem aplicadas a uma determinada população, não sendo preciso, ne-
cessariamente, haver a proibição do uso do agente tóxico em questão. Entretanto, 
em alguns casos o agente tóxico precisa ser eliminado por ser altamente carcinogê-
nico, teratogênico ou mutagênico, de forma que será emitida alguma norma ou RDC 
a ser incluída na portaria 344 proibindo o seu uso e comercialização em território 
nacional. 
É importante apontar que alguns agentes tóxicos são quase que obrigatoriamente pro-
duzidos, pois são resultado de trabalhos humanos, isto é, de ações antropológicas. Para 
gerar energia, por exemplo, são utilizados e produzidos alguns desses agentes; o mesmo 
ocorre em relação ao processo industrial em geral, em que há a liberação de fumaças que 
contém materiais particulados que também são agentes tóxicos. Os lixos municipais e urba-
15m
4 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
nos, mesmo que levados a locais adequados para o depósito de resíduos, também não têm 
como fugir dessa realidade, uma vez que receberão água da chuva, o que ocasionará perco-
lação nesse lixo, ou seja, a água passará pelo resíduo e atingirá locais que por vezes podem 
não ser alcançáveis, atingindo águas subterrâneas, por exemplo.
É fundamental destacar que, de acordo com a ABNT, os resíduos tóxicos são divididos 
em perigosos e não perigosos, dentro destes últimos tem-se aqueles que são inertes, ou seja, 
que apresentam iteração nenhuma, e os que não são inertes, isto é, aqueles que apresenta-
rão alguma reação que pode ter impacto em outra cadeia de acontecimentos. Nesse sentido, 
ao tratar sobre gerenciamento de resíduos tóxicos é imprescindível elencar quatro agentes 
tóxicos que são bastante importantes de acordo com suas ações antropológicas, a saber:
• InseticidasOrganoclorados;
• Bifenilas Policloradas (PCB);
• Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (PAH); e
• Metais Pesados.
Inseticidas Organoclorados
Os inseticidas organoclorados, que têm alta toxicidade para os insetos, são assim deno-
minados em razão de possuírem cloro em sua estrutura química, enquanto os inseticidas 
organofosforados e carbamatos, que também fazem parte das principais espécies de inse-
ticidas existentes, apresentam característica distintas. Entretanto, o que é necessário saber 
sobre os inseticidas em geral é:
• Qual é o seu mecanismo de ação: é importante ter conhecimento sobre o que os 
organoclorados ocasionam nos insetos para matá-los, pois o mesmo princípio utili-
zado em relação aos mesmos é empregado no ser humano em casos, por exemplo, 
de ingestão acidental ou criminosa; 
Obs.: em geral, os inseticidas atuam a nível de inibição de enzimas, o que degrada alguns 
neurotransmissores, ocasionando um aumento exagerado destes. Nesse sentido, 
pode haver um aumento exagerado da ação da ação da acetilcolina nos receptores 
muscarínicos e nicotínicos, o que produz convulsões, tremores, cólicas e outras es-
pécies de efeitos.
20m
5 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
• Quais são seus efeitos clínicos; e
• Qual é a sua fonte.
Dando ênfase aos inseticidas organoclorados, deve-se considerar, primordialmente, duas 
características que estes possuem:
• Bioacumulação (Lagos → Peixe): a bioacumulação diz respeito à concentração de 
uma substância aumentada com a ingestão do agente ou com a sua passagem direta. 
Como exemplo é possível citar a concentração de um determinado inseticida orga-
noclorado nos lagos: a mera passagem da água pelas brânquias dos peixes é capaz 
de aumentar a concentração em milhares de vezes desse agente tóxico no corpo 
do animal.
• Biomagnificação (Peixe → Peixe → Ser humano): quando um Peixe A se alimenta 
de um Peixe B, a concentração do agente tóxico presente no Peixe A será acumu-
lada dentro do Peixe B. Em um nível trófico, quando o ser humano se alimentar desse 
peixe, a bioacumulação que foi efetuada do lago para o peixe será transportada para 
o indivíduo, havendo a ocorrência do processo é chamado biomagnificação.
Em síntese, considerando o exemplo apresentado, a bioacumulação diz respeito ao 
aumento de concentração do agente tóxico pela passagem direta da água dentro do peixe, 
enquanto a biomagnificação se refere ao aumento de concentração que ocorre quando há a 
mudança de nível trófico.
É importante apontar que existem alguns agentes tóxicos que simplesmente não sofrem 
bioacumulação devido às suas características, como o fato de ser hidrofílico, isto é, de ser 
muito solúvel em água, por exemplo, o que faz com que não apresente lipofilicidade alguma, 
quando é necessário que este aspecto esteja presente em um nível mínimo para atravessar 
membranas biológicas, capacitando a biomagnificação.
6 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental IV
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Obs.: os inseticidas organoclorados têm capacidade de biomagnificação porque apresen-
tam lipofilicidade, ou seja, eles não ficam solúveis na água do lago, preferindo buscar 
tecidos adiposos ou a dupla camada lipídica presente nas membranas celulares para 
se dissolver, de modo que a tendência é que essas substâncias sejam absolvidas 
pelos peixes. Vale frisar, ainda, que esse tipo de agente pode ser espalhado pelo ar, 
ultrapassando fronteiras internacionais, ou seja, eles podem, inclusive, atravessar 
oceanos, o que aponta a necessidade de que tais resíduos sejam tratados/monitora-
dos.
É em razão da facilidade com que os inseticidas organoclorados podem se espalhar e 
bioacumular ao longo da cadeira alimentar que a tendência atual é utilizar inseticidas organo-
fosforados e carbamatos, pois estes possuem menor capacidade de bioacumulação e menor 
persistência a formas de tratamento. Entretanto, as duas espécies de inseticidas citadas 
apresentam uma toxicidade maior, na forma aguda, para humanos e mamíferos.
25m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental V
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA AMBIENTAL V
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS TÓXICOS (CONT.)
Bifenilas Policloradas (PCB)
As bifenilas policloradas, como pode ser inferido pela nomenclatura, correspondem à 
junção de duas fenilas em que as quatro ligações do anel compostas por hidrogênio são 
substituídas por cloro. Assim como os demais agentes anteriormente apresentados, as 
bifenilas policloradas também são agentes tóxicos presentes no meio ambiente, resultando 
da ação de alguns isolantes térmicos e também de alguns fluídos refrigerantes que estão 
presentes em aparatos/sistemas de condensação.
Obs.: Vale lembrar que a condensação é a passagem de uma substância do vapor para o 
líquido, processo que necessita de refrigeração, isto é, de uma queda de temperatura. 
A fim de facilitar o entendimento quanto a esse aspecto basta recordar as fases da 
água: primeiramente tem-se a água sólida, em forma de gelo, em uma temperatura 
de zero graus, perante o aumento da temperatura a água passa para o estado líquido 
e, com uma elevação ainda maior da temperatura, passa a ser vapor. Considerando 
essa curva de transformação, a condensação corresponde à volta da água do estado 
de vapor para o estado líquido, fenômeno que ocorre por meio da diminuição da 
temperatura.
Na prática, as bifenilas estão presentes em líquidos refrigerantes e isolantes térmicos 
que provocam a refrigeração responsável por diminuir a temperatura do aparato que vai 
provocar a condensação. Em outras palavras, havendo uma substância em forma de vapor 
que necessita ser condensada, uma das formas que podem ser utilizadas para realizar 
essa transformação é colocar um líquido refrigerante para circular em determinado local, de 
modo que quando o gás chegar àquele ambiente refrigerado, em que há a presença de uma 
temperatura mais baixa, ele virará líquido novamente.
Apesar de as bifenilas policloradas terem alta toxicidades e capacidade bioacumulação 
e biomagnificação, esse tipo de agente continua a ser bastante utilizado em processos 
industriais em geral devido ao fato de, para além de terem capacidade refrigerante, serem 
5m
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental V
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
líquidas, quimicamente inertes, difíceis de queimar, apresentarem baixa pressão de vapor, 
baixo custo de produção, e serem extremamente resistentes à decomposição por agentes 
químicos e biológicos.
Obs.: O fato de as bifenilas policloradas serem quimicamente inertes é muito interessante. 
Considere a realização de um procedimento em um laboratório químico para efetuar 
a separação de uma mistura de líquidos: normalmente, a água fria é o recuso utilizado 
para refrigerar o condensador na vidraria de um laboratório, pois esta não irá interferir 
quimicamente com a substância que tá sendo separada. As bifenilas possuem essa 
mesma característica, ou seja, podem ser misturadas com outras substâncias sem 
acarretar que estas perdam suas características físico-químicas, o que faz com que 
esse agente seja considerado um líquido refrigerante/isolante térmicocoringa para 
qualquer tipo de indústria.
Vale apontar, por fim, que o aquecimento das bifenilas policloradas produz benzofurano, 
conforme ilustrado abaixo: 
Considerando que as bifenilas policloradas têm capacidade de bioacumulação e 
biomagnificação e que sua produção pode se dar de modo não intencional por meio de 
processos envolvendo matéria orgânica, processos industriais, queima de resíduos perigosos 
e crematórios, por exemplo, foram definidas algumas medidas internacionais para eliminar 
sua produção, uso e comércio.
Obs.: Tudo que tem carbono, hidrogênio e cloro pode virar bifenila de forma não intencional.
10m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental V
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (PAH)]
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são substâncias orgânicas compostas de 
hidrogênio e carbono, de cadeia fechada, com vários ciclos, havendo alternância das duplas 
ligações, o que é chamado de fenômeno de ressonância. Vejamos as seguintes estruturas: 
Perceba que os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos têm estruturas parecidas, mas 
há detalhe que pode ser cobrado em provas: quando um hidrocarboneto policíclico aromático 
é composto por até quatro ciclos, esses agentes tóxicos têm a capacidade de permanecer no 
ar por longos períodos, pois têm alta pressão de vapor. No entanto, quando há a existência 
de um ciclo a mais, isto é, quanto têm a partir de cinco ciclos, apresentam uma estrutura 
com baixa pressão de vapor, o que muda o cenário, fazendo com que se depositem na 
fuligem e cinzas. Vê-se, desse modo, que a pressão de vapor dos hidrocarbonetos interfere 
diretamente na distribuição desses agentes tóxicos no meio ambiente.
ATENÇÃO
É importante lembrar que, conforme as definições de toxicologia, a distribuição desta 
é distinta da farmacologia. Basicamente, a distribuição da farmacologia corresponde 
unicamente à distribuição de um medicamento ao longo do corpo, ou seja, ao deslocamento 
do medicamento do ponto de administração até o local de ação, tendo-se como aspecto 
mais impactante na distribuição de fármacos a concentração de albumina e a alta 
capacidade ou a baixa de ligação a proteínas plasmáticas: quando o medicamento quando 
está ligado à albumina ou a outras proteínas plasmáticas ele não consegue atravessar a 
barreira, ficando na forma inativa, por outro lado, quandoo medicamento não está ligado à 
proteína plasmática, ele fica em sua forma ativa, estando livre para atravessar a barreira e 
alcançar o local de ação. Nesse sentido, a distribuição de medicamentos na farmacologia 
estará associada à essa capacidade de a ligação interferir na administração de outro 
15m
4 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental V
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
medicamento, podendo ocorrer, por exemplo, de que o medicamento A “sequestre” todas 
as albuminas, não deixando nenhum para o medicamento B, que está sendo administrado 
ao mesmo tempo, o que vai faz com que esse medicamento tenha um tempo de ação muito 
maior. Já a distribuição dentro da toxicologia diz respeito à disposição dos agentes tóxicos 
em um determinado ambiente ou local.
Por fim, vale apontar que os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são resultado de 
uma combustão incompleta, especialmente da queima do carvão e madeira, ou seja, todo 
processo que exige a queima de carvão ou madeira pode produzir hidrocarbonetos policíclicos 
aromáticos, agentes tóxicos que têm grande capacidade carcinogênica.
Metais Pesados
Normalmente, os metais pesados normalmente são encontrados em sua forma catiônica, 
ou seja, estão carregados positivamente, aspecto que dá gravidade à intoxicação, pois o 
fundamento bioquímico da intoxicação por metais pesados é, basicamente, essa característica 
positiva deles, que faz com que tenham uma grande capacidade com enzimas. 
Ao tratar especificamente sobre os seres humanos, pode-se imaginar, por exemplo uma 
substância que se liga a uma enzima, sendo, normalmente, esta ligação bastante estável, 
inibindo a mesma. Consideremos o chumbo, que se liga à enzima ALA-D, presente na reação 
de produção do Grupo M da hemoglobina: entrando em contato com o metal que se liga a 
uma enzima e que a inibe, haverá uma interrupção da produção do Grupo M de hemoglobina, 
dando origem à produção de hemoglobina mal feita, isto é, com algum erro ou anomalia, ou 
à total falta de produção, o que acarretará como efeito clínico uma anemia severa.
Em suma, o fundamento bioquímico da intoxicação por metais é justamente a característica 
positiva destes, o que faz com que tenham uma afinidade com o sulfato ou enxofre negativo 
presente na estrutura das várias enzimas do metabolismo do ser vivo. Nesse sentido, 
imobilizar, inativar ou inibir uma enzima tem impacto em todo o metabolismo dos seres 
vivos em geral.
ATENÇÃO
Lembre-se: o fundamento bioquímico da intoxicação por metais está atrelado à característica 
do metal de se apresentar na forma de cátion, o que facilita a sua ligação aos grupos 
sulfatados que estão presentes em enzimas (cátion → SH (enzimas), de modo que a 
resposta será uma inibição enzimática.
20m
5 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia Ambiental V
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Vale destacar que os metais são micropoluentes presentes no chorume, correspondente 
ao “caldo” que sai do lixo que é alvo da chuva, composto por ácidos orgânicos voláteis, ácidos 
graxos, bactérias, metais pesados, sais de íons inorgânicos e outros poluentes em geral. 
Justamente por estarem presentes no chorume, o controle desses resíduos é imperativo para 
evitar a contaminação de águas subterrâneas e superficiais, pois o fato de alguns metais 
terem ciclos que dependem da água da chuva e poderem sofrer bioconcentração, faz com 
que possam passar para as plantas ou peixes, por exemplo, chegando até o ser humano. 
Apesar de ser algo necessário, o controle desses tipos de resíduos é bastante complicado, 
pois as concentrações de metais normalmente são parte por milhão, o que torna necessário 
o uso de equipamentos de absorção atômica, uma tecnologia cara e que não está presente 
em grande escala no Brasil. Contudo, existem algumas alternativas para tentar controlar os 
metais pesados, tais como:
• Aterros: o objetivo dos aterros é provocar a decomposição anaeróbia do material, 
tendo-se como resultados, por exemplo, a produção de ÉSTER (odor adocicado 
característico de regiões próximas a aterros sanitários), CO e METANO (queimado 
para evitar efeito estufa, sendo o calor é usado para gerar energia).
Obs.: A decomposição corresponde à ação de tornar toda matéria orgânica em carbono, 
hidrogênio e nitrogênio. Basicamente, a decomposição anaeróbia consiste em fazer 
o mesmo, mas na ausência de oxigênio.
• Incineração: a incineração tem como objetivo e principal vantagem a redução 
do volume dos resíduos. É importante ressaltar, contudo, que esse método requer 
tratamento posterior das cinzas, podendo ser realizada também a reciclagem ou a 
compostagem.
25m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA - TOXICOLOGIA AMBIENTAL VI
 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS TÓXICOSMetais Pesados
Bioquímica da toxicidade: Cátions → -SH (enzimas).
O metal pesado pode estar presente no ar, na água e em qualquer lugar, logo, é de difí-
cil controle.
O problema é que esses metais pesados possuem uma grande capacidade de influenciar 
no metabolismo humano e, por isso, seu controle deve ser prioritário.
As principais formas de controle de metais pesados envolvem os processos de:
• Aterro;
• Incineração;
• Remediação; e
• Biorremediação.
Nesse sentido:
• (Aterros) Decomposição anaeróbia → ÉSTER, CO2, METANO (queima para evitar 
efeito estufa, sendo que o calor é usado para gerar energia);
• Incineração → Redução do volume dos resíduos, requer tratamento posterior (cinzas), 
reciclagem, compostagem;
• Remediação → Retenção (argila e muros) e imobilização (cimento e vitrificação); 
mobilização (lavagem e extração de vapores, ex.: gasolina) e destruição. A remedia-
ção é uma forma de limitar a propagação desses resíduos; 
• Biorremediação → Degradação biológica natural dos contaminantes ambientais. 
Nesse sentido, são utilizas bactérias para destruir ou decompor algum resíduo.
A tabela a seguir traz alguns exemplos de organismos que são utilizados no processo de 
biorremediação de alguns contaminantes:
5m
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
TOXICOLOGIA AMBIENTAL – POLUENTES DO AR
SO2
Mecanismo de intoxicação: GÁS incolor ou amarelo com odor de enxofre → Forma 
H2SO4 com umidade. 
Ao ser inalado, esse gás se encontra com o muco. Na presença de água, o dióxido de 
enxofre reage produzindo o ácido sulfúrico, que é altamente irritante. Além disso, o ácido sul-
fúrico, quando adentra nas vias respiratórias, provoca um processo inflamatório, com hemor-
ragias e possibilidade de necrose de porções do aparelho respiratório.
Efeito: Altamente Irritante, hemorragia, necrose.
Fonte: fundições, usinas, automóveis, erupções vulcânicas, decomposição de plantas.
Obs.: atualmente, a Vigilância Sanitária e os estudos de toxicologia fazem um alerta acerca 
do uso do narguilé, que é muito comum entre os jovens. Como não é possível ter 
certeza da composição da fumaça produzida pelo dispositivo, presume-se que há 
muitos metais pesados e gases tóxicos presentes nela e, por isso, ela é capaz de 
provocar certa perturbação e euforia em que faz o uso. 
10m
15m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
MP (Material particulado)
Se subdividem em:
• MP10 (partículas inaláveis);
• MP2,5 (Partículas finas).
O material particulado é qualquer partícula dispersa que possui um diâmetro maior que 
10 micrômetros.
Dentro da toxicologia ambiental, dois pontos são de grande importância:
• A composição do material; e
• O tamanho do diâmetro das partículas.
Tomando como exemplo os incêndios ambientais, é comum que muitas vítimas morram 
de asfixia por ter inalado uma grande quantidade de partículas e não por conta do calor em si.
Mecanismo de intoxicação: Não totalmente elucidado, depende de características 
físico-químicas dos componentes particulados.
Efeito: Bronquite, asma, problemas respiratórios. As maiores que 10um são retidas pelo 
nariz, as menores alcançam diferentes profundidades do trato respiratório (podem chegar 
aos alvéolos e provocar asfixia). 
Observações: Podem viajar milhares de Km pelo ar. Fontes: emissões industriais, aeros-
sóis marinhos, poeira do solo, construção, demolição, veículos, combustão, cinzas vulcâni-
cas. Poeira (sólido), fumos (sólido de combustão), fumaça (resulta de combustão de maté-
ria orgânica), névoa (líquida) neblina (líquida obtida por condensação de vapor).
CO (monóxido de carbono)
Se inalado, se liga à hemoglobina (Hb) e produz a carboxihemoglobina (COHb), que não 
transporta oxigênio para os tecidos.
Mecanismo de intoxicação: GÁS Inodoro, incolor → Forma carboxihemoglobina.
20m
4 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Efeito: Asfixia (nível de COHb é indicador biológico da poluição, por exemplo, por conta 
da fumaça emitida pelos carros).
Fonte: veículos, sistema de aquecimento, usinas, churrasqueiras, vulcão, descarga elé-
trica de tempestade etc.
NO2 (dióxido de nitrogênio)
Mecanismo de intoxicação: Gás marrom avermelhado com forte odor → forma ácido 
nítrico, O3 e nitratos a partir da água presente nas vias respiratórias.
Efeito: Irritação das vias aéreas. 
Fonte: combustão (veículos, processos industriais, usinas), naurais (bactérias)
O3 (ozônio)
Mecanismo de intoxicação: GÁS incolor e inodoro → lipossolúvel, atinge facilmente 
os alvéolos.
Efeito: Altamente oxidante e citotóxico (perda da função pulmonar).
Fonte: purificadores de ar e fotocopiadoras, atmosfera. É inibidor da fotossíntese (danos 
à agricultura).
Pb (chumbo)
Mecanismo de intoxicação: Presente em materiais particulados. 
Efeitos: Alterações hematológicas, endócrinas e toxicidade ao sistema nervoso central.
Fonte na atmosfera: vulcões, queima de lixo doméstico, indústrias, usinas etc.
25m
30m
5 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VI
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Resumo:
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
1 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VII
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TOXICOLOGIA – TOXICOLOGIA AMBIENTAL VII
RADIOATIVOS
Radiação Ionizante → deve possuir energia suficiente para ionizar os átomos ou molé-
culas de um meio.
As reações que ocorrem em uma molécula são feitas para estabilizá-la e deixá-la na 
forma menos ativa possível. No organismo humano, o excesso de atividade em determina-
das moléculas pode produzir efeitos metabólicos não esperados. Um exemplo são as células 
que sofreram mutação e que, por isso, podem produzir proteínas de uma forma diferente 
da esperada.
A radiação ionizante tem um nível de energia que estabiliza as moléculas ou átomos, isso 
de forma a alterar quimicamente essas moléculas de modo a torná-las um íon.
Quando a substância passa a ser um íon, um cátion ou um ânion, a sua capacidade de 
reação se torna maior e, portanto, reagirá de uma maneira mais fácil com qualquer coisa. A 
presença de carga nessa molécula fará com que ela se ligue a outra coisa com a qual talvez 
não se ligaria em seu estado normal.
No caso do ser humano, isso é muito importante, pois, uma vez que uma pessoa é sub-
metida a uma radiação que alcança as suas moléculas a nível de material genérico (DNA), 
isso pode produzir células mutantes, tais como células cancerosas.
Em muitos casos, quando a radiação já alcançou o material genético, dificilmente será 
possível controlar o impacto da contaminação. 
TIPOS DE EMISSÃO Nível
Radiação Ionizante – Partícula alfa Pouco penetrante.
Radiação Ionizante – Partícula Beta Originada no núcleo do elemento radioativo, poder de penetração maior que alfa.
Radiação Ionizante – Gama Maior poder penetrante. Pode atravessar chumbo.
Radiações Naturais Raios cósmicos, radiação terrestre, radiação interna.
Existem formas de controlar essa radiação ionizante por meio da dose de radiação emi-
tida edo grau de lesão que esse tipo de radiação pode alcançar.
5m
2 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VII
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Assim, a mesma dose de uma mesma radiação pode provocar diferentes lesões em teci-
dos diferentes.
TOXICOLOGIA AMBIENTAL – DOMISSANITÁRIOS E PLANTAS ORNAMENTAIS
Detergentes: efeitos TGI leves. A ação emética reduz a absorção. 
Desinfetantes (cloro, amônia, pinho, fenóis):
• Se cloro: dor, confusão mental, delírio, hipotensão, choque;
• Se amônia: queimaduras intensas, convulsões;
• Se pinho: irritação ocular, excitação;
• Se fenóis: corrosão;
• Se formaldeído: cefaleia, insuficiência renal, manifestações cutâneas e coma.
Ácidos e álcalis (agentes de limpeza):
• Ácido: necrose, espasmo na glote, dor na boca, efeitos sistêmicos;
• Álcali: necrose, saponificação de lipídeos, dores.
Inseticidas domésticos:
• Piretróides: antagonista GABA (aumenta o tempo de abertura dos canais de Na) → 
hiperexcitabilidade, tontura, cefaleia e paresias; 
• Organofosforados: agentes colinérgicos indiretos. Inibem a colinesterase (irrever-
sível), impedindo a degradação da acetilcolina, provocando síndrome muscarínica, 
síndrome nicotínica e síndrome no sistema nervoso central. Antídoto: atropina e 
pralidoxima.
• Carbamatos: inibidores da colinesterase (reversível). Antídoto: atropina.
Raticidas domésticos:
Inorgânicos (fulminantes) e orgânicos (anticoagulantes).
Plantas – Aráceas:
Ex.: comigo-ninguém-pode, tinhorão, banana-de-macaco, guaimbé. Ação irritante (oxa-
lato de cálcio, ácido oxálico, saponinas indutoras de histamina).
10m
15m
3 www.grancursosonline.com.br
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br
Toxicologia – Toxicologia Ambiental VII
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Plantas – produtoras de gastroenterites:
Ex.: alamanda, santa-maria, açucena, mamona. Provocam distúrbios eletrolíticos graves 
pela alteração do TGI. 
Plantas – efeito sistêmicos:
Ex.: vegetais beladonados, cardioativos, cianogênicos, alcalóides, provocadores de 
lesões cutâneas.
20m
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Pollyana Lyra. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

Continue navegando