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TOXICOLOGIA sinara.matos.m@gmail.com @sinnaramatos VETERINÁRIA EBOOK MARIA SINARA MATOS Acadêmica de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Cariri (UFCA); Fundadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres da mesma universidade GEAS/UFCA. Voluntária de Iniciação Científica do Laboratório de Biologia e Ecologia de Animais Silvestres (LABEAS) pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Bolsista do Laboratório de Farmacologia e Produtos Naturais da UFCA; Discente Titular do Conselho estudantil do Centro de Ciências Agrárias e da Biodiversidade (CCAB). Possuiu e possui linhas de pesquisa relacionadas a Animais Silvestres e Farmacologia e é apaixonada pela área de cirurgia. CURRICULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/3498800603708448 SUMÁRIOSUMÁRIO INTRODUÇÃO A TOXICOLOGIA______________________________________ 01 Pág TOXICOCINÉTICA _____________________________________________________ 05 Pág TOXICODINÂMICA ____________________________________________________ 07 Pág INTOXICAÇÃO ALIMENTAR __________________________________________ 10 Pág MEDIDAS GERAIS NAS INTOXICAÇÕES _____________________________ 14 Pág ANIMAIS PEÇONHENTOS_____________________________________________ 18 Pág PLANTAS TÓXICAS ____________________________________________________ 22 Pág INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA ___________________________________ 26 Pág RODENTICIDA _________________________________________________________ 29 Pág DOMISSANITÁRIOS ___________________________________________________ 31 Pág @sinnaramatos P R E F Á C I O Na Medicina Veterinária, assim como na medicina humana, a Toxicologia estuda a os efeitos nocivos produzidos pelas substâncias químicas sobre seres humanos, animais e plantas. também com o intuito de curar e/ou tratar as enfermidades ou amenizar os efeitos que essas causam, tendo em vista que, com a prática cada vez mais comum e crescente da adoção de animais como pets, uma das preocupações dos tutores tem sido o bem- estar de seus pets em todas as fases da vida. A Toxicologia Veterinária é uma área do conhecimento científico que está em constante evolução, tendo experimentado grandes avanços na busca de tratamentos cada vez mais eficientes e seguros, sendo de extrema importância para a rotina clínica um prévio conhecimento sobre as várias formas de intoxicação seja você um profissional formado ou graduando em rotina de estágio. Esse e-book não substitui os livros e artigos. A finalidade aqui é reunir um conteúdo prático e didático e te mostrar as principais informações sobre a toxicologia para facilitar a sua rotina e para que saiba por onde começar. Então, com o objetivo de continuar investindo em minha carreira acadêmica, principalmente em estágios em outras regiões do país, decidi fazer esse e-book para te ajudar. Desde já agradeço por ter adquirido e qualquer dúvida, estou a disposição. M. Sinara Matos P O R Q U E N Ã O C O M P A R T I L H A R E S S E E - B O O K C O M S E U S A M I G O S Eu sei que a intenção sempre é boa, afinal o que seríamos nós, estudantes e profissionais de veterinária, sem os PDFs que tanto nos auxiliam para adquirirmos conhecimento? Quem nunca, né?! Nesse caso aqui é um pouco diferente. Esse material está com um preço super simbólico, e com um esforço, qualquer pessoa consegue adquirir. Esse e-book é um material que te ajudará muito na sua rotina, e foi feito por alguém que, apesar de muito atarefada, fez o material com todo o carinho para ajudar outras pessoas e também para arrecadar fundos para estagiar e conseguir experiência :) Então, por favor, caso seu amigo se interesse, encaminhe o meu contato (sinara.matos.m@gmail.com) para que ele também possa adquirir, você estará me ajudando muito com a minha tão sonhada formação, além de ajudar bastante na rotina do seu colega. M. Sinara Matos INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO 01 INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOà Toxicologia A Toxicologia tem sido caracterizada através dos séculos por circunstâncias que podem situá- la em três fases: Descoberta dos tóxicos na natureza: alimentos, plantas e animais; Fins primitivos e homicidas: arsênico, cianeto, estricnina, etc; Toxicologia Moderna: Intoxicações profissionais, alimentares, iatrogênicas, etc. A toxicologia por suas variadas áreas de interesse é uma ciência multidisciplinar, pois é integrada por várias ciências: Química Toxicológica: Estrutura Química e Identificação dos Tóxicos. Toxicologia Farmacológica: Efeitos Biológicos e Mecanismos de Ação. Toxicologia Clínica: Sintomatologia, Diagnóstico e Terapêutica. Toxicologia Ocupacional: Prevenção, Higiene do Trabalho. Toxicologia Forense: Implicações de Ordem Legal e Social. Epidemiologia das Intoxicações. Toxicologia Ambiental. Toxicologia dos Alimentos. Estas ciências interessam, portanto, aos profissionais de várias áreas: médicos, sanitaristas, farmacêuticos, ecologistas, veterinários, biólogos, psicólogos, médicos etc., cada um visualizando o veneno por uma determinada ótica. PERÍODO DE EXPOSIÇÃO AOS TÓXICOS AGUDA <24 SUBAGUDA< SEMANAS SUBCRONICAS: 1 - 3 MESES CRÔNICA > 3 @sinnaramatos A Toxicologia é a ciência que estuda a natureza e o mecanismo das lesões tóxicas nos organismos vivos expostos aos venenos. Segundo definição de Casarett: “Toxicologia é a ciência que define“Toxicologia é a ciência que define os limites de segurança dosos limites de segurança dos agentes químicos, entendendo-seagentes químicos, entendendo-se como segurança a probabilidade decomo segurança a probabilidade de uma substância não produzir danosuma substância não produzir danos em condições especiais”em condições especiais” CONCEITOSCONCEITOS VENENO - é toda substância que incorporada ao organismo vivo, produz por sua natureza, sem atuar mecanicamente, e em determinadas concentrações, alterações da fisico-química celular, transitórias ou definitivas, incompatíveis com a saúde ou a vida. Para Celso, no século XVI já estabelecia o aforismo básico: “Todas as coisas são venenosas, é a dose que transforma algo em veneno” INTOXICAÇÃO EXÓGENA OU ENVENENAMENTO: É o resultado da contaminação de um ser vivo por um produto químico, excluindo reações imunológicas tais como alergias e infecções. Para que haja a ocorrência do envenenamento são necessários três fatores: (1) substância (2) vítima em potencial e (3) situação desfavorável. TOXICIDADE: é a capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo. XENOBIÓTICO: Substâncias químicas estranhas ao organismo. Podem ou não ter efeito nocivo à saúde, sendo que tal efeito possui relação com diversos fatores, como por exemplo a quantidade e o tempo de exposição do indivíduo a alguma(s) dessa(s) substância(s). ANTÍDOTO : Antagonista os efeitos tóxicos ÁREAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA: Analítica (Forense, doping, diagnóstico, monitoramento e farmacodependencia), Clínica terapêutica e Experimental (estudos) FASES DA TOXICOLOGIAFASES DA TOXICOLOGIA 02 INQUÉRITO TOXICOLOGICOINQUÉRITO TOXICOLOGICO @sinnaramatos Tem como objetivo principal a busca de uma evidência que irá permitir a identificação da presença de uma substância química (agente tóxico), fazendo um levantamento de dados sobre o quadro atual da intoxicação 1° PASSSO Dados gerais do paciente Anamnese criteriosa Ver as queixas principais Avaliação Física Etiologia das intoxicações: Acidental: medicamentos e domissanitários, Animais peçonhentos; Latrogênica: alergias, superdosagem -AAS, xaropes; Ocupacional: animais peçonhentos, agrotóxicos, produtos industriais; Suicida: medicamentos, agrotóxicos, raticidas; Violência: maus tratos; Endêmica – água, ar e alimentos: metais, poeiras, resíduos; Social: Toxicomanias: tabaco, álcool, maconha, cocaína, crack; Genética: falhas genéticas, déficits enzimáticos; Esportivas: doping; Ambiental: gases e vapores industriais, transporte de cargas químicas, contaminações da água e alimentos Diagnóstico Para o diagnóstico de envenenamento existem em geral três hipóteses: Nas três situações, o diagnósticobaseia-se em: Investigação: história da exposição e manifestações, recipientes, possível exposição; Informações: manifestação inesperada de doença, passagem brusca de estado de saúde para intensos distúrbios; Relacionar quadros obscuros: ambiente, situaçõe; Aparecimento simultâneo em várias animais Achados clínicos de envenenamento; Amostras: conteúdo gástrico, urina e sangue. Diagnóstico laboratorial: Os exames laboratoriais são importantes no atendimento a um paciente intoxicado. Os principais objetivos são: afastar ou confirmar uma intoxicação, avaliar o grau de agressão que o agente tóxico está causando no organismo e auxiliar na avaliação do tratamento. Eles fornecem importantes subsídios para um diagnóstico e acompanhamento mais seguros destes pacientes. Vale ressaltar que nem sempre estes exames são imprescindíveis para o diagnóstico e/ou tomada de decisão. Análises Clínicas: 1. a) Gerais: hemograma, glicemia, eletrólitos, uréia, creatinina, bilirrubinas, CPK, aminotransferases, hemogasometria arterial, sumário de urina, etc. b) Específicas: tempo de protrombina, tempo de coagulação, ferro sérico, etc. 2. Análises Toxicológicas: análise do agente químico propriamente dito e/ou de seus produtos de biotransformação. Exposição a um veneno conhecido; Exposição a alguma substância desconhecida que pode ser veneno; Agravo de causa desconhecida, onde o envenenamento deve ser considerado para o diagnóstico diferencial; INTRODUÇÃO AO INQUÉRITO VETERINÁRIO 03 INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO @sinnaramatos Intoxicação é o aparecimento de sinais e sintomas prejudiciais aos animais, devido ao contato com substâncias químicas FASES DA INTOXICAÇÃO Para tentar reverter o quadro e evitar o óbito, o responsável pelo animal deverá buscar o auxílio de um médico-veterinário assim que identificar ou suspeitar de intoxicação pelos petiscos supostamente contaminados. O profissional vai avaliar o quadro clínico do paciente considerando o tempo que se passou da ingestão, até a chegada do animal para o atendimento, realizando condutas que podem incluir, dentre outras: Indução de vômito Lavagem gástrica Aplicação de medicamento específico * Correção do equilíbrio ácido-base Diminuição de edema pulmonar Hemodiálise Diálise peritoneal Terapia emergencial de suporte à vida Em todos os casos, o médico- veterinário deverá realizar um exame clínico completo, com histórico detalhado, verificar diagnósticos diferenciais, realizar a coleta de exames complementares, manter a vigilância e monitoramento. Em caso de óbito, indicar a necrópsia. Exames Laboratoriais O diagnóstico inicialmente é clínico, mas para algumas intoxicações, exames de urina e sangue podem auxiliar. Na maioria das intoxicações, o tratamento é de suporte; antídotos específicos são necessários para alguns. OUTROS : Colorímetro Espectrofotometria Imunoensaio Cromatografia Coleta de Material Amostras de sangue, urina, fezes, fígado, rins, encéfalo, tecido adiposo, conteúdo estomacal e ruminal; Alimentos, forragem, água... 04 TOXICOCINÉTICATOXICOCINÉTICA 05 TOXICOCINÉTICATOXICOCINÉTICA METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO @sinnaramatos A Toxiccinética é o estudo da reação do corpo animal frente a uma expoxição tóxica OU SEJA É O QUE O CORPO FAZ COM O TÓXICOOU SEJA É O QUE O CORPO FAZ COM O TÓXICO FASES DA TOXICOCINÉTICAFASES DA TOXICOCINÉTICA ABSORÇÃO Na fase inicial de absorção o objetivo do tóxico é chegar a corrente sanguínea do animal (circulação sistémica) LOCAIS DE ABSORÇÃO : Estómago : 1,4 Intestino : 5,4 (grande área de absorção) DISTRIBUIÇÃO Transferencia reversível do agente tóxico da circulação geral para os diferetes tecidos que constituem o organismo -Plasma -GorduraLíquido intracelular- Líquido Extracelular- Essa fase é onde o corpo do animal vai tentar transformar as moléculas do tóxico em +polar, afim de tornar mais fácil a excreção através das ezimas. Reações de Fase I Hidrólise Oxidação Redução Reações de Fase II Conjugação com ácido glicurônico Conjugação com aminoácidos Acilação Metilação Conjugação com glutationa É a parte final da toxicocinética, onde o tóxico será excretado. Existem diferentes lugares onde a excreção pode ser feita EX: Excreção renal, Excreção biliar, Excreção pelo leite e etc... EXCREÇÃO 06 TOXICODINÁMICATOXICODINÁMICA 07 TOXICODINÁMICATOXICODINÁMICA @sinnaramatos Toxicodinâmica é o estudo dos mecanismos de ação dos toxicantes nos organismos vivos, isto é, sua toxicidade. A toxicodinâmica descreve a interação dinâmica de um toxicante com as moléculas alvos e as consequências biológicas dessa interação. OU SEJA, ESTUDA O QUE O TOXICOOU SEJA, ESTUDA O QUE O TOXICO FAZ NO CORPO ANIMALFAZ NO CORPO ANIMAL CONCEITOSCONCEITOS Sítio de ligação: um sítio de ligação é a região de uma proteína que se associa com um ligante. Geralmente consiste numa cavidade na superfície da proteína, constituída por uma disposição específica de aminoácidos. Biodisponibilidade: A Biodisponibilidade significa a quantidade de determinado tóxico e a velocidade com a qual esse atinge a corrente circulatória, ou seja, refere-se a quantidade daquele “material”. EX: Um tóxico que absorvido via oral e passa pela metabilização de 1° passagem sua biodisponibilidade pode ser menor do que um tóxico aplicado diretomente na veia. Agonista: é quando um molécula (seja do farmaco ou tóxico) que possui afinidade por um receptor particular e causa uma modificação no receptor que resulta em um efeito observável. Antagonista: Antagonistas bloqueiam o acesso ou a ligação de agonistas naturais do corpo, geralmente neurotransmissores, a seus receptores e, assim, inibem ou reduzem as respostas celulares a agonistas naturais. Eficácia: A eficácia se refere a ativação do receptor pelo agonista. A toxicodinâmica procura responder as seguintes questões: Como os agentes tóxicos interagem com as moléculas alvos? Como os agentes tóxicos exercem seus efeitos tóxicos a nível molecular? Quais as consequências biológicas dessa interação e como os organismos tratam com os possíveis efeitos? Quanto maior a concenntração Maior o efeito colateral “Tudo de mais, torna-se veneno” Importância do Estudo da Toxicodinâmica Estabelecer procedimentos para antagonizar os efeitos tóxicos Desenvolver fármacos ou produtos químicos mais seguros A elucidação dos mecanismos de toxicidade dos toxicantes conduziu a uma melhor compreensão dos processos fisiológicos e bioquímicos que vão desde a neurotransmissão até a reparação do DNA Importância do Estudo da Toxicodinâmica Avaliar a probalidade de uma substância causar efeitos deléricos Afinidade: Se refere ao sítio de ligação onde o receptor terá afinidade com a molécula, ocorrendo a ligação e ativação 08 @sinnaramatos Alvos para a ação dos agentes tóxicos: Moléculas protéicas com a função de enzima; Moléculas transportadoras; Canais iônicos; Receptores de neurotransmissores; Ácidos nucléicos. Fotossensibilização: xenobióticos + luz; + Radicais altamente reativos que produzem lesões na pele. Interferência no funcionamento dos sistemas biológicos: Inibição irreversível de enzimas; Inibição reversível de enzimas; Síntese letal; Ex: Raticidas Sequestro de metais essenciais. Interferência no transporte de oxigênio: Carboxiemoglobina; Ex: CO Metemoglobina; Ex: Anilina Sulfahemoglobina; Ex: Sulfonamida Interferência direta nos tecidos: Reação química direta; Efeitos caústicos e necrosantes; Ex: Ácido, base, cloro Interferência com o sistema genético: Ação citostática: impedem a divisão celular. Reações de hipersuscetibilidade: Alergia química: substâncias comuns do dia a dia. Excreção de Histamina Fotoalergia: reação de xenobiótico com a luz para formar um produto que será o hapteno, Causa vermelhidão na pele, escamação, coceira e, às vezes, bolhas e pontos que se assemelham a urticária. Ex: protetores solares, loções Enzimas como alvo de agentes tóxicos: Alguns agentes tóxicos para estimular ou bloquear receptores responsáveispela transmissão direta ou indireta no orgão TOXICODINÁMICATOXICODINÁMICA 09 ANOTAÇÕES INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO ALIMETARALIMETAR 10 INTOXICAÇÃO ALIMENTARINTOXICAÇÃO ALIMENTAR O chocolate é um dos alimentos que não pode dar para cachorro em hipótese alguma. Ele contém uma substância extremamente tóxica para os cães, chamada teobromina. Os sintomas variam de acordo com a quantidade que foi ingerida, @sinnaramatos Entre 1980 e 2006, o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT-RS) registrou 10,4 mil casos de intoxicação alimentar em animais. Desse total, 72% envolveram cães e 80% das ocorrências se deram em animais domésticos. Eventos assim estão relacionados a diversos fatores, como alteração metabólica, apetite seletivo e a maior atração ao alimento humano. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO A intoxicação alimentar em animais conduz a um desconforto gastrointestinal grave, causando Cólicas abdominais Vômito Diarréia REAÇÕES ADVERSAS A ALIMENTOS : Imunológicas : Dermatite trofoalérgica e Anafilia (É a forma mais grave de reação de hipersensibilidade (alergia), desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos) Não Imunológicas : Intolerância alimentar SINTOMAS: Taquicardia, respiração ofegante, hiperatividade, diarreia, febre, convulsões e problemas de coordenação motora. CHOCOLATE 11 https://www.scielo.br/pdf/cr/v40n5/a579cr2198.pdf https://www.scielo.br/pdf/cr/v40n5/a579cr2198.pdf https://www.researchgate.net/publication/282329072_Intoxicacoes_em_caes_e_gatos_por_alimentos_humanos_o_que_nao_fornecer_aos_animais https://www.researchgate.net/publication/282329072_Intoxicacoes_em_caes_e_gatos_por_alimentos_humanos_o_que_nao_fornecer_aos_animais @sinnaramatos A ingestão acidental da uva pode provocar quadros de insuficiência renal em cães, vômitos, diarreia, desidratação, aumento de sede, alterações urinárias e letargia. Por isso, é importante manter o animal bem longe de qualquer tipo de uva! - Tratamento : Indução ao vômito e o uso de carvão ativado, valagem gástrica e fluidoterapia. A fruta, inclusive, é muito perigosa para estes animais, porque contém uma substância extremamente tóxica: a caramboxina. Ela é capaz de provocar problemas neurológicos no animal, além de piorar quadros renais, portanto o consumo da carambola está fora de cogitação na rotina do seu pet A cebola é um dos alimentos proibidos para pets, porque contém substâncias (como o N-Propil) que inibem a ação de enzimas essenciais para o funcionamento do organismo canino e podem atacar os glóbulos vermelhos do animal. Na prática, isso pode causar um quadro de anemia hemolítica. Alguns dos sintomas mais comuns após a ingestão do alimento são vômitos, urina avermelhada, diarreia, aumento do ritmo cardíaco e apatia. O alho age da mesma forma que a cebola, pois eles pertencem à mesma “família”. Por isso, qualquer tipo de comida temperada com alho deve ser evitada na rotina dos pets, já que esse é um dos alimentos que fazem mal. Os sintomas e forma de ação do componente são iguais aos da cebola. - Possui alicina e ajoene, substâncias ativas que tem potente efeito de relaxamento muscular cardíaco e de musculatura lisa Tratamento pode ser: transfusão sanguínea;, suplemento de ferro, eritropoietina recombinante, retirada de cebola ou alho da alimentação. Algumas frutas para cachorro até são consideradas benéficas, mas o abacate não é uma delas. Na realidade, ele contém uma substância bastante nociva, que é a persina. O componente está presente principalmente nas cascas, folhas e caroço da fruta, mas no geral a recomendação é não oferecer abacate para os animais de jeito nenhum. Os principais sinais de que o animal foi intoxicado são vômitos e diarreia. Além disso, é importante ter muito cuidado, pois o consumo da persina também pode provocar acúmulo de líquido no pulmão e causar dificuldades respiratórias no pet. Apesar de parecer uma fruta inofensiva, a laranja faz parte da lista de alimentos proibidos para PETS. A explicação para isso é porque a fruta é muito ácida, podendo causar problemas de estômago no animal. Para completar, a laranja também é muito doce e contribui para quadros de diabetes canina. São comidas que não pode dar para cachorro porque podem causar inchaço intestinal - e, em casos mais graves, até a ruptura do intestino. Além disso, são altas as chances de o animal sofrer com diarreia e pancreatite canina após a ingestão desses quitutes. Uva e uva passa : CEBOLA: ALHO: ABACATE : LARANJA : CARAMBOLA : FRITURAS E GORDURAS : INTOXICAÇÃO ALIMENTARINTOXICAÇÃO ALIMENTAR 12 https://www.patasdacasa.com.br/noticia/frutas-para-cachorros-um-guia-completo-dos-alimentos-que-podem-ser-acrescentados-na-dieta-dos-pets https://www.patasdacasa.com.br/noticia/sintomas-de-pancreatite-canina-em-cachorro-6-sinais-para-ficar-atento A carne crua é um grande perigo para os animais, e por isso faz parte dos alimentos proibidos. Quando a carne é armazenada de maneira inadequada e refrigerada, ela pode conter várias bactérias perigosas como a Salmonella e Escherichia coli. Elas podem causar uma intoxicação alimentar no cachorro e existe o risco de morte, por isso todo cuidado é pouco. o ovo cru tem mais propensão a estar infectado pela Salmonella, uma bactéria que pode causar diversas doenças intestinais. - O consumo constante e crônico pode acarretar deficiência de biotina e induzir transtorno de pele e pêlos. SAL : CARAMBOLA : @sinnaramatos CARNE CRUA : A fruta, inclusive, é muito perigosa para estes animais, porque contém uma substância extremamente tóxica: a caramboxina. Ela é capaz de provocar problemas neurológicos no animal, além de piorar quadros renais, portanto o consumo da carambola está fora de cogitação na rotina do seu pet o milho tende a causar vários problemas digestivos no animal. Além disso, ele pode provocar alergia em alguns pets. Caso o milho esteja cozido, são menores as chances disso acontecer. A espiga de milho, por outro lado, é totalmente contraindicada! Fora os problemas mencionados, a espiga pode causar uma obstrução intestinal e deixá-lo engasgado ou sufocado. Esse alimento podem induzir uma pancreatite, o amendoim: induz reação alérgica grave, mofados: contaminados com micotoxinas. Os principais sintomas são fraqueza, depressão, vômito, ataxia, tremor, hipertermia, dores abdominais e mucosas pálidas. TRATAMENTO: - Lavagem gástrica em até 2h e/ou enema; - Fluidoterapia. OVO CRU : ESPIGA DE MILHO : FERMENTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICO : Ingestão de massa crua contendo fermento químico em pó ou biológico podendo causar expansão e produção de gás no sistema digestivo acarretando dor e possível dilatação gástrica e até ruptura de estômago ou intestino - Pode causar incoordenação motora, desorientação, estupor, vômito e depressão respiratória. Cães e gatos adultos não tema enzima lactase suficiente para digerir o leite e seus derivados, por isso esse alimento acaba sendo tóxico pro seu pet. Os principais sintomas são: Vômito, diarreia e flatulências. PEIXE CRU : Animais regularmente alimentados com peixe cru pode desenvolver deficiência de tiamina (vitamina B1) Sinais clínicos: - Perda de apetite, tremores e convulsões. Em grandes quantidades, causa desequilíbrio eletrolítico, pode causar micção excessiva, sede e intoxicação por íons sódio Sinais clínicos : vômito e diarreia, depressão, convulsão, edema cerebral, tremores e cegueira, hipertermia e morte. LEITE : MACADÂMIA, NOZES E AMENDOIM INTOXICAÇÃO ALIMENTARINTOXICAÇÃO ALIMENTAR 13 https://www.patasdacasa.com.br/noticia/intoxicacao-alimentar-em-cachorro-o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-quando-o-pet-come-algo-que-nao-deve https://www.patasdacasa.com.br/noticia/intoxicacao-alimentar-em-cachorro-o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-quando-o-pet-come-algo-que-nao-deve https://www.patasdacasa.com.br/noticia/obstrucao-intestinal-em-caes-como-identificar-cuidados-e-tratamentos MEDIDAS DEMEDIDAS DE TRATAMENNTOTRATAMENNTO14 MEDIDAS DE TRATAMENTOMEDIDAS DE TRATAMENTO @sinnaramatos 2. Lavagem gástrica É o processo de remoção mecânica do tóxico ingerido e deve ser realizado em 2 a 4h após a ingestão do tóxico, sendo muito eficaz em 1 a 2h depois - Vantagens: No caso de êmese ineficaz ou em contraindicação à indução; Oferecer remoção rápida do conteúdo gástrico; Empregada na remoção de substâncias caústicas ou corrosivas; Possibilita a administração de carvão ativado intraestomacal. Restabelecimento dasfunções vitais do animal 1. Favorecer o bem-estar animal2. Garantir sua sobrevida3. Aliviar o desconforto4. Minimizar ou abolir a dor5. Repor líquidos6. -Banho no animal com resíduos de praguicida; -Banho quente = vasodilatação - maior absorção; Procedimento emergencial - Desvantagens: Necessidade de anestesia geral; Oferece risco de trauma ao esôfago ou ao estômago; Pode haver risco de aspiração de carvão ativado; Risco de aspiração de fluídos usados na lavagem e conteúdo estomacal, principalmente em paciente não intubado; Não é efetivo para remoção de partículas e fragmentos grandes, insolúveis e não digeridos, grandes pedaços ou quantidade de alimentos. Estabelecimento das funções vitais A: vias aéreas; B: respiração e ventilação; C: circulação; D: estado neurológico; E: ambiente. Vias aéreas e ventilação: Animal com dificuldade respiratória pode ser feito a passagem de sonda ou traqueostomia; -Oxigenação: máscara de O2, ambu; - Ventilação mecânica. - Broncodilatador: aminofilina. - Estimulante respiratório: doxapram. Circulação: - Arritmias: taquicardia ou bradicardia; - Fibrilação ventricular; - Parada cardíaca. Para animais Antiarrítmicos: propanolol, verapamil, amiodarona e lidocaína. Neurológico: - Excitabilidade = convulsões; - Depressão = estado de coma. Renal e hepático: -Acompanhar as funções: bioquímico; -ALT, AST, ureia, creatinina, FA e GGT; Controle/Estabilização da temperatura Eliminação dos tóxicos Tóxicos ainda não absorvidos: (Indução do vômito) 1. - Em casos de indução do vômito há algumas contraindicações, como : material corrosivo, ácidos fortes pode provocaar ruptura do estômago e novas lesões no esôgafo e na laringe Soluções: - Solução hipersaturada de sal = 1 a 3 colheres de chá + 1 copo de água morna; - Peróxido de hidrogênio a 3% = 5 a 10mL por vez; - Xarope de ipeca a 2% = 1 a 3mL/Kg - Detergentes líquidos = 10mL/Kg. 15 @sinnaramatos A eficácia é máxima quando utilizados dentro de 1h; São eficazes para remoção de partículas sólidas; Podem ser associados a eméticos, lavagem gástrica e adsorventes (30min após a aplicação); Ex.: lactulose (VO) e lactose e sorbitol (retal) Pneumonia aspirativa; Laringoespasmo; Hipóxia; Desequilíbrio hidroeletrolítico; Lesão mecânica da glote, esôfago e estômago. Outras substâncias que auxiliam na eliminação dos tóxicos; Ex.: sulfato de sódio, sulfato de magnésio e hidróxido de magnésio. - Catárticos: açúcares Diminui o tempo de trânsito no trato gastrointestinal =consequentemente reduz a absorção do tóxico;. - Complicações: Tóxicos já absorvidos:1. 3. Uso de adsorventes - Carvão ativado: Mais seguro, eficaz e barato; Seu usp está indicado após a indução do vômito, lavagem gástrica ou até isoladamente; É eficaz para bloqueio de absorção dos tóxicos e interrompe a recirculação entero- hepática; Adsorção elevada dos seguintes tóxicos: Organofosforados e outrosinseticidas, Rodenticidas(estricnina), Alcaloides(morfina e atropina), Barbitúricos Etilenoglicol Adsorção baixa dos seguintes tóxicos: Ácidos,clorato,cianeto, amônia e detergentes, Etanol, sulfato ferroso, ferro, isopropanolol, metanol, ácidos minerais e nitrato. - Catárticos: salinos - Contraindicações: Quando a via aérea estiver desprotegida; Causa for uma substância de alto risco de aspiração; Ingestão de objetos pequenos; Quando há risco de hemorragias ou perfuração gástrica; Em animais muito pequenos ou muito jovens. - Uso de diuréticos : Tem por finalidade a diurese forçada e, para isso, há necessidade de certificar que o animal apresenta fluxo urinário adequado; - Observar possível hipovolemia renal e deficiências decorrentes de diuréticos; - Ex.: manitol, furosemida, espironolactona e NaCl. - Alteração de pH urinário : - Alcalinização: Tóxicos que são ácidos fracos necessitam de alcalinização para que estes se tornem mais ionizados e, assim, haja redução de sua reabsorção pelos túbulos renais; Tóxicos que devem ser tratados com alcalinização: - Bicarbonato de sódio: solução indicada para alcalinização da urina - dose de 3 a 5mEq/Kg/h, IV; utilização do Ringer lactato: na falta do NaHCO3 - dose de 90mL/Kg, IV. - Acidificação: Intoxicação por substâncias que são bases fracas, a acidificação auxilia acelerar sua eliminação renal; Intoxicação por anfetamina, amitraz e estricnina; Cloreto de amônia, vitamina C, solução ringer lactato: pode ser usada para acidificar; Paciente com acidificação = acidose metabólica. MEDIDAS DE TRATAMENTOMEDIDAS DE TRATAMENTO 16 @sinnaramatos Em casos de hipovolemia leve a moderada e choque hipovolêmico; Utilizar: Solução dextrana 40 ou 70, na dose de 10 a 20mL/Kg/dia, IV; Solução cristaloide - ringer lactato = administrar quando o Ht >50% e PPT em torno de 5g/Dl. - Expansores de volemia: Após o tratamento do paciente intoxicado, cuidados gerais devem ser dotados, tais como: - Boa alimentação - Enfermagem - Uso correto de medicamentos - Retornosclínicos Diagnóstico diferencial - Listar diagnósticos diferencias; - Seleção de exames complementares; - Resposta a terapia; - Achados de necropsia; - Exame toxicológico; - Experiência na abordagem clínica; - Conhecimento sobre cada grupo de tóxico. Tratamento específicos: - Aplicação de antídotos; - Descontaminação geral do animal = aumenta sua eficácia; - Cuidado com lesão renal e hepática; - Certificar da sobrevida e bem estar animal; - Estabilização das funções vitais. PROGNÓSTICOPROGNÓSTICO Muito variável; Depende de vários fatores; Tempo decorrido entre a intoxicação e o atendimento emergencial; Dose de tóxico; Sucesso na sua eliminação; Resposta do animal; Gravidade do estado clínico. PÓS TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃOPÓS TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO MEDIDAS DE TRATAMENTOMEDIDAS DE TRATAMENTO 17 ANOTAÇÕES INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO POR ANIMAISPOR ANIMAIS PEÇONHENTOS EPEÇONHENTOS E VENENOSOSVENENOSOS 18 PEÇONHENTOS/VENENOSOSPEÇONHENTOS/VENENOSOS Serpentes peçonhentas @sinnaramatos São 3 tipos principais de acidentes : Acidentes botrópicos1. Acidentes crotálicos2. Acidentes Elapídicos3. Acidente ofídico ou ofidismo é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de toxinas através do aparelho inoculador (presas) de serpentes, levando a alterações na região da picada e à distância. Acidentes botrópicos1. Ex: JARARACA 85% dos Casos Possui ação necrosante, coagulante, vasculotóxica e nefrotóxica - lesão tecidual; Gravidade depende da espécie afetada, sensibilidade ao veneno, quantidade de veneno inoculado, local afetado e tempo decorrido após o acidente; Dor, edema local e equimose (fase precoce); Prostração, inapetência, taquicardia e taquipneia; Obstrução das vias aéreas em casos de edema na face ou focinho. SINAIS CLÍNICO TRATAMENTO Soro específico antibotrópico ou soro polivalente, IV, lenta; Volume é o mesmo para diferentes espécies; Sugere-se Fluxinim meglumine associado a furosemida ou corticosteroides 2. Acidentes Crotálico Ex: Cascavél 12% dos Casos Veneno mais tóxico do que o botrópico; Possui atividade neurológica (SNC e SNP), miotóxica sistêmica, alteração de fatores coagulantes (diminuição de plaquetas), nefrotóxica e hepatotóxica. SINAIS CLÍNICO Paralisia dos membros, tremores musculares, fasciculações, blefaroespasmos, ataxia; Insuficiência respiratória; Paralisia dos músculos faciais e faríngeos, dificuldade de sustentação da cabeça, paralisia do globo ocular e dificuldade de deglutição; Mioglobinúria e alteração das enzimas renais e hepáticas. TRATAMENTO Soroterapia antiofídica, IV, lenta;Fluidoterapia; Solução fisiológica ou água destilada na córnea para evitar ressecamento e úlcera; Água várias vezes ao dia devido ao efeitos ̈ boca seca ̈. 3. Acidentes Elapídicos Ex: Coral Verdadeira 3% dos Casos Acidentes Raros Ptose Palpebral Diplopia Oftalmoplegia Dor Muscular generalizada Insuficiência Respitatória Aguda 19 Sapos @sinnaramatos Animais Venenosos são aqueles que produzem veneno e inoculam de manera passiva, como é o caso dos sapos O sapo da espécie Incilius alvarius, também conhecido como sapo bufo alvarius ou sapo do Rio Colorado (ou ainda sapo do Deserto de Sonora), é encontrado nos Estados Unidos e no México e se tornou popular nos últimos anos devido às características psicoativas das substâncias de seu veneno Irritação local ou sinais sistêmicos podendo levar à obito; Vômito, sialorreia abundante; Fraqueza, depressão e apatia; Hiperemia de mucosa; Andar em círculos, convulsões, opistótono e cianose; Anormalidades do ritmo cardíaco (fibrilação ventricular e aumento na força de contração); Pupilas não responsivas à luz. >> Sapos do gênero Bufo; >> Bufotoxina e bufogenina; Não apresentam aparelho inoculador mas são considerados animais venonosos; >> intoxicação ocorre pela ingestão ou abocanhamento; SINAIS CLÍNICO TRATAMENTO Boca e mucosa = lavar abundantemente e não deve ser utilizada atropina; Cloridrato de propanolol (o,5mg/Kg, IV, a cada 20min, 2 a 3 vezes) ou cloridrato de Verapamil (8mg/Kg, IV, 2 a 3 vezes); Convulsão = tiopental (12,5mg/Kg, IV, lenta). O uso de atropina não é indicado, pois ela causa redução da salivação, fazendo com que a substância continue no organismo. PEÇONHENTOS/VENENOSOSPEÇONHENTOS/VENENOSOS 20 Escorpiões @sinnaramatos Espécies Tityus serrulatus e T. stigmurus; Hábito noturno e se alimentam de insetos; Peçonha localizada na cauda; Sinais clínicos dependem da quantidade de veneno inoculado; Acidentes podem ser leves, moderados ou graves; SINAIS CLÍNICO TRATAMENTO Soro antiescorpiônico ou antiaracnídeo, IV; Analgésicos opioides e anestésico local; Ventilação adequada e hidratação; Antiemético(metoclopramida) Antibradicardizante (atropina). Animais Peçonhentos são aqueles que produzem veneno e inoculam de manera ATIVA, como é o caso dos Escorpiões ANOTAÇÕES PEÇONHENTOS/VENENOSOSPEÇONHENTOS/VENENOSOS 21 INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO PORPOR PLANTASPLANTAS TÓXICASTÓXICAS 22 @sinnaramatos Características gerais Responsáveis por inúmeras perdas econômicas de forma direta ou indireta; Morte dos animais acometidos; Baixo índice reprodutivo; - Custo p/controle das plantas; - Aquisição de novos animais; Gastos de diagnóstico e ao tratamento dos animais. Fatores responsáveis pela ocorrência de intoxicações PLANTAS TÓXICASPLANTAS TÓXICAS Relacionadas ao animal; Relacionadas a planta = fase de crescimento, parte tóxica, variações da toxicidade, estado e armazenamento, solo; Época do ano; Adição de novos animais em um rebanho; Facilitação social; Plantas associadas com outras mais palatáveis; Palatabilidade; Fome e sede; Acesso às plantas tóxicas; Dose tóxica. Plantas que afetam o SNC Causam síndrome tremorgênica Ipomoea asarifolia - Salsa : Ovinos, caprinos, bovinos e búfalos Princípio tóxico = compostos de indolditerpeno derivados de fungos endófitos; Não há alterações significativas nem macroscópicas e microscópicas. Causam o armazenamento de oligossacarídeos/ acúmulo lisossomal Ipomoea carnea, Ipomoea reidelii, Sida carpinifolia, Ipomoea sericophyla e Turbina cordata: - Caprinos, bovinos e ovinos; - Margem de rios e açudes; - Verde durante todo o ano; - Estiagem associada à escassez de alimento; Princípio tóxico: swainsonina e calisteginas; Sinais = alterações cerebelares - ataxia; Macroscopia : ausentes; Microscopia : degeneração das células de Purkinje. Prosopis juliflora - Algaroba: - Bovinos e caprinos; - Palatável; Princípio tóxico : alcaloides piperídinicos - ação desconhecida; - Atinge o nervo trigêmeo : dificuldades de apreensão e mastigação unilateral; - Animal magro, com protusão da língua, desvio lateral da cabeça, salivação e atrofia do masseter; - Macroscopia : tecido fibrinótico e pálido; - Microscopia : degeneração de corpo neuronal e degeneração walleriana axonal. Plantas nefrotóxicas Combretum glaucocarpa - Vaqueta ou sipaúba Princípio tóxico: taninos vescalagina e castolagina; Edema por diminuição da pressão oncótica; Período e condições em que ocorrem a intoxicação; 23 Escorpiões @ si nn ar am at os Sinais: oligúria/anúria, ausência de fezes e edemas; Macroscopia: ascite e edema perirrenal; rins aumentados de tamanho; Microscopia: dilatação tubular; Diferencial: Amaranthus spinosus. Malformações Mimosa tenuiflora - Jurema preta Artrogritose; Palatosquise e queilosquise. Caesalpinia pyramidalis - Catingueira Malformações, abortos e falhas reprodutivas. Fotossensibilização Fotossensibilização primária Froelichia humboldtiana - Ervanço: - Equídeos, bovinos e ovinos; - Agentes fotodinâmicos : dermatite fotossensível; - Sinais : eritema, edema, ulceração, necrose e desprendimento da epiderme; - Ausência de lesões hepáticas. Chamaecrista serpens: - Dermatite fotossensível tóxica em bovinos (Alagoas) e ovinos (Bahia). Fotossensibilização secundária Crotalaria retusa - guizo de cascavel: - Caprinos, ovinos, bovinos e equinos; - Princípio tóxico: alcaloides pirrolizidínicos - lesão em hepatócitos; - Disfunção hepática : icterícia e hemorragia; - Fotossensibilização hepatógnea. Plantas hepatotóxicas Brachiaria decumbens - Macroscopia: icterícia generalizada, fígado aumentado de volume, alaranjado e firme; - Microscopia: cristais birrefringentes em ductos biliares, dentro de hepatócitos e macrófagos, bilestase, tumefação e vacuolização de hepatócitos, proliferação de ductos e canículos biliares. Tephrosia cinerea - Anil falso - Ovinos - barriga d ́água; - Fibrose hepática - hipertensão portal - aumento da pressão hidrostática = ascite; - Encefalopatia hepática. PLANTAS TÓXICASPLANTAS TÓXICAS 24 Plantas cardiotóxicas @sinnaramatos - Bovinos; - Planta ornamental; - Glicosídeos cardiotóxicos. - Bovinos, ovinos e caprinos; - Princípio tóxico: suspeita-se de ácido monofluoracético. Nerium oleander - Espirradeira Morte súbita Mascagnia rigida - Tinguí Policourea marcgravii - Erva de rato - Perene arbustivo; - Todas as partes são tóxicas; - Princípio tóxico: ácido monofluoracético. Intoxicação por nitrato e nitrito Pennisetum purpureum (Cenchrus purpureus): - Echinoba polystachia; - Diagnóstico: prova de defenilamina. Plantas cianogênicas Manihot spp. - Mandioca;1. Piptadenia macrocarpa;2. Sorghum helepense.3. Manihot spp. - Mandioca; Piptadenia macrocarpa; Sorghum helepense. PLANTAS TÓXICASPLANTAS TÓXICAS 25 INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSAMEDICAMENTOSA 26 @sinnaramatos Fatores que favorecem a intoxicação : medicamentosa: Automedicação: tutores sem consulta veterinária; Venda sem prescrição veterinária; Falta de fiscalização dos estabelecimentos que vendem produtos veterinários; *O gato é o mais predisposto à intoxicação por possuir um metabolização mais lenta devido a ausência da glucosuril transferase. Negligência dos proprietários com relação à localização dos medicamentos. Variação de acordo com a espécie animal. INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSAINTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA 27 Intoxicação medicamentosa consiste em uma série de sinais e sintomas produzidos, quando um medicamento é ingerido, inalado, injetado ou entra em contato com a pele, olhos ou membranas mucosas em dose(s) acimada(s) terapêutica(s). Panorama na Medicina Veterinária Anti-inflamatórios e analgésicos Sinais clínicos (anti-inflamatórios): Gastrites, gastroenterites e úlceras hemorrágicas; Anemia, trombocitopenia e leucopenia; Lesão na cartilagem articular; Lesão hepática; Insuficiência renal; Hipersensibilidade. Ácido aceteilsalicílico Êmese ou hematêmese; Anorexia; Hipertermia. Casos graves: gastroenterite hemorrágica grave, acidose metabólica,taquipneia, nistagmo, coma/convulsão e morte. Tratamento: - Indução do vômito; - Lavagem gástrica com carvão ativado; - Catárticos; - Fluidoterapia com ringer com lactato; - Transfusão sanguínea, se houver anemia ou hemorragia grave; - Protetores de mucosa gástrica. Diclofenaco de sódio/potássio Antiinflamatório bastante utilizado na medicina humana; Um dos princípios ativos que mais causam intoxicação em gatos e cães; Os cães são especialmente sensíveis - gastroenterite hemorrágica; Os efeitos colaterais (COX-1 e COX-2); Sinais clínicos: - Vômitos e diarreia com sangue. - Insuficiência renal aguda. Tratamento - Indução do vômito; - Lavagem gástrica com carvão ativado; - Fluidoterapia com ringer lactato; - Transfusão sanguínea; - Antagonistas de receptores de H2; - Protetores de mucosa - sucralfato. Paracetamol ou acetominofeno - Metabolização lenta em gatos - Tolerado por cães; Sinais clínicos: - Anemia hemolítica, icterícia e hemoglobinúria; - Hipotermia; - Edema; - Toxicose hepática aguda; - Convulsão; - Insuficiência renal aguda. @sinnaramatos INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSAINTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA 28 Quinolonas Antimicrobianos bactericidas de amplo espectro. Tratamento: - Anorexia, náusea e vômito; - Ataxia; - Farmacodermia. Sinais clínicos AINE ́s derivados do ácido propiônico; Margem de segurança extremamente estreita para cães; Em gatos tem meia-vida longa; Sinais clínicos: - Gastrite e úlcera gástrica; - Vômito e melena; - Icterícia; - Insuficiência renal e hepática. Tratamento - Lavagem gástrica com carvão ativado; - Antiácidos; - Protetores de mucosa; - Antihemorrágicos; - Transfusão sanguínea. Tratamento - Hepatotóxico e teratogênico; Sinais clínicos: - Vômito e diarreia; - Artropatia (erosão da cartilagem articular); - Tremores e convulsão. Tratamento: suporte. - Indução do vômito; - Lavagem gástrica com carvão ativado; - Oxigenoterapia; - Fluidoterapia com ringer lactato; - Acetilcisteína; - Cimetidina, vitamina C; - Anticonvulsivantes. Ibuprofeno Antimicrobianos e antibióticos Cetoconazol Tratamento: Sintomático e de suporte. Drogas ilícitas ou de abuso Cocaína Absorvida por mucosa e TGI; Mecanismo de ação: Age na recaptação de catecolaminas endógenas e dopamina, aumentando neurotransmissão dopaminérgica. Sinais clínicos - Excitação do SNC, agitação e tremores; - Convulsão e ataxia; - Sialorreia; - Midríase; - Hipoglicemia; - Arritmias cardíacas. - Indução do vômito; - Carvão ativado; - Clorpromazina 12mg/Kg; - Oxigenoterapia, se houver necessidade; - Administração de glicose, se houver hipoglicemia; - Retirada cirúrgica em casos de ingestão de pequenos Nicotina Alcaloide extraído de folhas de tabaco; Encontrado principalmente em cigarros; Tem ação teratogênica; Sinais clínicos Excitação e salivação; Diarreia e vômito; Fase de depressão: ataxia, taquicardia, dispneia, coma e óbito. RODENTICIDASRODENTICIDAS 29 @sinnaramatos RODENTICIDASRODENTICIDAS 30 Via de exposição: ingestão ou lambedura; Proibidos no Brasil: A base de alfanaftilitiureia, arsênico e seus sais, brometalina, estricnina, fosfetos metálicos, fósforo branco, monofluorocetato de sódio e monofluoroacetamida e sais de bário e sais de tálio. Uso: - Profissional: somente têm acesso firmas especializadas e técnicos que pertencem a órgãos públicos que controlam ratos; - Livre : pode ser adquirido por qualquer indivíduo em estabelecimentos comerciais. Derivados indandiônicos: Rodenticida, raticida ou muricida é um veneno de elevada toxicidade utilizado para exterminar ratos e roedores em geral. Os raticidas constituem um tipo de pesticida. Por serem utilizados metais pesados em sua composição, essa substância acaba sendo perigosa devido ao risco de intoxicação. Mecanismo de ação Inibem a enzima K1 epóxido redutase responsável pela carboxilação e ativação dos fatores de coagulação (II, VII, IX e X). Classificação : Formulação: iscas são atrativas e palatáveis aos roedores; Anticoagulantes: relativamente seguro, tem efeito residual e possui antídoto. Cumarínicos: hidroxicumarínicos e dicumarínicos; - Primeira geração: Varfarina e Dicumarol; - Segunda geração: Brodifacum, Bromadiolona, Difenacum, Flocoumafeno e Cumatetralil. - Primeira geração: Pindona e Valona; - Segunda geração: Difacinona e Clorfacinona. Sinais clínicos Dependente da quantidade ingerida; Suscetibilidade (espécie); Dispneia e estertores pulmonares; Perda aguda/crônica de sangue - distúrbios hemorrágicos; Inapetência e letargia; Entre 2 a 5 dias: - Hematêmese, melena ou hematoquezia, hematúria e metrorragia, hemorragias intraoculares, hematomas subcutâneos, hemoperitônio, hemotórax e hemorragia pulmonar. Diagnóstico Histórico, se o animal teve acesso ao tóxico; Sinais clínicos hemorrágicos; Exames laboratoriais: - Tempo de coagulação (TC); - Tempo de protrombina (TP); - Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA). - Hemograma; - Urinálise: hematúria; - Radiografia e ultrassonografia abdominais e torácicas: derrames e hemorragias; - Análise toxicológica por cromatografia em camada gasosa. Prognóstico Intoxicações por cumarínicos e derivados indandiônicos geralmente é bom, desde que seja instituído tratamentos específicos e de suporte adequado; O prognóstico torna-se reservado em quadros hemorrágicos avançados ou ingestão de grande quantidade do tóxico. DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS 31 @sinnaramatos DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS 32 Exemplos: desinfetantes, cera, algicidas, fungicidas, detergentes, inseticidas, alvejantes e desodorantes. A embalagem destes produtos precisam informar quantidade, composição, técnico responsável, dados de fabricante, princípio ativo usado, modo de usar, instruções para armazenamento e providências em casos de acidentes. Quadro agudo: maioria dos produtos; Quadro crônico: irritativo e hipersensibilidade. Sinais clínicos de acordo com o contato: Característcas Gerais Produtos utilizados no ambiente doméstico; Causa acidentes e danos à saúde de pessoas e animais; Muitos são fabricados clandestinamente; A composição e toxicidade dos produtos de limpeza e higiene são variados; Formas mais comum de intoxicação : Ingestão Queimaduras ou manchas ao redor da boca; Respiração ou hálito com cheiro de veneno; Salivação excessiva ou espuma pela boca, náuseas e vômitos; Dor na boca e/ou na garganta, dor abdominal; Respiração anormal, tremores, agitação ou apatia. Náuseas, vômito e síncope; Olhos irritados e vermelhos; Dificuldade respiratória, tosse, mucosa cianótica; Agitação ou apatia intensa; Inconsciência. Contato com a pela ou olhos Prurido; Reações irritantes e eritemas na pele; Reações tipo queimaduras com bordas bem definidas; Manchas na pele, alteração na cor da pelagem. Condutas gerais de primeiros socorros: Manter as funções de órgãos vitais; Canular uma veia para administração de fármacos; Manter as vias áreas desobstruídas; Regular a temperatura corpórea do paciente; Promover diminuição do contato do produto com o paciente. Tóxico ingerido (paciente consciente) : Manter a temperatura corpórea; Encaminhar o mais rápido possível para atendimento; Se possível, levar o frasco do produto ingerido. Domissanitário é um termo utilizado para identificar os saneantes destinados a uso doméstico. Os saneantes são substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar. - Torna o produto mais concentrado e podem causar intoxicação com maior frequência e maior gravidade. - Ingestão; - Inalação; - Absorção pela pele; - Olhos. Inalação @sinnaramatos DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS 33 Contaminação pela pele : Colocar o animal sob chuveiro ou jato de água corrente para retirada do produto; Não tentar nenhum antídoto químico, Sinais clínicos Fenol e derivados Exemplos: antissépticos, desinfetantes, germicidas e detergentes. Ácido fênico/carbólico: substância sólida, esbranquiçada, aromática e solúvel em água. Tratamento Exposição oral : Carvão ativado, Catártico salina, Albumina; Tratamento de suporte: controlarconvulsões, corrigir acidose metabólica, distúrbios hidroeletrolíticos e tratar insuficiência renal e hepática. Exposição dérmica: Dar banho no animal com água corrente durante 30min. Sabão e sabonetes Detergentes Tóxico ingerido (paciente inconsciente) : Não oferecer nada para o animal beber; Verificar se há respiração, se não houver, iniciar artificial; Verificar se não existe obstrução; Colocar o animal em decúbito lateral para evitar aspiração de vômito espontâneo. - Irritação; - Ulceração e corrosão da pele; - Dores intensas; - Sinais neurológicos, como tremores, incoordenação, fasciculações musculares leves; - Icterícia (hemólise e lesão hepática); - Insuficiência renal; - Odor fenólico no ar respirado e na pele. Tóxico inalado: Levar o animal para um local fresco e com ventilação para expelir o mais rapidamente os gases; Manter a função respiratória. Contaminação dos olhos: Separar bem as pálpebras; Lavar os olhos durante 15-20min com água corrente. Diagnóstico - Sinais clínicos e anamnese; - Urinálise : proteinúria, hematúria, células epiteliais, cilindros e fenóis e cresóis. Sabão: ácidos graxos, fosfatos, silicatos e carbonatos; Baixa toxicidade; Sinais clínicos : Irritação da pele, distúrbios gastrointestinais (vômito, diarreia e dor abdominal), Olhos (irritação grave, ardor, lacrimejamento e edema de pálpebras.) Tratamento : Sintomático. Dissolvem gordura e auxiliam na limpeza de todos utensílios domésticos; Detergentes ou surfactantes aniônicos: hidrocarbonetos fosforilados ou sulfatados; Detergentes não iônicos: sulfatos, alcoóis ou sulfonatos poliéter alquílicos. Detergentes catiônicos: amônia quaternária que contém halogênio. Sinais clínicos Náusea, vômito e diarreia; Queimaduras químicas em pele e mucosa; Choque. Exposição dérmica = irritação, hiperemia, edema, rachaduras da pele e ulcerações. @sinnaramatos DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS 34 Compostos clorados e cloro: hipoclorito de sódio, cloro ativo, água sanitária, desinfetantes; Baixo custo; Efeito corrosivo; Sinais clínicos Exposição tópica : Irritação da pele podendo causar dermatite; Vesículas e eczemas. Inalação de gases liberados : Irritação respiratória com traqueobronquite; Pneumonite química. Desinfetantes Exposição oral: Irritação intensa na mucosa digestiva; Dores na boca, esôfago, estômago; Disfagia e sialorreia; Vômitos que podem ser sanguinolentos; Distúrbios circulatórios e hipotensão; Choque, delírio e coma. Tratameto: Exposição oral : Não induzir o vômito; Lavagem gástrica deve ser realizada com cautela; Substâncias de demulcentes são úteis (óleo de oliva); Manter tratamento sintomático e medidas de manutenção. Exposição tópica : Lavar o local com água em abundância. Rapidamente absorvível pelo trato gastrointestinal; Muito desidratante, ressecando a pele e os tecidos; Promover esvaziamento gástrico até a primeira hora após a ingestão; Administração de glicose IV se houver hipoglicemia; Pode-se administrar frutose (acelera metabolismo). Contato ocular : Conjuntivite; Lacrimejamento; Congestão; Fotofobia; Edema de pálpebras. Álcool Sinais clínicos - Euforia e convulsão; - Irritabilidade; - Incoordenação de movimentos; - Náuseas e vômitos; - Hipoglicemia; - Sonolência e hipotensão; - Coma. Tratameto ANOTAÇÕES
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