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Toxicologia Veterinária

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Prévia do material em texto

TOXICOLOGIA
sinara.matos.m@gmail.com
@sinnaramatos
VETERINÁRIA
EBOOK
MARIA SINARA MATOS
Acadêmica de Medicina
Veterinária da Universidade
Federal do Cariri (UFCA);
Fundadora do Grupo de
Estudos de Animais Silvestres
da mesma universidade
GEAS/UFCA. Voluntária de
Iniciação Científica do
Laboratório de Biologia e
Ecologia de Animais Silvestres
(LABEAS) pela Fundação
Cearense de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Bolsista do Laboratório de
Farmacologia e Produtos
Naturais da UFCA; Discente
Titular do Conselho estudantil
do Centro de Ciências Agrárias
e da Biodiversidade (CCAB).
Possuiu e possui linhas de
pesquisa relacionadas a
Animais Silvestres e
Farmacologia e é apaixonada
pela área de cirurgia.
CURRICULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/3498800603708448
SUMÁRIOSUMÁRIO
INTRODUÇÃO A TOXICOLOGIA______________________________________ 01 Pág
TOXICOCINÉTICA _____________________________________________________ 05 Pág
TOXICODINÂMICA ____________________________________________________ 07 Pág
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR __________________________________________ 10 Pág
MEDIDAS GERAIS NAS INTOXICAÇÕES _____________________________ 14 Pág
ANIMAIS PEÇONHENTOS_____________________________________________ 18 Pág
PLANTAS TÓXICAS ____________________________________________________ 22 Pág
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA ___________________________________ 26 Pág
RODENTICIDA _________________________________________________________ 29 Pág
DOMISSANITÁRIOS ___________________________________________________ 31 Pág
@sinnaramatos
P R E F Á C I O
Na Medicina Veterinária, assim como na medicina humana, a
Toxicologia estuda a os efeitos nocivos produzidos pelas
substâncias químicas sobre seres humanos, animais e plantas.
também com o intuito de curar e/ou tratar as enfermidades ou
amenizar os efeitos que essas causam, tendo em vista que, com a
prática cada vez mais comum e crescente da adoção de animais
como pets, uma das preocupações dos tutores tem sido o bem-
estar de seus pets em todas as fases da vida.
A Toxicologia Veterinária é uma área do conhecimento científico
que está em constante evolução, tendo experimentado grandes
avanços na busca de tratamentos cada vez mais eficientes e
seguros, sendo de extrema importância para a rotina clínica um
prévio conhecimento sobre as várias formas de intoxicação seja
você um profissional formado ou graduando em rotina de estágio.
Esse e-book não substitui os livros e artigos. A finalidade aqui é
reunir um conteúdo prático e didático e te mostrar as principais 
informações sobre a toxicologia para facilitar a sua rotina e para
que saiba por onde começar.
Então, com o objetivo de continuar investindo em minha carreira
acadêmica, principalmente em estágios em outras regiões do
país, decidi fazer esse e-book para te ajudar. Desde já agradeço
por ter adquirido e qualquer dúvida, estou a disposição. 
M. Sinara Matos
P O R Q U E N Ã O C O M P A R T I L H A R
E S S E E - B O O K C O M S E U S A M I G O
S
Eu sei que a intenção sempre é boa, afinal o que seríamos nós,
estudantes e profissionais de veterinária, sem os PDFs que tanto
nos auxiliam para adquirirmos conhecimento? Quem nunca, né?!
Nesse caso aqui é um pouco diferente. Esse material está com um
preço super simbólico, e com um esforço, qualquer pessoa
consegue adquirir.
Esse e-book é um material que te ajudará muito na sua rotina, e
foi feito por alguém que, apesar de muito atarefada, fez o material
com todo o carinho para ajudar outras pessoas e também para
arrecadar fundos para estagiar e conseguir experiência :)
Então, por favor, caso seu amigo se interesse, encaminhe o meu
contato (sinara.matos.m@gmail.com) para que ele também possa
adquirir, você estará me ajudando muito com a minha tão
sonhada formação, além de ajudar bastante na rotina do seu
colega.
M. Sinara Matos
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
01
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOà Toxicologia 
A Toxicologia tem sido caracterizada através
dos séculos por circunstâncias que podem situá-
la em três fases:
Descoberta dos tóxicos na natureza:
alimentos, plantas e animais;
Fins primitivos e homicidas: arsênico,
cianeto, estricnina, etc;
Toxicologia Moderna: Intoxicações
profissionais, alimentares, iatrogênicas, etc.
A toxicologia por suas variadas áreas de
interesse é uma ciência multidisciplinar, pois é
integrada por várias ciências:
Química Toxicológica: Estrutura Química e
Identificação dos Tóxicos.
Toxicologia Farmacológica: Efeitos
Biológicos e Mecanismos de Ação.
Toxicologia Clínica: Sintomatologia,
Diagnóstico e Terapêutica. 
Toxicologia Ocupacional: Prevenção,
Higiene do Trabalho.
Toxicologia Forense: Implicações de Ordem
Legal e Social.
Epidemiologia das Intoxicações. 
Toxicologia Ambiental. 
Toxicologia dos Alimentos.
Estas ciências interessam, portanto, aos
profissionais de várias áreas: médicos,
sanitaristas, farmacêuticos, ecologistas,
veterinários, biólogos, psicólogos, médicos etc.,
cada um visualizando o veneno por uma
determinada ótica.
PERÍODO DE EXPOSIÇÃO AOS TÓXICOS
AGUDA <24
SUBAGUDA< SEMANAS 
SUBCRONICAS: 1 - 3 MESES 
CRÔNICA > 3 
@sinnaramatos
A Toxicologia é a ciência que estuda a natureza e
o mecanismo das lesões tóxicas nos organismos
vivos expostos aos venenos. Segundo definição
de Casarett:
“Toxicologia é a ciência que define“Toxicologia é a ciência que define
os limites de segurança dosos limites de segurança dos
agentes químicos, entendendo-seagentes químicos, entendendo-se
como segurança a probabilidade decomo segurança a probabilidade de
uma substância não produzir danosuma substância não produzir danos
em condições especiais”em condições especiais”
CONCEITOSCONCEITOS
VENENO - é toda substância que incorporada ao
organismo vivo, produz por sua natureza, sem atuar
mecanicamente, e em determinadas concentrações,
alterações da fisico-química celular, transitórias ou
definitivas, incompatíveis com a saúde ou a vida. Para
Celso, no século XVI já estabelecia o aforismo básico:
“Todas as coisas são venenosas, é a dose que
transforma algo em veneno”
INTOXICAÇÃO EXÓGENA OU ENVENENAMENTO: É o
resultado da contaminação de um ser vivo por um produto
químico, excluindo reações imunológicas tais como alergias
e infecções. Para que haja a ocorrência do envenenamento
são necessários três fatores: 
(1) substância
(2) vítima em potencial e
(3) situação desfavorável.
TOXICIDADE: é a capacidade de uma substância produzir
efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
XENOBIÓTICO: Substâncias químicas estranhas ao
organismo. Podem ou não ter efeito nocivo à saúde, sendo
que tal efeito possui relação com diversos fatores, como por
exemplo a quantidade e o tempo de exposição do indivíduo
a alguma(s) dessa(s) substância(s).
ANTÍDOTO : Antagonista os efeitos tóxicos
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA: Analítica
(Forense, doping, diagnóstico, monitoramento e
farmacodependencia), Clínica terapêutica e Experimental
(estudos)
FASES DA TOXICOLOGIAFASES DA TOXICOLOGIA
02
INQUÉRITO TOXICOLOGICOINQUÉRITO TOXICOLOGICO
@sinnaramatos
Tem como objetivo principal a busca de uma
evidência que irá permitir a identificação da
presença de uma substância química (agente
tóxico), fazendo um levantamento de dados sobre o
quadro atual da intoxicação
1° PASSSO
Dados gerais do paciente
Anamnese criteriosa 
Ver as queixas principais 
Avaliação Física 
Etiologia das intoxicações:
Acidental: medicamentos e domissanitários,
Animais peçonhentos;
Latrogênica: alergias, superdosagem -AAS,
xaropes;
Ocupacional: animais peçonhentos,
agrotóxicos, produtos industriais;
Suicida: medicamentos, agrotóxicos, raticidas;
Violência: maus tratos;
Endêmica – água, ar e alimentos: metais,
poeiras, resíduos;
Social: Toxicomanias: tabaco, álcool, maconha,
cocaína, crack;
Genética: falhas genéticas, déficits
enzimáticos;
 Esportivas: doping;
Ambiental: gases e vapores industriais,
transporte de cargas químicas, contaminações
da água e alimentos
Diagnóstico
Para o diagnóstico de envenenamento existem em
geral três hipóteses:
Nas três situações, o diagnósticobaseia-se em:
Investigação: história da exposição e
manifestações, recipientes, possível exposição;
Informações: manifestação inesperada de
doença, passagem brusca de estado de saúde
para intensos distúrbios;
Relacionar quadros obscuros: ambiente,
situaçõe;
 Aparecimento simultâneo em várias animais
 Achados clínicos de envenenamento;
Amostras: conteúdo gástrico, urina e sangue.
Diagnóstico laboratorial:
Os exames laboratoriais são importantes no
atendimento a um paciente intoxicado. Os principais
objetivos são: afastar ou confirmar uma intoxicação,
avaliar o grau de agressão que o agente tóxico está
causando no organismo e auxiliar na avaliação do
tratamento. Eles fornecem importantes subsídios
para um diagnóstico e acompanhamento mais
seguros destes pacientes. Vale ressaltar que nem
sempre estes exames são imprescindíveis para o
diagnóstico e/ou tomada de decisão. 
Análises Clínicas: 1.
a) Gerais: hemograma, glicemia, eletrólitos, uréia,
creatinina, bilirrubinas, CPK, aminotransferases,
hemogasometria arterial, sumário de urina, etc. 
b) Específicas: tempo de protrombina, tempo de
coagulação, ferro sérico, etc.
 2. Análises Toxicológicas: análise do agente
químico propriamente dito e/ou de seus produtos de
biotransformação. 
 Exposição a um veneno conhecido;
 Exposição a alguma substância desconhecida
que pode ser veneno;
Agravo de causa desconhecida, onde o
envenenamento deve ser considerado para o
diagnóstico diferencial;
INTRODUÇÃO AO INQUÉRITO VETERINÁRIO
03
INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO
@sinnaramatos
Intoxicação é o aparecimento de sinais e sintomas prejudiciais aos animais, devido ao contato
com substâncias químicas
FASES DA INTOXICAÇÃO
Para tentar reverter o quadro e evitar o óbito, o responsável pelo
animal deverá buscar o auxílio de um médico-veterinário assim que
identificar ou suspeitar de intoxicação pelos petiscos supostamente
contaminados.
O profissional vai avaliar o quadro clínico do paciente considerando o
tempo que se passou da ingestão, até a chegada do animal para o
atendimento, realizando condutas que podem incluir, dentre outras:
Indução de vômito
Lavagem gástrica
Aplicação de medicamento específico *
Correção do equilíbrio ácido-base
Diminuição de edema pulmonar
Hemodiálise
Diálise peritoneal
Terapia emergencial de suporte à vida
Em todos os casos, o médico-
veterinário deverá realizar um
exame clínico completo, com
histórico detalhado, verificar
diagnósticos diferenciais,
realizar a coleta de exames
complementares, manter a
vigilância e monitoramento. Em
caso de óbito, indicar a
necrópsia. 
Exames Laboratoriais
O diagnóstico inicialmente é
clínico, mas para algumas
intoxicações, exames de urina e
sangue podem auxiliar. Na
maioria das intoxicações, o
tratamento é de suporte; antídotos
específicos são necessários para
alguns.
OUTROS : 
Colorímetro 
Espectrofotometria
Imunoensaio
Cromatografia 
Coleta de Material
Amostras de sangue, urina,
fezes, fígado, rins, encéfalo,
tecido adiposo, conteúdo
estomacal e ruminal; 
Alimentos, forragem, água...
04
TOXICOCINÉTICATOXICOCINÉTICA
05
TOXICOCINÉTICATOXICOCINÉTICA
METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO
@sinnaramatos
A Toxiccinética é o estudo da reação do corpo
animal frente a uma expoxição tóxica 
OU SEJA É O QUE O CORPO FAZ COM O TÓXICOOU SEJA É O QUE O CORPO FAZ COM O TÓXICO
FASES DA TOXICOCINÉTICAFASES DA TOXICOCINÉTICA
ABSORÇÃO 
Na fase inicial de absorção o objetivo do tóxico é
chegar a corrente sanguínea do animal (circulação
sistémica) 
LOCAIS DE ABSORÇÃO : 
Estómago : 1,4
Intestino : 5,4 (grande área de absorção)
DISTRIBUIÇÃO 
Transferencia reversível do agente tóxico da
circulação geral para os diferetes tecidos que
constituem o organismo 
-Plasma
-GorduraLíquido intracelular-
Líquido Extracelular-
Essa fase é onde o corpo do animal vai tentar
transformar as moléculas do tóxico em +polar, afim
de tornar mais fácil a excreção através das ezimas. 
Reações de Fase I
Hidrólise
Oxidação
Redução
Reações de Fase II
Conjugação com ácido
glicurônico
Conjugação com aminoácidos
Acilação
Metilação
Conjugação com glutationa
É a parte final da toxicocinética, onde o tóxico será
excretado. 
Existem diferentes lugares onde a excreção
pode ser feita
EX: Excreção renal, Excreção biliar, Excreção
pelo leite e etc...
EXCREÇÃO 
06
TOXICODINÁMICATOXICODINÁMICA
07
TOXICODINÁMICATOXICODINÁMICA
@sinnaramatos
Toxicodinâmica é o estudo dos mecanismos de
ação dos toxicantes nos organismos vivos, isto é,
sua toxicidade. A toxicodinâmica descreve a
interação dinâmica de um toxicante com as
moléculas alvos e as consequências biológicas
dessa interação.
OU SEJA, ESTUDA O QUE O TOXICOOU SEJA, ESTUDA O QUE O TOXICO
FAZ NO CORPO ANIMALFAZ NO CORPO ANIMAL 
CONCEITOSCONCEITOS
Sítio de ligação: um sítio de ligação é a região
de uma proteína que se associa com um
ligante. Geralmente consiste numa cavidade na
superfície da proteína, constituída por uma
disposição específica de aminoácidos.
Biodisponibilidade: A Biodisponibilidade
significa a quantidade de determinado tóxico e a
velocidade com a qual esse atinge a corrente
circulatória, ou seja, refere-se a quantidade
daquele “material”.
EX: 
Um tóxico que absorvido via oral e passa pela
metabilização de 1° passagem sua
biodisponibilidade pode ser menor do que um
tóxico aplicado diretomente na veia.
Agonista: é quando um molécula (seja do
farmaco ou tóxico) que possui afinidade por um
receptor particular e causa uma modificação no
receptor que resulta em um efeito observável. 
Antagonista: Antagonistas bloqueiam o acesso
ou a ligação de agonistas naturais do corpo,
geralmente neurotransmissores, a seus
receptores e, assim, inibem ou reduzem as
respostas celulares a agonistas naturais.
Eficácia: A eficácia se refere a ativação do
receptor pelo agonista.
A toxicodinâmica procura responder as seguintes
questões:
Como os agentes tóxicos interagem com as
moléculas alvos? 
Como os agentes tóxicos exercem seus efeitos
tóxicos a nível molecular? 
Quais as consequências biológicas dessa
interação e como os organismos tratam com os
possíveis efeitos?
Quanto maior a
concenntração 
Maior o efeito colateral
“Tudo de mais, torna-se veneno”
Importância do Estudo da Toxicodinâmica
Estabelecer procedimentos para antagonizar os
efeitos tóxicos
Desenvolver fármacos ou produtos químicos
mais seguros 
A elucidação dos mecanismos de toxicidade dos
toxicantes conduziu a uma melhor compreensão
dos processos fisiológicos e bioquímicos que vão
desde a neurotransmissão até a reparação do
DNA Importância do Estudo da Toxicodinâmica
Avaliar a probalidade de uma substância causar
efeitos deléricos
Afinidade: Se refere ao sítio de ligação onde o
receptor terá afinidade com a molécula,
ocorrendo a ligação e ativação 
08
@sinnaramatos
Alvos para a ação dos agentes tóxicos:
Moléculas protéicas com a função de enzima; 
Moléculas transportadoras;
Canais iônicos; 
Receptores de neurotransmissores;
Ácidos nucléicos. 
Fotossensibilização: 
xenobióticos + luz; + Radicais altamente
reativos que produzem lesões na pele.
Interferência no funcionamento dos sistemas
biológicos:
Inibição irreversível de enzimas; 
Inibição reversível de enzimas; 
Síntese letal; Ex: Raticidas
Sequestro de metais essenciais.
Interferência no transporte de oxigênio:
Carboxiemoglobina; Ex: CO
Metemoglobina; Ex: Anilina
Sulfahemoglobina; Ex: Sulfonamida
Interferência direta nos tecidos:
Reação química direta; 
Efeitos caústicos e necrosantes; Ex: Ácido,
base, cloro
Interferência com o sistema genético:
Ação citostática: impedem a divisão celular. 
Reações de hipersuscetibilidade: 
Alergia química: substâncias comuns do dia a
dia. Excreção de Histamina
Fotoalergia: reação de xenobiótico com a luz
para formar um produto que será o hapteno,
Causa vermelhidão na pele, escamação,
coceira e, às vezes, bolhas e pontos que se
assemelham a urticária. Ex: protetores
solares, loções
Enzimas como alvo de agentes tóxicos:
Alguns agentes tóxicos para estimular ou
bloquear receptores responsáveispela
transmissão direta ou indireta no orgão
TOXICODINÁMICATOXICODINÁMICA
09
ANOTAÇÕES
INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO
ALIMETARALIMETAR 
10
INTOXICAÇÃO ALIMENTARINTOXICAÇÃO ALIMENTAR 
O chocolate é um dos alimentos que não pode dar
para cachorro em hipótese alguma. Ele contém uma
substância extremamente tóxica para os cães,
chamada teobromina. Os sintomas variam de acordo
com a quantidade que foi ingerida,
@sinnaramatos
Entre 1980 e 2006, o Centro de Informação
Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT-RS)
registrou 10,4 mil casos de intoxicação alimentar
em animais. Desse total, 72% envolveram cães e
80% das ocorrências se deram em animais
domésticos. Eventos assim estão relacionados a
diversos fatores, como alteração metabólica,
apetite seletivo e a maior atração ao alimento
humano.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A intoxicação alimentar em animais conduz a um
desconforto gastrointestinal grave, causando 
Cólicas abdominais
Vômito
Diarréia 
REAÇÕES ADVERSAS A ALIMENTOS :
Imunológicas : Dermatite trofoalérgica e
Anafilia (É a forma mais grave de reação de
hipersensibilidade (alergia), desencadeada por
diversos agentes como drogas, alimentos e
contrastes radiológicos)
Não Imunológicas : Intolerância alimentar 
SINTOMAS: Taquicardia, respiração ofegante,
hiperatividade, diarreia, febre, convulsões e
problemas de coordenação motora. 
CHOCOLATE 
11
https://www.scielo.br/pdf/cr/v40n5/a579cr2198.pdf
https://www.scielo.br/pdf/cr/v40n5/a579cr2198.pdf
https://www.researchgate.net/publication/282329072_Intoxicacoes_em_caes_e_gatos_por_alimentos_humanos_o_que_nao_fornecer_aos_animais
https://www.researchgate.net/publication/282329072_Intoxicacoes_em_caes_e_gatos_por_alimentos_humanos_o_que_nao_fornecer_aos_animais
@sinnaramatos
A ingestão acidental da uva pode provocar
quadros de insuficiência renal em cães, vômitos,
diarreia, desidratação, aumento de sede,
alterações urinárias e letargia. Por isso, é
importante manter o animal bem longe de qualquer
tipo de uva!
- Tratamento : Indução ao vômito e o uso de
carvão ativado, valagem gástrica e fluidoterapia.
A fruta, inclusive, é muito perigosa para estes
animais, porque contém uma substância
extremamente tóxica: a caramboxina. Ela é capaz de
provocar problemas neurológicos no animal, além de
piorar quadros renais, portanto o consumo da
carambola está fora de cogitação na rotina do seu pet
A cebola é um dos alimentos proibidos para pets,
porque contém substâncias (como o N-Propil)
que inibem a ação de enzimas essenciais para o
funcionamento do organismo canino e podem
atacar os glóbulos vermelhos do animal.
Na prática, isso pode causar um quadro de
anemia hemolítica. Alguns dos sintomas mais
comuns após a ingestão do alimento são
vômitos, urina avermelhada, diarreia, aumento
do ritmo cardíaco e apatia.
O alho age da mesma forma que a cebola, pois
eles pertencem à mesma “família”. Por isso,
qualquer tipo de comida temperada com alho
deve ser evitada na rotina dos pets, já que esse
é um dos alimentos que fazem mal. Os sintomas
e forma de ação do componente são iguais aos
da cebola.
- Possui alicina e ajoene, substâncias ativas que
tem potente efeito de relaxamento muscular
cardíaco e de musculatura lisa
 Tratamento pode ser: transfusão sanguínea;,
suplemento de ferro, eritropoietina recombinante,
retirada de cebola ou alho da alimentação.
Algumas frutas para cachorro até são
consideradas benéficas, mas o abacate não é uma
delas. Na realidade, ele contém uma substância
bastante nociva, que é a persina. O componente
está presente principalmente nas cascas, folhas e
caroço da fruta, mas no geral a recomendação é
não oferecer abacate para os animais de jeito
nenhum.
Os principais sinais de que o animal foi intoxicado
são vômitos e diarreia. Além disso, é importante ter
muito cuidado, pois o consumo da persina também
pode provocar acúmulo de líquido no pulmão e
causar dificuldades respiratórias no pet. 
 
Apesar de parecer uma fruta inofensiva, a laranja
faz parte da lista de alimentos proibidos para
PETS. A explicação para isso é porque a fruta é
muito ácida, podendo causar problemas de
estômago no animal. Para completar, a laranja
também é muito doce e contribui para quadros de
diabetes canina.
São comidas que não pode dar para cachorro porque
podem causar inchaço intestinal - e, em casos mais
graves, até a ruptura do intestino. Além disso, são
altas as chances de o animal sofrer com diarreia e
pancreatite canina após a ingestão desses quitutes.
Uva e uva passa :
CEBOLA: 
ALHO: 
ABACATE : 
LARANJA : 
CARAMBOLA :
FRITURAS E GORDURAS : 
INTOXICAÇÃO ALIMENTARINTOXICAÇÃO ALIMENTAR 
12
https://www.patasdacasa.com.br/noticia/frutas-para-cachorros-um-guia-completo-dos-alimentos-que-podem-ser-acrescentados-na-dieta-dos-pets
https://www.patasdacasa.com.br/noticia/sintomas-de-pancreatite-canina-em-cachorro-6-sinais-para-ficar-atento
A carne crua é um grande perigo para os animais,
e por isso faz parte dos alimentos proibidos.
Quando a carne é armazenada de maneira
inadequada e refrigerada, ela pode conter várias
bactérias perigosas como a Salmonella e
Escherichia coli. 
Elas podem causar uma intoxicação alimentar no
cachorro e existe o risco de morte, por isso todo
cuidado é pouco.
o ovo cru tem mais propensão a estar infectado
pela Salmonella, uma bactéria que pode causar
diversas doenças intestinais.
- O consumo constante e crônico pode acarretar
deficiência de biotina e induzir transtorno de pele e
pêlos.
SAL :
CARAMBOLA :
@sinnaramatos
CARNE CRUA :
A fruta, inclusive, é muito perigosa para estes
animais, porque contém uma substância
extremamente tóxica: a caramboxina. Ela é capaz
de provocar problemas neurológicos no animal,
além de piorar quadros renais, portanto o consumo
da carambola está fora de cogitação na rotina do
seu pet
o milho tende a causar vários problemas
digestivos no animal. Além disso, ele pode
provocar alergia em alguns pets. Caso o milho
esteja cozido, são menores as chances disso
acontecer.
A espiga de milho, por outro lado, é totalmente
contraindicada! Fora os problemas mencionados,
a espiga pode causar uma obstrução intestinal e
deixá-lo engasgado ou sufocado.
Esse alimento podem induzir uma pancreatite, o
amendoim: induz reação alérgica grave, mofados:
contaminados com micotoxinas. Os principais
sintomas são fraqueza, depressão, vômito, ataxia,
tremor, hipertermia, dores abdominais e mucosas
pálidas.
TRATAMENTO:
- Lavagem gástrica em até 2h e/ou enema;
- Fluidoterapia.
OVO CRU :
ESPIGA DE MILHO :
FERMENTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICO :
Ingestão de massa crua contendo fermento
químico em pó ou biológico podendo causar
expansão e produção de gás no sistema digestivo
acarretando dor e possível dilatação gástrica e até
ruptura de estômago ou intestino
- Pode causar incoordenação motora,
desorientação, estupor, vômito e depressão
respiratória.
Cães e gatos adultos não tema enzima lactase
suficiente para digerir o leite e seus derivados, por
isso esse alimento acaba sendo tóxico pro seu
pet. Os principais sintomas são: Vômito, diarreia e
flatulências.
PEIXE CRU :
Animais regularmente alimentados com peixe cru
pode desenvolver deficiência de tiamina (vitamina
B1)
Sinais clínicos:
- Perda de apetite, tremores e convulsões.
Em grandes quantidades, causa desequilíbrio
eletrolítico, pode causar micção excessiva, sede e
intoxicação por íons sódio
Sinais clínicos : vômito e diarreia, depressão,
convulsão, edema cerebral, tremores e cegueira,
hipertermia e morte.
LEITE :
MACADÂMIA, NOZES E AMENDOIM 
INTOXICAÇÃO ALIMENTARINTOXICAÇÃO ALIMENTAR 
13
https://www.patasdacasa.com.br/noticia/intoxicacao-alimentar-em-cachorro-o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-quando-o-pet-come-algo-que-nao-deve
https://www.patasdacasa.com.br/noticia/intoxicacao-alimentar-em-cachorro-o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-quando-o-pet-come-algo-que-nao-deve
https://www.patasdacasa.com.br/noticia/obstrucao-intestinal-em-caes-como-identificar-cuidados-e-tratamentos
MEDIDAS DEMEDIDAS DE 
TRATAMENNTOTRATAMENNTO14
MEDIDAS DE TRATAMENTOMEDIDAS DE TRATAMENTO
@sinnaramatos
2. Lavagem gástrica
É o processo de remoção mecânica do tóxico
ingerido e deve ser realizado em 2 a 4h após a
ingestão do tóxico, sendo muito eficaz em 1 a 2h
depois
- Vantagens:
No caso de êmese ineficaz ou em
contraindicação à indução;
Oferecer remoção rápida do conteúdo gástrico;
Empregada na remoção de substâncias
caústicas ou corrosivas;
Possibilita a administração de carvão ativado
intraestomacal.
Restabelecimento dasfunções vitais do
animal
1.
Favorecer o bem-estar animal2.
Garantir sua sobrevida3.
Aliviar o desconforto4.
Minimizar ou abolir a dor5.
Repor líquidos6.
-Banho no animal com resíduos de praguicida;
-Banho quente = vasodilatação - maior absorção;
Procedimento emergencial
- Desvantagens:
Necessidade de anestesia geral;
Oferece risco de trauma ao esôfago ou ao
estômago;
Pode haver risco de aspiração de carvão
ativado;
Risco de aspiração de fluídos usados na
lavagem e conteúdo estomacal, principalmente
em paciente não intubado;
Não é efetivo para remoção de partículas e
fragmentos grandes, insolúveis e não digeridos,
grandes pedaços ou quantidade de alimentos.
Estabelecimento das funções vitais
A: vias aéreas;
B: respiração e ventilação;
C: circulação;
D: estado neurológico;
E: ambiente.
Vias aéreas e ventilação:
Animal com dificuldade respiratória pode ser feito
a passagem de sonda ou traqueostomia;
-Oxigenação: máscara de O2, ambu;
- Ventilação mecânica.
- Broncodilatador: aminofilina.
- Estimulante respiratório: doxapram.
Circulação:
- Arritmias: taquicardia ou bradicardia;
- Fibrilação ventricular;
- Parada cardíaca.
Para animais Antiarrítmicos: propanolol,
verapamil, amiodarona e lidocaína.
Neurológico: 
- Excitabilidade = convulsões;
- Depressão = estado de coma.
Renal e hepático:
-Acompanhar as funções: bioquímico;
-ALT, AST, ureia, creatinina, FA e GGT;
Controle/Estabilização da temperatura
Eliminação dos tóxicos
Tóxicos ainda não absorvidos: (Indução do
vômito)
1.
- Em casos de indução do vômito há algumas
contraindicações, como : material corrosivo, ácidos
fortes pode provocaar ruptura do estômago e
novas lesões no esôgafo e na laringe
Soluções:
- Solução hipersaturada de sal = 1 a 3 colheres de
chá + 1 copo de água morna;
- Peróxido de hidrogênio a 3% = 5 a 10mL por vez;
- Xarope de ipeca a 2% = 1 a 3mL/Kg
- Detergentes líquidos = 10mL/Kg.
15
@sinnaramatos
A eficácia é máxima quando utilizados dentro
de 1h;
São eficazes para remoção de partículas
sólidas;
Podem ser associados a eméticos, lavagem
gástrica e adsorventes (30min após a
aplicação);
Ex.: lactulose (VO) e lactose e sorbitol (retal)
Pneumonia aspirativa;
Laringoespasmo;
Hipóxia;
Desequilíbrio hidroeletrolítico;
Lesão mecânica da glote, esôfago e
estômago.
Outras substâncias que auxiliam na eliminação
dos tóxicos; Ex.: sulfato de sódio, sulfato de
magnésio e hidróxido de magnésio.
- Catárticos: açúcares
Diminui o tempo de trânsito no trato
gastrointestinal =consequentemente reduz a
absorção do tóxico;.
- Complicações:
 Tóxicos já absorvidos:1.
3. Uso de adsorventes
- Carvão ativado:
Mais seguro, eficaz e barato;
Seu usp está indicado após a indução do
vômito, lavagem gástrica ou até
isoladamente;
 É eficaz para bloqueio de absorção dos
tóxicos e interrompe a recirculação entero-
hepática;
Adsorção elevada dos seguintes tóxicos:
Organofosforados e outrosinseticidas,
Rodenticidas(estricnina), Alcaloides(morfina
e atropina), Barbitúricos Etilenoglicol
Adsorção baixa dos seguintes tóxicos:
Ácidos,clorato,cianeto, amônia e detergentes,
Etanol, sulfato ferroso, ferro, isopropanolol,
metanol, ácidos minerais e nitrato.
- Catárticos: salinos
- Contraindicações:
Quando a via aérea estiver desprotegida;
Causa for uma substância de alto risco de
aspiração;
Ingestão de objetos pequenos;
Quando há risco de hemorragias ou
perfuração gástrica;
Em animais muito pequenos ou muito jovens.
- Uso de diuréticos : 
Tem por finalidade a diurese forçada e, para isso,
há necessidade de certificar que o animal
apresenta fluxo urinário adequado;
- Observar possível hipovolemia renal e deficiências
decorrentes de diuréticos;
- Ex.: manitol, furosemida, espironolactona e NaCl.
- Alteração de pH urinário :
- Alcalinização: Tóxicos que são ácidos fracos
necessitam de alcalinização
para que estes se tornem mais ionizados e, assim,
haja redução de sua reabsorção pelos túbulos
renais; Tóxicos que devem ser tratados com
alcalinização:
- Bicarbonato de sódio: solução indicada para
alcalinização da urina - dose de 3 a 5mEq/Kg/h, IV;
utilização do Ringer lactato: na falta do NaHCO3 -
dose de 90mL/Kg, IV.
- Acidificação: Intoxicação por substâncias que são
bases fracas, a acidificação auxilia acelerar sua
eliminação renal; Intoxicação por anfetamina,
amitraz e estricnina; Cloreto de amônia, vitamina C,
solução ringer lactato: pode ser usada para
acidificar; Paciente com acidificação = acidose
metabólica.
MEDIDAS DE TRATAMENTOMEDIDAS DE TRATAMENTO
16
@sinnaramatos
Em casos de hipovolemia leve a moderada e
choque hipovolêmico; Utilizar: Solução
dextrana 40 ou 70, na dose de 10 a
20mL/Kg/dia, IV; Solução cristaloide - ringer
lactato = administrar quando o Ht >50% e PPT
em torno de 5g/Dl.
- Expansores de volemia:
Após o tratamento do paciente intoxicado,
cuidados gerais devem ser dotados, tais
como:
- Boa alimentação
- Enfermagem
- Uso correto de medicamentos
- Retornosclínicos
Diagnóstico diferencial
- Listar diagnósticos diferencias;
- Seleção de exames complementares;
- Resposta a terapia;
- Achados de necropsia;
- Exame toxicológico;
- Experiência na abordagem clínica;
- Conhecimento sobre cada grupo de tóxico.
Tratamento específicos:
- Aplicação de antídotos;
- Descontaminação geral do animal = aumenta sua
eficácia;
- Cuidado com lesão renal e hepática;
- Certificar da sobrevida e bem estar animal;
- Estabilização das funções vitais.
PROGNÓSTICOPROGNÓSTICO
Muito variável;
Depende de vários fatores;
Tempo decorrido entre a intoxicação e o
atendimento emergencial;
Dose de tóxico;
Sucesso na sua eliminação;
Resposta do animal;
Gravidade do estado clínico.
PÓS TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃOPÓS TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
MEDIDAS DE TRATAMENTOMEDIDAS DE TRATAMENTO
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ANOTAÇÕES
INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO 
POR ANIMAISPOR ANIMAIS
PEÇONHENTOS EPEÇONHENTOS E
VENENOSOSVENENOSOS
18
PEÇONHENTOS/VENENOSOSPEÇONHENTOS/VENENOSOS
Serpentes peçonhentas
@sinnaramatos
São 3 tipos principais de acidentes : 
 Acidentes botrópicos1.
 Acidentes crotálicos2.
 Acidentes Elapídicos3.
Acidente ofídico ou ofidismo é o
quadro de envenenamento
decorrente da inoculação de toxinas
através do aparelho inoculador
(presas) de serpentes, levando a
alterações na região da picada e à
distância.
 Acidentes botrópicos1.
Ex: JARARACA
85% dos Casos 
Possui ação necrosante, coagulante,
vasculotóxica e nefrotóxica - lesão tecidual;
Gravidade depende da espécie afetada,
sensibilidade ao veneno, quantidade de
veneno inoculado, local afetado e tempo
decorrido após o acidente;
Dor, edema local e equimose (fase precoce);
Prostração, inapetência, taquicardia e
taquipneia;
Obstrução das vias aéreas em casos de
edema na face ou focinho.
SINAIS CLÍNICO
TRATAMENTO
Soro específico antibotrópico ou soro
polivalente, IV, lenta;
Volume é o mesmo para diferentes espécies;
Sugere-se Fluxinim meglumine associado a
furosemida ou corticosteroides 
 2. Acidentes Crotálico
Ex: Cascavél
12% dos Casos 
Veneno mais tóxico do que o botrópico;
Possui atividade neurológica (SNC e SNP),
miotóxica sistêmica, alteração de fatores
coagulantes (diminuição de plaquetas),
nefrotóxica e hepatotóxica.
SINAIS CLÍNICO
Paralisia dos membros, tremores
musculares, fasciculações, blefaroespasmos,
ataxia;
Insuficiência respiratória;
Paralisia dos músculos faciais e faríngeos,
dificuldade de sustentação da cabeça,
paralisia do globo ocular e dificuldade de
deglutição;
Mioglobinúria e alteração das enzimas renais
e hepáticas.
TRATAMENTO
Soroterapia antiofídica, IV, lenta;Fluidoterapia;
Solução fisiológica ou água destilada na
córnea para evitar ressecamento e úlcera;
Água várias vezes ao dia devido ao efeitos ̈
boca seca ̈.
3. Acidentes Elapídicos 
Ex: Coral Verdadeira
3% dos Casos
Acidentes Raros
Ptose Palpebral
Diplopia
Oftalmoplegia
Dor Muscular generalizada
Insuficiência Respitatória Aguda
19
Sapos
@sinnaramatos
Animais Venenosos são aqueles
que produzem veneno e inoculam de
manera passiva, como é o caso dos
sapos 
O sapo da espécie Incilius alvarius, também
conhecido como sapo bufo alvarius ou sapo
do Rio Colorado (ou ainda sapo do Deserto
de Sonora), é encontrado nos Estados Unidos
e no México e se tornou popular nos últimos
anos devido às características psicoativas
das substâncias de seu veneno
Irritação local ou sinais sistêmicos
podendo levar à obito;
Vômito, sialorreia abundante;
Fraqueza, depressão e apatia;
Hiperemia de mucosa;
Andar em círculos, convulsões, opistótono
e cianose;
Anormalidades do ritmo cardíaco
(fibrilação ventricular e aumento na força
de contração);
Pupilas não responsivas à luz.
>> Sapos do gênero Bufo;
>> Bufotoxina e bufogenina;
Não apresentam aparelho
inoculador mas são
considerados animais
venonosos;
>> intoxicação ocorre pela
ingestão ou abocanhamento;
SINAIS CLÍNICO
TRATAMENTO
Boca e mucosa = lavar abundantemente e
não deve ser utilizada atropina;
Cloridrato de propanolol (o,5mg/Kg, IV, a
cada 20min, 2 a 3 vezes) ou cloridrato de
Verapamil (8mg/Kg, IV, 2 a 3 vezes);
Convulsão = tiopental (12,5mg/Kg, IV,
lenta).
O uso de atropina não é indicado, pois ela
causa redução da salivação, fazendo com que
a substância continue no organismo.
PEÇONHENTOS/VENENOSOSPEÇONHENTOS/VENENOSOS
20
Escorpiões
@sinnaramatos
Espécies Tityus serrulatus e T.
stigmurus;
Hábito noturno e se alimentam de
insetos;
Peçonha localizada na cauda;
Sinais clínicos dependem da quantidade de veneno
inoculado; Acidentes podem ser leves, moderados
ou graves;
SINAIS CLÍNICO
TRATAMENTO
Soro antiescorpiônico ou antiaracnídeo, IV;
Analgésicos opioides e anestésico local;
Ventilação adequada e hidratação;
Antiemético(metoclopramida)
Antibradicardizante (atropina).
Animais
Peçonhentos são 
aqueles que
produzem veneno e
inoculam de manera
ATIVA, como é o
caso dos Escorpiões 
ANOTAÇÕES
PEÇONHENTOS/VENENOSOSPEÇONHENTOS/VENENOSOS
21
INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO
PORPOR PLANTASPLANTAS
TÓXICASTÓXICAS 
22
@sinnaramatos
Características gerais
Responsáveis por inúmeras perdas econômicas
de forma direta ou indireta;
Morte dos animais acometidos;
Baixo índice reprodutivo;
- Custo p/controle das plantas;
- Aquisição de novos animais;
Gastos de diagnóstico e ao tratamento dos
animais.
Fatores responsáveis pela ocorrência de
intoxicações
PLANTAS TÓXICASPLANTAS TÓXICAS
Relacionadas ao animal;
Relacionadas a planta = fase de crescimento,
parte tóxica, variações da toxicidade, estado e
armazenamento, solo;
Época do ano;
Adição de novos animais em um rebanho;
Facilitação social;
Plantas associadas com outras mais palatáveis;
Palatabilidade;
Fome e sede;
Acesso às plantas tóxicas;
Dose tóxica.
Plantas que afetam o SNC
Causam síndrome tremorgênica
Ipomoea asarifolia - Salsa : Ovinos, caprinos,
bovinos e búfalos
Princípio tóxico = compostos de indolditerpeno
derivados de fungos endófitos;
Não há alterações significativas nem
macroscópicas e microscópicas.
Causam o armazenamento de 
oligossacarídeos/ acúmulo lisossomal
Ipomoea carnea, Ipomoea reidelii, Sida
carpinifolia, Ipomoea sericophyla e
Turbina cordata:
- Caprinos, bovinos e ovinos;
- Margem de rios e açudes;
- Verde durante todo o ano;
- Estiagem associada à escassez de alimento;
Princípio tóxico: swainsonina e
calisteginas;
Sinais = alterações cerebelares - ataxia;
Macroscopia : ausentes;
Microscopia : degeneração das células de
Purkinje.
Prosopis juliflora - Algaroba:
- Bovinos e caprinos;
- Palatável;
 Princípio tóxico : alcaloides piperídinicos -
ação desconhecida;
- Atinge o nervo trigêmeo : dificuldades de
apreensão e mastigação unilateral;
- Animal magro, com protusão da língua, desvio
lateral da cabeça, salivação e atrofia do
masseter;
- Macroscopia : tecido fibrinótico e pálido;
- Microscopia : degeneração de corpo
neuronal e degeneração walleriana axonal.
Plantas nefrotóxicas
Combretum glaucocarpa - Vaqueta ou sipaúba
Princípio tóxico: taninos vescalagina e
castolagina;
Edema por diminuição da pressão oncótica;
Período e condições em que ocorrem a
intoxicação;
23
Escorpiões
@
si
nn
ar
am
at
os
Sinais: oligúria/anúria, ausência de fezes e
edemas;
Macroscopia: ascite e edema perirrenal; rins
aumentados de tamanho;
Microscopia: dilatação tubular;
Diferencial: Amaranthus spinosus.
Malformações
Mimosa tenuiflora - Jurema preta
Artrogritose;
Palatosquise e queilosquise.
Caesalpinia pyramidalis - Catingueira
Malformações, abortos e falhas reprodutivas.
Fotossensibilização
Fotossensibilização primária
Froelichia humboldtiana - Ervanço:
 - Equídeos, bovinos e ovinos;
 - Agentes fotodinâmicos : dermatite fotossensível;
 - Sinais : eritema, edema, ulceração, necrose e
desprendimento da epiderme;
 - Ausência de lesões hepáticas.
Chamaecrista serpens:
- Dermatite fotossensível tóxica em bovinos
(Alagoas) e ovinos (Bahia).
Fotossensibilização secundária
Crotalaria retusa - guizo de cascavel:
- Caprinos, ovinos, bovinos e equinos;
- Princípio tóxico: alcaloides pirrolizidínicos -
lesão em hepatócitos;
- Disfunção hepática : icterícia e hemorragia;
- Fotossensibilização hepatógnea.
Plantas hepatotóxicas
Brachiaria decumbens
- Macroscopia: icterícia generalizada, fígado
aumentado de volume, alaranjado e firme;
- Microscopia: cristais birrefringentes em
ductos biliares, dentro de hepatócitos e
macrófagos, bilestase, tumefação e
vacuolização de hepatócitos, proliferação de
ductos e canículos biliares.
Tephrosia cinerea - Anil falso
- Ovinos - barriga d ́água;
- Fibrose hepática - hipertensão portal -
aumento da pressão hidrostática = ascite;
- Encefalopatia hepática.
PLANTAS TÓXICASPLANTAS TÓXICAS
24
Plantas cardiotóxicas
@sinnaramatos
- Bovinos;
- Planta ornamental;
- Glicosídeos cardiotóxicos.
- Bovinos, ovinos e caprinos;
- Princípio tóxico: suspeita-se de ácido
monofluoracético.
Nerium oleander - Espirradeira
Morte súbita
Mascagnia rigida - Tinguí
Policourea marcgravii - Erva de rato
- Perene arbustivo;
- Todas as partes são tóxicas;
- Princípio tóxico: ácido monofluoracético.
Intoxicação por nitrato e nitrito
Pennisetum purpureum (Cenchrus
purpureus):
- Echinoba polystachia;
- Diagnóstico: prova de defenilamina.
Plantas cianogênicas
Manihot spp. - Mandioca;1.
Piptadenia macrocarpa;2.
Sorghum helepense.3.
Manihot spp. - Mandioca;
Piptadenia macrocarpa;
Sorghum helepense.
PLANTAS TÓXICASPLANTAS TÓXICAS
25
INTOXICAÇÃOINTOXICAÇÃO
MEDICAMENTOSAMEDICAMENTOSA
26
@sinnaramatos
Fatores que favorecem a intoxicação :
medicamentosa:
Automedicação: tutores sem consulta veterinária;
Venda sem prescrição veterinária;
Falta de fiscalização dos estabelecimentos que
vendem produtos veterinários;
 *O gato é o mais predisposto à intoxicação por
possuir um metabolização mais lenta devido a
ausência da glucosuril transferase.
Negligência dos proprietários com relação à
localização dos medicamentos.
Variação de acordo com a espécie animal.
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSAINTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA
27
Intoxicação medicamentosa consiste em uma
série de sinais e sintomas produzidos,
quando um medicamento é ingerido, inalado,
injetado ou entra em contato com a pele,
olhos ou membranas mucosas em dose(s)
acimada(s) terapêutica(s).
Panorama na Medicina Veterinária
Anti-inflamatórios e analgésicos
Sinais clínicos (anti-inflamatórios):
Gastrites, gastroenterites e úlceras hemorrágicas;
Anemia, trombocitopenia e leucopenia;
Lesão na cartilagem articular;
Lesão hepática;
Insuficiência renal;
Hipersensibilidade.
Ácido aceteilsalicílico
Êmese ou hematêmese;
Anorexia;
Hipertermia.
Casos graves: gastroenterite hemorrágica grave,
acidose metabólica,taquipneia, nistagmo,
coma/convulsão e morte.
Tratamento:
- Indução do vômito;
- Lavagem gástrica com carvão ativado;
- Catárticos;
- Fluidoterapia com ringer com lactato;
- Transfusão sanguínea, se houver anemia ou
hemorragia grave;
- Protetores de mucosa gástrica.
Diclofenaco de sódio/potássio
Antiinflamatório bastante utilizado na
medicina humana;
Um dos princípios ativos que mais causam
intoxicação em gatos e cães;
Os cães são especialmente sensíveis -
gastroenterite hemorrágica;
Os efeitos colaterais (COX-1 e COX-2);
Sinais clínicos:
- Vômitos e diarreia com sangue.
- Insuficiência renal aguda.
Tratamento
- Indução do vômito;
- Lavagem gástrica com carvão ativado;
- Fluidoterapia com ringer lactato;
- Transfusão sanguínea;
- Antagonistas de receptores de H2;
- Protetores de mucosa - sucralfato.
Paracetamol ou acetominofeno
- Metabolização lenta em gatos
- Tolerado por cães;
Sinais clínicos:
- Anemia hemolítica, icterícia e hemoglobinúria;
- Hipotermia;
- Edema;
- Toxicose hepática aguda;
- Convulsão;
- Insuficiência renal aguda.
@sinnaramatos
INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSAINTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA
28
Quinolonas
Antimicrobianos bactericidas de amplo espectro.
Tratamento:
- Anorexia, náusea e vômito;
- Ataxia;
- Farmacodermia.
Sinais clínicos 
AINE ́s derivados do ácido propiônico;
Margem de segurança extremamente estreita
para cães;
Em gatos tem meia-vida longa;
Sinais clínicos:
- Gastrite e úlcera gástrica;
- Vômito e melena;
- Icterícia;
- Insuficiência renal e hepática.
Tratamento
- Lavagem gástrica com carvão ativado;
- Antiácidos;
- Protetores de mucosa;
- Antihemorrágicos;
- Transfusão sanguínea.
Tratamento
- Hepatotóxico e teratogênico;
Sinais clínicos:
- Vômito e diarreia;
- Artropatia (erosão da cartilagem articular);
- Tremores e convulsão.
Tratamento: suporte.
- Indução do vômito;
- Lavagem gástrica com carvão ativado;
- Oxigenoterapia;
- Fluidoterapia com ringer lactato;
- Acetilcisteína;
- Cimetidina, vitamina C;
- Anticonvulsivantes.
Ibuprofeno
Antimicrobianos e antibióticos
Cetoconazol
Tratamento: Sintomático e de suporte.
Drogas ilícitas ou de abuso
Cocaína
Absorvida por mucosa e TGI;
Mecanismo de ação: 
Age na recaptação de catecolaminas endógenas
e dopamina, aumentando neurotransmissão
dopaminérgica.
Sinais clínicos 
- Excitação do SNC, agitação e tremores;
- Convulsão e ataxia;
- Sialorreia;
- Midríase;
- Hipoglicemia;
- Arritmias cardíacas.
- Indução do vômito;
- Carvão ativado;
- Clorpromazina 12mg/Kg;
- Oxigenoterapia, se houver necessidade;
- Administração de glicose, se houver
hipoglicemia;
- Retirada cirúrgica em casos de ingestão de
pequenos
Nicotina
Alcaloide extraído de folhas de tabaco;
Encontrado principalmente em cigarros;
Tem ação teratogênica;
Sinais clínicos 
Excitação e salivação;
Diarreia e vômito;
Fase de depressão: ataxia, taquicardia,
dispneia, coma e óbito.
RODENTICIDASRODENTICIDAS
29
@sinnaramatos
RODENTICIDASRODENTICIDAS
30
Via de exposição: ingestão ou lambedura;
Proibidos no Brasil: A base de alfanaftilitiureia,
arsênico e seus sais, brometalina, estricnina, fosfetos
metálicos, fósforo branco, monofluorocetato de sódio
e monofluoroacetamida e sais de bário e sais de
tálio.
Uso:
- Profissional: somente têm acesso firmas
especializadas e técnicos que pertencem a
órgãos públicos que controlam
ratos;
- Livre : pode ser adquirido por qualquer
indivíduo em estabelecimentos comerciais.
Derivados indandiônicos:
Rodenticida, raticida ou muricida é um veneno de
elevada toxicidade utilizado para exterminar ratos e
roedores em geral. Os raticidas constituem um tipo
de pesticida. Por serem utilizados metais pesados
em sua composição, essa substância acaba sendo
perigosa devido ao risco de intoxicação.
Mecanismo de ação
Inibem a enzima K1 epóxido redutase
responsável pela carboxilação e ativação dos
fatores de coagulação (II, VII, IX e X).
Classificação : 
Formulação: iscas são
atrativas e palatáveis aos
roedores;
Anticoagulantes: relativamente seguro, tem efeito
residual e possui antídoto.
Cumarínicos: hidroxicumarínicos e dicumarínicos;
- Primeira geração: Varfarina e Dicumarol;
- Segunda geração: Brodifacum, Bromadiolona,
Difenacum, Flocoumafeno e Cumatetralil.
- Primeira geração: Pindona e Valona;
- Segunda geração: Difacinona e Clorfacinona.
Sinais clínicos
Dependente da quantidade ingerida;
Suscetibilidade (espécie);
Dispneia e estertores pulmonares;
Perda aguda/crônica de sangue - distúrbios
hemorrágicos;
Inapetência e letargia;
Entre 2 a 5 dias:
- Hematêmese, melena ou hematoquezia,
hematúria e metrorragia, hemorragias
intraoculares, hematomas subcutâneos,
hemoperitônio, hemotórax e hemorragia
pulmonar.
Diagnóstico
Histórico, se o animal teve acesso ao tóxico;
Sinais clínicos hemorrágicos;
Exames laboratoriais:
- Tempo de coagulação (TC);
- Tempo de protrombina (TP);
- Tempo de tromboplastina parcial ativada
(TTPA).
- Hemograma;
- Urinálise: hematúria;
- Radiografia e ultrassonografia abdominais e
torácicas: derrames e hemorragias;
- Análise toxicológica por cromatografia em
camada gasosa.
Prognóstico
Intoxicações por cumarínicos e derivados
indandiônicos geralmente é bom, desde que
seja instituído tratamentos específicos e de
suporte adequado; O prognóstico torna-se
reservado em quadros hemorrágicos
avançados ou ingestão de grande quantidade
do tóxico.
DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS
31
@sinnaramatos
DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS
32
Exemplos: desinfetantes, cera, algicidas,
fungicidas, detergentes, inseticidas, alvejantes e
desodorantes.
A embalagem destes produtos precisam
informar quantidade, composição, técnico
responsável, dados de fabricante, princípio ativo
usado, modo de usar, instruções para
armazenamento e providências em casos de
acidentes.
Quadro agudo: maioria dos produtos;
Quadro crônico: irritativo e hipersensibilidade.
Sinais clínicos de acordo com o contato:
Característcas Gerais
Produtos utilizados no
ambiente doméstico;
Causa acidentes e
danos à saúde de
pessoas e animais;
Muitos são fabricados
clandestinamente;
A composição e toxicidade dos produtos de limpeza e
higiene são variados;
Formas mais comum de intoxicação :
Ingestão
Queimaduras ou manchas ao redor da boca;
Respiração ou hálito com cheiro de veneno;
Salivação excessiva ou espuma pela boca,
náuseas e vômitos;
Dor na boca e/ou na garganta, dor abdominal;
Respiração anormal, tremores, agitação ou
apatia.
Náuseas, vômito e síncope;
Olhos irritados e vermelhos;
Dificuldade respiratória, tosse, mucosa
cianótica;
Agitação ou apatia intensa;
Inconsciência.
Contato com a pela ou olhos
Prurido;
Reações irritantes e eritemas na pele;
Reações tipo queimaduras com bordas bem
definidas;
Manchas na pele, alteração na cor da
pelagem.
Condutas gerais de primeiros socorros:
Manter as funções de órgãos vitais;
Canular uma veia para administração de
fármacos;
Manter as vias áreas desobstruídas;
Regular a temperatura corpórea do paciente;
Promover diminuição do contato do produto
com o paciente.
Tóxico ingerido (paciente consciente) :
Manter a temperatura corpórea;
Encaminhar o mais rápido possível para
atendimento;
Se possível, levar o frasco do produto ingerido.
Domissanitário é um termo utilizado para
identificar os saneantes destinados a uso
doméstico. Os saneantes são substâncias ou
preparações destinadas à higienização,
desinfecção ou desinfestação domiciliar.
- Torna o produto mais concentrado e podem causar
intoxicação com maior frequência e maior gravidade.
- Ingestão;
- Inalação;
- Absorção pela pele;
- Olhos.
Inalação
@sinnaramatos
DOMISSANITÁRIOSDOMISSANITÁRIOS
33
Contaminação pela pele : 
Colocar o animal sob chuveiro ou jato de água
corrente para retirada do produto;
Não tentar nenhum antídoto químico,
Sinais clínicos
Fenol e derivados
Exemplos: antissépticos, desinfetantes,
germicidas e detergentes.
Ácido fênico/carbólico: substância sólida,
esbranquiçada, aromática e solúvel em água.
Tratamento
Exposição oral : Carvão ativado, Catártico
salina, Albumina;
Tratamento de suporte: controlarconvulsões, corrigir acidose metabólica,
distúrbios hidroeletrolíticos e tratar
insuficiência renal e hepática.
Exposição dérmica: Dar banho no animal
com água corrente durante 30min.
Sabão e sabonetes
Detergentes
Tóxico ingerido (paciente inconsciente) :
Não oferecer nada para o animal beber;
Verificar se há respiração, se não houver, iniciar
artificial;
Verificar se não existe obstrução;
Colocar o animal em decúbito lateral para evitar
aspiração de vômito espontâneo.
- Irritação;
- Ulceração e corrosão da pele;
- Dores intensas;
- Sinais neurológicos, como tremores, incoordenação,
fasciculações musculares leves;
- Icterícia (hemólise e lesão hepática);
- Insuficiência renal;
- Odor fenólico no ar respirado e na pele.
Tóxico inalado:
Levar o animal para um local fresco e com
ventilação para expelir o mais rapidamente os
gases; 
Manter a função respiratória.
Contaminação dos olhos: 
Separar bem as pálpebras;
Lavar os olhos durante 15-20min com água
corrente.
Diagnóstico
- Sinais clínicos e anamnese;
- Urinálise : proteinúria, hematúria, células epiteliais,
cilindros e fenóis e cresóis.
Sabão: ácidos graxos, fosfatos, silicatos e
carbonatos;
Baixa toxicidade;
Sinais clínicos : Irritação da pele, distúrbios
gastrointestinais (vômito, diarreia e dor
abdominal), Olhos (irritação grave, ardor,
lacrimejamento e edema de pálpebras.)
Tratamento : Sintomático.
Dissolvem gordura e auxiliam na limpeza de todos
utensílios domésticos;
Detergentes ou surfactantes aniônicos:
hidrocarbonetos fosforilados ou sulfatados;
Detergentes não iônicos: sulfatos, alcoóis ou
sulfonatos poliéter alquílicos.
Detergentes catiônicos: amônia quaternária
que contém halogênio.
Sinais clínicos
Náusea, vômito e diarreia;
Queimaduras químicas em pele e mucosa;
Choque.
Exposição dérmica = irritação, hiperemia,
edema, rachaduras da pele e ulcerações.
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Compostos clorados e cloro: hipoclorito de sódio,
cloro ativo, água sanitária, desinfetantes;
Baixo custo;
Efeito corrosivo;
Sinais clínicos
Exposição tópica :
Irritação da pele podendo causar dermatite;
Vesículas e eczemas.
Inalação de gases liberados :
Irritação respiratória com traqueobronquite;
Pneumonite química.
Desinfetantes
Exposição oral:
Irritação intensa na mucosa digestiva;
Dores na boca, esôfago, estômago;
Disfagia e sialorreia;
Vômitos que podem ser sanguinolentos;
Distúrbios circulatórios e hipotensão;
Choque, delírio e coma.
Tratameto: 
Exposição oral :
Não induzir o vômito;
Lavagem gástrica deve ser realizada com
cautela;
Substâncias de demulcentes são úteis (óleo de
oliva);
Manter tratamento sintomático e medidas de
manutenção.
Exposição tópica :
Lavar o local com água em abundância.
Rapidamente absorvível pelo trato
gastrointestinal;
Muito desidratante, ressecando a pele e os
tecidos;
Promover esvaziamento gástrico até a
primeira hora após a ingestão;
Administração de glicose IV se houver
hipoglicemia;
Pode-se administrar frutose (acelera
metabolismo).
Contato ocular :
Conjuntivite;
Lacrimejamento;
Congestão;
Fotofobia;
Edema de pálpebras.
Álcool
Sinais clínicos
- Euforia e convulsão;
- Irritabilidade;
- Incoordenação de movimentos;
- Náuseas e vômitos;
- Hipoglicemia;
- Sonolência e hipotensão;
- Coma.
Tratameto
ANOTAÇÕES

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