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Diversidade e Evolução dos Protistas

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Protistas
Os estudos metagenômicos revelaram um tesouro de protistas, anteriormente desconhecidos dentro do mundo de vida microscópica. Muitos desses organismos recentemente descobertos têm somente 0,5 a 2 mm de diâmetro – tão pequenos como muitos procariotos. Estudos genéticos e morfológicos também têm mostrado que alguns protistas são mais intimamente relacionados às plantas, fungos ou animais do que a outros protistas. Como consequência, o reino no qual todos os protistas foram uma vez classificados, Protista, foi abandonado e várias linhagens são agora reconhecidas como seus próprios reinos. A maioria dos biólogos ainda usa o termo protista, mas somente como um modo conveniente para se referir aos eucariotos que não são plantas, animais ou fungos.
Os eucariotos, em sua maioria, são organismos unicelulares
Os protistas, junto com as plantas, animais e fungos são classificados como eucariotos; as células eucarióticas têm um núcleo e outras organelas envolvidas por membrana, como mitocôndrias e o aparelho de Golgi. Essas organelas proporcionam locais específicos onde determinadas funções celulares são realizadas, tornando a estrutura e organização das células eucarióticas mais complexas do que as das células procarióticas.
 As células eucarióticas também possuem um citoesqueleto bem desenvolvido que se estende por toda a célula. O citoesqueleto proporciona o suporte estrutural que possibilita às células eucarióticas terem formas assimétricas, bem como alterar sua forma quando elas se alimentam, movem ou crescem. 
Os organismos na maioria das linhagens eucarióticas são protistas e a maioria dos protistas é unicelular.
Diversidade estrutural e funcional em protistas
Os protistas exibem mais diversidade estrutural e funcional do que os eucariotos com os quais estamos mais acostumados – plantas, animais e fungos.
Os protistas unicelulares são considerados os eucariotos mais simples, mas a nível celular, vários protistas são muito complexos – os mais elaborados de todas as células. Em organismos multicelulares, funções biológicas essenciais são executadas por órgãos. Protistas unicelulares executam as mesmas funções essenciais, mas as fazem usando organelas subcelulares, não órgãos multicelulares. Certos protistas ainda contam com organelas não encontradas na maioria das outras células eucarióticas, como vacúolos contráteis que bombeiam o excesso de água para fora da célula protista.
Os protistas também são muito diversos em sua nutrição. Alguns protistas são fotoautótrofos e contêm cloroplastos, alguns são heterótrofos, absorvendo moléculas orgânicas ou ingerindo maiores partículas de alimento. Outros protistas, chamados mixótrofos, combinam fotossíntese e nutrição heterotrófica.
Alguns protistas que se reproduzem apenas assexuadamente; enquanto outros também podem se reproduzir sexualmente ou ao menos empregar processos sexuados de meiose e fertilização.
Quatro supergrupos de eucariotos
Uma vez que a raiz da árvore eucariótica não é conhecida, todos os quatro supergrupos são representados divergindo simultaneamente de um mesmo ancestral comum. Sabemos que isso não é correto, mas não sabemos quais organismos foram os primeiros a divergir dos outros.
A endossimbiose na evolução eucariótica
Há evidência de que muita da diversidade protista tem sua origem na endossimbiose, uma relação entre duas espécies na qual um organismo vive dentro da célula ou células de outro organismo (o hospedeiro). A evidência também sugere que as mitocôndrias evoluíram antes dos plastídios. Portanto, um momento definidor da origem dos eucariotos ocorreu quando uma célula hospedeira englobou uma bactéria que se tornaria mais tarde uma organela encontrada em todos os eucariotos – a mitocôndria.
Para determinar qual linhagem procariótica deu origem à mitocôndria, os pesquisadores compararam sequências de DNA de genes mitocondriais (DNAmt) com aqueles encontrados nos principais clados de bactérias e arqueias. Esses estudos indicam que as mitocôndrias surgiram de uma proteobactéria alfa, os resultados também indicam que as mitocôndrias de protistas, animais, fungos e plantas descendem de um único ancestral comum, portanto, sugerindo que as mitocôndrias surgiram somente uma vez ao longo do curso da evolução. Análises semelhantes mostram que os plastídios surgiram uma vez de uma cianobactéria englobada.
Enquanto as linhagens que deram origem às mitocôndrias e plastídios têm sido identificadas, dúvidas permanecem acerca da identidade da célula hospedeira que englobou uma proteobactéria alfa – e ao fazê-lo, preparou o estágio para a origem dos eucariotos.
A evolução do plastídio: um olhar mais aprofundado
Evidências atuais indicam que a mitocôndria descende de uma bactéria que foi englobada por uma célula de uma linhagem das arqueias. Esse evento deu origem aos eucariotos. Há também muitas evidências que, posteriormente na história eucariótica, uma linhagem de eucariotos heterotróficos adquiriu um endossimbionte adicional – uma cianobactéria fotossintética – que então evoluiu para plastídios. Esta linhagem contendo plastídios deu origem a duas linhagens de protistas fotossintetizantes, ou algas: algas vermelhas e algas verdes. 
Os plastídios em algas vermelhas e algas verdes são também circundados por duas membranas, as proteínas de transporte nessas membranas são homólogas às proteínas nas membranas internas e externas de cianobactérias, fornecendo suporte adicional para a hipótese que os plastídios se originaram de uma cianobactéria endossimbionte. 
Em diversas ocasiões durante a evolução eucariótica, as algas vermelhas e as verdes experimentaram endossimbiose secundária, ou seja, foram ingeridas nos vacúolos digestivos de eucariotos heterotróficos e se tornaram elas próprias endossimbiontes. 
Diversidade de plastídios produzidos por endossimbiose. 
Estudos de eucariotos com plastídios sugerem que estes evoluíram de uma cianobactéria que foi englobada por um eucarioto ancestral heterotrófico (endossimbiose primária). Esse ancestral, então, se diversificou em algas vermelhas e verdes, algumas das quais depois foram englobadas por outros eucariotos (endossimbiose secundária).
Explorando a diversidade protista
Os grupos eucarióticos nas pontas dos ramos estão associados em “supergrupos” maiores, identificados verticalmente na parte mais à direita da árvore. Grupos que foram anteriormente classificados no reino Protista estão realçados em amarelo. Linhas pontilhadas indicam relações evolutivas que são incertas e clados propostos que estão sob ativo debate. Para clareza, esta árvore inclui somente clados representativos de cada supergrupo. Além disso, as descobertas recentes de muitos novos grupos de ucariotos indicam que a diversidade eucariótica é muito maior do que a mostrada aqui.
.
Agora que examinamos alguns dos padrões gerais na evolução eucariótica, estudaremos em maior detalhe os quatro principais grupos de protistas.
 1.Excavatae
Incluem protistas com mitocôndrias modificadas e protistas com flagelos exclusivos. Excavatae, um clado que foi originalmente proposto baseado em estudos morfológicos do citoesqueleto. Alguns membros desse grupo diverso também têm um sulco alimentar “escavado” em um lado do corpo da célula. Os Excavatae incluem os diplomonadídeos, parabasalídeos e euglenozoários.
1.1 Diplomonadídeos e 1.2 parabasalídeos :Os protistas nestes dois grupos carecem de plastídios e têm mitocôndrias altamente modificadas, a maioria é encontrada em ambientes anaeróbios. Os diplomonadídeos têm mitocôndrias reduzidas chamadas mitossomos. Nessas organelas faltam cadeias de transporte de elétrons funcionais e, portanto, não podem usar oxigênio para auxiliar a extrair energia de carboidratos e outras moléculas orgânicas. Em vez disso, os diplomonadídeos obtêm a energia de que necessitam a partir de rotas bioquímicas anaeróbias. Muitos diplomonadídeos são parasitos, Os parabasalídeos também têm mitocôndrias reduzidas; chamadas hidrogenossomos, essas organelas geram alguma energia anaerobiamente, liberando gás hidrogêniocomo um subproduto. 
1.3 Euglenozoários: Pertencem a um clado diverso que inclui heterótrofos predadores, autótrofos fotossintetizantes, mixótrofos e parasitos. O principal aspecto morfológico que distingue os protistas neste clado é a presença de um bastão com uma estrutura espiral ou cristalina dentro de cada um de seus flagelos. Os dois grupos de euglenozoários mais bem-estudados são os cinetoplastídeos e os euglenídeos.
1.3.1Cinetoplastídeos - Têm uma única mitocôndria grande que contém uma massa organizada de DNA chamada de cinetoplasto. Esses protistas incluem espécies que se alimentam de procariotos em ecossistemas de água doce, marinhos e terrestres úmidos, bem como espécies que parasitam animais, plantas e outros protistas. 
1.3.2 Euglenídeos – Possui uma bolsa em uma extremidade da célula de onde emerge um ou dois flagelos. Alguns euglenídeos são mixótrofos: eles realizam fotossíntese quando a luz solar está disponível, mas quando não está eles podem se tornar heterotróficos, absorvendo nutrientes orgânicos de seu ambiente. Muitos outros euglenídeos englobam presas por fagocitose.
2. SAR
O clado “SAR” é um grupo é altamente diverso definido por similaridades do DNA.Esse supergrupo contém três clados grandes (e por isto é nomeado assim) e muito diversos. Alguns dados morfológicos de sequência de DNA sugerem que dois desses grupos, os estramenópilos e alveolados, se originaram há mais de um bilhão de anos, quando um ancestral comum desses dois clados englobou uma alga vermelha fotossintetizante unicelular.
O clado SAR é um dos mais controversos dos quatro supergrupos, mesmo assim, para muitos cientistas, este supergrupo representa a melhor hipótese atual para a filogenia dos três grandes clados de protistas.
2.1 Estramenópilos
 Inclui alguns dos organismos fotossintetizantes mais importantes do planeta. Seu nome (do latim, stramen, palha, e pilus, pelo) se refere a seu flagelo característico, que tem numerosas projeções finas semelhantes a pelos. Na maioria dos estramenópilos, este flagelo “piloso” é pareado com um flagelo “liso” (sem pelos) mais curto
2.1.1 Diatomáceas: São algas unicelulares que têm uma parede singular semelhante a vidro, feita de dióxido de silício embebida em uma matriz orgânica. A parede consiste em duas partes que se sobrepõem como uma caixa de sapato e sua tampa. Essas paredes proporcionam proteção eficaz contra o esmagamento pelas mandíbulas dos predadores: diatomáceas vivas podem suportar pressões tão grandes quanto 1,4 milhão de kg/m2.
As diatomáceas são tão bem distribuídas e abundantes que sua atividade fotossintética afeta os níveis globais de dióxido de carbono.
2.1.2 Algas douradas: Em geral, são biflageladas, com ambos os flagelos fixados próximos a uma extremidade da célula. Muitas algas douradas são componentes do plâncton de água doce e marinho, comunidades principalmente de organismos microscópicos que flutuam nas correntes próximas à superfície da água. Enquanto todas as algas douradas são fotossintetizantes, algumas espécies são mixotróficas, podem absorver compostos orgânicos dissolvidos ou ingerir partículas de alimento, incluindo células vivas, por fagocitose.
Se as condições ambientais se deterioram, muitas espécies formam cistos protetores que podem sobreviver por décadas.
2.1.3 Algas pardas : As algas maiores e mais complexas são as algas pardas. Todas são multicelulares e a maioria é marinha. As algas pardas são especialmente comuns ao longo de costas temperadas que têm correntes de águas frias. Elas devem suas cores características amarronzadas ou oliva, aos carotenoides em seus plastídios.
Algumas das algas pardas marinhas têm tecidos especializados e órgãos que se assemelham aos das plantas, como um apreensório semelhante à raiz, que ancora a alga, e um estipe semelhante ao caule, que sustenta as lâminas parecidas com folhas. As algas pardas têm adaptações que permitem que suas principais superfícies fotossintetizantes estejam próximas a superfície da água.
As algas pardas são importantes economicamente para os seres humanos. Algumas espécies são consumidas, como a Laminaria (em japonês, kombu), que é usada em sopas. Além disso, as paredes celulares de algas pardas contêm uma substância gelatinosa, chamada algina, que é usada para adensar muitos alimentos processados, incluindo pudins e molhos para saladas.
Alternância de gerações 
Uma diversidade de ciclos de vida evoluiu entre as algas multicelulares. Os ciclos de vida mais complexos incluem alternâncias de gerações, uma alternância de formas multicelulares haploides e diploides. Embora as condições haploides e diploides se alternem em todos os ciclos de vida sexuais – os gametas humanos, por exemplo, são haploides – a expressão alternância de gerações se aplica somente a ciclos de vida nos quais tanto os estágios haploide como diploide são multicelulares. a alternância de gerações também evoluiu nas plantas. O complexo ciclo de vida da alga parda Laminaria fornece um exemplo de alternância de gerações. O indivíduo diploide é chamado esporófito porque ele produz esporos. Os esporos são haploides e se movem por meio de flagelos; eles são chamados zoósporos. Os zoósporos se desenvolvem em gametófitos haploides multicelulares masculinos e femininos que produzem gametas. A união de dois gametas (fertilização) resulta em um zigoto diploide, que amadurece e dá origem a um novo esporófito multicelular. Em Laminaria, as duas gerações são heteromórficas, significando que os esporófitos e gametófitos são estruturalmente diferentes. Outros ciclos de vida de algas têm uma alternância isomórfica de gerações, na qual os esporófitos e gametófitos parecem similares uns aos outros, embora eles difiram no número de cromossomos.
2.2 Alveolados 
Os membros do próximo subgrupo do clado SAR, os alveolados, têm sacos envolvidos por membranas (alvéolos) logo abaixo da membrana plasmática. São abundantes em muitos hábitats e abrangem diversos protistas fotossintetizantes e heterotróficos. Os Aveolados são constituídos de três clados : um grupo de flagelados (os dinoflagelados), um grupo de parasitos (os apicomplexos) e um grupo de protistas que se movem usando cílios (os ciliados).
2.2.1 Dinoflagelados: As células de muitos dinoflagelados são reforçadas por placas de celulose. Os dois flagelos localizados em sulcos que fazem os dinoflagelados girar quando eles se movem pela água de suas comunidades marinhas ou de água doce. Embora se acredite que o grupo se originou por endossimbiose secundária, aproximadamente metade de todos os dinoflagelados é agora inteiramente heterotrófica. Outros são espécies importantes do fitoplâncton (plâncton fotossintetizante, que inclui bactérias fotossintetizantes, bem como as algas); muitos dinoflagelados fotossintetizantes são mixótrofos
2.2.2 Apicomplexos: Aproximadamente todos os apicomplexos são parasitos de animais – e praticamente todas as espécies animais examinadas até agora são atacadas por estes parasitos. Os parasitos se espalham em seus hospedeiros como minúsculas células infecciosas chamadas esporozoítos. Os apicomplexos são assim nomeados porque uma extremidade (o ápice) da célula do esporozoíto contém um complexo de organelas especializadas para a penetração das células e tecidos do hospedeiro. Embora os apicomplexos não sejam fotossintetizantes, dados recentes mostram que eles retêm um plastídio modificado (apicoplasto), mais provavelmente de origem nas algas vermelhas. A maioria dos apicomplexos tem intricados ciclos de vida com ambos os estágios sexuados e assexuados. Muitas vezes, esses ciclos de vida necessitam de duas ou mais espécies hospedeiras para a conclusão. Por exemplo, Plasmodium, o parasito que causa a malária, vive tanto em mosquitos como em seres humanos
2.2.3 Ciliados: São um grande e variado grupo de protistas, assim denominado por seu uso de cílios para se mover e se alimenta. Em geral, a maioria dos ciliados é predadora de bactérias ou pequenos protistas. Seus cílios podem cobrir completamente a superfície da célula ou podem ser reunidos emalgumas fileiras ou tufos. Em certas espécies, séries de cílios firmemente compactados funcionam coletivamente na locomoção. Outros ciliados correm sobre estruturas parecidas com pernas construídas a partir de muitos cílios unidos.
Uma característica distintiva dos ciliados é a presença de dois tipos de núcleos: minúsculos micronúcleos e grandes macronúcleos. Uma célula tem um ou mais núcleos de cada tipo. A variação genética resulta de conjugação, um processo sexuado no qual dois indivíduos permutam micronúcleos haploides, mas não se reproduzem. Em geral, os ciliados se reproduzem assexuadamente por fissão binária, durante a qual o macronúcleo existente se desintegra e um novo é formado a partir dos micronúcleos da célula. Cada macronúcleo costuma conter múltiplas cópias do genoma do ciliado. Os genes no macronúcleo controlam as funções comuns da célula, como a nutrição, a remoção dos resíduos e a manutenção do balanço hídrico.
2.3 Rhizaria 
Muitas espécies neste grupo são amebas, protistas que se movem e se alimentam por meio de pseudópodos, extensões que podem se projetar de quase qualquer lugar na superfície celular. Quando se move, uma ameba estende um pseudópodo e ancora a ponta; mais citoplasma flui então para o pseudópodo. As amebas não constituem um grupo monofilético; em vez disso, elas são dispersas por vários táxons eucarióticos remotamente relacionados. A maioria das amebas que pertencem a Rhizaria difere morfologicamente das outras amebas por terem pseudópodos filiformes. Rhizaria também incluem protistas flagelados (não ameboides) que se alimentam usando pseudópodos filiformes. Examinaremos aqui três grupos de Rhizaria: radiolários, foraminíferos e cercozoários.
 2.3.1 Radiolários:
 Maioria marinhos, possuem um delicados esqueletos internos intricadamente simétricos, em geral formados de sílica. Os pseudópodos desses protistas, em sua maioria marinhos, se irradiam do corpo central e são reforçados por feixes de microtúbulos. Os microtúbulos são cobertos por uma fina camada de citoplasma, que envolve microrganismos menores que ficam presos aos pseudópodos. Correntes citoplasmáticas então conduzem a presa capturada para a parte principal da célula. Após a morte dos radiolários, os esqueletos se depositam no fundo do mar, onde se acumulam como um lodo que tem centenas de metros de espessura em alguns locais.
2.3.2 Foraminíferos: (oceano e água doce)
Fosseis 
Possuem pequenas conchas, possuem uma pequena cavidade, do latim, foramen, pequena cavidade, e ferre, portar) têm esse nome devido a suas conchas porosas, chamadas tecas. As tecas dos foraminíferos consistem em uma única peça de material orgânico endurecida com carbonato de cálcio. Os pseudópodos que se estendem pelos poros funcionam na natação, na formação da teca e na nutrição. Muitos foraminíferos também obtêm alimento da fotossíntese de algas simbióticas que vivem dentro das tecas. Os foraminíferos são encontrados tanto no oceano como na água doce, a maioria das espécies vive na areia ou se fixam a rochas ou algas, mas alguns são abundantes no plâncton. 
2.3.3 Cercozoários : marinhos, agua doce e solo
 Identificados primeiramente em filogenias moleculares, os cercozoários são um grande grupo de protistas ameboides e flagelados que se alimentam usando pseudópodos filiformes. São habitantes comuns em ecossistemas marinhos, de água doce e no solo. A maioria dos cercozoários é heterótrofa. Muitos são parasitos de plantas, animais ou outros protistas; muitos outros são predadores. Os predadores abrangem os consumidores mais importantes de bactérias em ecossistemas aquáticos e no solo, junto com espécies que consomem outros protistas, fungos e mesmo pequenos animais. Um pequeno grupo de cercozoários, os Chlorarachniophyta é mixotrófico: esses organismos ingerem protistas menores e bactérias bem como realizam fotossíntese. Ao menos outro cercozoário, Paulinella chromatophora, é um autótrofo, derivando sua energia da luz e seu carbono do dióxido de carbono.
3. Archaeplastida
Archaeplastida é um grupo monofilético que descendeu de um protista ancestral que englobou um a cianobactéria.
3.1 Algas vermelhas: 
Muitas das 6.000 espécies conhecidas são avermelhadas, devido ao pigmento fotossintetizante chamado ficoeritrina, que mascara o verde da clorofila.
As algas vermelhas são as macroalgas mais abundantes nas águas costeiras quentes dos oceanos tropicais. Alguns de seus pigmentos fotossintetizantes, incluindo a ficoeritrina, permitem a elas absorver luzes azul e verde que penetram relativamente fundo na água. Uma espécie de alga vermelha foi descoberta próximo às Bahamas em uma profundidade de mais de 260 m. Há também um pequeno número de espécies de água doce e terrestres.
A maioria das algas vermelhas é multicelular. As algas vermelhas se reproduzem sexuadamente e têm ciclos de vida diversos, nos quais a alternância de gerações é comum. Contudo, diferente de outras algas, não têm gametas flagelados, de modo que dependem das correntes aquáticas para aproximar os gametas para a fertilização.
3.2 Algas verdes: Os cloroplastos verde-grama das algas verdes têm uma estrutura e composição de pigmentos muito parecidas às dos cloroplastos das plantas terrestres. A sistemática molecular e a morfologia celular deixam poucas dúvidas de que as algas verdes e as plantas terrestres são intimamente relacionadas. 
As algas verdes são divididas em dois grupos principais, as carófitas e as clorófitas.
3.2.1 Carófitas- são as algas mais intimamente relacionadas às plantas terrestres. 
3.2.1 Clorófitas – agua doce, marinha e terretrre
Incluem mais de 7 mil espécies. A maioria vive em água doce, mas também há muitas marinhas e algumas espécies terrestres. As clorófitas mais simples são organismos unicelulares como Chlamydomonas, que se assemelham aos gametas das clorófitas mais complexas. Várias espécies de clorófitas unicelulares vivem livremente em hábitats aquáticos como fitoplâncton ou habitam solo úmido. Algumas vivem simbioticamente dentro de outros eucariotos, e parte da produção fotossintética contribui para o suprimento alimentar de seus hospedeiros. Outras clorófitas ainda vivem em ambientes expostos à intensa radiação visível e ultravioleta; essas espécies são protegidas por compostos bloqueadores de radiação em seu citoplasma, parede celular ou revestimento do zigoto. A maioria das clorófitas tem ciclos de vida complexos, com os dois estágios reprodutivos – o sexuado e o assexuado. Quase todas as espécies de clorófitas se reproduzem sexuadamente por meio de gametas biflagelados que têm cloroplastos em forma de taça A alternância de gerações evoluiu em algumas clorófitas, incluindo Ulva.
1 . formação de colônia
2.formação de verdadeiros corpos multicelulares
3.divisão repetida de núcleo, sem divisão citoplasmática
4. Unikontae 
Incluem protistas que são estreitamente relacionados aos fungos e aos animais.
Unikontae é um supergrupo extremamente diverso de eucariotos que inclui os animais, fungos e alguns protistas. Há dois clados principais de Unikontae: os amebozoários e os opistocontes (animais, fungos e grupos de protistas estreitamente relacionados). Cada um desses dois clados principais é fortemente sustentado pela sistemática molecular. O relacionamento próximo entre amebozoários e opistocontes é mais controverso. Comparações das proteínas miosina e alguns estudos com base em genes múltiplos e genomas completos fornecem respaldo para essa relação próxima.
Na tentativa de determinar a raiz da árvore eucariótica, os pesquisadores têm baseado suas filogenias em diferentes conjuntos de genes, alguns dos quais produziram resultados divergentes. Os pesquisadores tentaram também uma abordagem diferente, baseada na localização da ocorrência de um evento evolutivo raro. Os resultados desta abordagem de “eventos raros” sugerem que os Unikontae foram os primeiros eucariotos a divergir dos outros. Se essa hipótese for correta, os animais e os fungos pertencem a um grupo divergente inicial de eucariotos, enquanto os protistas que carecem demitocôndrias típicas (como os diplomonadídeos e parabasalídeos) divergiram tardiamente na história da vida. Essa ideia permanece controversa e requererá mais evidência de sustentação para ser amplamente aceita.
4.1 Amebozoários
O clado dos amebozoários inclui muitas espécies de amebas que têm pseudópodos em forma de lobo ou de tubo, em vez dos pseudópodos filiformes encontrados em Rhizaria. Os amebozoários incluem as amebas sociais, gimnoamebas e entamebas.
4.1.1.1 Amebas sociais: As amebas sociais ou micetozoários (do latim, significando “animais fúngicos”), já foram consideradas fungos porque, como os fungos, elas produzem corpos frutíferos que auxiliam na dispersão de esporos. Entretanto, análises de sequência de DNA indicam que a semelhança entre as amebas sociais e fungos é um caso de convergência evolutiva. Análises de sequência de DNA também mostram que as amebas sociais descenderam de ancestrais unicelulares – um exemplo de origem independente da multicelularidade em eucariotos. As amebas sociais divergiram em dois ramos principais: amebas sociais plasmodiais e amebas sociais celulares. Vamos comparar suas características e ciclos de vida.
4.1.1.2-Amebas sociais plasmodiais - Muitas são brilhantemente coloridas, com frequência amarelas ou cor de laranjas. A medida que crescem, elas formam uma massa chamada plasmódio, que pode ter muitos centímetros de diâmetro. Apesar de seu tamanho, o plasmódio não é multicelular; ele é uma massa única de citoplasma não dividida por membranas plasmáticas e que contém muitos núcleos. Essa “supercélula” é o produto de divisões mitóticas nucleares não acompanhadas de citocinese. O plasmódio estende pseudópodos através do solo úmido, folhas em decomposição ou troncos apodrecidos, englobando partículas de alimento por fagocitose à medida que cresce. Se o hábitat começa a secar ou não restou alimento, o plasmódio para de crescer e se diferencia em corpos frutíferos que funcionam na reprodução sexuada.
4.1.1.3 Amebas sociais celulares - O ciclo de vida das amebas sociais celulares pode nos levar a questionar o que significa ser um organismo individual. O estágio de alimentação desses organismos consiste em células solitárias que funcionam individualmente, mas quando o alimento é exaurido, as células formam um agregado parecido com uma lesma que funciona como uma unidade . Diferente do estágio de alimentação (plasmódio) de uma ameba social plasmodial, esses agregados celulares permanecem separados por suas membranas plasmáticas individuais. Por fim, o agregado celular forma um corpo frutífero assexuado.
4.1.2 Gimnoamebas: Constituem um grupo grande e variado de amebozoários que tem pseudópodos em forma de lobos ou tubos. Esses protistas unicelulares são ubíquos no solo bem como em ambientes de água doce e marinhos. A maioria é heterótrofa que busca ativamente e consome bactérias e outros protistas, algumas gimnoamebas também se alimentam de detritos (matéria orgânica morta). 
4.1.3 Entamebas: Enquanto a maioria dos amebozoários é de vida livre, aqueles que pertencem ao gênero Entamoeba são parasitos. Eles infectam todas as classes de animais vertebrados bem como alguns invertebrados. Os seres humanos são hospedeiros de ao menos seis espécies de Entamoeba.
4.2 Opistocontes 
São um grupo extremamente diverso de eucariotos que inclui animais, fungos e vários grupos de protistas. Os nuclearídios e coanoflagelados ilustram por que os cientistas abandonaram o antigo reino Protista: um grupo monofilético que inclui esses eucariotos de uma única célula também teria que incluir animais multicelulares e fungos que são estreitamente relacionados a eles.
Protistas desempenham papéis essenciais em comunidades ecológicas
A maioria dos protistas é aquática, e eles são encontrados quase em qualquer lugar onde haja água, incluindo hábitats terrestres úmidos como solo úmido e serrapilheira. Em oceanos, açudes e lagos, muitos protistas são habitantes do fundo e se fixam às rochas, enquanto outros substratos se arrastam na areia ou no limo. Como vimos, outros protistas são constituintes importantes do plâncton. Focaremos dois papéis essenciais que os protistas desempenham na diversidade de hábitats em que vivem: o de simbionte e o de produtor.
Protistas simbióticos
 Muitos protistas formam associações simbióticas com outras espécies. Por exemplo, dinoflagelados fotossintetizantes são parceiros simbióticos fornecedores de alimento de animais (pólipos coralíferos) que constroem recifes de coral. Recifes de coral são comunidades ecológicas altamente diversas. Essa diversidade em última instância depende dos corais – e dos protistas mutualísticos que os alimentam. Os recifes de coral sustentam diversidade ao proporcionar alimento para algumas espécies e hábitat para muitas outras. Outro exemplo consiste nos protistas que digerem madeira que habitam os intestinos de muitas espécies de térmites Sem ajuda, as térmites não podem digerir madeira, dependendo de protistas ou simbiontes procarióticos para fazer isto. As térmites causam anualmente cerca de 3,5 bilhões de dólares de prejuízos em casas de madeira nos Estados Unidos.
- Os protistas podem ter efeitos devastadores também sobre outras espécies.
-Grandes mortandades de peixes foram atribuídas à Pfiesteria shumwayae
-Entre as espécies que parasitam plantas, o estramenópilo Phytophthora ramorum emergiu com um novo importante patógeno florestal. Essa espécie causa a morte súbita do carvalho, doença que causou a morte de milhões de árvores desta espécie e de outras nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.
-Uma espécie relacionada, P. infestans, causa a requeima da batata, que transforma as hastes e caules dos indivíduos de batata em uma massa viscosa negra.
Protistas fotossintetizantes 
Muitos protistas são importantes produtores, organismos que usam energia da luz (ou substâncias químicas) para converter dióxido de carbono em compostos orgânicos. Os produtores formam a base das teias alimentares ecológicas. Em comunidades aquáticas, os principais produtores são os protistas e procariotos fotossintetizantes.
Todos os outros organismos na comunidade dependem deles para o alimento, tanto diretamente (ao consumi-los) ou indiretamente (ao consumirem um organismo que consumiu um produtor). Os cientistas estimam que aproximadamente 30% da fotossíntese mundial é realizada por diatomáceas, dinoflagelados, algas multicelulares e outros protistas aquáticos. Os procariotos fotossintetizantes contribuem com outros 20% e as plantas terrestres são responsáveis pelos 50% restantes. Uma vez que os produtores formam a base das teias alimentares, os fatores que os afetam podem afetar drasticamente sua comunidade inteira. Em geral, em ambientes aquáticos, os protistas fotossintetizantes são limitados por baixas concentrações de nitrogênio, fósforo ou ferro. Várias ações humanas podem aumentar a concentração desses elementos em comunidades aquáticas. Por exemplo, quando fertilizante é aplicado em uma lavoura, parte dele pode ser levada pela chuva para um rio que corre para um lago ou oceano. Quando as pessoas adicionam nutrientes às comunidades aquáticas desse ou de outros modos, a abundância de protistas fotossintetizantes pode aumentar espetacularmente.
 Uma questão urgente é como o aquecimento global afetará os protistas fotossintetizantes e outros produtores. Por qual mecanismo a elevação das temperaturas da superfície do mar reduz o crescimento de produtores marinhos? Uma hipótese se relaciona à elevação ou ressurgência de águas frias ricas em nutrientes das profundezas. Muitos produtores marinhos dependem dos nutrientes trazidos à superfície dessa maneira. Entretanto, a elevação das temperaturas marinhas superficiais pode causar a formação de uma camada de água iluminada aquecida que age como barreira à ressurgência dos nutrientes – portanto, reduzindo o crescimento dos produtores marinhos. O aquecimento global também pode afetar os produtores nos continentes, mas nesse ambiente a base das teias alimentares está ocupada não pelos protistas,mas por plantas terrestres.

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