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Constante de tempo em circuitos RC Física Geral Experimental III - 2021.1 - Turma P08 Luan Oluani e Patrício Conceição Entregue a Luan Orion professor da disciplina Física Geral Experimental III Resumo: Neste experimento será determinada a constante de tempo em um circuito capacitivo e a partir dela determinar a capacitância deste circuito e da resistência interna de um voltímetro. As medidas serão feitas de forma teórica e prática com o auxílio do simulador online encontrado em http://www.falstad.com/circuit/, montando o circuito. A montagem do circuito é feita de forma a simular um voltímetro real com a adição de uma resistência em paralelo ao voltímetro ideal fornecido pelo simulador. Também, terão neste circuito um resistor, uma fonte, uma chave e um capacitor. Inicialmente, foi feito o cálculo de resistência de carga que deve compor o circuito e que definirá o valor da constante de tempo capacitiva. Será feito o carregamento até a tensão máxima e descarregamento até que a tensão caia até 37% do valor máximo do capacitor. Medindo a partir disso a constante de tempo de carga para carga e descarga, plotando gráficos com os dados obtidos. Palavras-chave: Capacitor; voltímetro; constante; tempo; capacitiva; capacitor. 1. INTRODUÇÃO Capacitores são formados por duas placas que são carregadas com mesma quantidade de carga e com sinais opostos. Quando estão próximos gera um campo elétrico. O capacitor tem como característica principal o armazenamento de carga elétrica acumuladas nas suas placas fornecido por uma fonte e está carga é liberada aos poucos da maneira desejada à medida que ligado à um equipamento que consuma energia, alimentando o sistema por determinado tempo. Sabendo que o tempo de descarga do capacitor depende a constante de tempo capacitiva, ou seja, a tensão é reduzida aos poucos no capacitor. A partir da dedução da equação de capacitância 𝐶 = 𝑄 𝛥𝑉 = 𝐶𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏 𝑉𝑜𝑙𝑡 = 𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑 (𝐹) É possível concluir que 𝐶 = 4𝜋𝜀𝑜𝑅 Portanto, sabe-se que a capacitância depende exclusivamente da geometria das placas e do meio em que elas estão. Também se sabe que tensão é dada pela razão entre carga Q e capacitância C. 𝑉 = 𝑄 𝐶 O circuito a ser montado é um circuito RC que contém um resistor e um capacitor. http://www.falstad.com/circuit/ Figura 1 - Circuito RC Ao ser aplicada uma tensão pela fonte sobre o circuito, as cargas irão se acumular em um dos lados do capacitor (considerando que a chave está ligada em 1 conforme a figura acima). Chegará um momento em que a diferença de potencial entre a fonte e a placa carregada do capacitor será zero, neste momento não haverá passagem de corrente. Com este acúmulo será gerada uma diferença de potencial entre as suas placas. Ao ligar a chave em 3 as cargas começarão a fluir do polo positivo para o negativo do capacito, passando por R. Como as cargas passam por uma resistência, haverá dissipação da corrente elétrica, descarregando o capacitor. A partir da Lei de Kirchhoff (malhas), tem-se que: 𝑉𝑜 = 𝑉𝑟 + 𝑉𝑐 Pelo que foi visto e utilizando a Lei de Ohm: 𝑉𝑜 = 𝑅. 𝐼 + 𝑄 𝐶 Como a carga vai se acumulando com o tempo na placa do capacitor a corrente elétrica pode ser calculada da seguinte forma: 𝐼 = 𝑑𝑄 𝑑𝑡 Portanto, 𝑉𝑜 = 𝑅. 𝑑𝑄 𝑑𝑡 + 𝑄 𝐶 Resolvendo esta diferencial: 𝑄 = 𝐶. 𝑉𝑜(1 − 𝑒−𝑡⁄𝑅𝐶 ) = 𝐶. 𝑉𝑜(1 − 𝑒 −𝑡⁄𝜏 ) Onde RC é a constante de tempo capacitiva. Quando t = RC a carga será equivalente a 63% da carga máxima (Qo) possível para o capacitor, como demonstra a equação: 𝑄 = 𝐶. 𝑉𝑜 (1 − 1 𝑒 ) ≈ 0,63𝐶. 𝑉𝑜 ≈ 63%𝑄𝑜 RC representa o tempo necessário para que a carga ou a tensão alcance 63% do seu valor máximo no capacitor. Tomando como base a relação entre tensão e carga (V = Q/C) é possível entender o comportamento da tensão do capacitor, Vc. 𝑉𝑐 = 𝑉𝑜(1 − 𝑒 −𝑡⁄𝜏 ) Quando o circuito RC é ligado a tensão do capacitor demora um tempo infinito até atingir seu valor máximo, obedecendo o gráfico Figura 2: Gráfico de tensão do capacitor Como já foi dito, ao mudar a chave do circuito para o ponto 3 o capacitor começará a descarregar por causa da presença do resistor ligado a ele. Pela Lei de Kirchhoff: 𝑉𝑟 + 𝑉𝑐 = 0 Fazendo as substituições como no começo, 𝑅. 𝑑𝑄 𝑑𝑡 + 𝑄 𝐶 = 0 Dividindo todas as parcelas por R: 𝑑𝑄 𝑑𝑡 + 𝑄 𝑅. 𝐶 = 0 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = − 1 𝑅. 𝐶 . 𝑄 Resolvendo a derivada: 𝑄 = 𝑄𝑜. 𝑒− 𝑡 𝑅.𝐶 Derivando esta equação em função de t e substituindo na equação de corrente: 𝐼 = − 𝑄𝑜. 𝑒− 𝑡 𝑅.𝐶 Como é possível observar, o sinal da corrente é negativo, indicando o sentido contrário do convencional. Usando as equações anteriores, é possível verificar a tensão de descarga do capacitor em função do tempo. 𝑉𝑐 = 𝑉𝑜. 𝑒−𝑡⁄𝑅.𝐶 Portanto, o objetivo desse relatório é determinar a constante de tempo para os casos de descarga e carga do capacitor na resistência total do circuito e na resistência interna do voltímetro e analisar os gráficos com medidas do tempo nos casos anteriores. 2. EXPERIMENTO A parte experimental foi realizada através do simulador virtual Falstad, tendo como endereço: http://www.falstad.com/circuit/ no qual foi possível a montagem do circuito e simular o funcionamento dele, sendo possível as Medidas da Constante de Tempo. 2.1. Materiais • fonte de tensão (dois terminais) de 10v; • voltímetro (ideal); • capacitor (5uF); • resistores de valor conhecido; • chave liga-desliga – (chave SPDT); • fios (conexões elétricas). 2.2. Procedimentos Nesse experimento medimos a Constante de Tempo capacitiva para o capacitor carregando, para o capacitor descarregando na resistência do circuito e descarregando apenas na resistência do voltímetro. 2.2.1. Montagem do circuito O circuito foi montado de acordo com a figura 1, onde o voltímetro está representado por um voltímetro ideal e uma resistência Rv em paralelo. 2.2.2. Determinação da carga máxima Com a chave em 1 e o voltímetro ligado entre os pontos E e D, medimos o valor máximo da tensão nesses pontos. Esperamos o tempo suficiente para a tensão se estabilizar, pois o capacitor está sendo carregado. 2.2.3. Determinação da constante de tempo de carregamento (t1) e descarga (t3) Colocando a chave em 3; neste momento o capacitor começa a ser descarregado. Extraímos diversos pontos da curva de descaramento do capacitor, então, calculamos onde V irá cair até atingir 37% do seu valor máximo assim, encontramos o t3. Agora reiniciamos a simulação, com a chave novamente em 1, extraímos diversos pontos da curva de carregamento do capacitor, e obtemos a constante de Figura 3- Circuito RC com voltímetro Real tempo de carga t1 que é o tempo necessário para a tensão elevar-se até 63% do seu valor máximo. Repetimos esses passos acima mais 2 vezes e colhemos os dados. 2.2.4. Constante de tempo de descarga no voltímetro Para medir o tempo t2, carregamos o capacitor até a carga máxima, pausamos a simulação e mudamos a posição da chave para 2 (chave aberta), após isso, o capacitor descarrega apenas na resistência do voltímetro, assim, medimos diversos pontos da curva de descarregamento do capacitor, e obtemos a constante de tempo de descarga t2, tempo necessário para a tensão cair até 37% do seu valor máximo e repetimos esse passo mais 2 vezes. Em seguida, carregamos novamente o capacitor, e repetimos o passo anterior, só que agora A intervalos regulares de tempo, onde, escolhemos a cada 4s anotamos 20 pontos de medida das ddp de cada tempo dentro do intervalo escolhido. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Dividimos os resultados em etapas para facilitar a discursão de cada item. 3.1.Determinação da carga máxima Ao montar o circuito de acordo com a figura 3. obtemoso resulto representado pela figura 4, assim, colocamos o capacitor para carregar, e o mesmo se estabilizou em uma 𝑉 = 6𝑉, sendo então a carga máxima do capacitor encontrada. Também, determinamos que a resistência do circuito (R) tivesse um valor de 3.3𝑀Ω e a resistência interna do voltímetro (Rv) fosse de 5𝑀Ω. Notamos que o capacitor leva cerca de 60𝑠 para carregar totalmente. Esse, processo de dá pelas características (resistências envolvidas) do circuito e da capacitância do capacitor (no nosso caso o capacitor escolhido mede 5𝜇𝐹). 3.2.Determinação da constante de tempo de carregamento (t1) e descarga (t3) Sendo a constante de tempo de carregamento representa o tempo necessário para que a carga ou a tensão atinja, no capacitor, um valor de aproximadamente 63% do seu valor máximo. Calculamos, onde essa constante de tempo atingiria 63% do seu valor máximo, sendo o valor máximo 6𝑉, temos, que 63% desse valor é 3,78𝑉 ≅ 3,8𝑉 . Assim, a partir das Figura 4- Circuito RC com voltímetro Real montado no experimento. 3 sequencias medidas de carregamentos obtemos o resultado da tabela 1. Onde, temos o Valor médio das medidas e o tempo onde a tenção atingiu 63% do seu valor máximo, sendo assim, a constante capacitiva de tempo de carregamento. Com esses dados, a partir do valor médio do tempo, podemos encontrar o gráfico que representa a curva de carregamento, representado pela fig3. Notamos que ao capacitor atingir 63%, cerca de 10s do seu carregamento ele vai carregando lentamente até atingir sua carga máxima, assim, aumentando o tempo mais devagar, sendo aproximadamente 5 vezes a constante de tempo. Agora com a constante de tempo de carregamento, obtemos as medidas para a t3, sendo que essa constante de tempo para o descarregamento é quando capacitor atinge 37% da carga máxima, sendo assim, obtemos que a V quando ele atinge esse valor é 2,2 V, sendo então que essa constante encontrada foi cerca de 10s. Com isso, obtemos os dados para o descarregamento na tabela 2. 0 1 2 3 4 5 6 7 0 10 20 30 40 50 60 70 V(v) x tc(s) V(v) tc1(s) tc2(s) tc3(s) tcmédio(s) 0 0 0 0 0 1,0 1,82 1,8 1,82 1,81 2,0 4,06 4,07 4,05 4,06 3,0 6,93 6,96 6,93 6,94 3,5 8,74 8,76 8,74 8,74 3,8 10,00 10,10 10,00 10,03 4,0 10,99 10,95 10,96 10,96 5,0 17,98 18,22 18,39 18,19 6,0 61,00 60,00 60,00 60,33 Tabela 1- dados colhidos para a curva de carregamento, sendo tc as medidas ao longo do carregamento. Figura 5- Gráfico da curva de carregamento da tensão em função do tempo de carregamento. O ponto representado por um quadrado é o onde o capacitor atinge 63% do seu carregamento. V(v) td1 (s) td2(s) td3(s) td médio(s) 6,0 0 0 0 0 5,0 1,50 1,52 1,50 1,50 4,5 2,80 2,80 2,81 2,80 4,0 4,00 4,10 4,20 4,10 3,8 4,70 4,70 4,74 4,71 3,0 6,60 6,62 6,65 6,62 2,2 9,97 10,00 9,90 9,96 2,0 10,90 10,93 10,92 10,92 1,0 17,76 17,80 17,79 17,78 0,5 24,86 24,89 24,90 24,88 0,4 26,81 26,83 26,80 26,81 Com esses dados obtemos a curva de descarregamento, através do valor médio, sendo representado pela figura 6. Percebemos que ao atingir 37% da carga total, como esperado, o tempo de descarregamento é aproximadamente igual ao tempo em que o capacitou levou pra atingir 63% de carga, sendo assim, as constantes de tempo para essa situação (t1 e t3) são iguais a 10s. Nessa situação onde, colocamos a chave na posição 1, ver figura 3, o capacitor se carrega; na posição 3 ele se descarrega sobre o resistor R conhecido e sobre a resistência do 0 1 2 3 4 5 6 7 0 5 10 15 20 25 30 V(v) x td(s) Tabela 2- dados colhidos para a curva de descarregamento, sendo td as medidas ao longo do descarregamento. Figura 6- Gráfico da curva de descarregamento da tensão em função do tempo de decaimento. O ponto representado por um quadrado é o onde o capacitor atinge aproximadamente 37% da sua carga máxima. voltímetro Rv, associados em paralelo. Para a descarga do capacitor, assim temos na figura 7 o circuito equivalente. Com isso, podemos determinar que a constante de tempo capacitiva de carregamento e descarregamentos são iguais, pois ambos estão associados as resistências R e Rv..tendo como definição que a constante de tempo é 𝑡 = 𝑅th𝑉, sendo então que a resistência nesse circuito é 𝑅𝑡ℎ = R∙RV (R+RV ) , assim, temos que a constante de tempo é: 𝑡1 = R∙RV (R+RV ) 𝐶= t3. 3.3.Constante de tempo de descarga no voltímetro (t2) Para determinar a constante de tempo no voltímetro mudamos a chave para a posição 2, assim, o circuito não terá a influencia de R e o capacitor descarregará apenas na resistência do voltímetro. A partir disso, como diminuiu a resistência equivalente do circuito, para apenas Rv, encontramos uma constante de tempo diferente, sendo essa 𝑡2 ≅ 25𝑠, quando o capacitor descarregou até 37% de sua carga máxima (2,2V). Sendo assim, temos 3 medidas e a média das medidas representados pela tabela 3. V(v) td1(s) td2(s) td3(s) tdmédio(s) 6 0 0 0 0 5 4,36 4,34 4,30 4,33 4,5 7,13 7,17 7,20 7,167 4 10,08 10,10 10,02 10,07 3,8 13,46 13,45 13,44 13,45 3 16,70 16,71 16,69 16,70 2,2 24,79 24,87 24,9 24,85 2 25,52 25,53 25,59 25,55 1 44,34 44,35 44,33 44,34 0,5 62,02 62,00 62,09 62,04 0,4 84,69 84,7 84,66 84,68 Figura 7- circuito equivalente ao ligar a chávena posição 3. Tabela 3- dados colhidos para a curva de descarregamento em Rv, sendo td as medidas ao longo do descarregamento. Com esses dados obtemos a curva de decaimento da carga do capacitor na resistência do voltímetro representado pela figura 8, sendo então a tensão em função do tempo de descarga. Com isso, observamos que a constante de tempo de descarregamento do capacitor é maior que a do caso anterior. Isso se dá, devido ao fato que o capacitor está descarregando mais devagar do que com a presença de R, logo, o capacitor irá levar muito mais tempo para se descarregar completamente. A curva de descarregamento se comporta de maneira similar. 3.4. Determinação da capacitância Para determinar a Capacitância experimentalmente, usamos os dados colhidos através de intervalos regulares de tempo, onde, escolhemos a cada 4s onde encontramos 20 pontos de medida das ddp de cada tempo dentro do intervalo escolhido. Lembrando que esses dados foram colhidos descarregando o capacitor apenas na resistência Rv. Sendo então, esses dados representados pela tabela 4. Assim podemos obter, um gráfico de decaimento da tensão de acordo com o intervalo de tempo, vide, figura 9. Em seguida linearizamos a curva, tirando então log(v) e ajustamos (dados também na tabela 4), a partir da melhor reta (tracejada), encontramos a equação da reta linearizada (figura 10). 0 1 2 3 4 5 6 7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 V(v) x td(s) Figura 8- Gráfico da curva de descarregamento da tensão em função do tempo de decaimento. O ponto representado por um quadrado é o onde o capacitor atinge aproximadamente 37% da sua carga máxima. t(s) V(v) log(v) 0 6 0,78 4 5,28 0,72 8 4,48 0,65 12 3,7 0,57 16 3,15 0,50 20 2,69 0,43 24 2,29 0,36 28 2,01 0,30 32 1,66 0,22 36 1,3 0,11 40 1,21 0,08 44 1,02 0,01 48 0,87 -0,06 52 0,75 -0,12 56 0,62 -0,21 60 0,56 -0,25 64 0,48 -0,32 68 0,39 -0,41 72 0,33 -0,48 76 0,29 -0,57 80 0,243 -0,61 0 1 2 3 4 5 6 7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 V(v) x t (s) Tabela 4- dados colhidos para a curva de descarregamento em Rv, sendo t o tempo no intervalo de 4s e V a medida dentro dos intervalos ao longo do descarregamento. Figura 9- Gráfico da curva de descarregamento da tensão em função do tempo de decaimento. Analisando o gráfico, observamos, quequando 𝑡 → ∞, 𝑉 → 0. Está de acordo com a teoria, pois, com a chave em 2, o capacitor irá descarregar devido à resistência interna do voltímetro. A partir, desse gráfico, sabemos que que a ddp do capacitor é dada pela equação: 𝑉𝐶 = 𝑉0𝑒 − 𝑡 𝑅𝐶 Logo, o log (𝑉𝑐) é: log(𝑉𝑐) = log(𝑉0) − 𝑡 𝑅𝐶 log (𝑒) E que a equação da reta é do tipo, 𝑉 = 𝐵 + 𝐴𝑡 Sendo que A é o coeficiente angular da reta, então temos de acordo com a linearização encontrada no gráfico. Que a equação da reta é: log(𝑉𝑐) = −0,0174𝑡 + 0,7798 log(𝑉𝑐) = 0,7798 − 0,0174𝑡 Logo, 𝐴 = 1 𝑅𝐶 log (𝑒) Que é igual há 𝐴 = 0,0174 Tendo o valor do coeficiente angular da reta, podemos determinar o C, assim isolando C em A, temos: 𝐶 = 1 𝑅𝑣𝐴 log (𝑒) Substituído, os valores para Rv, log(e) e A, temos: V = -0,0174t + 0,7798 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 log(v) x t(s) Figura 10- Gráfico da curva de descarregamento da tensão em função do tempo de decaimento. 𝐶 = 1 5 × 106 × 0,0174 0,43 𝐶 = 4,94 × 10−6𝐹 Que é bem próximo do valor da capacitância do nosso capacitor. 3.5. Discussão Podemos determinar Rv a partir das medidas de a partir das medidas de tensão entre 1 e D e entre E e D. Assim, sabemos que a ddp da fonte é 10V é igual a soma da ddp entre o ponto 1 e o ponto E, vamos chamar de V1E com a ddp d ponto ED, chamando então, de VED que é o mesmo potencial do capacitor (6V na carga máxima) e mesmo potencial lifo pelo voltímetro, dessa forma, temos: 𝑉0 = V1E + VED 10 = V1E + 6 Logo, V1E = 4𝑉 Assim, podemos calcular a corrente que passa pelo capacitor e consequentemente pelo voltímetro, e determinar através da lei de Ohm à Rv, sendo então: 𝑉 = 𝑅𝐼 (𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑂ℎ𝑚) 𝐼 = V1E R 𝐼 = 4 3,3 × 106 𝐼 = 1,2 × 10−6𝐴 Achando a corrente, podemos determinar Rv, assim, temos pela lei de Ohm: Rv = VED 𝐼 Rv = 6 1,2 × 10−6 𝑅𝑣 = 5 × 106Ω Que é exatamente o valor da resistência interna escolhida do voltímetro Real. Das medidas das constantes de tempo t2 e t3 podemos obter Rv. Assim, sabemos que t3 e t2 são: R∙RV (R+RV ) 𝐶= t3 e e 𝑡2 = 𝑅𝑣 × 𝐶 Isolando C em t2, obtemos: 𝐶 = 𝑡2 𝑅𝑣 E substituído em t3, temos: 𝑡3 = R ∙ RV (R + RV ) 𝑡2 𝑅𝑣 Assim, isolando Rv, chegamos a expressão: 𝑅𝑣 = 𝑅 𝑡2 𝑡3 − 𝑅 E substituído os valores encontrados, temos: 𝑅𝑣 = 3,3 × 106 25 10 − 3,3 × 106 𝑅𝑣 = 5 × 106Ω Agora vamos analisar a Dimensão da Constante de Tempo Capacitiva (𝜏), sendo então: τ = R𝐶 = Ω ∙ F = V A ∙ C V = C 𝑐 𝑠⁄ = s ou seja, a constante de tempo capacitiva é em segundos. Com isso, temos Q = C ∙ Vo(1 − e−t RCt) e 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = − (− 1 RC) ∙ C ∙ Vo ∙ e−t/RC 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = 1 𝑅𝐶 𝑉0e −t/RC Substituindo 𝑑𝑄/𝑑𝑡 e Q na próxima equação, têm-se: 𝑉𝑐 = 𝑅 𝑑𝑄 𝑑𝑡 + 𝑄 𝐶 = 𝑹 1 𝑅 𝑉0e −t/RC + C ∙ Vo(1 − e−t/ RC) 𝐶 𝑉𝑐 = 𝑉0e −t/RC + Vo(1 − e−t /RC) Com 𝑄 = 𝑄0e −t /RCt e 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = 1 𝑅𝐶 𝑄0e −t/RC Temos, dQ 𝑄 = − 1 𝑅𝐶 dt ⇒ 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = − 𝑄 𝑅 ⇒ = − 1 𝑅𝐶 𝑄0e − t RC Para achar o erro associado a determinação de C, temos que: A partir da formula que 𝑡2 = 𝑅𝑣 𝐶 𝐶 = 𝑡2 𝑅𝑉 podemos achar o erro: ∆𝐶 = 𝜕𝐶 𝜕𝑡2 ∆𝑡2 + 𝜕𝐶 𝜕𝑡2 ∆𝑅𝑉 ∆𝐶 = ∆𝑡2 𝑅𝑣 − 𝑡2∆𝑅𝑉 𝑅𝑉 2 Temos como informações que o erro para a medida do tempo seja de ∆𝑡2 = 0,01s e o erro para a resistência é de ∆𝑅𝑉 = 0,1Ω, logo, substituído os valores encontrados temos: ∆𝐶 = 0,01 5 × 106 − 25 × 0,1 (5 × 106)2 Sento então que C tem erro de ∆𝐶 = 1 × 10−9𝐹 . É possível haver erros de medidas que são ocasionados por diversos fatores, como dissipação de energia nos fios (caso de experimento real), erros dos instrumentos de medidas ou erro de quem está colhendo os dados. 4. CONCLUSÃO Com esse experimento, foi possível entender o comportamento dos circuitos RC e determinar a constante de tempo para diversas situações. Embora nem todos os resultados tenham sido como esperados, o objetivo desse experimento foi alcançado com sucesso, sendo este de grande importância para nossa formação. 5. REFERÊNCIAS [1] Experiência 7 – Constante de Tempo em Circuitos Rc. Instituto de Física da UFBA. 10 páginas. [2] HALLIDAY, David, RESNICK, Robert. Fundamentos de Física, 3.ed, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editôra S.A, 1993. v.3, p. 125 _ 129. [3] TIPLER, Paul A. Física, 2.ed, Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1984. v.2a, p. 714 - 717. [4] Nussenzveig, Herch Moyses. Curso de Física Básica. vol 2”, Edgard Blucher, 2002. ANEXO 1- dados do arquivo do circuito no simulador $ 1 0.000005 204.8780465020098 84 5 43 5e-11 r 176 80 384 80 0 3330000 w -64 112 -64 224 0 v -64 304 -64 224 0 0 40 10 0 0 0.5 w -64 304 -64 400 0 w -64 400 144 400 0 w 144 400 144 160 0 S 176 80 144 80 0 0 false 0 2 w -64 112 -64 64 0 w -64 64 144 64 0 c 384 208 384 320 0 0.0000049999999999999996 0.19986415461638146 0.001 w 384 320 384 400 0 w 144 400 384 400 0 w 384 80 496 80 0 w 496 80 496 224 0 r 496 224 496 320 0 5000000 w 384 400 496 400 0 w 496 320 496 400 0 w 496 80 608 80 0 w 496 400 592 400 0 p 608 80 592 400 1 0 0 b 464 16 672 469 0 x 495 52 511 55 4 24 V x 131 -9 281 -6 4 24 hello w 384 208 384 80 0 s 144 160 144 96 0 1 false o 0 1024 0 4099 0.0000762939453125 0.00009765625 0 2 0 3 o 9 1024 0 69635 0.625 0.00009765625 1 2 9 3 o 9 1024 0 4099 0.625 0.00009765625 2 2 9 3 38 0 0 1 101 Resistance
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