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5AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS PROGRESSO DO CURSO Lição 1. Contabilidade básica Lição 2. Matemática Financeira Lição 3. Gestão Financeira Lição 4. Orçamentos e Análise Financeira 6AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica CONCEITO DE CONTABILIDADE Contabilidade é a ciência social que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro dos dados, com a finalidade de oferecer informações sobre sua composição e suas variações. A contabilidade deve ser um instrumento gerencial de tomada de decisão. A Contabilidade também pode ser conceituada como sendo “a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”. 7AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica OBEJTIVO DE CONTABILIDADE O objetivo da Contabilidade é assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins. A principal finalidade da contabilidade é prover informações para auxiliar a tomada de decisões. 8AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE O objeto da Contabilidade é o patrimônio, que corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações referentes à azienda (Patrimônio + Gestão). Os bens são itens avaliados em moeda capazes de satisfazer às necessidades das entidades, sejam essas pessoas físicas ou jurídicas. Os direitos são os valores a receber de terceiros, gerados por meio de operações da entidade, e as obrigações representam as dívidas que a entidade contrata junto a terceiros. 9AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Grupos de pessoas interessadas em informações contábeis. empresários, gerentes ou administradores, para saberem a situação de suas empresas ou das empresas que administram; sócios ou acionistas, para saberem a situação da empresa na qual eles aplicam dinheiro; instituições financeiras, para identificarem a situação real da empresa e definirem se esta está ou não apta para utilizar as diferentes formas e linhas de crédito oferecidas pelos bancos; fornecedores, para identificarem a capacidade de pagamento dos compromissos; funcionários, para identificarem a real situação da empresa em que trabalham; governo, para controlar, através dos relatórios, a arrecadação de impostos; empresas concorrentes, para conhecerem a capacidade empreendedora da concorrência. 10AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica A Contabilidade e suas funções • Registrar os fatos administrativos (memória). • Demonstrar e controlar as mutações patrimoniais (controle). • Servir como elemento de prova em juízo ou tribunal. • Fornecer elementos para que os acionistas ou sócios possam examinar as contas da diretoria e aprová-las ou não. • Demonstrar ao fisco o cumprimento da legislação tributária. • Fornecer dados para a tomada de decisões, etc. Fundamental é sem dúvida a função de fornecer elementos para a correta gestão do negócio, permitindo tomada de decisões eficazes. (Lembrar a diferença: eficiência é fazer bem feito; eficácia é fazer o que tem que ser feito, da forma possível e no momento certo). (FABRETTI, 1997) 11AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Técnicas contábeis: São inúmeras as técnicas utilizadas pela contabilidade. Veja as mais expressivas: Escrituração — consiste no registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes que ocorrem no dia a dia das empresas; Demonstrações Contábeis — são os relatórios (quadros) técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa.As demonstrações mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a DRE; Auditoria — é a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram origem a eles; Análise De Balanços (análise das demonstrações contábeis) — compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade; Consolidação De Balanços (consolidação das demonstrações contábeis) — corresponde à unificação das demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando a apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa. 12AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL = determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações. COMPETÊNCIA = determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem. PRUDÊNCIA = que indica a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo. ENTIDADE = reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial. CONTINUIDADE = pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro. OPORTUNIDADE = refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 13AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DO PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO conjunto de bens, direitos e obrigações que é utilizado em suas diversas atividades A representação gráfica do Patrimônio é o Balanço Patrimonial, no qual são registrados os bens, direitos e obrigações de uma entidade. 14AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DO PATRIMÔNIO ATIVO O Ativo compreende os bens e os direitos controlados pela entidade e expresso em moeda e possuem a característica de gerar benefícios de fluxos de Caixa futuros para a entidade. BENS Bens são as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Bens materiais ou tangíveis são os objetos que a empresa tem para uso (computadores, máquina), troca (mercadorias e dinheiro) ou consumo (embalagem, material de limpeza) Bens imateriais ou intangíveis representam determinados gastos efetuados pela empresa que, por sua natureza, devem fazer parte do patrimônio (marcas, patentes, licenças). 15AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DO PATRIMÔNIO ATIVO O Ativo compreende os bens e os direitos controlados pela entidade e expresso em moeda e possuem a característica de gerar benefícios de fluxos de Caixa futuros para a entidade. DIREITOS Direitos são todos os valores que a empresa tem para receber de Terceiros. Dinheiro depositado em bancos e um direito; Duplicatas a receber; Aluguéis a receber; Títulos a receber (notas promissórias; etc. 16AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DO PATRIMÔNIO PASSIVO Basicamente, são todas as obrigações a pagar que a empresa possui, ou seja, são compromissos para com terceiros devido ao consumo de recursos. OBRIGAÇÕES Obrigações são dívidas com outras pessoas, isto e, compromissos que serão reclamados, exigidos. Empréstimos ou financiamentos bancários; Fornecedores (compra de mercadorias a prazo), salários, etc. 17AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DO PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Pode ser definido como o saldo resultante da diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma empresa. É a medida de riqueza líquida da empresa No caso de fechamento da empresa, é o montante que deverá ser pago aos sócios, se houver sobra. 18AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DO PATRIMÔNIO Equação Fundamental do Patrimônio ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO A = P + PL Exemplo: Se dois sócios investiram $ 10.000 cada para constituírem uma empresa e aportaram os recursos em dinheiro, esse valor será aplicado no Ativo, pois dinheiro é um bem da entidade e sua contra partida será no Patrimônio Líquido. A empresa também poderá comprar mercadorias junto ao seu fornecedor a prazo, ou seja, para pagamento a posteriori, sendo assim, as mercadorias também ficarão no Ativo, pois representam bens. 19AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica SITUAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Situação líquida positiva Ativo – Passivo = + Patrimônio Líquido A – P = + PL Exemplo: se a entidade possui no Caixa $4.000 e tiver uma obrigação para com o seu fornecedor de $2.000, então, o Patrimônio Líquido será positivo em $ 2.000. Situação líquida nula Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido Ø A – P = PL Ø Situação líquida negativa Exemplo: se a entidade possui no Caixa $ 4.000 e tiver uma obrigação com o seu fornecedor de $ 4.000, então o Patrimônio Líquido será nulo (0). Ativo – Passivo = – Patrimônio Líquido A – P = – PL Exemplo: se a entidade possui no Caixa $ 4.000 e tiver uma obrigação para com o seu fornecedor de $ 6.000, então o Patrimônio Líquido será negativo em $ 2.000. 20AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio Aspecto quantitativo: O aspecto quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores. Exemplos: veículos R$ 20.000,00; caixa R$ 110.000,00; banco R$ 18.124,16; cliente R$ 11.222,00; fornecedor R$ 5.895,00. Aspecto qualitativo: O aspecto qualitativo refere-se à natureza do componente patrimonial que deve ser evidenciado segundo a sua espécie. Exemplos: veículos, mercadoria para revenda, caixa (dinheiro), banco (saldo no banco), cliente (quem compra da minha empresa), fornecedor (quem vende para a minha empresa) e muitos outros. 21AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ATIVIDADES 22AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Exemplo prático do registro: a empresa ABC S.A. é constituída por dois sócios que integralizaram $ 100.000, sendo $ 60.000 em dinheiro e $ 40.000 em móveis e equipamentos. Logo, podemos representar a integralização desse capital de acordo com o quadro a seguir. 23AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Exemplo prático do registro: continuando o exemplo anterior, após determinado período, a empresa obteve um lucro de $ 20.000 proveniente de suas atividades. Desta forma, o Capital Próprio da empresa passaria para $ 120.000 ($ 100.000 do Capital Social + $ 20.000 dos lucros). Observe que o Lucro terá reflexo no Ativo, pois entrará dinheiro no Caixa ou direitos a receber. No quadro, nota-se que o reflexo da geração de lucros foi no Caixa através da entrada de dinheiro, mas poderíamos ter uma conta “Títulos a Receber”, ou “Clientes” ou “Contas a Receber” no valor de $ 20.000, ao invés da entrada no Caixa do dinheiro. 24AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Exemplo prático do registro: continuando o exemplo anterior, após determinado período, a empresa efetuou uma compra, a prazo, de mercadoria no valor de $10.000. Sendo assim, a empresa ficará com um Estoque no seu Ativo (devido a entrada da mercadoria no estabelecimento) de $ 10.000, entretanto terá um dívida com seu fornecedor de $ 10.000. 25AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO = CAPITAL DE TERCEIRO + CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO = PASSIVO + Patrimônio LÍQUIDO CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO = P + PL CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO = Fornecedor + Capital Social + Lucros CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO = 10.000 + 100.000 + 20.000 = 130.000 26AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ATIVIDADE Com base nos saldos em 31-12-X8 das contas a seguir, monte o Balanço Patrimonial da Cia de Artefatos Metálicos CAM Ltda. 27AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS Antigamente as contas eram registradas em fichas, depois passaram a ser registradas em livros e atualmente são registradas na memória do computador, sendo armazenadas de acordo com suas características. Razão No exemplo anterior, após cada transação, um balanço foi realizado, entretanto, devido ao grande volume de transações realizadas pelas empresas, fica impraticável a confecção do balanço após cada operação. Os registros das operações são realizados em livros de contas que a Contabilidade denomina de “Razão”. Data Descrição da operação Débito Crédito Saldo Nome da conta 28AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Data Descrição da operação Débito Crédito Saldo Nome da conta Data Descrição da operação Débito Crédito Saldo 22/02/2021 1.000,00 22/02/2021 2.3 Transferência de Clientes 250,00 1.250,00 22/02/2021 2.2 Saque da conta corrente 500,00 750,00 Banco A maioria das empresas utiliza códigos para facilitar os registros das contas no livro Razão, sendo cada conta configurada para receber uma codificação específica que irá identificá-la conforme sua natureza. 29AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito O débito e o crédito são uma convenção utilizada pela Contabilidade e que estão presente no razonete, pois o débito é representa o lado esquerdo de todos os razonetes, bem como o lado direito simboliza o crédito em todos os razonetes. Para facilitar o aprendizado, é usual trabalhar com o Razão através de sua ilustração gráfica denominada de Contas em T, Razonete em T ou apenas Razonetes. CAIXA débito crédito Nome da conta débito crédito 30AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito A apuração do saldo da conta é simples de ser obtida, basta somar todos os valores contidos no lado do débito e confrontar com a soma de todos os valores registrados no lado do crédito. Se o total dos débitos for maior que os créditos, então teremos uma conta com o saldo devedor, porém, se o saldo dos créditos for maior que os do débito, teremos saldo credor. BANCO débito crédito $ 4.000,00 $ 1.500,00 $ 2.500,00 31AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito Contas de Lançamentos a Débito Crédito Ativo Aumenta (entradas) Diminui (saídas) Passivo Diminui (saídas) Aumenta (entradas) Patrimônio Líquido Diminui (saídas) Aumenta (entradas) Então, quando quisermos aumentar alguma conta de Ativo, faremos um lançamento a débito e para diminuí-lo, a crédito. O Passivo e o Patrimônio Líquido são o oposto do Ativo, pois, quando qualquer conta do Passivo ou do Patrimônio Líquido for aumentada, efetua-se um crédito e quando for reduzida, realiza-se um débito. PARTIDAS DOBRADAS = não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s) e vice-versa. 32AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito Entendendo o lançamento: uma determinada empresa possuía em seu Caixa um saldo de $5.000 e realizou uma compra de mercadorias à vista por $1.000. PARTIDAS DOBRADAS = não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s) e vice-versa. NOME DA CONTA débito crédito CAIXA débito crédito 33AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito Entendendo o lançamento: uma determinada empresa possuía em seu Caixa um saldo de $5.000 e realizou uma compra de mercadorias à vista por $1.000. PARTIDAS DOBRADAS = não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s) e vice-versa. ESTOQUE débito crédito CAIXA débito crédito (sd) $ 5.000 $ 1.000 (1) (1) $ 1.000 34AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGOMATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito Utilizando ainda o mesmo exemplo, se tivéssemos uma compra 40% à vista e 60% a prazo, teríamos a seguinte situação: PARTIDAS DOBRADAS = não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s) e vice-versa. débito créditodébito crédito débito crédito 35AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Partidas Dobradas: Débito e Crédito Utilizando ainda o mesmo exemplo, se tivéssemos uma compra 40% à vista e 60% a prazo, teríamos a seguinte situação: PARTIDAS DOBRADAS = não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s) e vice-versa. ESTOQUE débito crédito CAIXA débito crédito (sd) $ 5.000 $ 400 (1) (1) $ 1.000 FORNECEDOR débito crédito $ 600 (1) 36AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Balancete de Verificação De acordo com as partidas dobradas, todo lançamento a débito terá um reflexo a crédito, sendo seus valores totais iguais e para observar se os lançamentos contábeis estão utilizando o método das partidas dobradas corretamente, costuma-se verificar, periodicamente, a igualdade entre débitos e créditos usando o Balancete deVerificação. O Balancete de Verificação contempla todo o Patrimônio da empresa, sendo os valores de suas contas registrados conforme a natureza de seus saldos. Observe o exemplo a seguir: Observe que o valor total da coluna de débito é igual ao da coluna de crédito, deste modo, a verificação do método das partidas dobradas foi realizada corretamente. 37AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Balancete de Verificação TOTAL 38AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Balancete de Verificação Este é o exemplo de um Balancete de Verificação que contém uma área para registro da movimentação do período. 39AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ATIVIDADES 40AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do Ativo As contas do ativo são classificadas em dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. No Ativo, as contas que representam os bens e os direitos são organizadas em ordem decrescente do grau de liquidez. Grau de liquidez: é a possibilidade de componentes se transformarem ou se realizarem em dinheiro. Ativo Circulante Ativo Não Circulante São classificadas neste grupo as contas que devem circular (girar) no máximo até o próximo exercício social. São classificadas neste grupo as contas que não estão programadas para circular (girar) até o final do próximo exercício. 41AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do Ativo Ativo Circulante Disponibilidades – Neste subgrupo são classificadas as contas que possuem o maior grau de liquidez dentre as demais contas do Ativo. (Caixa, bancos, Aplicações financeiras de liquidez imediata Contas a Receber ou a Recuperar - São valores a receber decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras transações. (Clientes, Duplicatas a Receber,Títulos a Receber, Notas Promissórias a receber, etc.) Estoques – A empresa comercial terá um estoque composto de mercadorias, enquanto a indústria terá estoques de matéria prima, produtos em elaboração, produto acabado, material de consumo e embalagens. (Mercadorias para revenda, produtos acabados, produtos em elaboração, subprodutos, matérias primas, material secundário, material de embalagem, materiais de consumo, etc.) Despesas do Exercício Seguinte - por se tratar de antecipação de pagamento de despesas, cujos serviços, produtos ou benefícios ocorrerão apenas no próximo exercício. (prêmios de seguros, aluguel passivo a vencer, assinaturas e anuidades) As contas do ativo circulante compõem o que chamamos de capital circulante e ainda de capital de giro. 42AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do Ativo Ativo Não Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo – O realizável a longo prazo compreende teoricamente as mesmas contas do Ativo Circulante (com exceção das disponibilidades), cujo prazo de realização seja superior a um ano ou ao ciclo operacional se esta for superior a um ano. (Duplicatas a Receber, Clientes, Estoques,Aplicações Financeiras, etc.) Investimentos - Não são destinados à manutenção da atividade operacional da empresa; são ativos que a empresa não tem intenção de se desfazer deles. É chamada por alguns profissionais de imobilização financeira. (participação permanente em outras sociedades, obras de arte, imóveis não para uso, etc.) Imobilizado – São bens e direitos utilizados na atividade operacional da empresa. (terrenos, construções, obras em andamento, móveis e utensílios, máquinas, aparelhos e equipamentos, ferramentas, peças e conjunto de reposição, instalações, veículos, etc.) Intangível - São os bens que não possuem matéria (corpo), portanto não podem ser tocados fisicamente. (direito de uso de software, patente, direitos autorais, concessão de exploração de negócio, marca,etc.) 43AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do Passivo As contas do ativo são classificadas em dois grandes grupos: Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. No Passivo, as contas que representam as obrigações são organizadas em ordem decrescente do grau de exigibilidade. Grau de exigibilidade: é a prioridade de pagamento por exigência de terceiros que tem direito ao recebimento. Passivo Circulante Passivo Não Circulante São classificadas neste grupo as obrigações que devem ser pagas ou recolhidas até o término do próximo exercício. São classificadas neste grupo as obrigações que não estão programadas para ser pagas até o final do próximo exercício. 44AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do Passivo Passivo Circulante Passivo Não Circulante Exemplos: fornecedores, duplicatas a pagar, impostos a recolher, encargos trabalhistas a recolher, salários a pagar, empréstimos e financiamentos a pagar, adiantamento de clientes, dividendos a pagar, títulos a pagar, energia elétrica a pagar, aluguel a pagar, provisão para 13º salário, provisão para férias, provisão para Imposto de Renda, juros a pagar, dividendos a pagar, entre outras Exemplos: Financiamentos, Empréstimos, Adiantamentos, Contas a Pagar, Fornecedores, Imóveis a Pagar, Títulos a Pagar, enfim todas as obrigações de longo prazo. Com o passar do tempo as contas do exigível a longo prazo passam para o passivo circulante. Isto porque estas obrigações passam a ser exigíveis até o final do próximo exercício. Tal transição não acontecerá somente se o pagamento for feito enquanto a dívida for de longo prazo, antecipando o pagamento. 45AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do Patrimônio Líquido É o grupo de contas que embora não seja considerado exigível, está vinculada ao Passivo por se tratar de uma dívida da empresa para com os seus sócios. E também para estabelecer o equilíbrio dos recursos entre o Ativo (aplicação) e o Passivo (origem). O patrimônio líquido é composto por: Capital Social – é o recurso aplicado pelos sócios na empresa. Capital social subscrito: é o valor que os sócios registraram como investimento no contrato social da empresa. É o compromisso assumido de entrega dos valores. Capital social integralizado (realizado): é o valor já entregue pelos sócios, em virtude do compromisso assumido no registro do capital social. É a diferença entre o capital subscrito e o capital a realizar. Capital social a integralizar (a realizar): é o valor registrado no capital social da empresa, mas ainda não entregue pelos sócios. 46AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Classificação das contas do PatrimônioLíquido O patrimônio líquido é composto por: Reservas de capital – São valores emitidos pela empresa, não destinados a aumento do capital social e que não passaram pelo resultado. São exemplos: ágio na venda de ações, prêmio recebido na emissão de debêntures, bônus de subscrição. Reservas de lucros – São valores retidos do lucro, para uma destinação específica. Ou seja, é a parte do lucro que neste momento não será distribuída aos sócios como dividendos, ficando investida na empresa. São exemplos: reserva legal, reserva para contingências, reserva de lucros a realizar, entre outras dispostas na legislação. Ajustes de avaliação patrimonial – São os aumentos ou reduções de valores do ativo ou passivo, em função do valor real de mercado. Há uma clara intenção de apresentação do patrimônio pelo valor justo. Ações em Tesouraria – Ocorre quando a empresa compra, no mercado de ações, suas próprias ações. Prejuízos Acumulados – É a soma dos valores negativos do resultado que são acumulados em um ou mais exercícios. 47AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica 48AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ATIVIDADES 49AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica ESTUDO DASVARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO As principais causas que fazem o Patrimônio Líquido variar são: o aporte inicial de capital realizado na entidade ou os desinvestimentos que reduzirão o capital da entidade; o resultado obtido do confronto entre as Receitas e as Despesas de um determinado Período Contábil. Receitas, Despesas e Resultado 50AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO A cada exercício social (normalmente, um ano) a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade confronta a receita (vendas) com as despesas. Se a receita foi maior que a despesa, a empresa teve lucro. Se a receita foi menor que a despesa, teve prejuízo. A apuração de resultado é realizada de forma destacada na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Receitas - Despesas = Resultado 51AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO De maneira geral, através da apuração do resultado pode-se verificar se o maior objetivo da empresa foi atingido, ou seja, se os benefícios obtidos foram maiores que os sacrifícios realizados. 52AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO RECEITAS Caracteriza-se como Receita “toda a entrada de elementos para o Ativo, seja sob a forma de dinheiro ou de direitos a receber. Normalmente, as Receitas são oriundas de uma venda de mercadorias, de produtos ou de prestação de serviços”. (IUDÍCCIBUS, 2010) Ela é refletida no balanço através da entrada de dinheiro no Caixa (Receita a Vista) ou entrada em forma de direitos a receber (Receita a Prazo) - Duplicatas a Receber. Há também Receitas geradas devido aos juros sobre títulos, depósitos bancários, aluguéis, entre outros motivos. 53AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO RECEITAS Exemplo de geração de uma Receita: Uma determinada empresa efetuou uma venda de mercadorias à vista no valor de $ 1.000,00. No exemplo, podemos observar que a venda gera um recebimento de $ 1.000,00 que será registrado no Caixa da empresa por ser à vista a venda. Deste modo, há entrada de elemento sob forma de dinheiro para o Ativo, já que Caixa é conta do Ativo. RECEITA DE VENDASCAIXA $ 1000 (1) $ 1000 (1) 54AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO RECEITAS Se a venda for realizada a prazo, o cliente da empresa estaria devendo. Deste modo, a entidade teria um direito a receber. Sendo assim, teríamos os seguintes lançamentos: RECEITA DE VENDASCLIENTES $ 1000 (1) $ 1000 (1) 55AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO RECEITAS Uma Receita também pode ocorrer devido a redução de um Passivo, por exemplo, se a entidade estiver devendo ao seu fornecedor $ 2.000,00 e esse fornecedor aceitar liquidar a dívida por $ 1.700,00, essa diferença de $ 300,00 que a empresa não pagou seria registrada no grupo de Receitas. FORNECEDORCAIXA $ 2000 $ 2000 RECEITA FINANCEIRA $ 300 (1)$ 2000 (1)$ 1700 (1) $ 300 (saldo) 56AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO DESPESAS Denomina-se Despesa “o consumo de bens ou serviços, que direta ou indiretamente, ajuda a produzir Receita” (IUDÍCCIBUS, 2010). Deste modo, uma Despesa é realizada com intuito de gerar uma Receita, seja por meio da redução do Ativo, seja pelo aumento do Passivo. A Despesa é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter Receita. 57AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO DESPESAS Ela é refletida no balanço através de uma redução do Caixa (quando é pago no ato - a vista) ou mediante um aumento de uma dívida - Passivo (quando a despesa é contraída no presente para ser paga no futuro – a prazo). Exemplo: Despesa com energia, água e funcionários representam o consumo de bens e serviços que sem estes uma Receita de venda de mercadoria de uma empresa comercial não poderia ser gerada. A despesa pode, ainda, originar-se de outras reduções de Ativo (além do Caixa), como é o caso de desgastes de máquinas (depreciação) e outros. Depreciação é um tipo de despesa contábil e não financeira. 58AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO DESPESAS Exemplo de geração de uma Despesa: Uma determinada empresa efetuou um pagamento de conta de energia elétrica à vista no valor de $ 500,00. ENERGIA ELÉTRICA (D)CAIXA (A) $ 500 (1) $ 500 (1) 59AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Contas de Lançamentos a Débito Crédito Ativo Aumenta (entradas) Diminui (saídas) Passivo Diminui (saídas) Aumenta (entradas) Patrimônio Líquido Diminui (saídas) Aumenta (entradas) Receitas Diminui Aumenta (entradas) Despesas/custos Aumenta (saídas) Diminui 60AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO Numa indústria custo significa todos os gastos na fábrica (produção): matéria- prima, mão de obra, energia elétrica, manutenção, embalagem etc. Despesa significa os gastos no escritório, seja na administração, seja no departamento de vendas, seja no departamento de finanças. A depreciação também pode ser tratada como custo ou despesa. Tratando- se de depreciação de bens da fábrica (máquinas, equipamento, ferramentas...), será considerada custo; tratando-se de depreciação de bens de escritório (móveis e utensílios, instalação...), será considerada despesa. 61AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO 62AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Receitas, Despesas, Resultado e seus reflexos no Patrimônio Líquido O Patrimônio Líquido conterá o resultado entre o confronto das Receitas com as Despesas e será aumentado quando o resultado for um lançamento a crédito, já que sua natureza é creditícia. Portanto, aumentará quando o resultado for um Lucro (Receitas maiores que Despesas), pois haverá mais valores de Receitas a crédito do que Despesas a débito, e diminuirá quando o resultado for Prejuízo (Receitas menores que Despesas). 63AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Encerramento das contas de Despesas e Receitas O resultado de uma empresa é gerado pelo confronto entre Despesas e Receitas, podendo ser um resultadopositivo (Lucro) ou negativo (Prejuízo). Esse resultado será apurado na conta Resultado ou na ARE (Apuração do Resultado do Exercício). A conta ARE receberá todas as Despesas e as Receitas do Período Contábil analisado. Como a Contabilidade realiza seus lançamentos pelo método das partidas dobradas, ao transferir as Despesas debitando-as na ARE, devemos creditar a Despesa, zerando e encerrando-a, procedendo assim no método das partidas dobradas.As Receitas são encerradas de modo similar as Despesas. 64AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Encerramento das contas de Despesas e Receitas Exemplo: A empresa MTT Ltda detém um saldo de $ 20.000 em seu Caixa e $ 20.000 no seu Capital Social. Efetuou uma compra de mercadorias, à vista, no valor de $10.000, um pagamento de Despesa com energia no valor de $ 500, um pagamento de telefone no valor de $ 300 e uma venda de mercadorias à vista no valor de $ 8.000. O valor do Custo da MercadoriaVendida foi de $ 5.000. 65AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO 66AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO 67AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Entendendo o lançamento: 1. Houve, anteriormente, uma integralização de capital, em dinheiro, no valor de $ 20.000, então, debitou-se no Caixa por causa da entrada do dinheiro no Ativo, aumentando desse modo o Ativo, e creditou-se o Capital Social devido ao aumento do Patrimônio Líquido. 2. A compra de mercadorias acarretou em aumento do Ativo, portanto, foi debitado $ 10.000 no Estoque, pois essa conta pertence ao Ativo e toda vez que se aumenta qualquer conta do Ativo, debita-se. O credito foi no Caixa, pois o pagamento foi realizado à vista, em dinheiro. Deste modo, o crédito no Caixa representa a saída do numerário que por sua vez reduz a conta Caixa e toda vez que reduzimos conta do Ativo, devemos creditá-la. 3. Ao pagar a energia, debita-se a conta Despesa com energia, por possuir o fator gerador que é o uso da energia, e o Caixa é creditado em $ 500 pela saída do dinheiro. 68AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Entendendo o lançamento: 4. Ao pagar o telefone, debita-se a conta Despesa com telefone, por possuir o fator gerador que é o uso do telefone e foi creditado o Caixa em $ 300 pela saída do dinheiro. 5. A venda de mercadoria foi à vista, sendo assim, o Caixa foi debitado em $ 8.000 pelo recebimento do dinheiro e consequente aumento do Ativo e foi creditada a conta de Receita com vendas por seu fator gerador ter ocorrido, que foi a venda, tendo o resultado uma Receita. 6. Observe que ao realizar a venda e a instituição receber o dinheiro da mercadoria vendida, a empresa terá que entregar a mercadoria que estava estocada ao comprador e para isso, debita-se o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), reconhecendo com isso o custo da mercadoria que inicialmente foi comprada e estocada até ser vendida ao cliente. A conta Estoque foi creditada, pois para entregar a mercadoria ao cliente, é necessário dar baixa no Estoque, reconhecendo a saída da mercadoria do Estoque para ser entregue ao comprador. 69AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica APURAÇÃO DO RESULTADO Entendendo o lançamento: (a) e (b) A apuração do resultado do exercício é realizada ao confrontar todas as Despesas com todas as Receitas ao final do Período Contábil escolhido. Porém, para existir o confronto, as Despesas e as Receitas deverão estar no mesmo razonete e para isso ocorrer é preciso que as contas sejam transferidas para a ARE, respeitando suas respectivas naturezas. Portanto, as contas de Despesas que são a débito deverão ser transferidas a débito para a ARE, mas para haver um debito na ARE é preciso haver um credito na respectiva conta de Despesa, zerando, encerrando-a e transferindo esse saldo para a ARE. O encerramento das contas é representado pelos dois traços diagonais no final do razonete.A conta de Receita é debitada, zerada e encerrada e depois transferida a crédito para a ARE. (c) Após Apurar o Resultado do Exercício, o valor encontrado deverá ser transferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados que fica no Patrimônio Líquido, já que a conta ARE é uma conta transitória que serve apenas para apurar se naquele Período Contábil escolhido houve Lucro ou prejuízo. Depois de obtido e transferido o resultado, a conta ARE deverá ser zerada e encerrada, similar ao que foi realizado nas contas de Despesas e Receitas. 70AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Lição 1. Contabilidade básica Demonstração do resultado do exercício (DRE) A ARE serve apenas para apurar o resultado, sendo necessário a evidenciação de como se deu o Lucro ou o Prejuízo obtido no período analisado. Essa evidenciação é realizada pela Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que irá detalhar todas as contas de Receitas e Despesas, de acordo com o critério de classificação, até a formação do Lucro ou do Prejuízo do Exercício. A DRE possui algumas finalidades, como, por exemplo: informar aos acionistas e aos quotistas os resultados obtidos das operações de um determinado Período Contábil; auxiliar a apuração da rentabilidade das empresas; diagnosticar aos usuários internos e externos a saúde econômica da instituição; medir a eficiência de acordo com as políticas adotadas pela empresa, servindo como base para um feedback para a administração da entidade. 71AUXILIAR FINANCEIRO – PROF. DIEGO MATOS Demonstração do resultado do exercício (DRE)
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