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Material de estudo filosofia

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OLÁ 1° SÉRIE, ESTE MATERIAL E PARA ESTUDO, NA PRÓXIMA SEMANA ENVIAREMOS 
ATIVIDADES AVALIATIVAS RELACIONADA AOS CONTEÚDO ESTUDADOS. 
 
TEXTO I 
Senso Comum 
O Senso Comum é a soma dos saberes do cotidiano e é formado a partir de hábitos, crenças, 
preconceitos e tradições. Na filosofia, o termo é utilizado para explicar as interpretações feitas 
pelos indivíduos à realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas. 
Exemplos de senso comum ingênuo são comuns ouvirmos as pessoas dizerem que “Todas as 
mulheres não sabem dirigir e todos os políticos são corruptos” o número 13 é considerado de 
má sorte, especialmente quando cai numa sexta-feira. Muitas pessoas evitam fazer viagens, 
reuniões ou negócios neste dia. Mesmo que você não acredite nisso, de alguma maneira, esta 
crença está arraigada no seu cérebro e talvez nunca você se perguntou porque a sexta-feira 13 
traz azar. São frases que emitem juízos de valor, nas quais muitas pessoas se baseiam 
provocando ações incorretas, pois partiram de uma premissa não comprovada. 
Características- O senso comum é transmitido de geração para geração nas sociedades. Por 
meio dele, o homem embasa o cotidiano e explica a realidade em que vive. O senso comum 
tem como característica a subjetividade que reflete sentimentos e opiniões construídos por um 
grupo de indivíduos. Por conseguinte, pode variar de pessoa para pessoa e de grupo para 
grupo. É preciso entender que o senso comum é ligado ao instinto, à necessidade que o 
homem tem de ser proteger de um ambiente hostil. 
A visão ingênua do mundo se caracteriza pela falta de senso crítico nas pessoas, o que faz 
que as pessoas tendam a ver o mundo sem imperfeições, ou sejam, tenham a sensação de 
viver em um mundo idealizado. 
Para isso, deve-se implantar o questionamento na sociedade, a fim de que as pessoas 
busquem respostas para suas dúvidas, onde devem ser retiradas por meio da razão. O que 
fornecerá uma visão crítica a cerca do mundo, fazendo com que a pessoa se livre de todas 
as "cegueiras sociais" da sociedade. 
TEXTO II 
Atitude Filosófica 
A Atitude Filosófica é um conceito que significa, acima de tudo, romper com o senso comum e 
olhar com espanto o que há de mais trivial em nosso cotidiano. A problematização da realidade é 
o ponto central e o motor da filosofia. 
Lembrando que a filosofia nasceu na Grécia antiga por volta do final do século VII a.C. como um 
questionamento ao conhecimento tradicional baseado nos mitos e na crença. O senso comum 
grego assumia uma consciência mítica e tomava como evidentes as explicações baseadas nas 
narrativas dos mitos. 
 O Espanto :A filosofia nasce do espanto. A atitude do filósofo é a de encarar como inédito tudo e 
todas as coisas. Se posiciona com distanciamento, perde o costume, o hábito. Percebe-se como 
ignorante, sendo necessário investigar para conhecer. 
O Questionamento: A Atitude Filosófica possui como ponto de partida a negação do comum e o 
questionamento. Dizer não aos hábitos e costumes para só depois de passar pelo crivo da razão, 
afirmar ou concordar com algo. Negar as certezas do senso comum é o primeiro momento do 
método proposto pela filosofia. Negar é questionar, é prever outra possibilidade. 
O Espírito Crítico: O espírito crítico é o fundamento da Atitude Filosófica. A incerteza constante 
que acompanha aquele que trilha o caminho do conhecimento, sendo então chamado de filósofo. 
Por fim, filósofo é todo aquele que desperta em si a necessidade da mudança. A inquietude e o 
amor ao conhecimento levam os indivíduos a filosofar, questionar suas certezas e propor um 
conhecimento mais apurado sobre a realidade. 
 
 
TEXTO III 
 
Tipos de Conhecimento 
 
Existem diversas formas de conhecer e interpretar o mundo. Cada uma delas possui 
características específicas que as distinguem das demais. A mitologia, o senso comum, as 
religiões, a filosofia e a ciência possuem uma mesma finalidade: organizar informações que 
possam explicar ou dar sentido ao 
mundo e às coisas. Em outras palavras, essas diferentes áreas são produtoras de 
conhecimento. 
Entretanto, a forma como esse conhecimento é adquirido e transmitido varia em cada um 
desses tipos de conhecimento. Essas particularidades são responsáveis pela distinção entre 
mitologia e ciência ou filosofia e religião. 
 
O que é o Conhecimento? O conhecimento é uma forma de apreensão da realidade. Os seres 
humanos vivem como as outras espécies da natureza, mas diferente delas, criam para si, 
representações da realidade. 
Essas representações fundamentam-se nos sentidos e na percepção; na memória, na 
imaginação e no intelecto; na ideia de aparência e de realidade e na ideia de verdade ou 
falsidade. 
A partir desses modos, os indivíduos interiorizam o mundo e apreendem a realidade. E, na 
consciência, criam códigos de interpretação de tudo o que existe ou pode ser pensado. É 
estabelecida uma relação entre o sujeito (aquele que conhece) e o objeto (aquilo a ser 
conhecido). 
 
A Importância do Conhecimento: Historicamente, os seres humanos construíram diversos 
sistemas de conhecimento como forma de dar sentido a sua própria vida e transmitir 
informações necessárias para sobrevivência da espécie. 
Deste modo, diferenciam-se dos outros animais, também, por possuírem uma linguagem que 
possibilita o compartilhamento de informações. 
Esses sistemas de conhecimentos transmitidos de geração a geração, de grupos para grupos, 
formam a cultura. Com o passar do tempo, o domínio da razão e de diversos códigos de 
linguagem possibilitou a complexificação desse conhecimento. 
Os diferentes tipos de conhecimento representam as diferentes maneiras que os seres 
humanos encontraram para sair da ignorância. 
A curiosidade humana e sua capacidade de abstrair (imaginar) são responsáveis por criar 
sistemas de crenças e explicações. Bem como, compreender, apropriar-se e reformular 
explicações vindas de outros indivíduos e grupos. 
 
TEXTO IV 
INTERPRETAÇÃO NA FILOSOFIA (HERMENÊUTICA) 
Hermenêutica é a filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à 
arte da interpretação quanto à prática e treino de interpretação. Esta linha de reflexão, também 
conhecida como filosofia prática, foi desenvolvida principalmente por Hans-Georg Gadamer. 
Ele percebia a prática como uma esfera desvinculada da teoria, mera arte desencadeada por 
um processo extraído do conhecimento teórico. Ela se diferencia da metafísica ao assumir 
como qualidade essencial a phronesis, conexão entre o universo racional e a práxis moral, 
entre o que se passa na consciência e a realidade fora do espírito, baseada na experiência. 
Seguindo este caminho, Gadamer destaca que a verdade está acima da metodologia. Para se 
alcançar a compreensão de um texto, seu significado mais profundo, é necessário investigar os 
diversos elementos que compõem o processo hermenêutico – o autor, o texto e o leitor. A 
prática mais convencional para se pesquisar o sentido bíblico, e por extensão o significado de 
qualquer outro texto pesquisado, é partir do autor, do que este desejou transmitir, em plena 
consciência, ao elaborar seus escritos.

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